Paradores suspensos sobre o mar: Baiona, Nerja e Aiguablava
Quinta, 3 Setembro, 2015Paradores
Parador de Nerja Parador de Aiguablava Parador de Baiona
Nas proximidades, os sons do mar ecoam desde a falésia até às habitações. É possível contemplar o precipício e a imensidão do oceano a partir das habitações. Sobre as três penínsulas elevam-se três dos Paradores mais assombrosos, como terraços suspensos sobre o mar.
Parador de Baiona
Pelo mar a dentro, é possível avistar a falésia Martín Alonso Pinzón. Com uma beleza imponente, é o símbolo da salvação. Estávamos em finais de fevereiro de 1493. Regressava de uma viagem incerta, uma aventura jamais vivida até então pelos homens. Vinha do outro lado do mundo, de terras desconhecidas. Pinzón e os mais famosos marinheiros espanhóis tinham embarcado em Colón a 3 de agosto de 1492 rumo aos confins do universo. Sete meses depois avistavam novamente terra conhecida.
Neste promontório de Baiona, onde atualmente existe quiçá os mais imponentes dos Paradores, a Europa ficou a conhecer a existência de um Novo Mundo e, na baía, a Pinta e os Reis Católicos conheceram o final da sua demanda.
Se o viajante olhar pela janela conseguirá imaginar o sentimento dos marinheiros. Como um navio a navegar sobre o Atlântico, o Parador de Baiona eleva-se sobre as águas, na península de Monterreal, a enseada protegida da fúria atlântica pelas
Pretendo fazer uma reserva no Parador de Baiona
Se as Cíes não valeram a pena, o castelo medieval resguarda-se junto à falésia através de uma muralha de três quilómetros. Deslumbrante durante o dia e iluminada durante a noite, esta muralha está repleta de beleza feudal até ao hotel. É possível imaginar a vida de um rei ou nobre, tal como o Conde de Gondomar, um dos proprietários mais ilustres, que habitou há quase quatro séculos no castelo sobre o promontório. Conserva a impressionante escadaria de pedra coberta por una cúpula
A partir desta entrada inicia-se uma rede concebida de passagens e pátios senhoriais que, como um labirinto, se envolve nas estâncias do Parador e submerge o hóspede diretamente na história. É possível dormir aqui como um rei, na cama com um dossel, com vitrais cobertos com cortinados, tetos gravados e rebaixados, entre madeiras nobres e pedras centenárias. Ao abrir as suas janelas é possível avistar o mar como se de um camarote se tratasse, protagonizando em terra firme a bravura atlântica que batizou Colón como o Mar-Oceano. Além disso, é possível comer como um príncipe em salões gigantescos para quatrocentos comensais e deleitar-se com os alimentos provenientes da terra e as delícias do mar numa fusão perfeita. Um local tão peculiar e idílico que tudo parece um sonho. No exterior, existem falésias, praias e dunas, paisagens únicas, areias brancas em águas frias para relaxar, em pleno mar ou na piscina do Parador, junto ao promontório no centro de um jardim verdejante com palmeiras trazidas pelos indianos do outro lado do mundo, que anunciou nestes mesmo lugar um navegante chamado Pinzón.
Parador de Nerja
Antigamente, o promontório servia para vigiar o mar, por onde deambulavam ventos, tormentas e piratas. Sobre esta falésia,
na primeira linha de uma costa na qual foi traçada uma rede de torres vigia, como se de uma delas se tratasse, foi edificado o Parador de Nerja. Domina com as suas vistas impressionantes do Mediterrâneo, falésias e da serra. Não
existe que não deseje um tesouro semelhante. Basta aproximar-se de um dos seus terraços para apreciar a paisagem de sonho. Pretendo fazer uma reserva no Parador de Nerja
Nerja foi habitada desde a Antiguidade, quando ainda não havia qualquer escritura. Esses primeiros habitantes elegeram Nerja como um lugar privilegiado, onde o céu é azul e o verão é longo e intenso. Chegaram a este local há 42.000 anos, atraídos pelo seu clima favorável. Aqui está situado o Parador, o único da rede a partir do qual pode descer diretamente até à
praia ao utilizar um ascensor. Para chegar à areia fina e branca há que considerar a falésia. Acima sobre o promontório,
existe um jardim mediterrâneo devidamente cuidado, cuja vegetação contrasta com o azul da piscina e com a cor do
Mediterrâneo. No interior, entre salões confortáveis e habitações com terraço, foi colocado o Parador de toque andaluz e que presta homenagem a esta terra desejada com uma piscina em metade de um pátio que comemora a conquista andaluza. Ao cair da noite, com a piscina cintilante e o mar iluminado, o miradouro sobre o velho Mare Nostrum transforma-se num cenário idílico sobre as estrelas, com uma brisa marítima e o barulho das ondas. Sobre a mesa, os melhores alimentos provenientes do mar e da terra são regados com o fruto da vida e banhados com azeite. Assim, o viajante compreende o desejo dos antigos piratas vivendo sobre uma falésia junto ao Éden.
Parador de Aiguablava
O mar fragmenta a rocha deixando num ponto superior um promontório desafiante que domina o horizonte. Sobre esta
península de rocha vermelha e floresta densa, aos pés de uma praia de águas cristalinas e areia dourada, eleva-se o
Parador de Aiguablava. Permanece sobre o mar, ficando rodeado pelo Mediterrâneo, junto à falésia, na Punta d’es Muts, onde tudo termina.
Sobre o precipício escarpado, o edifício fica rodeado por pinheiros centenários que transportam o seu aroma até às habitações (quase todas com terraço), a partir das quais pode desfrutar de vistas privilegiadas. Abaixo, o mar oferece a oportunidade de desfrutar de um verão repleto de aventura e desportos, submergindo nas suas águas e apreciando a paisagem marítima. Protegida entre as rochas, uma pequena baía fornece ao viajante o desejo de sentir-se como um proprietário de uma paisagem natural. Acima, a floresta sulista abre passagem entre os blocos de pedra e envolve um espetacular terraço que serpenteia sobre a falésia. A vista é acompanhada por árvores mediterrâneas a partir das salas de jantar do Parador, onde os pratos de carne e peixe são combinados, o verde dos pinheiros e o azul do horizonte até ao fim do horizonte. É possível contemplar pinheiros e penhascos a partir dos terraços das habitações, sobre as ondas e ao abrigo das marés. Durante a noite, as coníferas fazem sombra em redor da piscina e a rampa que o leva até à vazia fica vazia, adornada com um arco de flores que testemunhou, quem sabe, um casamento.
Ao fundo, a baía termina no Mediterrâneo e todo termina em paz.
