AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS PARA
ABATE DE PALMEIRAS NO
CONCELHO DO FUNCHAL
Índice
Cláusula 1ª Objecto do procedimento --- 3
Cláusula 2ª Contrato --- 3
Cláusula 3ª Prazo de execução --- 4
Cláusula 4ª Preço base e preço contratual ---4
Cláusula 5ª Condições de pagamento ---4
Cláusula 6ª Obrigações principais do adjudicatário --- 5
Cláusula 7ª Cessão da posição contratual ---5
Cláusula 8ª Rescisão e denúncia --- 5
Cláusula 9ª Cobertura por seguros --- 6
Cláusula 10ª Responsabilidade pela culpa e pelo risco --- 6
Cláusula 11ª Interpretação --- 6
Anexo I – Anexo Técnico --- 7
CLÁUSULA PRIMEIRA Objecto do procedimento
1 – O presente Caderno de Encargos compreende as cláusulas de cumprimento obrigatório para ambas as partes na sequência do procedimento pré-contratual que tem por objecto principal a AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS PARA ABATE DE 200 PALMEIRAS NO CONCELHO DO FUNCHAL, de acordo com as condições e características constantes do Anexo I – ANEXO TÉCNICO.
CLÁUSULA SEGUNDA Contrato
1 ― O contrato é composto pelo respectivo clausulado contratual e os seus anexos. 2 ― O contrato a celebrar integra ainda os seguintes elementos:
a) Os suprimentos dos erros e das omissões do Caderno de Encargos identificados pelos concorrentes, desde que esses erros e omissões tenham sido expressamente aceites pelo órgão competente para a decisão de contratar;
b) Os esclarecimentos e as rectificações relativos ao Caderno de Encargos; c) O presente Caderno de Encargos;
d) A proposta adjudicada;
e) Os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário.
3 ― Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior, a respectiva prevalência é determinada pela ordem pela qual aí são indicados.
4 ― Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2 e o clausulado do contrato e seus anexos, prevalecem os primeiros, salvo quanto aos ajustamentos propostos de acordo com o disposto no artigo 99.º do Código dos Contratos Públicos e aceites pelo adjudicatário nos termos do disposto no artigo 101.º desse mesmo diploma legal.
CLÁUSULA TERCEIRA Prazo de execução
Os serviços mencionados na cláusula primeira e anexo técnico deste caderno de encargos serão realizados até ao final do ano de 2011.
CLÁUSULA QUARTA Preço base e preço contratual
1 – O preço base é de € 192.000,00 (cento e noventa e dois mil euros) para a totalidade dos abates a realizar.
2 – Entende-se por preço base o valor máximo que a Câmara Municipal do Funchal se propõe pagar pela prestação dos serviços a contratar.
3 – Pelo fornecimento, bem como pelo cumprimento das demais obrigações constantes do presente Caderno de Encargos, o Município do Funchal deve pagar ao fornecedor o preço unitário médio constante da proposta adjudicada, acrescido de IVA à taxa legal em vigor, se este for legalmente devido.
4 – O preço referido no número anterior inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não esteja expressamente atribuída ao contraente público, bem como quaisquer encargos decorrentes da utilização de marcas registadas, patentes ou licenças.
CLÁUSULA QUINTA Condições de pagamento
1 – As quantias devidas pelo Município do Funchal, nos termos das cláusulas anteriores, devem ser pagas no prazo de 44 dias após a recepção pelo Município da respectiva factura.
2 – O pagamento do encargo previsto no número anterior será facturado sempre que o adjudicatário pretender e após a realização de qualquer abate, com base no preço unitário constante da proposta adjudicada.
CLÁUSULA SEXTA
Obrigações principais do adjudicatário
Sem prejuízo de outras obrigações previstas na legislação aplicável e no presente caderno de encargos, decorrem para o fornecedor as seguintes obrigações principais:
a) Realização dos referidos serviços conforme descrito no anexo ao presente caderno de encargos; b) Resposta célere e intervenção imediata por solicitação da Câmara Municipal do Funchal em caso de urgência por questões de estabilidade das palmeiras que possam pôr em causa a segurança das populações.
c) Fornecimento mensal de um relatório de todos os abates executados. CLÁUSULA SÉTIMA
Cessão de posição contratual
1 – O adjudicatário não poderá ceder a sua posição contratual ou qualquer dos direitos e obrigações decorrentes da prestação de serviços sem autorização da Câmara Municipal do Funchal.
2 – Para efeitos da autorização prevista no número anterior, deve ser observado o disposto no Código dos Contratos Públicos.
CLÁUSULA OITAVA Rescisão e Denúncia
1 – O incumprimento, por uma das partes, dos deveres resultantes do contrato, confere à outra parte, o direito de rescindir o contrato, sem prejuízo das correspondentes indemnizações legais.
2 – Para efeitos do disposto no número anterior, considera-se incumprimento definitivo quando houver injustificado atraso ou erro grosseiro na execução dos abates objecto do contrato ou falta de resposta imediata quando esteja em causa a segurança das populações.
3 – A denúncia deverá ser comunicada por carta registada com aviso de recepção com antecedência mínima de 60 dias úteis.
CLÁUSULA NONA Cobertura por seguros
É obrigação do adjudicatário contratar um seguro de responsabilidade civil por danos patrimoniais e não patrimoniais causados a terceiros, no âmbito dos trabalhos adjudicados.
CLÁUSULA DÉCIMA
Responsabilidade pela culpa e pelo risco
O adjudicatário responde, nos termos da lei geral, no âmbito da prestação de serviços em causa, por todos os prejuízos causados por ele próprio, pelo pessoal, por terceiros agindo por sua conta e pelos seus fornecedores, pela culpa e pelo risco, renunciando ao direito de regresso que eventualmente pudessem ter contra a Câmara Municipal do Funchal.
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA Interpretação
Os litígios emergentes da atribuição do direito a concurso, quando não dirimidos pelos meios graciosos, serão regulados pela legislação portuguesa e submetidos ao Foro do Funchal, com renúncia a qualquer outro.
ANEXO I ANEXO TÉCNICO
Indice
Capítulo I – Introdução
Capítulo II – Objectivo dos trabalhos Capítulo III – Âmbito dos trabalhos
Capítulo IV – Descrição das palmeiras alvo de abate
Capítulo V – Identificação das tarefas incluídas no abate e forma de execução Capítulo VI – Obrigações complementares ao abate
Capítulo VII – Direcção e fiscalização dos trabalhos
Capítulo I – Introdução
O presente documento visa estipular as normas a seguir pelo adjudicatário nos trabalhos de abate de palmeiras que lhe forem indicadas pela Câmara Municipal do Funchal na sequência do procedimento adequado.
Capítulo II – Objectivo dos trabalhos
O adjudicatário deverá assegurar o abate, de forma rápida, segura e eficaz, das palmeiras afectadas pela praga de escaravelho (Rynchophorus ferrugineus) que já não apresentem possibilidades de recuperação e sua correcta eliminação.
Capítulo III – Âmbito dos trabalhos 3.1.
Os trabalhos de abate e eliminação incluem o fornecimento da mão-de-obra necessária para a formação de equipas de trabalho, assim como a maquinaria, transportes, materiais, ferramentas e outros equipamentos e produtos necessários ao correcto procedimento em questão, considerando-se incluídos no preço contratado, ainda que não taxativamente especificado.
3.2.
Não se encontra incluída neste fornecimento de serviços a extracção da parte subterrânea das palmeiras abatidas.
3.3.
O material vegetal resultante dos abates, bem como os insectos (adultos e formas imaturas) capturados deverão ser transportados a vazadouro próprio e ser obrigatoriamente alvo de uma destruição segura e definitiva.
Capítulo IV – Descrição das palmeiras alvo de abate 4.1.
As palmeiras a abater encontram-se dispersas pela cidade do Funchal, em propriedade privada e pública.
4.2.
A lista de palmeiras mortas que serão alvo da primeira intervenção pode ser consultada no Anexo II ao Caderno de Encargos.
4.3.
A localização das restantes palmeiras a abater será comunicada ao adjudicatário sempre que as mesmas forem detectadas pela Câmara Municipal do Funchal.
4.4.
De acordo com a experiência até à data, dois terços das palmeiras a abater terão entre 5 e 12m de altura total, um sexto terá uma altura inferior e um sexto estará acima do intervalo referido, até a um máximo de 20m.
4.5.
As características específicas dos espaços onde as palmeiras se encontram variam consideravelmente, desde terrenos rústicos, canteiros ou caldeiras em logradouros de moradias, de habitação colectiva ou de instituições, junto a via pública ou, num número reduzido de casos (10%), sem acesso de viatura.
4.6.
A opção entre corte integral ou parcial da parte aérea da palmeira é tomada pela Câmara, sendo que a primeira escolha se aplicará apenas a 10% dos casos.
4.7.
Após a adjudicação, considerar-se-á improcedente qualquer reclamação que surja sobre a exactidão dos dados fornecidos durante a fase de consulta, aceitando-se individual e globalmente todos eles como correctos para todos os efeitos.
Capítulo V – Identificação das tarefas incluídas no abate e forma de execução
O conjunto dos trabalhos a realizar para garantir a destruição eficaz das palmeiras será o seguinte: A. Protecção e isolamento da zona – colocação de plásticos em cobertura de solo para recolha de todos os restos que possam cair durante o processo de abate.
B. Eliminação das folhas – retirada de todas as folhas com recurso a motosserra ou outras ferramentas de corte, seguida de pulverização desse material com insecticida adequado e embalamento hermético para transporte a vazadouro.
C. Eliminação da totalidade do espique (tronco) da palmeira – corte com motosserra, normalmente por secções, de toda a parte aérea da palmeira, antecedida de pulverização da coroa com insecticida adequado e envolvimento com plástico para evitar a fuga de escaravelhos adultos ou a queda de casulos durante o processo de corte.
D. Eliminação da copa e parte superior do espique afectada pelo escaravelho – corte apenas da zona onde poderão estar instalados os escaravelhos em qualquer das suas formas (ovo, larva, casulo ou adulto), num máximo de 1m de espique a partir do topo.
E. Transporte – remoção de todo o material contaminado em viatura protegida com encerado e respectiva deposição em vazadouro próprio.
F. Destruição de material contaminado – os restos das palmeiras poderão ser incinerados ou enterrados, desde que fique assegurada a sua eficaz eliminação. No segundo caso, a parte superior do material vegetal ficará no mínimo a dois metros da superfície. Antes de serem cobertos com terra e compactados, os restos serão tratados com um insecticida autorizado e cal viva.
G. Em geral – o pessoal dos abates dedicará uma atenção constante à limpeza de todas as superfícies envolventes, verdes ou pavimentadas, de forma a eliminar todos os exemplares da praga existentes que possam eventualmente ter abandonado a palmeira durante ou logo após o abate. A limpeza engloba a eliminação de todas as formas do insecto. No final de cada operação serão desinfectadas todas as ferramentas e o camião utilizado no transporte com uma solução desinfectante.
Capítulo VI – Obrigações complementares ao abate 6.1.
O adjudicatário estará obrigado a envidar todos os esforços que conduzam ao bom desenvolvimento dos trabalhos de abate e a cumprir todas as disposições emanadas da fiscalização no prazo fixado pela Câmara Municipal do Funchal.
6.2.
O adjudicatário deverá destacar o pessoal necessário às características específicas de cada abate, assegurando-se que a sua aparência, vestuário, equipamento de segurança, competência, ritmo de trabalho e conduta reúnem as condições exigidas para a sua função.
6.3.
O adjudicatário é responsável pelo estrito cumprimento da totalidade dos serviços contratados, não sendo válida qualquer justificação baseada em faltas cometidas por parte de trabalhadores ou fornecedores.
6.4.
Quando os trabalhos interfiram com a via pública, seja o abate ou o transporte do material a vazadouro, o adjudicatário deverá organizar a intervenção de forma a evitar conflitos com o trânsito, nomeadamente por desfasamento do horário de trabalho com as horas críticas de circulação.
6.5.
O adjudicatário comunicará atempadamente à fiscalização a necessidade de encerramento de vias públicas ou indisponibilidade temporária de lugares de estacionamento para a execução de trabalhos.
6.6.
O adjudicatário tomará todas as precauções para evitar acidentes ou prejuízos de qualquer ordem, sendo ele o responsável pelos mesmos, atendendo-se à legislação vigente.
6.7.
O adjudicatário deverá informar em tempo oportuno a Câmara Municipal do Funchal sobre quaisquer acidentes que venham a ocorrer no decurso dos trabalhos e que tenham consequências significativas sobre pessoas ou bens.
Capítulo VII – Direcção e fiscalização dos trabalhos 7.1.
A fiscalização dos trabalhos será exercida por pessoal designado pela Câmara Municipal do Funchal, sendo informado o adjudicatário de quais os técnicos que podem ter relação directa com ele.
7.2.
As tarefas dos técnicos designados para executar os serviços de fiscalização serão, fundamentalmente:
a) Comunicar ao adjudicatário a existência de abates a realizar, bem como a respectiva
localização e o contacto dos proprietários das palmeiras.
c) Articular com o Departamento de Trânsito da Câmara Municipal do Funchal o eventual encerramento de vias públicas ou indisponibilidade temporária de lugares de estacionamento.
7.3.
Para efeitos de comunicação de factos relevantes, deverá o adjudicatário indicar as pessoas responsáveis e os canais de comunicação a utilizar em caso de necessidade.
Capitulo VIII – Meios a afectar obrigatoriamente à prestação 8.1
Meios Humanos:
d) Pelo menos cinco operadores de motosserra de uso profissional, devidamente certificado;
e) Um técnico com formação superior em ciências agronómicas, com exercício de funções na
área objecto do concurso, devidamente certificado. Vazadouro:
a) Vazadouro na Ilha da Madeira com licenciamento documentalmente comprovado, para a
actividade de tratamento e destruição de biomassa vegetal. Seguros:
