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GÊNEROS E TIPOLOGIA TEXTUAL- INTRODUÇÃO

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GÊNEROS E TIPOLOGIA TEXTUAL-

INTRODUÇÃO

H1- Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação. H2 - Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.

H3 - Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.

H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.

H30 - Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.

H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados. I) TIPOLOGIA TEXTUAL

Segundo o professor Luiz Antônio Marcuschi, tipo textual “designa uma espécie de construção teórica definida pela natureza linguística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas, estilo}.”Isso significa que, ao analisarmos um texto, apontamos a tipologia textual de acordo com as marcas linguísticas que aparecem ao longo dos parágrafos. A classificação, então, se dá por trechos, e não pelo texto como um todo. Ainda nas palavras de Marcushi, “o tipo caracteriza-se muito mais como sequências linguísticas do que como textos materializados”, ou seja, um mesmo texto pode ter, em sua composição, diversos tipos diferentes - e o maior número de marcas determina, por predominância, o tipo que classificará o texto. a) O tipo narrativo, como você já deve saber, é responsável por contar uma história, enunciar fatos, ações de personagens em um tempo e enredo específicos. Isso significa que, se esse tipo textual é responsável pela passagem do tempo (psicológico ou cronológico), predominam, aqui, os verbos de ação, normalmente no pretérito perfeito. Em alguns momentos, é provável que você encontre verbos no presente, também. Essa é uma tentativa de aproximar o leitor dos fatos e, de certa maneira,

destacar mais a ação narrada. Alguns estudiosos classificam esse uso como presente histórico. b) A descrição, apesar de aparecer muitas vezes complementando a narração, tem características diferentes do outro tipo. Imagine que você está viajando, passeando por um lugar bem bonito, e, de repente, resolve tirar uma foto. Se alguém pedisse a você que apontasse cada ponto interessante na imagem, como você faria isso? Perceba que, naturalmente, você utilizaria verbos no pretérito imperfeito. Essa é a marca mais importante do texto descritivo. Há, também, a predominância de adjetivos, que, você já sabe, caracterizam a cena. c) A dissertação, basicamente, trabalha com pontos de vista, posicionamentos. Isso significa que, se um trecho em específico apresenta opiniões e argumentos buscando defendê-las, podemos classificá-lo como dissertativo.

d) O tipo injuntivo trabalha com instruções, sugestões, orientações. Dessa forma, tem como marca predominante o uso dos verbos no imperativo, destacando a função que você conhece como apelativa.

e) Termo derivado do latim “argumentum”, a argumentação consiste no ato de convencer, comprovar uma proposição ao interlocutor, no intuito de corroborar com aquilo que foi proferido. Demonstrar a sua opinião sobre um determinado tema a fim de validar as suas ideias a outra pessoa pode ser um tipo de argumento. Nos vestibulares, o modelo de texto dissertativo-argumentativo é o mais cobrado para a produção de redações. É preciso refletir sobre o tema e selecionar as ideias que deseja defender, utilizando as famosas estratégias argumentativas. Para isso, você pode usar: exemplos, alusões (históricas, literárias, geográficas, filosóficas, etc.), citações, dados estatísticos, argumentos de autoridade, o uso dos métodos de raciocínio (dedução, indução ou dialética) e/ou a relação de causaconsequência. II) GÊNEROS TEXTUAIS Gênero e tipo não são a mesma coisa e é muito importante que você entenda isso, antes de tudo. Ainda de acordo com o linguista Luiz Antônio Marcuschi, enquanto o tipo faz referência às marcas linguísticas de um texto, o gênero “refere os textos materializados em

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2 situações comunicativas recorrentes. Os gêneros

são os textos que encontramos em nossa vida diária”. Isso significa que o gênero textual classifica o texto como um todo, materializado, e não um ou outro trecho, de acordo com suas marcas.

Tipo¹ Exemplos de gêneros

necessariamente compostos por um tipo - em termos de dominância

Descritivo Perfil, qualificação e classificado. Dissertativo Tese, dissertação de mestrado,

artigo acadêmico - científico, editorial de jornal, monografia, conferência, artigo de divulgação científica, resumo para proposição de trabalhos a eventos, etc.

Injuntivo Mensagem religiosa, instruções, manuais de uso e/ou montagem de aparelhos e outros, receitas de cozinha e receitas médicas, textos de orientação comportamental (ex.: como dirigir), etc.

Narrativo Notícias, romances, novelas (literárias, de rádio e TV), contos, crônicas, contos de fadas, fábulas, apólogos, parábolas, mitos, lendas, anedotas, piadas, fofoca, caso, biografia, epopeia, poema heroico, poema burlesco, etc. Podem ser incluídos aqui os gêneros em que há fusão com o tipo dramático (as peças de teatro): comédia, tragédia, drama, farsa, auto, esquete, ópera, vaudeville, etc.

Argumentativo Textos publicitários em geral, artigos de opinião, editoriais de jornal, petições da área jurídica, etc.

Preditivo Boletins meteorológicos e astronômicos, profecias,

programas de viagem e

comemorações, etc.

Humorístico Piada, comédia, farsa, esquete humorístico, etc.

Lírico Soneto, madrigal, elegia, poemas bucólicos (écloga, idílio), haicai, ode, balada, hino, canto real,

trova, etc. Observações:

¹ - Este quadro é baseado no quadro 3 de Travaglia ([2003]/2007, p. 109) com acréscimos e modificações. Fonte: TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Tipologia textual e ensino de língua. Publicado como capítulo do livro Linguística textual e ensino, em organização pelo GT de Linguística Textual e Análise da Conversão (GTLAC) da ANPOLL. Uberlândia: ILEEL/Universidade Federal de Uberlândia, Cópia de inédito, outubro de 2014. 42 p.

NÃO DORME NA MISSÃO, MANX!

Não se deve confundir gênero textual com gênero literário. O primeiro é uma forma de classificação dos textos que existem no muno, com base em seu contexto, estrutura, estilo e tema. Já o gênero literário é uma classificação clássica proposta por Aristóteles e serve somente para a literatura (isto é, a manifestação artística da linguagem) e que divide os textos em épico, lírico e dramático.

VAMOS PRATICAR?

H15 - Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.

01. Assinale a sequência correta:

I. São definidos por propriedades linguísticas como vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais etc.

II. Realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sociocomunicativas, ou seja, dentro de um contexto cultural e com função comunicativa.

III. Abrangem um conjunto praticamente ilimitado de características determinadas pelo estilo do autor, conteúdo, composição e função.

IV. Geralmente variam entre cinco e nove tipos: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição.

a) tipo textual, gênero textual, gênero textual, tipo textual.

b) tipo textual, tipo textual, gênero textual, gênero textual.

c) tipo textual, gênero textual, gênero textual, gênero textual.

d) gênero textual, tipo textual, tipo textual, tipo textual.

02. Uma noite em 67, de Renato Tera e Ricardo Calil.. Editora Planeta, 296 páginas.

(3)

3 Mas foi um noite, aquela noite de sábado

21 de outubro de 1967, que parou o nosso país. Parou pra ver a finalíssima do III Festival da Record, quando um jovem de 24 anos chamado Eduardo Lobo, o Edu Lobo, saiu carregado do Teatro Paramount em São Paulo depois de ganhar o prêmio máximo do festival com Ponteio, que cantou acompanhado da charmosa e iniciante Marília Medalha.

Foi naquela noite que Chico Buarque entoou sua Roda viva ao lado do MPB-4 de Magro, o arranjador. Que Caetano Veloso brilhou cantando Alegria, alegria com a plateia ao com das guitarras dos Beat Boys, que Gilberto Gil apresentou a tropicalista Domingo no parque com os Mutantes.

Aquela noite que acabou virando filme, em 2010, nas mãos de Renato Terra e Ricardo Calil, agora virou livro. O livro que está sendo lançado agora é a história daquela noite, ampliada e em estado que no jargão jornalístico chamamos de matéria bruta.

Quem viu o filme vai se deliciar com as histórias e algumas fofocas que cada um tem para contar, agora sem os contes necessários que um filme exige. E quem não viu o filme tem diante de si um livro de histórias, pensando bem, de História.

VILLAS, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acessado em: 18 jun. 2014 (adaptado). Considerando os elementos constitutivos dos gêneros textuais circulantes na sociedade, nesse fragmento de resenha predominam:

a) caracterização de personalidades do contexto musical brasileiro dos anos 1960.

b) questões polêmicas direcionadas à produção musical brasileira nos anos 1960.

c) relatos de experiências de artistas sobre os festivais de música de 1967.

d) explicação sobre o quadro cultural do Brasil durante a década de 1960.

e) opinião a respeito de uma obra sobre cena musical de 1967.

03. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. [...]

Art 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim

de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Art 4° É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. [...]

BRASIL. Lei n. 8 069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. Disponível em: www.planalto.gov.br (fragmento)

Para cumprir sua função social, o Estatuto da criança e do adolescente apresenta características próprias desse gênero quanto ao uso da língua e quanto à composição textual. Entre essas características, destaca-se o emprego de :

a) repetição vocabular para facilitar o entendimento.

b) palavras e construções que evitem ambiguidade. c) expressões informais para apresentar os direitos. d) frases na ordem direta para apresentar as informações mais relevantes.

e) exemplificações que auxiliem a compreensão dos conceitos formulados.

04. Receitas de vida por um mundo mais doce Pé de moleque

Ingredientes

2 filhos que não param quietos 3 sobrinhos da mesma espécie 1 cachorro que adora uma farra 1 fim de semana ao ar livre Preparo

Junte tudo com os ingredientes do Açúcar Naturale, mexa bem e deixe descansar. Não as crianças, que não vai adiantar. Sirva imediatamente, porque pé de moleque não para. Quer essa e outras receitas completas?

Entre no site cianaturale.com.br. Onde tem doce, tem Naturale.

Revista Saúde, n. 351, jun. 2012 (adaptado). O texto é resultante do hibridismo de dois gêneros textuais. A respeito desse hibridismo, observa-se que a:

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4 a) receita mistura-se ao gênero propaganda com a

finalidade de instruir o leitor.

b) receita é utilizada no gênero propaganda a fim de divulgar exemplos de vida.

c) propaganda assume a forma do gênero receita para divulgar um produto alimentício.

d) propaganda perde poder de persuasão ao assumir a forma do gênero receita.

e) receita está a serviço do gênero propaganda ao solicitar que o leitor faça o doce.

05. Quando vitaminas atrapalham Consumir suplementos de vitaminas depois de praticar exercícios físicos pode reduzir a sensibilidade à insulina, o hormônio que conduz a glicose às células de todo o corpo. Temporariamente, um pouco de estresse oxidativo processo combatido por algumas vitaminas e que danifica as células ajuda a evitar o diabetes tipo 2, causado pela resistência à insulina, concluíram pesquisadores das universidades de Jena, na Alemanha, e Harvard, nos Estados Unidos. Desse estudo, publicado em maio na

PNAS, participaram 40 pessoas, metade delas com treinamento físico prévio, metade sem. Os dois grupos foram divididos em subgrupos que tomaram ou não uma combinação de vitaminas C e E .Todos os subgrupos praticaram exercícios durante quatro semanas e passaram por exames de avaliação de sensibilidade da glicose à insulina antes e após esse período. Apenas exercícios físicos, sem doses adicionais de vitaminas, promovem a longevidade e reduzem o diabetes tipo 2. Ao contrário do que se pensava, os resultados negam que o estresse oxidativo seja um efeito colateral indesejado da atividade física vigorosa: ele é na verdade parte do mecanismo pelo qual quem se exercita é mais saudável. A conclusão é clara: nada de antioxidantes depois de correr.

(Adaptado de “Quando as vitaminas atrapalham”) Pesquisa FAPESP 160, p.40, junho de 2009.)

a) Por se tratar de um texto de divulgação científica, apresenta recursos linguísticos próprios a esse gênero. Quais são eles? Transcreva dois trechos em que esses recursos estão presentes.

b) O experimento em questão concluiu que as vitaminas atrapalham. Explique como os pesquisadores chegaram a essa conclusão.

PONTUAÇÃO: CONCEITOS FUNDAMENTAIS H18 - Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos. H19 - Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.

H30 - Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.

Os sinais de pontuação são, em definição, sinais gráficos que representam na escrita recursos específicos da língua falada. Ou seja, enquanto a fala possibilita transmitir emoções e sentimentos por meio da entonação de voz, prolongamento de palavras, pausas, gestos faciais e, inclusive, a falta de emissão sonora, a escrita dispõe de sinais que tentam reproduzir estes efeitos comunicativos. Embora existam normas gramaticais para o emprego dos sinais de pontuação, esses critérios apresentam-se de maneira mais flexível em razão do caráter subjetivo da pessoa que redige o texto na intenção de expressar certa emoção. Assim, iremos ver qual o objetivo do emprego da pontuação em uma estrutura textual, que, além de trazer a entonação falada, garante a coerência entre as orações. Veremos, abaixo, quais são os sinais de pontuação e suas principais funções na gramática:

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5 Viu só? Não parece tão difícil delimitar as funções

destes sinais por eles apresentarem, para nós, uma extensão de nossa fala para a escrita. Dessa forma, apresentaremos alguns exemplos que podem ser encontrados estes símbolos:

• Ponto: O filme recebeu várias indicações para o óscar.

Percebe-se que a oração foi devidamente finalizada, precisando, portanto, do ponto final.

• Dois pontos: André explicou: Não devemos pisar na grama do parque.

Observação: Os dois pontos têm a função explicativa, também, sobre determinado assunto dito anteriormente.

• Ponto e vírgula: Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam igualmente.

Atenção: É importante ter em mente que o ponto e vírgula representa uma pausa maior que uma vírgula e menor que um ponto (finalização de oração).

• Vírgula: Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (Separação de vocativo)

Eduardo, professor de português, falou sobre a criatividade na redação do ENEM. (Separação de aposto)

Vamos utilizar papel, caneta, régua e transferidor para a próxima aula.

A vírgula serve, também, para separar termos de uma mesma função sintática, apostos e vocativos. • Interrogação: Você já estudou a matéria dessa semana de História do Brasil?

• Exclamação: Eu passei no vestibular!

O ponto de exclamação é, geralmente, utilizado para dar ênfase a alguma frase, como por exemplo exprimir uma sensação de surpresa para o leitor. • Reticências: Essa semana irei comprar sapatos, camisetas, bolsas, colares...

• Aspas: Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."

• Travessão: Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: –Por favor, não faça isso agora pois teremos problemas mais tarde.

Observação: O travessão é utilizado, também, para substituir os parênteses ou uma dupla vírgula (palavra ou termos entre vírgulas).

• Parênteses: O presidente da república (que na época era Fernando Henrique Cardoso) aprovou o decreto

H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.

PONTUAÇÃO É “FACIN”. QUER VER?

01. Os sinais de pontuação foram bem utilizados em:

a) Nesse instante, muito pálido, macérrimo, Prudente de Morais entrou no Catete, sentou-se e, seco, declarou ao silêncio atônito dos que o contemplavam: "Voltei."

b) "Mãe onde estão os nossos: os parentes, os amigos e os vizinhos?" Mãe, não respondia.

c) Os estados, que ainda devem ao governo, não poderão obter financiamentos, mas os estados que já resgataram suas dívidas ainda terão créditos. d) Ao permitir a apreensão, de jornais e revistas, o projeto, retira do leitor o direito a ser informado pelo veículo que ele escolheu.

e) Assim, passa-se a permitir, condenações absurdas, desproporcionais aos danos causados. 02. Assinalar a alternativa cujo período dispensa a uso de vírgula:

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6 a) Nesse trabalho ficou patente a competência dos

jovens frente à nova situação.

b) O autor busca um meio capaz de gerar um conjunto potencialmente infinito de formas com suas propriedades típicas.

c) Apreensivo ora se voltava para a janela ora examinava o documento.

d) Suas palavras embora gentis continham um fundo de ironia.

e) Tudo isto é muito válido mas tem seus inconvenientes

03. Observe os períodos abaixo, diferentes quanto à pontuação.

Adoeci logo; não me tratei. Adoeci; logo não me tratei.

A observação atenta desses períodos permite dizer que:

a) No primeiro, logo é um advérbio de tempo; no segundo, uma conjunção causal.

b) No primeiro, logo é uma palavra invariável; no segundo, uma palavra variável.

c) No primeiro, as orações estão coordenadas sem a presença de conjunção; na segunda, com a presença de uma conjunção conclusiva.

d) No primeiro, as orações estão coordenadas com a presença de conjunção; na segunda, sem conjunção alguma.

e) No primeiro, a segunda oração indica alternância; no segundo, a segunda oração indica a consequência.

04.

Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente

[protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor. (...)

Estou farto do lirismo namorador Político

Raquítico Sifilítico

Manuel Bandeira Reescrevendo os versos de forma linear e respeitando as regras de pontuação prescritas pela gramática normativa, tem-se:

a) Estou farto do lirismo comedido, do lirismo comportado. Do lirismo funcionário público: com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.

b) Estou farto do lirismo comedido, do lirismo comportado, do lirismo funcionário público, com livro de ponto, expediente, protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.

c) Estou farto do lirismo comedido. Do lirismo comportado. Do lirismo funcionário público. Com livro de ponto, expediente, protocolo e, manifestações de apreço, ao sr. diretor.

d) Estou farto do lirismo namorador: político raquítico e sifilítico.

e) Estou farto do lirismo; Namorador; Político; Raquítico; Sifilítico

05. Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela em que a pontuação está de acordo com a norma culta.

a) Se as pessoas se irritam com facilidade, se não sabem conter a raiva elas se voltarão contra alguém, além disso, estarão prontas para enfrentar qualquer inimigo.

b) Se as pessoas se irritam com facilidade, se não sabem conter a raiva, elas se voltarão contra alguém; além disso, estarão prontas para enfrentar qualquer inimigo.

c) Se as pessoas se irritam com facilidade, se não sabem conter a raiva, elas se voltarão contra alguém além disso, estarão prontas para enfrentar qualquer inimigo.

d) Se as pessoas, se irritam com facilidade, se não sabem conter a raiva, elas se voltarão contra alguém, além disso, estarão prontas, para enfrentar qualquer inimigo.

e) Se as pessoas se irritam com facilidade se não sabem conter a raiva, elas se voltarão contra alguém. Além disso, estarão prontas para enfrentar qualquer inimigo.

P.S: Orgulhinho da tia Bela, o uso da vírgula, normalmente, é nossa maior dificuldade. Retornarem nesse assunto, quando estudarmos “Orações”... Maaaaaas, titia não vai fazer a CátiaCega!! Rsrs. Vou disponibilizar um material extra, no grupo do zap, só sobre vírgulas pra vc ir

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7 treinando em suas redações. Caso “bata a pvc”, me

cobra! rsrs

PALAVRAS VARIÁVEIS

H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.

H30 - Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.

I) Substantivo:

É a palavra que usamos para designar seres, pessoas, lugares, sentimentos, processos, características e afins. De forma bem simplificada, o substantivo serve para nomear e, assim, estabelecer identidades.

Os substantivos podem ser classificados:  Quanto ao significado:

1. Concreto: designam seres, sejam reais ou fictícios. Exemplo: caneta, árvore, homem, cavalo. 2. Abstrato: designam ações, estados, qualidades e sentimentos. Exemplo: beleza, saudade, ira, doçura, bondade.

Quanto à abrangência:

1. Comuns: designam, genericamente, um elemento de um conjunto. Exemplo: aluno, homem, país, cachorro.

2. Próprios: designam, especificamente, um elemento de um conjunto. Exemplo: Brasil, Totó, Maria, José.

 Quanto à formação:

1. Simples: são formados por um só radical. Exemplo: mar, lápis, casa, mesa.

2. Compostos: são formados por mais de um radical. Exemplo: beija-flor, pé de moleque.

Os substantivos podem ser flexionados de acordo com seu número (singular e plural), e gênero (feminino e masculino). Além disso, por adição de sufixo, eles assumem categoria de grau (diminutivo e aumentativo).

II) Artigo: São palavras (o, a, os, as, um, uma, uns, umas) variáveis em número e gênero que se antepõem aos substantivos para indicar um ser já

conhecido (definido) pelo leitor ou para indicar um representante de uma espécie ao qual não se fez menção anterior (indefinido). Ou seja, os artigos definidos têm a função semântica de especificar, determinar os substantivos, e os indefinidos têm a função de generalizar os substantivos.

Por exemplo:

O jornalista recebeu o prêmio. (= jornalista específico, já mencionado anteriormente).

Um jornalista recebeu o prêmio. (= jornalista genérico, não mencionado antes).

Além disso, os artigos podem substantivar qualquer palavra ou expressão a que se antepõem, independentemente da classe gramatical a que essa palavra pertence. Esses casos são conhecidos como derivação imprópria.

O artigo definido também é utilizado para ressaltar a notoriedade de algum ser para destacar o seu caráter único. Esse recurso é muito utilizado em propagandas para apresentar produtos como os melhores de sua categoria.

Na publicidade acima, podemos observar a frase “É assim que se constrói o Canal Campeão”. Logo, o artigo ‘o’ enfatiza que o canal apresentado é o melhor, o campeão dentre todos os outros canais.

SE É TÃO FÁCIL, GABARITA AÍ!

01. O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a linguagem. Afetuosa porque geralmente o usamos para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida porque também o usamos para desarmar certas palavras

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8 que, por sua forma original, são ameaçadoras

demais.

Luís Fernando Veríssimo, Diminutivos. A alternativa inteiramente de acordo com a definição do autor sobre diminutivos é:

a) O iorgurtinho que vale por um bifinho.

b) Ser brotinho é sorrir dos homens e rir interminavelmente das mulheres.

c) Gosto muito de te ver, Leãozinho. d) Essa menininha é terrível!

e) Vamos bater um papinho.

02. Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa:

Entrevistador: — O protagonismo do STF dos últimos tempos tem usurpado as funções do Congresso?

Entrevistado: — Temos uma Constituição muito boa, mas excessivamente detalhista, com um número imenso de dispositivos e, por isso, suscetível a fomentar interpretações e toda sorte de litígios. Também temos um sistema de jurisdição constitucional, talvez único no mundo, com um rol enorme de agentes e instituições dotadas da prerrogativa ou de competência para trazer questões ao Supremo. É um leque considerável de interesses, de visões, que acaba causando a intervenção do STF nas mais diversas questões, nas mais diferentes áreas, inclusive dando margem a esse tipo de acusação. Nossas decisões não deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, são analisados cinquenta mil, sessenta mil processos. É uma insanidade.

Veja, 15/06/2011. No trecho “dotadas da prerrogativa ou de competência”, a presença de artigo antes do primeiro substantivo e a sua ausência antes do segundo fazem que o sentido de cada um desses substantivos seja, respectivamente,

a) figurado e próprio. b) abstrato e concreto. c) específico e genérico. d) técnico e comum. e) lato e estrito 03.

A presença desse aviso em um hotel, além de informar sobre um fato e evitar possíveis atos indesejados no local, tem como objetivo implícito: a) isentar o hotel de responsabilidade por danos causados aos hóspedes.

b) impedir a destruição das câmeras como meio de apagar evidências.

c) assegurar que o hotel resguardará a privacidade dos hóspedes.

d) inibir as pessoas de circular em uma área específica do hotel.

e) desestimular os hóspedes que requisitem as imagens gravadas.

04. "Substantivo é o nome com que designamos seres em geral - pessoas, animais e coisas."

BECHARA, Evanildo, Moderna gramática portuguesa. 31. ed. São Paulo: Nacional, 1987, p.73.

I. Acabamos perdendo o nosso voo por causa do trânsito ruim.

II. Ela me olhou com um olhar estranho.

III. O "a" pode ter o valor de artigo definido feminino em português.

IV. Olhava tristemente a transparência das águas da represa.

V. Comprei um par de sapatos gelo para combinar com meu novo vestido.

Tomando como referência, única e exclusivamente, o trecho transcrito acima, pode-se afirmar que é substantivo, a palavra destacada:

a) em todas as sentenças. b) nas sentenças I, II, IV e V. c) nas sentenças I e III. d) na sentença III. e) na sentença V. 05. ACHADO

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9 Aqui, talvez, o tesouro enterrado

há cem anos pelo guarda-mor.

Se tanto o guardou, foi para os trinetos, principalmente este: o menor.

Cavo com faca de cozinha, cavo até, no outro extremo, o Japão e não encontro o saco de ouro de que tenho a mor precisão para galopar no lombo dos longes fugindo a esta vidinha choca. Mas só encontro, e rabeia, e foge uma indignada minhoca.

Carlos Drummond de Andrade. Sobre a expressão "vidinha choca", entendida no contexto do poema, é correto afirmar:

a) o diminutivo exprime carinho, ao contrário do termo que o acompanha.

b) a ideia aí presente é de tempo: sugere-se que a vida é passageira.

c) seu sentido se opõe àquilo que, poeticamente, "minhoca" está representando.

d) o adjetivo deve ser entendido denotativamente, ao contrário do substantivo.

e) o segundo termo reforça o sentido negativo do primeiro.

III) Adjetivo: São palavras que modificam substantivos e servem para caracterizar seres, objetos indicando uma qualidade ou defeito, modo de ser, aspecto ou aparência e estado e para estabelecer com o substantivo relações de tempo, de espaço, de matéria, de finalidade, de propriedade.

Por exemplo: aluno inteligente, pessoa humilde, céu azul, casa arruinada, nota mensal (= nota relativa ao mês), vinho português (= vinho proveniente de Portugal).

Além disso, o adjetivo (termo determinante) tem uma relação muito próxima com o substantivo (termo determinado) e por isso deve-se ter muita atenção com a sua posição em uma frase. Veja:

O homem velho vendia frutas. O velho homem vendia frutas.

Na primeira frase, a palavra homem é um substantivo que é caracterizado pelo adjetivo

‘velho’, enquanto na segunda oração, ocorre ao contrário, velho é um substantivo e ‘homem’ é o determinante da frase.

Existe também a substantivação do adjetivo quando um determinante (artigo) está anteposto ao adjetivo e provoca uma alteração de sentido na frase. Compare:

O céu cinzento indica chuva. O cinzento do céu indica chuva.

Enquanto na primeira frase, a palavra cinzento é um adjetivo, na segunda é um substantivo.

IV) Numeral: É uma classe de palavras que indica número ou quantidade exata de seres ou o lugar por eles ocupados em uma série. Em seu aspecto semântico, designa o conceito número-ordem, multiplicação e divisão e podemos utiliza-los para intensificar ou atenuar uma ideia. Veja:

Já disse mil vezes.

Troquei duas palavras com ele. Os numerais podem ser:

1. Cardinais: indicam o número exato dos seres. Exemplo: um, dez, trezentos, mil.

2. Ordinais: indicam a ordem dos seres. Exemplo: terceiro, décimo, centésimo.

3. Multiplicativos: indicam o múltiplo dos seres. Exemplo: dobro, triplo, cêntuplo.

4. Fracionários: indicam a divisão dos seres. Exemplo: meio, metade, décimo, um quinto. 5. Coletivos: indicam um conjunto de seres. Exemplo: trio, dezena, década.

Observações: Ambos/ambas são considerados numerais e são muito empregados para retomar elementos citados anteriormente. Exemplo:

Mário e Lucas, alunos do Colégio Pedro II, foram classificados para a final do campeonato de xadrez. Ambos foram ovacionados.

Os numerais podem exercem funções adjetiva e substantiva:

“Um é pouco, dois é bom, três é demais.” (os numerais exercem a função de sujeito)

Vinte alunos foram convidados para a inauguração da nova sede da escola. ( o numeral exerce a função de adjunto adnominal).

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10 SUA APROVAÇÃO ESTÁ NOS DETALHES... VAMOS

GABARITAR MAIS ESSA PORQUE SOMOS DESSES! 01. PERO VAZ CAMINHA

a descoberta

Seguimos nosso caminho por este mar de longo Até a oitava da Páscoa Topamos aves

E houvemos vista de terra os selvagens

Mostraram-lhes uma galinha Quase haviam medo dela E não queriam pôr a mão

E depois a tomaram como espantados primeiro chá

Depois de dançarem Diogo Dias

Fez o salto real as meninas da gare

Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis

Com cabelos mui pretos pelas espáduas E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Que de nós as muito olharmos

Não tínhamos nenhuma vergonha

ANDRADE, Oswald. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1978. p.80. A conversão de substantivos em adjetivos, isto é, tomar uma palavra designadora (substantivo) e usála como caracterizadora (adjetivo), constitui um procedimento comum em língua portuguesa. Assinale a opção em que a palavra sublinhada exemplifica este procedimento de conversão de substantivo em adjetivo.

a) E depois a tomaram como espantados b) Fez o salto real

c) Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis

d) Com cabelos mui pretos pelas espáduas e) E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas. 02.Observe a construção do texto a seguir: Nuvens brancas

Passam

Em brancas nuvens.

LEMINSKI, Paulo. Caprichos & relaxos. São Paulo: Brasiliense 1983.

Analisando-se o texto acima, a afirmação imprópria é:

a) “Nuvens brancas” significam nuvens de cor do leite, da neve.

b) “brancas nuvens” significam momentos cercados de facilidade, de conforto, de alegria; sem sofrimento.

c) sempre que se muda o adjetivo de lugar, muda-se o sentido do substantivo.

d) a mudança de posição do adjetivo ‘brancas’ foi o recurso que o poeta utilizou para provocar a alteração de sentido.

e) o autor faz um jogo de palavras utilizando o mesmo adjetivo e substantivo.

03.

Cartaz afixado nas bibliotecas centrais e setoriais da Universidade Federal de Goiás (UFG), 2011. Considerando-se a finalidade comunicativa comum do gênero e o contexto específico do Sistema de Biblioteca da UFG, esse cartaz tem função predominantemente:

a) socializadora, contribuindo para a popularização da arte.

b) sedutora, considerando a leitura como uma obra de arte.

c) estética, propiciando uma apreciação despretensiosa da obra.

(11)

11 d) educativa, orientando o comportamento de

usuários de um serviço.

e) contemplativa, evidenciando a importância de artistas internacionais.

04. LXXVIII (Camões, 1525?-1580) Leda serenidade deleitosa,

Que representa em terra um paraíso; Entre rubis e perlas doce riso;

Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa; Presença moderada e graciosa, Onde ensinando estão despejo e siso Que se pode por arte e por aviso, Como por natureza, ser fermosa; Fala de quem a morte e a vida pende, Rara, suave; enfim, Senhora, vossa; Repouso nela alegre e comedido: Estas as armas são com que me rende E me cativa Amor; mas não que possa Despojar-me da glória de rendido.

CAMÕES, L. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.

SANZIO, R. (1483-1520) A mulher com o unicórnio. Roma, Galleria Borghese. Disponível em: www.arquipelagos.pt.

Acesso em: 29 fev. 2012. (Foto: Reprodução/Enem) A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos:

a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados no poema.

b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mulher, evidenciadas pelos adjetivos do poema. c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura, expressão e vestimenta da moça e os adjetivos usados no poema.

d) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado pelos adjetivos usados no poema. e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema. 05. A onda a onda anda aonde anda a onda? a onda ainda ainda onda ainda anda aonde? aonde? a onda a onda Manuel Bandeira No poema, há o emprego do advérbio aonde. Segundo as gramáticas normativas, esse advérbio deve ser utilizado para indicar o local ou destino para o qual se vai, ou seja, expressa a ideia de movimento. Assinale a alternativa em que o emprego do advérbio aonde está de acordo com as gramáticas normativas.

a) Nunca sei aonde te achar. b) Esta é a casa aonde eu moro. c) Informe aonde você está agora. d) Não sei aonde o avião aterrissou. e) Aonde você pretende levar sua amiga?

PALAVRAS INVARIÁVEIS: ADVÉRBIOS

H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.

H30 - Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.

(12)

12 A função básica de um advérbio é modificar um

verbo, entretanto, os advérbios de intensidade e formas semanticamente correlatas podem reforçar o sentido de um adjetivo, advérbio, ou ainda uma oração inteira.

Observe os exemplos abaixo, respectivamente: 1. Ficara completamente imóvel.

2. O homem caminhava muito devagar. 3. Eu me recuso, simplesmente.

A classificação dos advérbios ocorre devido à circunstância ou outra ideia acessória que expressam. Entre eles estão os advérbios de afirmação, de dúvida, de intensidade, de lugar, de modo, de negação, de tempo.

Analisando os exemplos apresentados acima, temos advérbios de modo terminados em –mente (completamente e simplesmente) e um advérbio de intensidade (muito).

 Locuções Adverbiais

São expressões que exercem a função de advérbios. Iniciam-se comumente por preposição e classificam-se como os advérbios, isto é, de acordo com as circunstâncias que exprimem: tempo, modo, intensidade, etc.

Às cegas, às claras, à toa, a medo, à pressa, às pressas, à tarde, à noite, a fundo, às escondidas, às vezes, ao acaso, de súbito, vez por outra, lado a lado, etc. Exemplos:

O capitão me olhou de alto a baixo. Chagou de tardinha a Floripa’’.

GALHO FRACO. QUER VER? 01.MÃOS DADAS

Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é TÃO grande, NÃO nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei PARA AS ILHAS nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. "Mãos dadas". In: Sentimento do Mundo. Record. No poema "Mãos dadas", os termos destacados apresentam, respectivamente, as circunstâncias adverbiais de:

a) afirmação, negação e modo. b) afirmação, intensidade e lugar. c) intensidade, tempo e modo. d) intensidade, negação e lugar. e) intensidade, negação e modo. 02. Filme

Berenice não gostava de ir ao cinema, de modo que o pai a levava à força. Cinema era coisa que ele adorava, sempre sonhara em se tornar cineasta; não o conseguira, claro, mas queria que a filha partilhasse sua paixão, com o que se sentiria, de certa forma, indenizado pelo destino. Uma responsabilidade que só fazia aumentar o verdadeiro terror que Berenice sentia quando se aproximava o sábado, dia que habitualmente o pai, homem muito ocupado, escolhia para a sessão cinematográfica semanal. À medida que se aproximava o dia fatídico, ela ia ficando cada vez mais agitada e nervosa; e quando o pai, chegado o sábado, finalmente lhe dizia, está na hora, vamos, ela frequentemente se punha a chorar e mais de uma vez caíra de joelhos diante dele, suplicando, não, papai, por favor, não faça isso comigo. Mas o pai, que era um homem enérgico e além disso julgava ter o direito de exigir da filha que o acompanhasse (viúvo desde há muito, criara Berenice sozinho e com muito sacrifício), mostrava-se intransigente: não tem nada disso, você vai me acompanhar. E ela o fazia, em meio a intenso sofrimento. Por fim, aprendeu a se proteger. Ia ao cinema, sim. Mas antes que o filme começasse, corria ao banheiro, colocava cera nos ouvidos. Voltava ao lugar, e mal as luzes se apagavam cerrava firmemente os olhos, mantendo-os assim durante toda a sessão. O pai, encantado com o

(13)

13 filme, de nada se apercebia; tudo o que fazia era

perguntar a opinião de Berenice, que respondia, numa voz neutra mas firme:

- Gostei. Gostei muito.

Era de outro filme que estava falando, naturalmente. Um filme que o pai nunca veria.

MOACYR SCLIAR. In: Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Era de outro filme que estava falando, naturalmente.

Neste trecho, o termo em destaque cumpre a função de:

a) afirmar ponto de vista b) projetar ideia de modo c) revelar sentimento oculto d) expressar sentido reiterativo. 03.

Na passagem: “Assim as moscas nunca vão cair na sua teia” (Texto 12), as expressões em destaque caracterizam-se, respectivamente, como advérbios de:

Parte superior do formulário a) Modo, negação e lugar b) Modo, tempo e lugar. c) Modo, negação e tempo. d) Tempo, modo e lugar. e) Tempo, lugar e modo.

04. A questão a seguir refere-se ao texto abaixo. (…) As angústias dos brasileiros em relação ao português são de duas ordens. Para uma parte da população, a que não teve acesso a uma boa escola e, mesmo assim, conseguiu galgar posições, o problema é sobretudo com a gramática. É esse o público que consome avidamente os fascículos e livros do professor Pasquale, em que as regras

básicas do idioma são apresentadas de forma clara e bem humorada. Para o segmento que teve oportunidade de estudar em bons colégios, a principal dificuldade é com clareza. É para satisfazer a essa demanda que um novo tipo de profissional surgiu: o professor de português especializado em adestrar funcionários de empresas. Antigamente, os cursos dados no escritório eram de gramática básica e se destinavam principalmente a secretárias. De uns tempos para cá, eles passaram a atender primordialmente gente de nível superior. Em geral, os professores que atuam em firmas são acadêmicos que fazem esse tipo de trabalho esporadicamente para ganhar um dinheiro extra. “É fascinante, porque deixamos de viver a teoria para enfrentar a língua do mundo real”, diz Antônio Suárez Abreu, livre-docente pela Universidade de São Paulo (…)

JOÃO GABRIEL DE LIMA. Falar e escrever, eis a questão. Veja, 7/11/2001, n. 1725 O adjetivo “principal” (em a principal dificuldade é com clareza) permite inferir que a clareza é apenas um elemento dentro de um conjunto de dificuldades, talvez o mais significativo. Semelhante inferência pode ser realizada pelos advérbios: a) avidamente, principalmente, primordialmente. b) sobretudo, avidamente, principalmente. c) avidamente, antigamente, principalmente. d) sobretudo, principalmente, primordialmente.

e)principalmente, primordialmente,

esporadicamente.

05. Considere a charge e as afirmações.

A charge é uma ilustração que tem como objetivo fazer uma sátira de alguém ou de alguma situação atual por meio de desenhos caricatos

(14)

14 I. O advérbio já, indicativo de tempo, atribui à frase

o sentido de mudança;

II. Entende-se pela frase da charge que a população de idosos atingiu um patamar inédito no país; III. Observando a imagem, tem-se que a fila de velhinhos esperando um lugar no banco sugere o aumento de idosos no país.

Está correto o que se afirma em a) I apenas.

b) II apenas. c) I e II apenas. d) II e III apenas. e) I, II e III.

PALAVRAS INVARIÁVEIS (PREPOSIÇÕES,

INTERJEIÇÕES E PALAVRAS DENOTATIVAS)

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 Palavras denotativas

As palavras denotativas possuem essa nomenclatura por não se enquadrarem em nenhuma classe gramatical. Embora elas se assemelhem, em alguns aspectos, aos advérbios, não mantêm as mesmas relações que eles. Do ponto de vista semântico, elas são importantes no contexto em que se encontram e são classificadas de acordo com a ideia que expressam, são elas: designação, exclusão, inclusão, realce, retificação e situação, afetividade, explanação e limitação. • Sinto que ele me escapa, ou melhor, que nunca me pertenceu. (retificação)

• Da família só elas duas subsistiam. (exclusão) • Tudo na vida engana, até a Glória. (inclusão) • Ainda bem que o orador foi breve! (afetividade)

 Preposição

É a classe gramatical responsável pela coesão textual no nível vocabular; ou seja, cumpre a função de conectar vocábulos/palavras para estabelecer entre elas, em geral, um nexo semântico.

Vou a Roma. (A preposição “a” conecta o substantivo “Roma” ao verbo “vou”)

Além disso, as preposições denotam diferentes significados dependendo do contexto em que estão inseridas. Elas podem possuir valores semânticos de: posse, causa, matéria, assunto, companhia, finalidade, instrumento, lugar, origem, tempo, meio, conformidade, modo e oposição.

Veja alguns exemplos:

• Os objetos que foram comprados são feitos com porcelana. (matéria)

• Viajaremos nas férias para descansar. (finalidade) • Os visitantes vinham do Maranhão. (origem) • Recebemos as visitas com muita alegria. (modo)

 Interjeição

A interjeição é a expressão com que traduzimos uma reação emotiva. Uma mesma interjeição pode corresponder a sentimentos variados e, por isso, deve-se estar atento ao contexto e a entoação dessa palavra.

Assim como os advérbios, as interjeições também são classificadas de acordo com o sentimento que denotam. Veja os exemplos mais comuns:

• Alegria: Oba! Oh! Ah! • Aplauso: Bis! Bravo! Viva! • Dor: Ai! Ui!

• Espanto ou surpresa: Ah! Ih! Oh! Ué! Puxa! • Invocação: Alô! Ô! Ó! Olá! Psiu!

• Silêncio: Psiu! Silêncio!

Há, com menos frequência, interjeições de papel apelativo:

Psiu! Venha aqui.

"Ei, você aí, me dá um dinheiro aí"

NÃO FAZ A “CÁTIACEGA”. TÁ NA HORA DE EXERCITAR.

01. Bode no pasto

Quase ninguém duvidou do saber do homem, do seu poder mágico, pois andava com uns livros de história, de magia, com versões sobre fatos reais, mistérios, ciências ocultas. Até mesmo os céticos, críticos, admitiam sua condição de mestre, de domínio da arte, da mágica, reflexo de vivências no país e no mundo.

(15)

15 Então visto como sábio, senhor de poderes ocultos,

o homem prometeu uma façanha, ou seja, domar bodes, mudar o hábito da espécie. Aí pegou umas folhas, esfregou na venta dum cabrito, e garantiu que a praga estava eliminada, nunca mais faria estragos naquela terra. (…)

(Nagib Jorge Neto. Diário de Pernambuco. 20/11/98) As palavras destacadas no texto estabelecem, respectivamente, as seguintes relações lógicas: a) explicação, soma, comparação, soma, conclusão b) causa, inclusão, comparação, explicação, situação c) causa, exclusão, conformidade, retificação, tempo

d) conclusão, soma, conformidade, ratificação, tempo

e) explicação, inclusão, causa, retificação, conclusão.

02. Impressionista Uma ocasião,

meu pai pintou a casa toda de alaranjado brilhante.

Por muito tempo moramos numa casa, como ele mesmo dizia,

constantemente amanhecendo. (Adélia Prado)

Sobre aspectos gramaticais, assinale a opção correta:

a) O vocábulo “uma” (verso 1), por singularizar uma ocasião especificada ao longo do poema, deve ser tratado como numeral, e não como artigo.

b) No segundo verso, o vocábulo “toda” possui a mesma classificação morfológica que “alaranjado”. c) A preposição “por”, genericamente, introduz uma indicação de tempo, já que participa de uma expressão adverbial de valor durativo.

d) O advérbio “constantemente” empresta, além de uma noção de modo, uma de frequência ao verbo “amanhecendo”, que ele modifica.

03. Observe o fragmento a seguir do “Sermão do Bom Ladrão” de Antônio Vieira:

Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma. reinando nela Neto; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes

católicos. ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca. e que se não podem ofender: e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar.

[..]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno os que não só vão, mas levam, deque eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais afta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, Já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

Essencial. 2011.

Os termos destacados constituem,

respectivamente,

a) artigo, uma preposição e uma preposição. b) uma preposição, um artigo e uma preposição. c) um artigo, um pronome e um pronome. d) um pronome, uma preposição e um artigo. e) uma preposição, um artigo e um pronome. 03. Leia esta tira de Orlandeli e assinale a alternativa incorreta.

(16)

16 a) Ainda que flexione o verbo ver no imperativo, o

personagem do primeiro quadrinho, ao fazê-lo na primeira pessoa do plural, faz uma espécie de convite ao colega para conhecerem juntos as novas regras ortográficas. É como se dissesse: Vamos ver as novas regras.

b) O termo Nossa!!, no segundo quadrinho, não funciona como um pronome possessivo, mas como uma interjeição, não só porque exprime uma sensação do personagem, como porque, na escrita, as interjeições vêm, via de regra, acompanhadas de ponto de exclamação.

c) Embora apresente um valor semântico de admiração, de surpresa, a expressão Que coisa..., no segundo quadrinho, não se configura uma interjeição, pois vem seguida de reticências, que somente indicam suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

d) Pode-se inferir do terceiro quadrinho que as regras ortográficas são imposições decorrentes do uso que os falantes fazem da língua, ou seja, como a maioria dos usuários desconhecia a função do trema e não sabia empregá-lo na escrita, o sinal tornou-se obsoleto, não havendo razão para continuar existindo nas regras ortográficas da língua.

e) O significado das interjeições está sempre vinculado ao uso, por isso qualquer palavra ou expressão da língua pode atuar como interjeição, dependendo do contexto e da intenção do falante. Assim, conclui-se que, por expressarem espanto, as três falas do personagem no segundo quadrinho são interjeições.

04. O projeto Montanha Limpa, desenvolvido desde 1992, por meio da parceria entre o Parque Nacional

de Itatiaia e a DuPont, visa amenizar os problemas causados pela poluição em forma de lixo deixado por visitantes desatentos.

(Folheto do Projeto Montanha Limpa do Parque Nacional de Itatiaia.) A preposição que indica que o Projeto Montanha Limpa continua até a publicação do folheto é: a) entre.

b) por (por visitantes). c) em.

d) por (pela poluição). e) desde.

05. Neste mundo é mais rico, o que mais rapa Quem mais limpo se faz, tem mais carepa Com sua língua ao nobre vil decepa O Velhaco maior sempre tem capa.

(Gregório de Matos) Assinale a alternativa correta:

a) Na expressão “Neste mundo”, o pronome refere-se a um mundo utópico, irreal.

b) Em “Quem mais limpo se faz”, o pronome “se” indica reciprocidade.

c) “Língua” e “capa” são termos empregados em sentido denotativo.

d) A expressão “Com sua língua”, que remete a “nobre”, é indicativa de causa.

e) Em “ao nobre”, emprega-se a preposição para evitar ambiguidade.

CLASSES DE PALAVRAS: CONJUNÇÃO

H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.

Trata-se de uma classe invariável que atua na coesão textual, porque não apenas liga orações, como também termos de mesma função sintática. As conjunções podem ser classificadas em:

I) Coordenativas: quando introduzem uma oração que não estabelece função sintática em relação à outra.

II) Subordinativas: quando introduzem uma oração que exerce função sintática em relação à oração principal.

(17)

17

Conjunções Coordenativas:

Aditivas: relacionam pensamentos similares. São: e, nem, tampouco, mas também (em correlação com "não só").

Exemplos: A veterinária veio e telefonou mais tarde.

A veterinária não veio, nem telefonou.

Adversativas: relacionam pensamentos

contrastantes. São: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

Exemplo: Gosto de dançar, mas prefiro atuar. Alternativas: relacionam fatos ou ideias que, em geral, excluem-se. São: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já, seja...seja.

Exemplo: Ora age com parcimônia, ora com inconsequência.

Conclusivas: relacionam determinados

pensamentos de forma que o segundo encerre o enunciado do primeiro. São: logo, pois, portanto, consequentemente, por conseguinte, etc.

Exemplo: Foste indelicado com tua esposa; deves, pois, desculpar-te

Explicativas: relacionam pensamentos em sequência justificativa, de tal forma, que a segunda frase explica a razão de ser da primeira. São: que, pois, porque, porquanto.

Exemplo: Espere um pouco, pois ela não demora.

Conjunções subordinativas:

Iniciam uma oração subordinada. Classificam-se em: causais, concessivas, condicionais, conformativas, comparativas, consecutivas, finais, proporcionais, temporais e integrantes.

Causais: expressam a ideia de causa. São: que, porque, porquanto, como, já que, desde que, pois que, visto como, uma vez que, etc.

Exemplo: Todos permaneceram lá porque estava chovendo.

Dica da titia!!

As conjunções “como” e “se” também são causais quando significarem “já que” e estiverem no início do período.

Se você quer assim, nada mais posso fazer. Como você não veio, chamamos outro profissional. Concessivas: Introduzem uma oração em que se

admite um fato contrário ao anterior, mas incapaz de anulá-lo. São: Embora, conquanto, ainda que, posto que, se bem que, etc.

Exemplos: Comprei-lhe um presente sem que ela percebesse.

Embora seja verdade, há muitas coisas sem explicação nessa história.

Condicionais: iniciam uma oração que indica condição ou hipótese necessária para que se dê o fato principal. São: se, caso, contanto que, salvo se, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.

Exemplos: Caso você me abandone, eu vou chorar. “Se a lua toca no mar, ela pode nos tocar”.

Obs: a conjunção pode estar oculta!

(Se) Fosse menos insensível, perceberia todo o afeto que recebe.

Conformativas: iniciam uma oração em que é expressa a conformidade de um pensamento com um anteriormente apresentado. São: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. Exemplos: Como todos sabem, amanhã é dia do casamento de Julia.

Conforme é desejo de todos, amanhã parto para a Europa.

Comparativas: iniciam uma oração que encerra o segundo elemento de uma comparação, de um confronto. São: que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor e pior), tal qual, tanto quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem.

Exemplo: O carnaval do Brasil é mais animado do que o europeu.

Consecutivas: iniciam uma oração na qual se indica a consequência do que dito anteriormente. São: que (combinada com uma das palavras: tal, tanto, tão ou tamanho, presentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, etc. Exemplo: Sua sorte era tanta, que ganhou cem vezes na loteria.

Finais: iniciam uma oração que indica a finalidade do que foi dito anteriormente. São: para que, a fim de que, porque (= para que), etc.

Exemplo: A fim de que aprenda logo, você deve refazer todos os exercícios.

(18)

18 Proporcionais: iniciam uma oração em que se

menciona um fato ocorrido ou que vai ocorrer

concomitantemente a outro expresso

anteriormente. São: à mediada que, ao passo que, à proporção que, etc.

Exemplo: À proporção que envelhece, mais idiota fica o homem.

Temporais: iniciam uma oração que indica circunstância de tempo. São: quando, antes que, assim que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que (= desde que), etc. Exemplo: Ele saiu quando entrei.

Conjunções Integrantes:

Iniciam uma oração que pode funcionar como sujeito, objetos direto ou indireto, predicativo, complemento nominal, ou aposto de outra oração. São que e se.

Exemplo: Percebi que alguém entrou na sala.

A GNT NÃO ESTUDOU TUDO ISSO PRA TI NÃO

EXERCITAR, AMADXH!

01. O pavão

Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com um mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glória e me faz magnífico.

Rubem Braga Não só conectores mas também pausas, marcadas pelos sinais de pontuação, assinalam diferentes tipos de relações sintático-semânticas. Em “Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há

pigmentos” (linha 2), a pausa marcada pelo ponto final no primeiro período estabelece com o segundo período uma relação de:

a) explicação. b) temporalidade. c) condicionalidade. d) conformidade. e) comparação. 02. Como ler bem

O bom repórter deve ser imparcial, diz a lição número do jornalismo. 1 Mas o bom leitor 2 também tem sua regra de ouro. Ele deve 4 sempre, 4 sempre, manter a cabeça aberta. O bom leitor sabe se distanciar das paixões. Está sempre disposto a ouvir uma ideia nova – 5 ainda que ela coloque abaixo suas ideias antigas. 3 Posto assim, ler bem parece um desafio fácil. Não é, como também não é simples ser imparcial.

SUPERINTERESSANTE, ed. nº 269, ano 23, nº 9 – Seção ESCUTA – texto adaptado Constatando a presença dos elementos de COESÃO como fatores da construção de sentido no texto acima, só não está correta a afirmação de que: a) o articulador mas (ref. 1), relaciona-se semanticamente com o articulador também (ref. 2), introduzindo, respectivamente, ideias de contraste e inclusão, no sentido do texto.

b) o termo posto assim (ref. 3), refere-se às atitudes recomendadas ao bom leitor, anteriormente indicadas.

c) a repetição do termo sempre (ref. 4), reforça a ideia de contradição entre a “lição número 1” do repórter e a “regra de ouro” do leitor.

d) o articulador representado por ainda que (ref. 5), introduz o sentido de concessão, conectando as expressões “ideia nova” e “ideias antigas”.

03. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Uma obra de arte é um desafio; não a explicamos, ajustamo-nos a ela. Ao interpretá-la, fazemos uso dos nossos próprios objetivos e esforços, dotamo-la de um significado que tem sua origem nos nossos próprios modos de viver e de pensar.

1Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de

fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna.

(19)

19 As obras de arte, porém, são como altitudes

inacessíveis. Não nos dirigimos a elas diretamente, mas contornamo-las. Cada geração as vê sob um ângulo diferente e sob uma nova visão; nem se deve supor que um ponto de vista mais recente é mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge na sua altura própria, que não pode ser antecipada nem prolongada; e, todavia, o seu significado não está perdido porque o significado que uma obra assume para uma geração posterior é o resultado de uma série completa de interpretações anteriores.

Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado. 04. (Fuvest 2018) No trecho “Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna” (ref. 1), as expressões sublinhadas podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido do texto, respectivamente, por:

a) realmente; portanto. b) invariavelmente; ainda. c) com efeito; todavia. d) com segurança; também. e) possivelmente; até.

05. (Fuvest 2018) De acordo com o texto, a compreensão do significado de uma obra de arte pressupõe

a) o reconhecimento de seu significado intrínseco. b) a exclusividade do ponto de vista mais recente. c) a consideração de seu caráter imutável.

d) o acúmulo de interpretações anteriores. e) a explicação definitiva de seu sentido.

PRONOMES

(POSSESSIVOS,DEMONSTRATIVOS,INDEFINID

OS E REALTIVOS)

H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.

 Pronome Pessoais

Os pronomes pessoais servem para caracterizar as pessoas de uma fala, por exemplo, a 1ª pessoa (quem fala), a 2ª pessoa (com quem se fala) e a 3ª pessoa (de quem se fala). Além

disso, funcionam como elemento de coesão para a retomada de um nome anteriormente expresso. Veja o exemplo: “Levantaram Dona Rosário, embora ela não quisesse.”

Os pronomes que servem de sujeito na oração chamam-se retos. Os que desempenham o papel de complemento verbal denominam-se oblíquos.

Os pronomes oblíquos possuem formas tônicas e átonas: as primeiras vêm precedidas de preposição; as segundas são partículas inacentuadas, que se colocam antes ou depois do verbo, como fossem sílaba extra.

Exemplos: Vi-o. (forma átona)

Veio até mim. (forma tônica)

Os pronomes sujeitos (pessoais reto) são normalmente omitidos na Língua Portuguesa porque as desinências verbais bastam para a indicar a pessoa a que se refere, bem como o número gramatical (singular ou plural) dessa pessoa. Exemplo: (Eu) ando; (Nós) rimos.

A 1ª pessoa do plural (nós) é conhecida como o plural da modéstia, pois é utilizado para evitar um tom impositivo ou muito pessoal de opiniões. Os escritores costumam utilizar-se do nós em lugar da forma verbal eu, por esse motivo. Essa estrutura é encontrada em redações de vestibulares, dissertações de mestrado, etc. pois o autor procura dar a impressão que as ideias que expõe são compartilhadas por seus leitores. Se os pronomes oblíquos ou objetivos exercem a função de objeto, logo eles são divididos em:

a) objetivos diretos: me, te, nos, você, o, a, os, as vos, se. Também pertencem a este grupo as variações “lo”, “la”, “los”, “las”, “no”, “na”, “nos”, “nas”.

b) objetivos indiretos: “me”, “te”, “se”, “lhe”, “nos”, “vos”, “lhes”.

Referências

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