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Academic year: 2021

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Índice

MENSAGEM DO CEO ... 3

RELATÓRIO DE GESTÃO ... 4

1 Principais acções estratégicas ... 5

2 Principais indicadores de negócio ... 7

3 Sobre a Sonae ... 9

4 Desempenho dos negócios ...20

5 Sustentabilidade ... 30

6 Informação para o investidor ... 37

7 Glossário financeiro ... 40

8 Agradecimentos ... 42

RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DAS SOCIEDADES ...43

0 Declaração de Cumprimento ... 44

1 Modelo de Governo ... 52

2 Administração ... 53

3 Organização da Estrutura Corporativa – Funções e Competências ... 59

4 Fiscalização ... 63

5 Accionistas ... 65

6 Remuneração ... 68

7 Controlo dos Riscos ... 75

8 Comunicação de Irregularidades ... 82

9 Informação ... 83

ANEXO ... 106

Declaração nos termos do Artº 245, 1, al.c) do Código de Valores Mobiliários ... 107

Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e Artigo 14.º n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º05/2008 ... 108

Artigo 448º ... 111

Participações qualificadas ... 112

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ... 113

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS ... 216

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA ... 253

(3)

MENSAGEM DO CEO

É com grande satisfação que analiso o desempenho da Sonae em 2009, uma vez que creio que não era de todo certo que seria possível manter a nossa internacionalização e objectivos de crescimento exigentes no contexto da crise financeira e económica. Afinal, conseguimos dar resposta ao declínio do consumo privado de produtos não-alimentares e à necessidade de reduzir a dívida, apresentando assim um ano com um aumento de 6% do volume de negócios, um aumento de 8% do EBITDA e uma incursão definitiva no mercado espanhol, ao mesmo tempo que melhorámos substancialmente os nossos rácios financeiros e reduzimos a dívida líquida. Além disso, mantivemos o nosso compromisso público de criar novos postos de trabalho (1935 empregos) e aumentámos os salários relativos aos cargos de remuneração mais baixa.

Na venda de produtos alimentares e não-alimentares, a solução para manter o crescimento e a rentabilidade no mercado português baseou-se nos ganhos nas quotas de mercado. Nos sectores onde dispomos de fontes de informação independentes e fidedignas, aumentámos a nossa quota de mercado em produtos alimentares e em electrónica de consumo. Foi possível conseguir estes ganhos graças ao nosso investimento contínuo em inovação e no reforço das nossas competências de base. A SonaeMC e a SonaeSR apresentaram um crescimento combinado de 10%, permitindo-nos manter o nosso objectivo de crescimento a longo prazo, mesmo num contexto de declínio acentuado em certas categorias não-alimentares e de uma deflação muito significativa dos produtos não-alimentares. A internacionalização do nosso principal negócio de retalho contribuiu com 30% desse crescimento e começou a apresentar valores significativos: 38 lojas e vendas no valor de 144 milhões de euros.

O desempenho obtido não comprometeu, em nada, o nosso potencial de crescimento futuro. Os investimentos e custos de arranque (23 milhões de euros, EBITDA 09) necessários para entrar no mercado espanhol foram significativos e continuámos a expandir as nossas áreas de venda e a desenvolver novos formatos em Portugal.

Gostaria de salientar que estes feitos foram possíveis apesar de o Continente ser a única das cinco principais cadeias de venda de produtos alimentares em Portugal que é obrigada a encerrar aos domingos à tarde. Esta lei prejudica gravemente a concorrência e foi já provado que é totalmente injustificada, na medida em que não alcança os resultados para os quais foi promulgada; devido a este facto, fomos novamente obrigados a suprimir 1.100 postos de trabalho no fim da época do Natal. A valorização das propriedades da Sonae Sierra e o seu ritmo de desenvolvimento na Europa foram prejudicados pela crise financeira. A Sonae Sierra conseguiu manter o EBITDA e aumentar os resultados directos em 13%, tendo também mantido um valor de alavancagem dos activos conservador, cerca de 50%. A segunda metade do ano trouxe um impacto bem menor das taxas de capitalização e assistimos a melhorias na disponibilidade de capital e financiamento para centros comerciais de primeira linha e projectos de qualidade. Por outro lado, o Brasil foi pouco prejudicado durante este período, o que nos permitiu acelerar o desenvolvimento.

A Sonaecom também apresentou melhorias a nível da rentabilidade e robustez financeira. De realçar o desempenho do segmento móvel, que apresentou uma margem de EBITDA de 27,5% sustentada num aumento da quota de mercado e numa redução de custos no período. As taxas de terminação móveis (TTM) assimétricas tiveram o seu fim durante o ano, tornando-o tornando-o plantornando-o de acçãtornando-o mais mtornando-odesttornando-o, tarditornando-o e breve na Eurtornando-opa. A única alternativa a este imptornando-ortantíssimtornando-o instrumenttornando-o de regulação do mercado é o decréscimo muito acentuado das TTM para valores que rondam os 0 cêntimos.

2009 foi um ano de trabalho extremamente intenso, em que reorganizámos a nossa estrutura empresarial, implementámos uma estratégia nova e complexa e continuámos a honrar o nosso compromisso de gerar crescimento económico e social de uma forma sustentável. Estou grato a toda a nossa equipa e parceiros pelo seu trabalho e talento, mas gostaria de destacar Nuno Jordão e Álvaro Portela pela sua sabedoria e planeamento cuidadoso da preparação para a sua sucessão. Os nossos feitos enchem-nos de renovada confiança e oferecem uma base sólida para progredirmos em 2010.

(4)

RELATÓRIO DE

GESTÃO

(5)

1 Principais acções estratégicas

No início de 2009, a Sonae anunciou um conjunto de objectivos estratégicos da empresa para assegurar um contínuo crescimento futuro, com o principal objectivo de transformar a Sonae numa proeminente multinacional de retalho. Segundo estas linhas, a empresa posicionou-se claramente como uma empresa de retalho, com participações estratégicas de referência numa empresa de Centros Comerciais e de Telecomunicações. Adicionalmente, definiu a internacionalização como principal prioridade dadas as restrições de crescimento em Portugal, através da entrada em novos mercados nos quais os seus conceitos distintivos proporcionem uma clara vantagem competitiva face aos concorrentes já instalados.

Durante o ano, várias foram as iniciativas corporativas implementadas consistentes com os objectivos estratégicos definidos.

Internacionalização

Durante 2009, a Empresa acelerou o seu plano de expansão internacional, com o reforço da presença no mercado espanhol através de abertura de 22 lojas face ao final de 2008, num total de 22 mil m2 de área de vendas. Até ao final de 2009, a Sonae detinha em Espanha 3 formatos: Worten, formato de electrónica de consumo, com 14 lojas a totalizar os 34 mil m2; SportZone, formato de artigos de desporto, com 14 lojas a totalizar os 17 mil m2 de área de venda, e a Zippy, conceito de vestuário de criança, com 10 lojas a totalizar os 4 mil m2. A Zippy estreou-se no mercado espanhol na segunda metade de 2009, enquanto a Worten e SportZone abriram as primeiras lojas em 2008.

De salientar o sucesso da reconversão das lojas de electrónica de consumo, adquiridas em Espanha no 1S08, para o conceito e marca Worten, com os consumidores a aceitarem bem as mudanças implementadas. Os custos de internacionalização reconhecidos no ano incluíram os custos de conversão associados à adaptação da marca, os quais, adicionados aos custos de novas aberturas e lançamento da nova marca Zippy, se reflectiram num EBITDA negativo gerado pela operação de retalho especializado em Espanha em 2009.

No cômputo geral, assistiu-se a um desempenho positivo das operações em Espanha, com níveis de crescimento promissores, numa base comparável, e a contribuir com cerca de 13% das vendas de retalho especializado em 2009, ou seja, 144 milhões de volume de negócios, a comparar com 30 milhões de euros em 2008.

De realçar a nomeação de dois novos membros Não Executivos da Administração da Sonae, com a finalidade de aumentar a experiência do Conselho de Administração, em particular no que diz respeito à internacionalização de operações de retalho.

Reorganização do centro corporativo

Foram implementadas várias alterações organizacionais, concebidas para providenciar maior enfoque na actividade de retalho, bem como desenvolver as competências dos gestores de topo:

Reorganização do negócio de retalho em 3 unidades separadas: 2 negócios core – Retalho

de base alimentar e Retalho Especializado; 1 negócio relacionado – Imobiliário de Retalho

Esta nova estrutura tem em consideração as diferentes oportunidades de internacionalização, que são diferentes para os negócios de retalho alimentar e não alimentar, e é instrumental para o desenvolvimento dos executivos de topo em cada área. Além disso, espera-se que a nova unidade de negócios de Imobiliário de Retalho seja uma importante fonte de capital para financiar a expansão internacional e/ou reduzir a dívida.

(6)

Em Fevereiro de 2010, num evento subsequente ao ano, a Sonae alterou a sua identidade corporativa e assumiu uma nova imagem de marca a ilustrar os seus atributos – criativa, determinada, dinâmica, world class, entusiasta e aberta. Esta reformulação não tratou apenas de alterar a imagem da Sonae, mas passou também por mudar a imagem das 3 unidades de negócio acima mencionadas, nomeadamente: Sonae MC, a nova designação para os negócios de retalho de base alimentar, Sonae SR, designação para os negócios de retalho especializado, e Sonae RP, para integrar a gestão imobiliária dos negócios de retalho.

Fusão do centro corporativo do Retalho com a Sonae Holding

Desta forma, a Sonae reforçará o seu enfoque no retalho e nas áreas de negócio relacionadas e nas competências e activos que acredite terem maior potencial para sustentar o desenvolvimento de novos negócios de retalho. Adicionalmente, permitirá libertar os recursos necessários para os novos desenvolvimentos, sem aumentar o número de colaboradores.

Criação de uma unidade de gestão de investimentos

Foi criada uma unidade de apoio ao novo centro corporativo, com competências de fusões e aquisições (F&A) e um claro enfoque no sector de retalho. Numa primeira fase, esta unidade será responsável pelos investimentos da Sonae onde a actividade de F&A se apresenta tão importante como o crescimento orgânico, a fim de conseguir a criação de valor, nomeadamente: a área de seguros (MDS, Cooper Gay e LazamMDS), agências de viagens (a joint venture com o Grupo RAR – Star e Geotur) e DIY (joint venture com a CRH-Maxmat).

Diversificação do estilo de investimento

Em 2009, a unidade de gestão de investimentos recém-criada pela Sonae assinou um acordo de parceria para a sua área de corretagem de seguros, o que representa uma importante medida estratégica para permitir a esta unidade reforçar a presença no mercado latino-americano. Os termos do acordo envolveram a aquisição à família Feffer de uma participação efectiva de 55% na Lazam-mds, por contrapartida de 49,99% do novo capital social da MDS mais um encaixe financeiro de 47 milhões de euros recebido pela Sonae.

Desta operação resultou uma mais-valia de 29 milhões de euros, contribuindo para um aumento significativo do EBITDA e resultados directos alcançados no ano.

.

(7)

2 Principais indicadores de negócio

VOLUME DE NEGÓCIOS POR SEGMENTO EBITDA POR SEGMENTO

Milhões de euros

2007

(P)

2008

2009

Resultados directos

Volume de negócios

4.417

5.353

5.665

EBITDA recorrente

536

602

633

% Volume de Negócios

12,1%

11,2%

11,2%

EBITDA

536

620

667

% Volume de Negócios

12,1%

11,6%

11,8%

EBIT

298

332

349

Resultados financeiros

-115

-174

-123

Resultado líquido directo

238

171

190

Atribuível aos accionistas

198

159

171

Resultados indirectos

Resultado líquido indirecto

117

-132

-116

Atribuível aos accionistas

76

-79

-77

Resultado líquido

Resultado líquido

355

39

74

Atribuível aos accionistas

275

80

94

CAPEX

1.454

886

614

Capital investido

4.292

4.721

4.781

Dívida líquida

2.526

3.139

3.028

Dívida líquida incluindo suprimentos

2.621

3.159

3.080

Retorno do capital investido (%)

6,9%

7,0%

7,3%

Colaboradores a 31 de Dezembro

34.896

37.437

39.372

(P) Valores Pro-Forma excluindo o contributo da Sonae Capital em 2007; os valores de 2007 consolidam os centros comerciais do Sierra Portugal Fund de acordo com o Método de Equivalência Patrimonial no 2S08 e incluem a alocação do valor de mercado da aquisição do Carrefour no final de2007.

54% 55% 55% 18% 17% 20% 2% 2% 2% 3% 3% 3% 20% 18% 17% 5% 4% 3% 0% 3% 2% 2007 2008 2009

Sonae MC Sonae SR Sonae RP

Sonae Sierra Sonaecom Investment mngmt. Postos de abastec. Elimin.& ajust.

26% 30% 30% 10% 8% 7% 18% 18% 17% 14% 14% 14% 30% 26% 26% 2% 1% 5% 12,1% 11,6% 11,8% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2007 2008 2009 Sonae MC Sonae SR

Sonae RP Sonae Sierra

Sonaecom Investment mngmt.

(8)

CAPEX POR SEGMENTO DÍVIDA LÍQUIDA POR SEGMENTO

ALAVANCAGEM DE ACTIVOS DA SONAE SIERRA (%)

RÁCIO DE DÍVIDA DOS NEGÓCIOS DE RETALHO E TELECOMUNICAÇÕES (%)

RETORNO DOS CAPITAIS PRÓPRIOS (%) RESULTADOS LÍQUIDOS POR ACÇÃO (EUROS)

37% 15% 22% 8% 10% 16% 19% 15% 15% 29% 21% 16% 16% 34% 25% 0% 1% 6% -8% 4% 1% 2007 2008 2009

Sonae MC Sonae SR Sonae RP

Sonae Sierra Sonaecom Investment mngmt. Elimin.& ajust. 41% 38% 39% 32% 28% 30% 12% 13% 12% 0% 3% 3% 16% 18% 16% 2007 2008 2009

Sonae Retalho Sonae Sierra Sonaecom Investment mngmt. Holding 41,0% 46,7% 49,9% 2007 2008 2009 Shopping Centres 1,9 x 2,5 x 2,2 x 3,6 x 3,5 x 3,4 x 2007 2008 2009

Sonaecom Sonae Retalho

21,2% 6,8% 8,1% 2007 2008 2009 0,18 0,02 0,04 2007 2008 2009

(9)

3 Sobre a Sonae

3.1.

Perfil corporativo

A Sonae é uma das maiores empresas não financeiras em Portugal, com um total de 39.372 colaboradores e um volume de negócios de 5,7 mil milhões de euros em 2009, tendo apresentado um crescimento de receitas e rentabilidade, não obstante as recentes adversidades macroeconómicas enfrentadas. A Empresa apresenta uma estratégia clara e ambiciosa, com um potencial de crescimento elevado, aliado a uma cultura e valores fortes e uma elevada qualidade das equipas de gestão.

A Empresa iniciou a sua actividade, em Portugal, em 1959, no sector dos produtos derivados de madeira, mais especificamente como produtor de painéis decorativos de alta pressão. Os negócios da Sonae cresceram de forma contínua até à década de 80, data em que iniciou um processo de diversificação, através da aquisição de uma cadeia de supermercados, seguida da abertura do primeiro hipermercado em Portugal.

Actualmente, a Sonae apresenta-se como uma empresa de retalho com duas importantes parcerias no sector dos centros comerciais e telecomunicações. As unidades de negócio são geridas de forma independente por equipas de gestão totalmente dedicadas e com experiência nos sectores, que desenvolvem estratégias baseadas nos seus diferentes factores de geração de valor.

.

Estrutura organizacional

Negócios core

Sonae MC

A Sonae MC, o negócio de retalho alimentar, é considerada actualmente uma referência no sector, após ter revolucionado os hábitos de consumo e a estrutura comercial em Portugal com a abertura do primeiro hipermercado no país e o lançamento de formatos inovadores de retalho especializado. Esta unidade de negócio é composta por vários formatos distintos:

SONAE

Volume de negócios 5.7 mil milhões euros (2009); EBITDA 667milhões euros (2009); Invested Capital 4.8 billion euros (2009)

100%

100%

100%

50%

53%

100%

SONAEMC Retalho alimentar Hipers e supers SONAESR Retalho especializado Categorias de desporto; electrónica e têxtil SONAESIERRA Centros comerciais Desenvolvimento, detenção e gestão de centros SONAECOM Telco Serviços de comunicação SONAERP Imobiliário de retalho Activos de retalho Gestão de investimentos Unidades com actividades de F&A: seguros, viagens e DIY 55% Vendas 30%EBITDA 10%Capital investido 20% Vendas 7%EBITDA 5%Capital investido 3% Vendas 14%EBITDA 35%Capital investido 2% Vendas 17%EBITDA 32%Capital investido 3% Vendas 4%EBITDA 3%Capital investido 17% Vendas 26%EBITDA 16%Capital investido NEGÓCIOS CORE NEGÓCIOS RELACIONADOS PARCERIAS CORE GESTÃO DE INVESTIMENTOS

(10)

Continente

(39 lojas)

Modelo

(125 lojas)

Bom Bocado

(80 lojas)

A marca Continente foi a primeira cadeia de hipermercados em Portugal, continuando a ser a referência no sector de retalho alimentar do país. As suas lojas inserem-se em grandes centros comerciais nas principais cidades portuguesas e têm uma área de venda média de cerca 7.000 m2. A marca encontra-se posicionada para oferecer preços altamente competitivos, a par de um leque alargado de produtos e normas exigentes de apoio ao cliente.

A cadeia Modelo compreende supermercados localizados sobretudo em centros

populacionais de média dimensão. Com um núcleo muito forte na área alimentar e de perecíveis, as lojas aliam a proximidade com variedade e preços competitivos. A marca possui uma vasta gama de produtos de marca própria que são bem aceites pelos clientes.

.

Tendo um conceito inovador, a cadeia de cafetarias Bom Bocado combina a conveniência da sua oferta com a qualidade do serviço personalizado, garantindo a frescura dos seus produtos e, assumindo, simultaneamente, uma nova abordagem do espaço.

Área Saúde

(115 lojas)

Book.it

(14 lojas)

A Área Saúde foi o primeiro espaço de saúde em Portugal, inserido numa cadeia de retalho de base alimentar, a vender medicamentos não sujeitos a receita médica. Os seus espaços apresentam em média cerca de 95 m2 e estão

maioritariamente situados junto de hipermercados Continente e supermercados Modelo. A marca complementa e enriquece a sua oferta com uma gama de produtos de beleza e de saúde alternativos.

A Book.it apresentou-se no mercado como a primeira marca de retalho especializado em Portugal a colocar num só espaço três

conceitos de negócio: livraria, papelaria e tabacaria. É um ponto de referência cultural, pela variedade de livros e revistas em oferta. As lojas, com uma área de venda média de cerca 350 m2, estão localizadas em centros comerciais e apresentam um ambiente informal e jovem, com uma segmentação

(11)

clara e de fácil assimilação pelo cliente.

Sonae SR

A Sonae SR, a unidade de retalho não alimentar, abarca um conjunto de 7 marcas com uma posição de referência nos seus respectivos segmentos de mercado.

A oferta é relacionada com os segmentos de desporto, moda e electrónica de consumo, a saber:

SportZone

(75 lojas)

Loop

(11 lojas)

A SportZone é a maior cadeia de lojas de desporto em Portugal e conta com uma rede de lojas com uma área média de venda de cerca 800 m2 presentes nos principais centros comerciais do país. Em 2008, a marca SportZone expandiu-se para o mercado espanhol, estando actualmente presente em Madrid, Barcelona, Galiza, Saragoça, Múrcia e Valência. A marca oferece uma gama alargada de artigos e equipamentos para as diferentes modalidades, com marcas de prestígio conjugadas com diversas opções ao nível de marcas próprias.

A Loop é uma rede de sapatarias especializadas com uma oferta multimarca, para homem, senhora e criança. A cadeia disponibiliza a maior oferta do mercado nos segmentos casual urbano e casual desportivo, assistida por um atendimento de elevada qualidade e rapidez de serviço. A marca distingue-se também pelo ambiente de loja distintivo e de forte personalidade.

(12)

Worten

(132 lojas)

Vobis

(17 lojas)

Worten Mobile

(48 lojas)

A Worten é a cadeia líder de mercado na área dos

electrodomésticos e da electrónica de consumo e entretenimento em Portugal. Com uma ampla gama de produtos, zonas de entretenimento e zonas de experimentação, esta marca oferece uma selecção de produtos tecnologicamente inovadores, apoiada por um atendimento conhecedor e qualificado e por uma variedade de serviços especializados, com duas tipologias distintas: as superstores, com cerca de 500 m2 de área de venda, e as megastores, de 1.500 m2. A marca expandiu-se para o mercado espanhol em 2008.

Especialista na informática de retalho em Portugal, a marca Vobis tem como missão tornar as novas tecnologias acessíveis a todos os portugueses. Com lojas de aproximadamente 500 m2

integradas em centros comerciais, o cliente encontra na Vobis as melhores soluções ao nível da tecnologia (computadores, impressoras, acessórios de multimédia e de comunicações, telemóveis, software e jogos) a preços competitivos.

A Worten Mobile oferece um sólido know-how no domínio das

telecomunicações móveis. Com o apoio de uma equipa de

colaboradores especialistas em telecomunicações móveis, a Worten Mobile aconselha o cliente na escolha do equipamento mais adequado às suas necessidades.

Modalfa

(99 lojas)

Zippy

(34 lojas)

Com lançamento em 1995, a cadeia afirmou-se no mercado têxtil nacional, conquistando a preferência das famílias

portuguesas através de linhas muito atractivas de vestuário, calçado e acessórios. A sua actividade baseia-se numa rede de lojas, contando cada uma com cerca de 500 m2 de área de venda. No primeiro

A primeira loja Zippy Kidstore abriu em Março de 2004 no Gaia

Shopping (Portugal), tratando-se de um espaço com uma gama de roupa e acessórios para crianças dos 0 aos 14 anos, com uma área média de venda de cerca 350 m2. De

disposição renovada e funcional, as lojas apresentam hoje uma oferta mais completa, complementando o

(13)

semestre de 2008 foi lançado um novo conceito, a mega Modalfa, com uma área de vendas de 1.000 m2. A proposta de valor da Modalfa caracteriza-se pelo

desenvolvimento de colecções adaptadas aos diferentes estilos de vida dos seus clientes, respeitando as últimas tendências da moda e assegurando uma óptima relação qualidade/preço.

vestuário com uma extensa gama de puericultura, mobiliário e brinquedos. A marca expandiu-se para o mercado espanhol em 2009.

Parcerias Core

Centros Comerciais (Sonae Sierra)

A Sonae Sierra é uma empresa internacional, especializada em centros comerciais, com uma abordagem integrada de negócios que inclui actividades de desenvolvimento, propriedade e gestão (gestão de activos e gestão de propriedade). Esta abordagem de estar presente ao longo da cadeia de valor do negócio, inserida numa visão de investimento a longo prazo, assegura o contínuo aumento de valor dos centros comerciais. Criada em Portugal em 1989, é detida conjuntamente pela Sonae (50%) e a Grosvenor, do Reino Unido (50%).

A forte política de parcerias da Sonae Sierra, quer com investidores internacionais, quer com parceiros locais, confere à empresa uma sólida situação financeira, assim como a capacidade de adquirir rapidamente um conhecimento aprofundado de um mercado e criar novas oportunidades de negócio. No final de 2009, a Sonae Sierra encontrava-se presente em Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Grécia, Roménia e Brasil, sendo proprietária de 52 centros comerciais, com uma ABL1 total de mais de 2.000 mil m2, e detendo uma ABL sob gestão de mais de 2.200 mil m2 e mais de 8.450 lojistas.

Telecomunicações (Sonaecom)

A Sonaecom detém 3 unidades de negócio principais – Telecomunicações, Software e Sistemas de Informação e Media – identificando e explorando as sinergias existentes, ao mesmo tempo que maximiza o potencial de crescimento das unidades. A France Telecom é um parceiro estratégico, com uma participação minoritária de 20%.

No negócio das telecomunicações, a empresa, através da marca Optimus, oferece uma gama completa de serviços de comunicações móveis, fixas e serviços multimédia, dirigidos a clientes residenciais e empresariais em Portugal. No final de 2009, o segmento móvel detinha uma quota de mercado de 20%, com aproximadamente 3,4 milhões de subscritores. No negócio das SSI, a empresa é líder de mercado do mercado de revenue assurance de telecomunicações com a WeDo Technologies, enquanto no negócio dos media encontra-se presente no mercado de imprensa diário em virtude de ser proprietária de um jornal de referência em Portugal, o Público.

1

(14)

Negócios relacionados

A Sonae RP é uma unidade de negócio recém-criada responsável por gerir os activos de retalho imobiliário da Sonae. A sua missão consiste em gerir a base de activos de forma mais pró-activa e eficiente, libertar parcialmente o capital investido nos activos e desenvolver competências de gestão de imobiliário de retalho. A unidade de negócio gere os seus activos através de 2 equipas relacionadas: uma equipa de Gestão de Activos, responsável por gerir o parque imobiliário, incluindo os projectos em desenvolvimento, novos investimentos e monetização de activos; e uma equipa de Gestão de Propriedades, responsável por acrescentar valor às áreas de pequeno retalho da Sonae através da gestão pró-activa dos lojistas e a promoção de iniciativas comerciais para captar consumidores para os espaços.

Actualmente, a Sonae RP detém os seus activos através de 29 empresas de imobiliário e 2 fundos. A carteira de activos inclui 34 hipermercados, 102 supermercados, 2 grandes centros logísticos, edifícios de escritórios e propriedade a ser explorada para futura expansão. No final de 2009, o capital investido da Sonae RP ascendia a 1,5 mil milhões de euros.

Gestão de investimentos

A área de Gestão de Investimentos cria valor para a Sonae ao apoiar a implementação da estratégia corporativa e de negócio, maximizando o retorno dos accionistas na sua carteira de activos, apoiando activamente o planeamento e a execução de F&A por parte dos negócios “core” e reforçando a rede de contactos empresariais da Sonae com outras indústrias, consultores de F&A e bancos de investimento. Actualmente o portfólio da área de Gestão de Investimentos inclui empresas que operam na área da bricolagem de retalho (Maxmat), agências de viagens (GeoStar) e corretagem de seguros (MDS), sectores onde se considera que as F&A terão um papel importante na criação de valor.

3.2.

Valores & Princípios

Os valores e princípios corporativos da Sonae, partilhados pelos seus gestores e colaboradores, são considerados como factores fundamentais e estruturais para as competências distintivas da Empresa. Dada a dimensão e a estrutura organizacional da Sonae, com negócios a operar em diferentes países e culturas, muitas vezes com diferentes abordagens e posicionamentos no mercado, os valores e princípios corporativos são como que a “cola” que mantém todos os negócios unidos, garantindo a sua força colectiva e um futuro comum.

As características fundamentais da cultura corporativa da Sonae dividem-se em 7 princípios:

Ética e confiança

A Sonae tem como compromisso fundamental a criação de valor económico baseado em princípios de ética e desenvolvimento sustentável, num horizonte de longo prazo e assente em relações de confiança com todos os interlocutores.

Pessoas no centro do sucesso

Os colaboradores são um factor distintivo nos mercados onde a Sonae opera. A Empresa acredita que o desenvolvimento das capacidades e competências de cada um, o fomento de uma cultura interna que promova a meritocracia, os desafios constantes e a predisposição para a mudança são factores cruciais para a atracção de recursos humanos de elevada capacidade.

(15)

Ambição

A ambição da Sonae, a qual permitiu a transformação de um pequeno negócio de laminados de madeira numa das melhores empresas sediadas em Portugal, com uma presença internacional crescente e liderando quase todos os sectores nos quais está presente, continua a ser a principal força impulsionadora do seu sucesso.

A Sonae tem sempre por objectivo atingir posições de liderança nos negócios em que actua. Assim sendo, define continuamente objectivos ambiciosos, acima e além dos benchmarks e melhores práticas, alargando incessantemente as suas competências e exigindo dos seus gestores uma atitude ousada e empreendedora. A Empresa é altamente resiliente na concretização dos seus objectivos ambiciosos, pelo que implementa as melhores práticas de gestão de risco para conseguir equilibrar as suas atitudes ousadas com a garantia de uma rápida detecção e gestão de situações adversas.

Inovação

A inovação é vista como um dos pilares essenciais da sustentabilidade e diferenciação a longo prazo da Sonae e, consequentemente, esta continuamente explora e examina oportunidades com potencial de geração de valor, questionando os seus modelos de negócio, práticas, processos e políticas de mercado. Para a Sonae, a inovação consiste em muito mais do que simplesmente a criação de novos produtos e serviços. A inovação engloba também a observação do mercado e dos consumidores, analisando e antecipando as suas necessidades e, com base nos resultados obtidos, oferecer uma proposta atractiva, única e com valor acrescentado.

Responsabilidade social

A Sonae tem um forte sentido de responsabilidade social e inclui, nos seus valores e cultura, um princípio de sustentabilidade como base da adopção de um papel activo de contribuição para a melhoria da sociedade em que se insere, com forte preocupação ambiental, comunitária e com um respeito grande pelos colaboradores, clientes, accionistas e fornecedores.

Frugalidade e eficiência

A Sonae elimina despesas supérfluas e é muito conscienciosa relativamente aos custos, procurando sempre melhorar a sua eficiência operacional e a sua estrutura organizativa. Em linha com este princípio, a Sonae procura optimizar os seus recursos, seleccionando cuidadosamente onde e quando utilizar os mesmos, a fim de maximizar os seus retornos. Além do mais, a Empresa selecciona criteriosamente o seu investimento, alocando-o a áreas e iniciativas que permitam melhorar a sua capacidade para criar valor.

Cooperação e independência

A Sonae estabelece parcerias de longo prazo com outras entidades, as quais se baseiam em princípios de honestidade, integridade e transparência. A Sonae empenha-se totalmente no sucesso de cada parceria que estabelece, adoptando um papel activo, partilhando objectivos e riscos, facultando contribuições valiosas e garantindo os recursos necessários.

A Sonae procura cooperar com os governos centrais e regionais, sempre que se encontra numa posição que lhe permite contribuir com o seu conhecimento e experiência, para ajudar a melhorar as condições reguladoras, legislativas e sociais. No entanto, o compromisso e a disponibilidade da Sonae para ajudar a sociedade nunca conduzem à perda de independência nem ao envolvimento com a actividade dos partidos políticos.

3.3.

Órgãos de gestão

O Conselho de Administração da Sonae é composto por dez membros, dos quais cinco são Administradores Não Executivos. A Sonae cumpre com os princípios de Governo da Sociedade relativos à separação de responsabilidades, nomeadamente no que concerne às funções de Presidente do Conselho de Administração e

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Presidente da Comissão Executiva, e relativos à influência concedida aos Administradores Não Executivos no processo de decisão e na definição estratégica da Empresa.

EXECUTIVOS NÃO EXECUTIVOS COMISSÃO DE AUDITORIA E FINANÇAS COMISSÃO DE NOMEAÇÕES E REMUNERAÇÕES INDEPENDENTES NÃO -INDEPENDENTES PRESIDENTE Belmiro Mendes Azevedo ADMINISTRADORES Àlvaro Cuervo Bernd Bothe Christine Cross José Neves Adelino Michel Bon

Paulo Azevedo (CEO) Álvaro Portela Ângelo Paupério Nuno Jordão

O Conselho de Administração é responsável pela gestão dos negócios da Sonae, monitorização de riscos, gestão de conflitos de interesse e desenvolvimento dos objectivos e estratégia da organização. Os Estatutos da Sonae permitem que o Conselho de Administração delegue poderes numa Comissão Executiva em matéria de negócios, deveres e responsabilidades de gestão corrente e nos termos considerados apropriados. O Conselho de Administração tem igualmente duas comissões de trabalho especializadas, nomeadamente a Comissão de Auditoria e Finanças (CAF) e a Comissão de Nomeação e Remuneração (CNR). A CAF é responsável, entre outras, pelo controlo e monitorização dos processos de divulgação de informação financeira, contabilidade e actividades de auditoria e gestão de risco. A CNR é responsável, entre outras, pela supervisão da remuneração dos Administradores do Grupo. É de realçar que a CAF é constituída unicamente por membros Não Executivos Independentes, os quais, durante 2009, se reuniram periodicamente e exerceram uma influência significativa sobre o processo de tomada de decisões e o desenvolvimento da estratégia e política da Sonae, não tendo encontrado quaisquer impedimentos na execução das suas funções.

3.4.

Estratégia

A Sonae definiu um conjunto de objectivos estratégicos que acredita firmemente que deverão guiar as suas acções e ajudar a delinear os seus planos estratégicos individuais. São sobretudo ideias centrais que irão orientar o desenvolvimento dos negócios e a respectiva adaptação à evolução contínua das circunstâncias com que a Empresa se deparará. Trata-se de antecipar o modo “como a Sonae se apresentar| no futuro”.

Internacionalização

A internacionalização, focada nos negócios core e áreas de negócio adjacentes, será o principal vector de crescimento futuro da Empresa ao longo dos próximos anos. Esta é a sua principal prioridade estratégica e, consequentemente, a Sonae irá dedicar-lhe todos os recursos necessários, sempre que tiver a oportunidade de aumentar a sua presença fora do país e transformar-se numa grande multinacional de retalho.

A estratégia da Sonae irá direccionar-se para ”geografias de crescimento”’e “mercados maduros”. Nas ”geografias de crescimento”, procurar| um forte crescimento económico e mercados de retalho ainda em desenvolvimento, dando preferência aos países com melhores práticas de governaç~o. Nos ”mercados maduros”, onde a Sonae já se encontra presente, procurará oportunidades de crescimento em que os seus conceitos

(17)

distintivos, as suas competências e os seus activos estratégicos proporcionem uma clara vantagem competitiva face aos concorrentes já instalados.

Diversificação do estilo de investimento

É intenção da Sonae alavancar os seus recursos e a eficácia da sua estratégia de implementação, adoptando o estilo ou a mistura de estilos de investimento mais apropriados a cada negócio, que vão da detenção da totalidade do capital à detenção de participações maioritárias, mas incluindo também as participações minoritárias com ou sem direitos especiais.

A Sonae admitirá participar no capital de empresas onde não garanta o controlo, em situações em que não disponha dos recursos necessários ou em que valorize a contribuição de terceiros como factor de geração de valor económico superior. Nestas circunstâncias, a Sonae irá promover processos de consolidação e outros movimentos de restruturação dos sectores em causa, entrar em novas geografias como parceira com a capacidade de aportar conhecimentos técnicos e desenvolver a necessária rede de relacionamentos profissionais de alto nível.

Alavancar a excepcional base de activos em Portugal

A Sonae continuará a explorar novas oportunidades de negócio que derivem da sua excepcional base de activos em Portugal, como forma de criar um conjunto de opções de crescimento futuro. Estes projectos devem possuir a maioria das seguintes características: (i) potencial claro de internacionalização; (ii) níveis atractivos de rentabilidade potencial; (iii) permitam tirar proveito das grandes tendências globais; (iv) representem o reforço da sua posição competitiva no retalho; (v) disponham de potencial para se tornarem negócios de grande dimensão a médio prazo.

Ao manter um claro enfoque nestes objectivos e na estratégia global, a Sonae irá assim construir o seu futuro, gerindo os seus desafios diários com maior ambição para crescer, promovendo as condições para consolidar a sua presença internacional, adoptando uma atitude centrada no consumidor e assumindo uma postura de rigor na execução e na qualidade.

3.5.

Marcos corporativos

A tabela seguinte apresenta uma descrição cronológica das últimas cinco décadas da Sonae:

1959

Fundação da Sonae. A Empresa introduz, em Portugal, a produção de estratifite a partir de um produto desperdiçado –

o engaço de uva.

1965

A Sonae contrata Belmiro de Azevedo. O engenheiro químico de 26 anos inicia grandes reformas na produção e a Empresa começa a recuperar financeiramente, concentrando-se na produção de laminados.

1983

Joint-venture entre a Sonae e a Promodès no negócio do retalho, com o principal propósito de partilha de conhecimentos.

Lançamento da Sonae no mercado de capitais.

1984

Início da actividade da Modelo Continente Hipermercados, na qual a Promodès detinha 20%. Criação da MDS, com o objectivo de gerir os seguros e gestão de risco das empresas Sonae.

1985

Abertura do primeiro hipermercado em Portugal.

1986

Inauguração do Hotel Porto Palácio, que rapidamente se tornou uma referência hoteleira da cidade.

1987

Aquisição dos supermercados “Invictos” e conversão da marca para Modelo. Criação de uma cadeia nacional de supermercados, introduzindo bens de base não alimentar na gama de produtos vendidos.

(18)

1988

Criação da Sonae Tecnologias de informação, com actuação no sector das tecnologias de informação e media, na altura liberalizados.

1989

Início da actividade da Sonae Imobiliária. Abertura dos dois primeiros centros comerciais geridos pela Sonae (Portimão e Albufeira). Aquisição da Star, uma agência de viagens com serviços de viagens de turismo e negócios.

1990

Lançamento do Público, um jornal diário nacional.

1991

Lançamento dos primeiros produtos da marca própria Continente. Abertura do primeiro centro comercial moderno em Portugal, o CascaiShopping.

1992

Participação no capital social da instituição financeira BPA, em processo de privatização.

1994

Constituição da Sonae Turismo

1995

Lançamento do Visa Universo, o primeiro cartão de crédito na Europa lançado em associação com uma cadeia de retalho; atribuía descontos em lojas da Sonae. Lançamento da Modalfa, uma cadeia de lojas de vestuário.

Abertura do primeiro health club com a marca Solinca.

Oferta pública de aquisição do BCP sobre 100% do capital social do BPA, com a Sonae a vender a sua participação na instituição financeira.

1996

Lançamento da Worten, um formato de electrodomésticos e electrónica de consumo.

1997

Inauguração do Centro Comercial Colombo, o maior na Península Ibérica.

Lançamento da SportZone, formato de artigos de desporto; lançamento simultâneo em Portugal e Espanha.

Aquisição da Torralta (Tróia), fortalecendo a presença no sector de turismo.

1998

Aquisição da terceira licença de fornecimento de serviços de telecomunicações móveis em Portugal.

Lançamento da Optimus, o terceiro operador a entrar no mercado móvel em Portugal.

Aquisição, gestão e venda de créditos na TVI, um canal de televisão português, pela Sonae Tecnologias de Informação.

1999

Aquisição de participação no capital da Portucel (produção de celulose e papel) Início da internacionalização da Sonae Imobiliária, com a entrada em Espanha, Grécia e Brasil. Lançamento do Clix, que rapidamente se torna líder no acesso à internet no segmento residencial. Lançamento da Novis, operador de serviços de telecomunicação fixa, aquando da liberalização do sector.

2000

A Sonaecom é admitida à cotação na Bolsa de Lisboa. A Optimus ganha 1 das 4 licenças de UMTS, investindo em dados sem fios e transmissão de voz. Entrada da Sonae Imobiliária em Itália e na Alemanha.

2001

Lançamento da WeDo, um provedor de tecnologias de informação especializado no sector das telecomunicações.

2002

Estabelecimento de uma joint-venture com o grupo Suzano, dando origem a uma das maiores corretoras de seguros no Brasil, a Lazam-mds. A WeDo Consulting abre escritórios em Espanha e Brasil.

2003

Lançamento do Fundo Sierra, um fundo de imobiliário pan-europeu com um valor de capital próprio de 1,08 mil milhões de euros e uma maturidade de 10 anos. Criação da Mainroad, uma empresa de tecnologias de informação com competências em áreas como IT outsourcing, apoio informático e business continuity.

2004

Alienação da participação na Portucel, retirando-se do mercado de celulose e papel, seguido da venda da participação na Gestcartão. A MDS integra a rede internacional de correctores Brokers Link.

(19)

Lançamento da Zippy, uma cadeia de lojas de vestuário para crianças dos 0 aos 14 anos.

2005

Cisão da Sonae indústria; a Sonae não manteve qualquer participação na empresa. Alienação da Sonae Distribuição Brasil ao grupo Walmart.

A Sonae Imobiliária passa a denominar-se Sonae Sierra, para criar uma marca internacional no sector de centros comerciais.

2006

Abertura da Worten Mobile, um formato de equipamento de telecomunicações. Lançamento da Área Saúde, para a venda de produtos de saúde e beleza. Lançamento do Clix Smart TV, a primeira oferta de IPTV em Portugal.

A MDS torna-se líder em Portugal.

Lançamento da oferta pública de aquisição (OPA) da Sonaecom sobre a PT e PT Multimedia.

2007

Alterações na estrutura de gestão da Sonae: Belmiro de Azevedo torna-se Chairman da Sonae e Paulo Azevedo assume a Presidência Executiva. A Sonae Distribuição adquire os hipermercados do Carrefour em Portugal, reforçando a sua posição de liderança no sector de retalho alimentar em Portugal.

Lançamento dos cartões de cliente do Continente e Modelo. Lançamento da Book.it (livros e artigos de papelaria).

A MDS adquire 14% de uma empresa de resseguros em Londres, a Cooper Gay. Cisão da Sonae Capital; a Sonae não manteve qualquer participação na empresa.

A WeDo adquire a Cape Technologies, empresa sediada na Irlanda, tornando-se desta forma o líder mundial em Revenue Assurance.

2008

Lançamento da Loop, uma cadeia de sapatarias. Expansão internacional da SportZone e Worten para o mercado espanhol. A Sonae Capital é admitida à cotação na Euronext Lisboa.

Fusão Geotur / Star (joint-venture entre a Sonae e RAR). Lançamento das cafetarias Bom Bocado.

Lançamento do Fundo Sierra Portugal, a deter 8 dos centros comerciais portugueses da Sonae Sierra, com um valor do capital próprio de 300 milhões de euros.

2009

Apresentação da estratégia corporativa da Sonae e reorganização das áreas de negócio. Expansão da Zippy para Espanha.

(20)

4 Desempenho dos negócios

4.1.

Demonstração de resultados - destaques

Volume de negócios – evolução trimestral

Volume de negócios – divisão por segmento

Sonae MC = Retalho base alimentar; Sonae SR = Retalho especializado; Sonae RP = Propriedade de retalho; Sonae Sierra = Centros comerciais; Sonaecom = Telecomunicações

Volume de negócios

O volume de negócios da Sonae aumentou 6% em 2009, com as unidades de retalho a manterem um forte ritmo de crescimento.

A Sonae MC aumentou o volume de negócios em

6%, reflectindo: (i) o aumento de 1% das vendas numa base comparável, com o aumento do volume (+5%) a compensar uma redução do preço médio unitário (-4%), este último a reflectir um fenómeno de “trading down” e de deflaç~o; (ii) o crescimento orgânico dos últimos 12 meses, com a abertura de 39 mil m2 de área (89 lojas); (iii) o sucesso do cartão de fidelização; e (iv) o investimento em marca própria, a representar 23% da categoria de bens de grande consumo. De salientar o reforço da liderança em 2009 (Fonte: Nielsen).

A Sonae SR manteve um crescimento significativo das vendas, a aumentar 22%, resultado da forte expansão orgânica dos últimos 12 meses, com a abertura de 61 mil m2 (77 lojas). Numa base comparável, as vendas diminuíram apenas 3% (+2% no 4T09), com um crescimento nos formatos de têxtil e desporto a mitigar o desempenho dos formatos de electrónica. As operações em Espanha, numa base comparável, apresentaram crescimentos de vendas promissores e representaram cerca de 13% das vendas da Sonae SR em 2009.

O volume de negócios da Sonae Sierra decresceu 1%, devido à consolidação do Fundo Sierra Portugal em 42% face a 100% no 1S08. Numa base comparável a este nível, o volume de negócios aumentou 4%, explicado: (i) pela elevada taxa de ocupação de 95%; (ii) pela manutenção das rendas totais; (iii) e pelas aberturas de novos centros comerciais, 4 centros em 2008 e 2 centros em 2009; compensando a menor actividade de desenvolvimento e a redução dos serviços de gestão.

O volume de negócios da Sonaecom diminuiu 3%, com o aumento significativo das receitas de clientes móveis, a reflectir os ganhos de quota alcançados em todos os segmentos móveis, a não compensar o impacto de menores tarifas de terminação móvel, menores receitas da área fixa residencial e menores receitas de roaming in.

Volume de negócios Milhões de euros 2008 2009 08/09 Sonae 5,353 5,665 5.8% Sonae MC 2,930 3,106 6.0% Sonae SR 928 1,132 21.9% Sonae RP 109 123 12.5% Sonae Sierra (1) 158 156 -1.3% Sonaecom 976 949 -2.7% Investment mngmt. 221 192 -13.1% Postos de abastec. 151 133 -12.0% Elimin.& ajust. -121 -127

-(1) Os centros comerciais são consolidados proporcionalmente (50%).

1520 1264 1344 1458 1599 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 5665 3106 1132 123 156 949 192 133 -127

(21)

EBITDA Recorrente – evolução trimestral

EBITDA Recorrente – divisão por segmento

EBITDA recorrente

A Sonae continuou a aumentar o EBITDA recorrente que cresceu 5%, gerando uma margem de 11%.

A Sonae MC melhorou o EBITDA recorrente em 6%, representando uma margem sobre vendas de 6,4%. Este desempenho reflectiu um reforço da quota de mercado e melhorias de eficiência operacional, nomeadamente ao nível do sistema de logística e da gestão centralizada das compras. Esta margem foi significativa, num cenário de forte intensidade concorrencial e deflação.

A Sonae SR diminuiu o EBITDA recorrente 8%, representando uma margem sobre vendas de 4,2%. Esta redução reflectiu dois desempenhos opostos: (i) o contínuo ganho de rentabilidade da operação em Portugal; e (ii) o investimento decorrente do crescimento orgânico da operação em Espanha, actualmente com 56 mil m2 e representada por 3 formatos, a Worten, SportZone e Zippy. O objectivo para o crescimento internacional é atingir EBITDA positivo em 2012. A Sonae RP reflecte sobretudo rendas internas, definidas de acordo com retornos mínimos sobre os investimentos realizados, na sua maioria alinhados com as taxas de capitalização do mercado. O EBITDA recorrente cresceu 10%, devido ao aumento dos activos detidos decorrentes do plano de expansão orgânica das operações de retalho em Portugal.

O EBITDA recorrente da Sonae Sierra foi equivalente ao de 2008 devido à previamente referida consolidação do Fundo Sierra Portugal em 42%. Numa base comparável a este nível, o EBITDA aumentou 6%, sobretudo devido às iniciativas de controlo de custos e aumento de eficiência implementados.

O EBITDA recorrente da Sonaecom aumentou 14%, desempenho justificado sobretudo pelo negócio móvel e SSI. As reduções nos custos de interligação, menores custos de Marketing e Vendas e outras iniciativas de corte de custos mais do que compensaram a redução das receitas de

roaming-in e do EBITDA recorrente gerado pelo

segmento fixo residencial.

EBITDA recorrente (1) Milhões de euros 2008 2009 08/09 Sonae 602 633 5.3% Sonae MC 187 199 6.4% Sonae SR 52 48 -7.5% Sonae RP 101 111 9.7% Sonae Sierra (2) 90 90 0.2% Sonaecom 154 176 13.7% Gestão investimentos 7 1 -79.7% Elimin.& ajust. 11 9

-(1) EBITDA a excluir valores extraordinários; (2) Os centros comerciais são consolidadosproporcionalmente (50%). EBITDA recorrente (1) % Volume de Negócios 2008 2009 08/09 Sonae 11.2% 11.2% -0.1pp Sonae MC 6.4% 6.4% 0pp Sonae SR 5.6% 4.2% -1.4pp Sonae Sierra (2) 57.1% 57.9% 0.9pp Sonaecom 15.8% 18.5% 2.7pp Gestão investimentos 3.1% 0.7% -2.3pp

(1) EBITDA a excluir valores extraordinários; (2) Os centros comerciais são consolidadosproporcionalmente (50%). 203 118 155 157 204 13,3% 9,3% 11,5% 10,7% 12,8% 0 ,0 % 2 ,0 % 4 ,0 % 6 ,0 % 8 ,0 % 1 0 ,0 % 1 2 ,0 % 1 4 ,0 % 7 0 9 0 1 1 0 1 3 0 1 5 0 1 7 0 1 9 0 2 1 0 2 3 0 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 EBITDA Margem 633 199 48 111 90 176 1 9

(22)

EBIT – divisão por segmento

Resultado líquido (accionistas) – evolução trimestral

Resultado líquido directo – atribuível aos accionistas

O EBITDA da Sonae aumentou 8% para os 667 milhões de euros, 34 milhões de euros acima do EBITDA recorrente, incluíndo o ganho extraordinário de 29 milhões de euros em consequência do acordo de parceria estratégica assinado com a família Feffer no âmbito do negócio de mediação de seguros.

O resultado líquido directo total da Sonae aumentou 11%, com a parte atribuível aos accionistas a alcançar os 171 milhões de euros, mais 12 milhões de euros do que o valor registado em 2008. Este crescimento justifica-se, sobretudo, pelo desempenho do EBITDA recorrente, o ganho de capital reconhecido no período e a redução do custo médio da dívida, não obstante um aumento do custo de depreciações e amortizações, bem como do imposto reconhecido.

As depreciações e amortizações do período aumentaram 7%, explicado essencialmente pelo plano de investimento dos últimos anos, nomeadamente na expansão da rede de lojas das unidades de retalho.

Os resultados financeiros melhoraram 29% face aos apresentados em 2008, reflectindo uma redução de 47 milhões de euros dos juros líquidos, decorrentes de uma redução do custo da dívida suportada por uma redução generalizada das taxas de juro.

A linha de imposto apresentou um custo de 38 milhões de euros, face a 2 milhões de euros no período homólogo, explicado pelo aumento significativo do EBT, pelo reconhecimento de menos impostos diferidos activos, sobretudo na Sonaecom e pelo término dos créditos de imposto, durante o ano de 2008, nas unidades de retalho.

Resultados directos Milhões de euros 2008 2009 08/09 EBITDA recorrente 602 633 5.3% EBITDA 620 667 7.6% Provisões&imparidades(1) -15 -24 -60.2% D&A(2) -274 -294 -7.4% EBIT 332 349 5.3% Resultados financeiros -174 -123 29.3% Outros resultados (3) 15 2 -86.6% EBT 173 228 32.2% Imposto -2 -38

-Resultado líquido directo 171 190 11.2%

Accionistas 159 171 7.3%

Minoritários 12 19 63.6%

(1) inclui reversão de imparidades e goodwill negativo; (2) Depreciações e Amortizações; (3) Resultados relativos a empresasassociadas. edividendos.

349 124 10 83 89 24 25 -5

MC SR RP Sierra SC GI E&A YTD

92

1 28

67

75

(23)

VCPID – evolução trimestral

VCPID – divisão por segmento

Resultados indirectos dos centros comerciais

Os resultados indirectos consolidados, atribuíveis aos accionistas, alcançaram um valor negativo de 77 milhões de euros, ligeiramente inferior ao valor de 2008. Esta evolução reflecte o aumento generalizado das taxas de capitalização na Europa, aplicadas na avaliação dos centros comerciais, gerando um custo reconhecido com o valor criado em propriedades de investimento e desenvolvimento (meramente contabilístico) a influenciar os resultados.

O valor criado em propriedades de investimento e desenvolvimento atingiu os 146 milhões de euros negativos, como resultado dos seguintes movimentos: (i) diminuição de 135 milhões de euros do valor dos centros comerciais detidos na Europa (uma desvalorização de 8% desde 2008); em 2009, a taxa média de capitalização da carteira atingiu os 7%, em comparação com uma taxa de 6,3% no final de 2008; (ii) 31 milhões de euros de aumento, resultante da melhoria do desempenho operacional estimado dos centros comerciais detidos em Portugal, Alemanha e Brasil; (iii) 3 milhões de euros de valor reconhecido nas propriedades em desenvolvimento; e (iv) uma redução de 44 milhões de euros na avaliação decorrente do ajustamento em baixa das projecções de cash-flows futuros dos centros comerciais nos outros países.

No 4T09, as taxas de capitalização em Portugal aumentaram 34pb, em Espanha 6pb, em Itália 13pb, na Alemanha 9pb e no Brasil 4pb, com as taxas na Grécia e Roménia a não sofrerem qualquer alteração face ao trimestre anterior.

A linha de imposto apresentou um ganho de 29 milhões de euros, reflectindo a anulação dos impostos diferidos passivos relacionados com a desvalorização das propriedades de investimento no ano.

Resultados indirectos dos centros comerciais (1)

Milhões de euros 2008 2009 08/09 VCPID (2) -150 -146 3.0% Outros 6 1 -Impostos 12 29 134.5% Resultado indirecto -132 -116 11.7% Accionistas -79 -77 2.6% Minoritários -53 -40 25.2%

(1) Dados de gestão; (2) Valor criado em propriedades de investimento e em desenvolvimento; propriedades em desenvolvimento reconhecidas a partir do 4T08.

-111

-66

-41

-15

-25

-146 31 -44 -135 3 CF estimado Port&Alem&Brasil

CF estimado Outros Taxas de capitalização

(24)

4.2.

Investimento

Capital investido – divisão por segmento

CAPEX

O investimento da Sonae totalizou 614 milhões de euros (11% do volume de negócios), reflectindo sobretudo os planos de expansão das unidades de

retalho, incluindo o processo de

internacionalização.

O CAPEX da Sonae MC de 137 milhões, valor ligeiramente superior ao de 2008, foi sobretudo direccionado: (i) ao investimento inicial (excluindo a componente de imobiliário) com a abertura de novas lojas (39 mil m2); (ii) à renovação do parque de lojas; (iii) aos trabalhos de preparação de futuras aberturas; e (iv) à melhoria contínua da infra-estrutura logística.

O CAPEX da Sonae SR atingiu os 97 milhões de euros (9 milhões de euros superior ao de 2008), reflectindo: (i) o investimento inicial (excluindo a componente de imobiliário de retalho) na abertura de 55 novas lojas em Portugal (40 mil m2); (ii) o investimento de manutenção do parque de lojas; e (iii) as despesas de investimento associadas à presença em Espanha, com a abertura de 22 lojas a totalizar 22 mil m2 de área de vendas e a representar cerca de 37% do investimento total da Sonae SR.

O CAPEX da Sonae RP alcançou os 90 milhões de euros, reflectindo o investimento em novas lojas e despesas de investimento por conta de aberturas futuras.

O CAPEX da Sonae Sierra reflectiu: (i) a conclusão do Manauara, no Brasil (inaugurado em Abril); (ii) o progresso no desenvolvimento dos projectos anunciados, nomeadamente do Loop5 (inaugurado em Outubro), Leiria (abertura estimada em Março 2010) e a expansão do Guimarães Shopping (concluída em Outubro); e (iii) a aquisição da propriedade e o início do desenvolvimento de um novo projecto, Le Terrazze, em Itália.

O CAPEX da Sonaecom incluiu sobretudo investimentos na rede móvel e reflectiu a estratégia de redução do capital investido associado, visível sobretudo no negócio fixo através de acordos de partilha de investimentos de rede. CAPEX Milhões de euros 2008 2009 08/09 Sonae 886 614 -30.7% % volume negócios 16.6% 10.8% -5.7pp Sonae MC 133 137 3.3% Sonae SR 88 97 10.5% Sonae RP 131 90 -30.9% Sonae Sierra (1) 185 98 -47.0% Sonaecom 299 153 -48.8% Gestão investimentos 11 34 -Elimin.& ajust. 39 4

-EBITDA menos CAPEX -266 53

-(1) Os centros comerciais são consolidados proporcionalmente (50%).

Capital investido Milhões de euros 2008 2009 08/09 Sonae 4,721 4,781 1.3% Propriedades de inv.(1) 1,888 1,836 -2.8% Inv. técnico (2) 2,958 3,221 8.9% Inv. financeiro 110 53 -51.3% Goodwill 697 746 7.0% Fundo de maneio -932 -1,075 -15.4%

(1) Inclui centros comerciais contabilizados como investimentos financeiros no balanço; (2)inclui activos disponíveis paravenda.

4781

484 250

1523 1661

752 151 -39

(25)

4.3.

Estrutura de capital

Sonae Sierra e empréstimo da holding a valorizar

Dívida líquida do retalho e telecomunicações /EBITDA (últimos 12 meses)

Nota: Rácios de endividamento calculados com base em dívida financeira (excluindo suprimentos)

Estrutura de capital

A dívida líquida da Sonae diminuiu 79 milhões de euros, explicado pelo valor de EBITDA gerado no período de 667 milhões de euros, 53 milhões de euros mais do que o esforço de investimento do ano, e por uma gestão rigorosa do fundo de maneio. No geral, em cada negócio, a dívida tem maturidades médias relativamente longas, com a maturidade média da dívida da Sonae a alcançar aproximadamente 5,1 anos (considerando 100% da dívida da Sonae Sierra), com apenas cerca de 220 milhões de euros de dívida de longo prazo a serem amortizados nos próximos 12 meses.

A dívida líquida da Sonae Retalho manteve-se equivalente à do final de 2008, reflectindo o investimento necessário para o programa de crescimento orgânico, incluindo o processo de internacionalização; o rácio de dívida líquida sobre o EBITDA (últimos 12 meses) melhorou para as 3,4x, beneficiado pelo crescimento do EBITDA dos últimos 12 meses.

A Sonae Sierra apresentou uma dívida líquida ligeiramente superior à de 2008, justificado sobretudo pela actividade de desenvolvimento. O rácio de alavancagem de activos atingiu um nível de 49,9% no final de 2008, sobretudo devido ao aumento das taxas de capitalização de mercado na Europa e resultante desvalorização dos centros comerciais detidos.

A dívida líquida da Sonaecom, excluindo o encaixe resultante da operação de securitização, totalizou os 376 milhões de euros, 6% abaixo do verificado no período homólogo, reflectindo o esforço de investimento dos últimos 12 meses; o rácio de dívida líquida sobre o EBITDA (últimos 12 meses) foi de 2,2x, beneficiado pelo crescimento do EBITDA e pela redução da dívida líquida dos últimos 12 meses.

A Holding reduziu a dívida líquida em 84 milhões de euros, incluindo o encaixe associado à operação de equity swap. O rácio de alavancagem da Holding atingiu os 14,7% no final de 2009, uma melhoria de 8,5pp face ao final de 2008.

Estrutura de capital

Milhões de euros

2008 2009 08/09

Dívida líquida inc. suprimentos 3,159 3,080 -2.5%

Unidades de Retalho 1,186 1,188 0.2%

Sonae Sierra (1) 889 927 4.2%

Sonaecom (2) 400 376 -5.9%

Gestão investimentos 104 93 -9.7%

Holding (3) 580 496 -14.5%

(1) Os centros comerciais são consolidados proporcionalmente (50%); (2) exclui a operação desecuritização; (3) Inclui contas individuais da Sonae.

46,7% 48,6% 49,3% 50,5% 49,9% 23,2% 22,5% 18,7% 14,8% 14,7% 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 Sierra Holding 3,5 x 4,4 x 4,3 x 4,2 x 3,4 x 2,5 x 2,6 x 2,2 x 2,1 x 2,2 x 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 Retalho - Dívida líquida/EBITDA (últimos 12 meses) Telecom. - Dívida líquida/EBITDA (últimos 12 meses)

(26)

4.4.

Resultados individuais da Sonae

A actividade da Sonae, enquanto empresa

individual, concentra-se na gestão das respectivas participações em empresas afiliadas.

O EBITDA atingiu um valor negativo de 2,9 milhões de euros, em comparação com os 4,6 milhões de euros negativos em 2008. O resultado líquido para o ano de 2009 atingiu os 91,7 milhões de euros, para o qual contribuíram os dividendos recebidos das empresas de retalho e Sonae Sierra.

(27)

4.5.

Desenvolvimentos corporativos

Desenvolvimentos corporativos em 2009

Na Assembleia-Geral da Sonae de 20 de Abril de 2009, foram deliberadas as seguintes alterações estatutárias:

o Explicitação de que o prazo para a apresentação da declaração de bloqueio de acções emitida por instituição financeira comprovando, junto da emitente, a qualidade de accionista para efeitos de participação na Assembleia Geral, corresponde ao terceiro dia útil anterior à realização desta;

o Enquadramento do exercício do direito de voto electrónico por correspondência;

o Explicitação estatutária de que os votos por correspondência, por correio ou de forma electrónica, valem como votos negativos em relação a propostas de deliberação apresentadas em data posterior à data de emissão do voto. A unidade de retalho da Sonae concluiu um programa de refinanciamento da dívida de médio e longo prazo referente à parte que vencer durante o ano de 2009, tendo contratado facilidades de crédito de médio e longo prazo no montante de 165 milhões de euros, com um prazo médio próximo dos 4 anos. Esta operação garante à Sonae os fundos necessários para a prossecução dos seus objectivos estratégicos, permitindo o aumento da maturidade do endividamento da Sonae e a diversificação das suas fontes de financiamento.

A unidade de gestão de investimentos assinou um acordo de parceria para a sua área de corretagem de seguros, estratégico para esta unidade reforçar a presença no mercado latino-americano. Nos termos desta transacção, foi celebrado um acordo com a família Feffer relativamente a uma operação de “roll-up“, envolvendo 55% do capital detido por estes na Lazam-mds, por contrapartida de 49,99% do novo capital social da MDS mais um encaixe financeiro de 47 milhões de euros recebido pela Sonae. Desta operação resultou uma mais-valia de cerca de 27 milhões de euros, com base no

Enterprise Value da unidade de corretagem de

seguros de 139 milhões de euros.

Foi anunciada uma Assembleia-Geral Extraordinária, a realizar a 9 de Novembro de 2009, com o principal propósito de:

o Discutir e aprovar o aumento do número de membros do Conselho de Administração de 9 para 10 membros;

o Aprovar a eleição de um novo membro Não Executivo da Administração.

O racional para esta nomeação é o de aumentar a experiência do Conselho de Administração, em particular no que diz respeito à internacionalização de operações de retalho alimentar.

A Sonae procedeu à aquisição, a 23 de Abril, através da Euronext Lisbon Stock Exchange, de 1.134.965 acções próprias, representativas de aproximadamente 0,057% do seu capital social, com vista à satisfação do Plano de Desempenho Diferido. A referida atribuição das acções efectuou-se em momento imediatamente subefectuou-sequente à respectiva aquisição.

(28)

4.6. Eventos subsequentes

No dia 16 de Fevereiro de 2010 a Union Investment concluiu o acordo com a Sonae Sierra e a Foncière Euris/Rallye para se tornar no novo detentor maioritário do Alexa, no centro de Berlim, com uma posição de 91%. A Sonae Sierra que permanecerá responsável pela gestão do centro, pretende deter em exclusivo os restantes 9% da propriedade do Alexa no futuro.

No dia 4 de Março de 2010, a Sonae Sierra Brasil, a entidade detida a 50% pela Sonae Sierra, apresentou à Comissão de Valores Mobiliários Brasileira (CVM), um pedido de registo de prospecto preliminar para uma possível oferta pública de distribuição primária de acções da Companhia, em condições ainda a serem definidas em conjunto com os bancos coordenadores – Credit Suisse e Itaú/BBA.

Em Fevereiro de 2010 a Sonaecom procedeu à emissão de um novo empréstimo obrigacionista no montante de 30 milhões de Euros por um período de 3 anos.

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