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GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, SA

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Academic year: 2021

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GROUPAMA SEGUROS

DE VIDA, SA

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A análise da situação macroeconómica actual não pode ficar dissociada dos acontecimentos iniciados em meados de 2007, que tiveram origem numa crise provinda do subprime, e que se julgava ter durado até meados de 2010. O ano de 2011 ficou igualmente marcado pela instabilidade nos mercados financeiros internacionais, que se estendeu a 2012, mas desta feita, pelos efeitos da “nova” crise, resultante agora das dívidas soberanas e dos seus impactos na economia mundial.

Em 2012, os acontecimentos macroeconómicos ficaram predominantemente marcados pelos movimentos na Europa, devido à intensificação da crise da dívida dos países do sul da Europa, com especial destaque para a dívida grega, que sofreu movimentos de reestruturação. O BCE (Banco Central Europeu) passou então a ter um papel mais interventivo nos mercados, assumindo igualmente, em conjunto com outras instâncias europeias, a necessidade de rever a integração fiscal, bancária e política dos Estados membros, por forma a fortalecer o Euro.

O ano de 2012 ficou também marcado pelas eleições nos EUA, no Japão e na passagem de liderança na China. Estes acontecimentos internacionais, sobretudo o dos EUA, devido à proximidade entre as eleições e o precipício orçamental, provocaram alguma incerteza nos mercados financeiros no final do ano.

O crescimento económico global de 2012 desapontou, com as constantes revisões em baixa feitas pelos vários organismos internacionais, à medida que diversos acontecimentos tomavam maior a incerteza nos indicadores macroeconómicos. A intensificação da crise na zona Euro, como referido, sobretudo no primeiro semestre, provocou, uma vez mais, aversão ao risco. No entanto, o segundo semestre do ano trouxe já alguma estabilidade, que teve reflexos muito positivos nas cotações dos títulos da dívida pública, sobretudo os relativos à dívida soberana dos países periféricos europeus.

Para 2013 espera-se uma evolução favorável dos indicadores macroeconómicos. No entanto, não deverão existir grandes surpresas devido, sobretudo, à evolução das economias mais desenvolvidas, em sectores e países com peso na economia mundial, e que continuam condicionadas pelos processos de ajustamento das suas dívidas. A aversão ao risco deverá ser menor neste ano, produzindo efeitos negativos na cotação dos títulos que constituíram até agora como refúgio.

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A economia portuguesa continua centrada no cumprimento do programa económico e financeiro desencadeado pelo pedido de assistência financeira (PAEF) - efectuado em Abril de 2011 junto do FMI, CE e BCE - e que resultou do encerramento dos mercados internacionais à dívida portuguesa e das fortes necessidades de financiamento do sector público. Não havendo praticamente outra alternativa de financiamento se não através do referido PAEF, as contrapartidas exigidas para a economia nacional não poderiam passar sem um forte ajustamento na consolidação das contas do Estado, bem como o cumprimento de um calendário exigente para reformas estruturais.

Desta forma, durante um período inicial mais ou menos longo, alguns factores poderão ser negativos para o desenvolvimento da economia nacional e que já hoje estão a produzir efeitos, como sejam o aumento significativo da taxa de desemprego e a quebra não menos significativa do PIB. Ao nível do consumo, já são visíveis as fortes retracções existentes: as políticas salariais restritivas no sector privado, mas também no sector público, o aumento dos impostos sobre os rendimentos, bem como as elevadas restrições no acesso ao crédito, estão a limitar os rendimentos disponíveis das Famílias.

Ao nível da poupança verifica-se já um movimento contrário, sobretudo pelo esforço de racionalização de consumos. Este movimento de poupança trará no futuro, certamente, maiores equilíbrios, pois irá permitir, aos poucos, a redução dos níveis de endividamento, tornando o crescimento mais sustentado e criando igualmente hábitos futuros de consumo vs. poupança diferentes e mais ponderados/equilibrados.

No que diz respeito ao investimento, com os financiamentos mais caros e mais restritivos, bem como com as baixas expectativas de evolução da procura, haverá certamente uma retracção, pelo que o peso deste indicador no PIB deverá atingir mínimos históricos. Da mesma maneira, os gastos públicos terão de sofrer uma redução significativa para que se possa cumprir o PAEF, com o esforço predominante a ter de ser feito do lado da despesa, após uma primeira fase de aumento de impostos, cujo resultado foi num impacto imediato nas contas do Estado.

Por fim, uma palavra para as exportações. Este indicador de actividade económica é aquele que apresenta o maior efeito positivo pois, quer os bens, quer os serviços, têm registado tendências positivas de assinalar. Juntamente com a quebra das importações, resultante da quebra da procura interna, o aumento das exportações fará atenuar o cenário recessivo actual, e será determinante para o evoluir favorável das contas de Portugal.

Espera-se assim que, com estes esforços que têm como objectivo colocar Portugal rapidamente no caminho do crescimento e consolidação orçamental, os impactos negativos esperados durante o referido período inicial possam vir a ter efeitos benéficos num futuro mais ou menos próximo.

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O mercado segurador português apresentou, em 2012, uma contracção em ambos os ramos de actividade, Vida e Não Vida. Esta situação reflecte o momento difícil ao nível económico e financeiro que está a ser vivido em Portugal, quer nos ramos Não Vida, mas também para o ramo Vida, cujos factores concorrenciais nos depósitos bancários elevaram sobremaneira a dificuldade de colocação de produtos financeiros por parte das Companhias de Seguros, sobretudo até ao final do primeiro semestre de 2012. Relembramos que a elevada necessidade de financiamento dos bancos levou a que esta actividade privilegiasse a captação de depósitos bancários com elevadas taxas de rentabilidade para os clientes, taxas essas que a actividade seguradora teria muita dificuldade em acompanhar.

A redução muito significativa dos incentivos fiscais aos produtos de reforma também não ajudou ao desenvolvimento dos PPR’s (decréscimo de 14,1%), produtos que normalmente tinham forte aceitação e são motor de desenvolvimento da actividade seguradora e, diga-se, da garantia do bem-estar futuro das Famílias.

Em Vida, o mercado apresentou um volume de produção de 6,9 mil milhões de euros, que representou um decréscimo de 8,2% face a 2011, e em Não Vida um volume de produção de 3,9 mil milhões de euros, que representou um decréscimo de 3,9% comparativamente com o ano anterior.

No total, o mercado segurador português alcançou um montante de 10,7 mil milhões de euros, o que representou um decréscimo de 6,7% face ao ano anterior, correspondendo a uma diminuição de quase mil milhões de euros, em volume de produção.

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Em 2012 assistimos mais uma vez a uma contracção do mercado no sector Vida (-8,2%), embora bastante menor que a verificada no ano anterior. Na base desta descida da captação de receita no ramo Vida esteve o diminuto contributo, para valores que continuam historicamente baixos, dos negócios efectuados em bancassurance que, relembre-se, foram também a base de fortes crescimentos no passado.

A elevada necessidade de fundos para financiamento dos bancos, levou a que os grupos financeiros colocassem como prioritário a captação de poupanças, privilegiando os depósitos bancários com taxas de remuneração atractivas relativamente aos produtos colocados pelas seguradoras, situação que se verificou de forma sustentada, pelo menos até ao final do primeiro semestre de 2012. Desta forma, os produtos financeiros seguradores continuaram a sofrer uma quebra, agora na ordem dos 7,8% em relação ao anterior, ainda assim para 4,8 mil milhões de euros.

A quebra dos benefícios fiscais nos produtos de reforma, iniciada em 2011, veio igualmente trazer uma redução na captação de fundos para os PPR, pelo que a diminuição de produção deste tipo de produtos se verificou igualmente no ano de 2012. Em face deste cenário, a quebra na venda deste tipo de produtos, que tinha já provocado em uma redução de 1,3 mil milhões de euros de 2010 para 2011 (contracção de 60%), continuou a diminuir, agora em 0,2 mil milhões de euros, para um total de 1,1 mil milhões de euros (-14,1%).

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Num ano mais uma vez difícil para a economia do País, bem como para a actividade seguradora em particular, a GROUPAMA conseguiu estabilizar o forte decréscimo de produção verificado no ano anterior, apresentando uma evolução da sua receita apenas com uma ligeira quebra face a 2011, de -1,4%, alcançando um volume de negócios de 69 milhões de euros.

A Companhia Vida, responsável por 69% do total da receita, teve uma quebra de apenas -0,4% em comparação com o ano anterior, atingindo os 47,7 milhões de euros de produção. Por seu lado, a actividade Não Vida alcançou um volume de produção anual de 21,3 milhões de euros, menos 3,6% do que em 2011.

Com base na redução, em 2012 face a 2011, das condições extremamente vantajosas das taxas oferecidas nos depósitos bancários, já preconizada neste mesmo relatório do ano anterior, verificou-se que os produtos financeiros apresentaram uma evolução positiva em comparação com o período homólogo, sobretudo a partir do 2º semestre. Por outro lado, a quase inexistência, desde 2011, de incentivos fiscais à poupança para a reforma (em produtos PPR’s), contribuiu igualmente para o continuar da quebra de vendas neste tipo de produtos, à semelhança do que aconteceu em todo o mercado segurador. Por fim, e com maior impacto na actividade Não Vida, as condições financeiras e económicas do país levaram a uma quebra da actividade empresarial, com as devidas repercussões, directas e indirectas, que essa evolução tem na actividade seguradora.

Desde 2011 que a GROUPAMA tem feito um esforço no ramo Vida no sentido de colmatar os efeitos concorrenciais dos depósitos a prazo da banca, através do lançamento do produto INVESTIMENTO GARANTIDO

2011, cuja taxa de 4% em 2 anos consecutivos, se tornou bastante concorrencial. Esse lançamento – diga-se, com algum sucesso -, ajudou a suprimir todas as dificuldades competitivas que vinham desde aquele ano, e que continuaram em 2012.

Em Não Vida, o seguro automóvel VIVAAUTO XXI manteve o sucesso preconizado inicialmente, garantindo, mais uma vez, um crescimento a dois dígitos nas vendas deste importante ramo, agora na ordem dos 10%, o que largamente supera todos os indicadores de mercado.

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O volume de produção do ramo Vida alcançou um montante de 47,7 milhões de euros, correspondendo a um decréscimo de apenas 0,4%.

Após um ano de 2011 afectado pela concorrência aguerrida, sobretudo provinda dos depósitos bancários com elevadas remunerações, que se estendeu ainda até cerca de meio do ano de 2012, foi com alguma dificuldade que as seguradoras como a nossa que, embora apresentando elevados níveis de solvência, conseguiram combater financeiramente com esses depósitos. Salientamos que, mesmo com a manutenção em venda de um produto financeiro que consideramos competitivo (o INVESTIMENTO GARANTIDO 2011), a competitividade deste tipo de produtos manteve-se relativamente baixa comparativamente com as aplicações que o mercado bancário continuou a colocar ao dispor dos seus clientes. Os baixos valores de venda de 2011 mantiveram-se assim em 2012.

Os produtos de reforma da GROUPAMA (PPR) apresentaram uma quebra nos mesmos moldes do mercado, pelo que as reduções significativas dos benefícios fiscais afectaram quase transversalmente todo o mercado, não sendo por isso a GROUPAMA uma excepção. Este movimento regressivo teve o seu início em 2011, e continuou em 2012, para bases de vendas ainda mais baixas (quebra de 20,5%).

Por fim, mas não menos importante, uma nota para os produtos de risco e rendas, verdadeiros produtos seguradores na sua forma. A GROUPAMA VIDA assegurou um montante global de produção de 10,5 milhões de euros, em 2012.

Evolução da Produção Vida

No ano de 2012, o montante reportado como Risco e Rendas inclui 88 milhares de euros relativo a um produto que contabilisticamente se encontra classificado como contrato de investimento (2011: 295 milhares de euros).

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Estrutura da Produção Vida (2012)

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Estratégia de investimento

Relativamente à gestão dos investimentos, a Companhia promove comités financeiros que são efectuados de uma forma regular e organizada, os quais permitiram um melhor acompanhamento do desempenho dos gestores.

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Carteira de títulos

Composição da carteira de títulos (2012)

Em face dos movimentos de fluxos positivos obtidos ao longo de 2012, a Companhia privilegiou a aquisição de obrigações de dívida pública, bem como unidades de participação compostas por activos de muito baixo risco, e que permitem assegurar a liquidez e a estabilidade necessárias para fazer face às suas responsabilidades, numa altura de grande instabilidade nos mercados financeiros.

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Taxas de revalorização

Apesar de toda a turbulência nos mercados verificada desde meados de 2007, a preocupação da GROUPAMA

VIDA centrou-se, naturalmente, na preservação dos capitais e boas rentabilidades dos activos dos nossos clientes. Assim, a gestão financeira prudente, mas activa, junto com uma estratégia buy-and-hold nas carteiras obrigacionistas, permitiu a verificação de performances aceitáveis, numa fase de grandes volatilidades nos mercados financeiros.

Taxas de rentabilidade dos fundos de pensões

O bom desempenho dos mercados em 2012, sobretudo os obrigacionistas ligados às dívidas soberanas, permitiu atingir uma rentabilidade muito positiva no ano, devido à recuperação do valor de mercado daqueles, pelo que os fundos geridos pela GROUPAMA VIDA sofreram neste ano desse efeito.

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Evolução da Margem de Solvência

(valores em milhares de euros)

Os elementos de cobertura da margem de solvência, considerando a GROUPAMA VIDA numa posição isolada, apresentam uma taxa de 330,4%, caracterizadora da excelente solidez financeira da Companhia.

Em base consolidada, ou seja, depois de corrigida a participação que GROUPAMA VIDA detém nos capitais

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Evolução da cobertura das provisões técnicas

(valores em milhares de euros)

O grau de cobertura das provisões técnicas pelos investimentos, incluindo neste contexto os activos livres, continua a ser suficiente no ano de 2012.

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A política de rigor e controlo de custos implementada na Companhia teve um reflexo importante nos gastos gerais da Companhia. O decréscimo verificado em 2012 nos gastos gerais foi de 5,4%. Não considerando os gastos de reestruturação reconhecidos em 2012, o decréscimo verificado nos gastos teria ascendido a -20,1%

Há ainda a salientar que, com a alteração do procedimento contabilístico de reconhecimento dos gastos inter-companhias (essencialmente despesas com pessoal efectuadas entre a GROUPAMA SEGUROS e a

GROUPAMA VIDA), cuja contabilização passou a ser efectuada directamente na rubrica “Gastos com pessoal”

em vez de “Fornecimentos e serviços externos”, provocou alterações não comparáveis entre aquelas rubricas. Igualmente, a linha de “Comissões” inclui uma alteração de procedimento contabilístico que reconhece a gestão de carteira de investimentos nesta conta, quando anteriormente era contabilizada em “Fornecimentos e Serviços Externos”.

Desta forma, considerando essas alterações num cenário pro-forma para o ano de 2011, os “Gastos com pessoal” teriam aumentado 7,7% e os “Fornecimentos e serviços externos” 0,7% (incluindo ambas as rubricas custos de reestruturação, contabilizados em 2012).

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O prazo médio de cobranças apresenta valores bastante aceitáveis, tendo havido um continuado esforço da Companhia em garantir, de forma antecipada, o pagamento dos prémios, implementando medidas concretas que permitem a prossecução desse objectivo.

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As medidas implementadas permitiram assim que o prazo médio de cobrança na actividade da GROUPAMA

VIDA se situasse em valores aceitáveis, em uma média de 4 dias para cobrança, mesmo considerando que boa parte dos fluxos financeiros é efectuada pelos canais de Agentes e Corretores.

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Os prémios adquiridos de seguro directo, líquidos de resseguro processados em 2012 totalizaram 44.040 milhares de euros, em linha com o apresentando em 2011 (44.198 milhares de euros).

O total dos custos com sinistros líquidos de resseguro atingiu o montante de 89.134 milhares de euros em 2012, apresentando uma diminuição de cerca de 3,8% face a 2011 (92.625 milhares de euros), continuando os movimentos de resgates verificados no ano anterior, e que resultaram, muitos deles, de transferência de aplicações seguradoras para aplicações bancárias.

Os custos de exploração atingiram em 2012 o valor de 4.633 milhares de euros, valor que representa um decréscimo de 3,4% face ao ano anterior.

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Os proveitos dos investimentos, no montante de 17.148 milhares de euros, apresentaram um acréscimo de 235% em relação a 2011 (variação de 12.026 milhares de euros). Relembramos que em 2011 foram registadas diversas imparidades, e que resultaram, na sua grande maioria, da contabilização em resultados do valor de mercado dos títulos de dívida grega, ou seja, para cerca de 22% do seu valor nominal.

O resultado líquido de 2012 atingiu assim, na GROUPAMA VIDA, um lucro de 1.074 milhares de euros, que compara com um prejuízo de 9.500 milhares de euros no ano anterior. Esta evolução resultou essencialmente da performance financeira, que não foi afectada em 2012 por imparidades significativas que pudessem perigar a apresentação de um resultado positivo, tal como sucedido em 2011.

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Risco Específico de Seguros

O Risco Especifico de Seguros é o risco inerente à comercialização de contratos de seguro e pode ser subdividido no Risco de Desenho de Produtos, Risco de Prémios, Risco de Subscrição, Risco de Provisionamento, Risco de Sinistralidade e Risco de Retenção.

De modo a avaliar a exposição aos riscos acima mencionados, foi adoptada uma abordagem processual, tendo sido mapeados e revistos os processos de desenho e tarifação, de revisão actuarial de produtos, de aceitação e avaliação do risco, de gestão de sinistros e de cedência ao ressegurador.

Riscos Financeiros

A política de investimentos é definida com base nas disposições legais e regulamentares, e assenta em princípios de prudência, tentando mitigar os efeitos nos activos sob gestão, provenientes dos riscos financeiros, nomeadamente o risco de mercado, o risco de liquidez e o risco de crédito.

O Risco de Mercado está directamente relacionado com a volatilidade a que os mercados financeiros se encontram expostos. De modo a mitigar este efeito, é realizado anualmente um estudo ALM, que permite optimizar a adequação entre os activos e os passivos. São também realizados regularmente comités financeiros cujo objectivo é definir, controlar e monitorizar as estratégias de investimentos adoptadas. Este procedimento permite que se verifique uma maior conformidade entre as estratégias de investimento em vigor e as condições de mercado em cada momento do tempo.

De modo a atenuar possíveis impactos decorrentes do Risco de Liquidez, é feito um estudo sobre as disponibilidades existentes a curto, médio e longo prazo, de modo a garantir a existência de uma margem satisfatória face às necessidades de liquidez previstas.

No que se refere ao Risco de Crédito, tem vindo a ser feita uma continuada aposta no desenvolvimento e utilização de ferramentas de avaliação, bem como na melhoria ao nível dos procedimentos e circuitos de decisão. Por outro lado, a politica de investimentos apenas permite a compra de activos com elevada qualidade de crédito.

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Em 2012 a GROUPAMA VIDA diminuiu em 3 a média do número de colaboradores, quando comparado com o ano anterior. Com uma idade média relativamente baixa, e um perfil de qualificações elevado, a Companhia está a seguir uma política para os seus quadros assente no desenvolvimento futuro das suas operações.

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Dos resultados líquidos obtidos, de 1.073.531,54€ propomos a seguinte aplicação: Para Reserva Legal: 107.353,15€

Resultados Transitados: 966.178,39€

Com este movimento, a conta de Resultados Transitados passará a apresentar um saldo credor de 27.217.282,66€

IX.

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Após o termo do exercício, e até à presente data, não ocorreu nenhum facto relevante que altere substancialmente a situação patrimonial da sociedade.

Durante o exercício, a sociedade não adquiriu nem alienou acções próprias, nem foram concedidas autorizações para a efectivação de negócios entre a sociedade e os membros do Conselho de Administração.

Na observância do disposto no nº 1 do Artº 22º do Decreto-Lei nº 411/91 de 17 de Outubro, informamos que esta sociedade não tem qualquer dívida à Segurança Social.

X.

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O ano 2012, como já tinha acontecido em anos anteriores, foi um período particularmente difícil devido ao contexto internacional que derivou da grave crise económica, financeira e social sem paralelo nos últimos decénios, cujas dimensões, passados mais de cinco anos do seu início, continuam ainda a não estar completamente apuradas.

A GROUPAMA VIDA apresentou, no final de 2012, activos de 472,8 milhões de euros e capitais próprios de

55,1 milhões de euros, com um volume de provisões técnicas (incluindo passivos financeiros) de 410,9 milhões de euros. Juntando ambas as actividades, Vida e Não Vida, e descontando devidamente a participação que a GROUPAMA VIDA tem na GROUPAMA SEGUROS, os capitais próprios das duas Companhias

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(incluindo passivos financeiros) e activos de 505,5 milhões de euros.

Há a destacar a manutenção dos elevados níveis de indemnizações registadas em 2012 (de resgates, sinistros e vencimentos), em linha com o já sucedido no ano anterior, e cujo montante ascendeu este ano a 89,1 milhões de euros (92,6 milhões de euros em 2011).

Comercialmente, continuámos o apoio ao desenvolvimento das nossas redes de venda existentes através de recrutamento, formação e profissionalização, que são as bases da nossa estratégia, a fim de aumentar a nossa presença e a eficácia da Rede Comercial, dando-lhe os meios e recursos necessários para alcançar os objectivos ambiciosos que temos para os próximos anos.

Cabe-nos salientar, neste momento, a excelente colaboração que tivemos da parte dos principais Agentes e Mediadores, bem como das Sociedades de Mediação nossos parceiros, que continuam a dar fortes contributos para o desenvolvimento da Companhia.

Em paralelo com as Redes tradicionais do segmento de particulares, devemos referir a manutenção da excelente relação com os principais Corretores de Lisboa e Porto, especialmente na área dos employee benefits e outros seguros do mercado das empresas, nomeadamente no sector agrícola, mantendo assim parcerias antigas e em permanente desenvolvimento.

Deve-se também registar a qualidade dos vários acordos de bancassurance, sobretudo ao nível da actividade Vida, com as parcerias de há já alguns anos com os Bancos BBVA, BEST e Bancaja, o que nos permite participar na actividade da bancassurance, que tanto peso tem tido no sector segurador português.

Durante o exercício de 2012 foram atingidos os objectivos propostos ao projecto de Controlo de Riscos e Auditoria Interna, quer a nível regulamentar quer a nível de solicitações específicas e pontuais da Empresa/Grupo. Destacamos o continuado aprofundamento dos projectos da revisão global ao Sistema de Gestão de Riscos.

Continua a ser nossa convicção que o “Corporate Governance” é uma condição indispensável para o sucesso da gestão da Groupama. De facto, é uma ferramenta essencial da nossa Companhia, sendo por isso, nossa estratégia continuar a apostar no seu desenvolvimento.

Por último, mas não menos importante, referimos que foi decidido pela Administração da Companhia, no final de 2012, implementar um plano ambicioso de redução de custos e alteração do modelo de gestão, com fortes impactos nas áreas de back-office, mas também no modelo de venda junto dos Agentes. Esse plano de reestruturação das suas actividades tem como objectivo a flexibilização da actual estrutura de custos e a

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implementação de um plano de negócios adaptado à situação corrente dos mercados e da actividade seguradora. Para tal, a GROUPAMA VIDA registou já nas suas contas de 2012, custos de 1.157 milhares de euros, que serão, na sua globalidade, correspondentes a custos de reestruturação.

Para o ano 2013 vamos assim centrar a nossa estratégia de rentabilização e, estamos certos que, uma vez mais, podemos contar com todos – quadros, colaboradores internos, redes comerciais e parceiros de negócios – para alcançarmos os objectivos que traçámos para este novo ano que se apresenta, desde já, com imensos desafios, dificuldades, muitas incógnitas, mas também algumas oportunidades.

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O ano de 2013, mais uma vez, será um ano de transformação da GROUPAMA, dada as alterações na estrutura e no plano de negócios que estão a ser perspectivadas. Estas alterações estão a ser encaradas por esta Administração como as necessárias para fazer face às dificuldades sentidas pela economia do nosso país e, em consequência, pelos obstáculos ao desenvolvimento igualmente reflectidos com especial destaque no sector segurador.

As perspectivas de crescimento do mercado segurador são assim muito ténues, com a maior parte dos indicadores a não permitirem um desenvolvimento mais acelerado nos vários ramos de actividade.

No ramo Vida, embora a forte concorrência dos produtos bancários com taxas de rendimento de curto e médio prazo elevadas tenha abrandado sobremaneira, a retoma da venda dos produtos financeiros seguradores tradicionais será muito lenta, e sempre encarada com algum cepticismo. Sendo as seguradoras investidores de longo prazo, as incertezas financeiras vividas nos últimos anos, bem reflectidas nos mercados de capitais, condicionarão a retoma da venda daqueles produtos, cuja gestão dos activos subjacentes são o principal motor dessa venda. A volatilidade nas cotações dos títulos e a incerteza em que veículos financeiros investir, são contrários à estabilidade que se pretende na gestão financeira de uma seguradora, pelo que dificilmente se encontrará um equilíbrio, nos próximos anos, entre activos estáveis e vendas de produtos financeiros de longo prazo.

Igualmente, a redução dos benefícios fiscais dos produtos de reforma, que teve reflexos desde o ano de 2011, terá como consequência que a actividade continue a ter dificuldades em colocar este tipo de produtos.

Por estas duas vias, a capacidade das seguradoras para atrair as poupanças dos portugueses, pensamos, continuará enfraquecida.

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Esta situação só poderá ser enfrentada com um enorme esforço e criatividade por parte das Seguradoras, por forma a promover os seus produtos de poupança e reforma como soluções de médio e longo prazo, contribuindo para a criação de poupança em Portugal e para o aliviar da pressão sobre o sistema da Segurança Social.

No ramo Não Vida, as dificuldades aparentam ser ainda maiores, com uma tendência que tem vindo a ser generalizada nos últimos anos, de estagnação da actividade, e mesmo, em alguns anos, como foi o de 2012, do seu retrocesso. A falta de capacidade dos portugueses adquirirem bens duradouros (sobretudo viaturas e casas), sobre os quais incidem os seguros de bens mais importantes, justifica esta estagnação. Por outro lado, o aumento do desemprego e redução da massa salarial, contribuem para a redução mais que previsível dos montantes gerados em prémios de Acidentes de Trabalho, o segundo ramo mais importante na indústria seguradora nacional.

Para enfrentar estas dificuldades, a GROUPAMA em Portugal (Vida e Não Vida) decidiu efectuar um plano de reestruturação que implicará o ajustamento da actual estrutura de colaboradores, acompanhado por alterações no actual modelo de back-office, que originarão, espera-se, uma maior flexibilização da sua estrutura, bem como uma melhor agilização dos processos de venda, sobretudo na área de Agentes. Este plano de reestruturação, iniciado no final de 2012, e que terá os primeiros impactos já no decorrer do primeiro semestre de 2013, contará com uma redefinição dos processos e dos meios que levarão, certamente, à adaptação da gestão da GROUPAMA em Portugal, de forma a fazer face às dificuldades que são bem visíveis na economia, e no sector segurador em particular.

Para terminar, resta-nos agradecer aos nossos Auditores e Conselho Fiscal a excelente colaboração que nos prestaram relativa ao exercício que agora finda.

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Lisboa, 28 de Fevereiro de 2013

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Charles Marie Philippe de Tinguy de la Girouliere - Presidente

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João Maria Azevedo de Quintanilha e Mendonça - Administrador-Delegado

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David Jean-Marie Robert Lecomte - Administrador

Referências

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