• Nenhum resultado encontrado

Modelagem Matemática: um método possível para a Educação de Jovens e Adultos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Modelagem Matemática: um método possível para a Educação de Jovens e Adultos"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

Jaíra de Souza Gomes Bispo1 Orientador: Prof. Dr. Jonei Cerqueira Barbosa2 Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências

1. Introdução

Tenho sido professora da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola pública de uma cidade do interior da Bahia, no turno noturno, há pelo menos 7(sete) anos, e tive a oportunidade de conhecer a disciplina Modelagem Matemática (MM) enquanto aluna especial do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPGEFHC).

Diante da necessidade de encontrar uma estratégia de ensino que fosse capaz de proporcionar maior interesse aos alunos pela matemática, diferente das propostas que estive submetida durante toda a minha formação básica acadêmica, baseada em idéias transmissivistas e também percebendo a existência de uma lacuna na literatura sobre a MM na EJA, foram as questões que impulsionaram a realizar esta pesquisa.

Além disso, a possibilidade de contribuir para fornecer subsídios para melhorar a prática do professor na sala de aula de matemática da Educação de Jovens e Adultos, quanto ao acompanhamento de seus alunos, justifica este estudo.

Portanto, com esta pesquisa pretendo investigar como alunos da EJA compreendem as idéias matemáticas quando participam de um ambiente de MM. Para isso, irei identificar e analisar as “discussões matemáticas” (mais adiante definirei esta expressão) que ocorrem na sala de aula, durante o envolvimento dos alunos nesse ambiente, bem como interpretar os registros produzidos por eles.

1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPEFHC)

da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), e membro do Núcleo de Pesquisa em Modelagem Matemática (NUPEMM).

2 Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Modelagem Matemática da Universidade Estadual de Feira

(2)

Assim, segue a pergunta norteadora: Como os alunos da Educação de Jovens e Adultos compreendem as idéias matemáticas em um ambiente de Modelagem Matemática?

2. A Modelagem Matemática e a Educação de Jovens e Adultos.

Nesta pesquisa entendo a MM como um ambiente de aprendizagem capaz de ajudar os professores a orientar seus alunos a problematizar situações reais3, ou com referência na realidade, por meio da matemática, considerando a visão de Barbosa (2003, p.68) que diz que “ambiente de Modelagem está associado à problematização e investigação”. Nessa perspectiva, enquanto o primeiro está relacionado ao ato de criar perguntas (ou problemas), o segundo seleciona, organiza e manipula informações e reflexões sobre elas.

Em um ambiente de MM podem ocorrer discussões consideráveis para análise. Barbosa (2006, p.297) afirma que essas discussões podem ser: matemáticas, quando se referir ao campo exclusivo da Matemática; as técnicas, que são aquelas discussões referentes à tradução da situação real em linguagem matemática, e reflexivas, quando considera a natureza do modelo, os critérios usados para sua construção e suas conseqüências.

Com base nos objetivos que apresento na introdução deste artigo, compreendo modelo como qualquer “representação matemática da situação em estudo” (BARBOSA, 2001a, p.). Discussões matemáticas, por sua vez, referem-se aquelas sobre procedimentos e conceitos matemáticos e os registros dos alunos são todos os materiais escritos produzidos por eles.

Assim, os registros dos alunos podem demonstrar representações matemáticas da situação real em estudo e que podem ser considerados como modelos, penso que a investigação desse material pode ser de grande utilidade para a pesquisa. Da mesma forma, Carreira (2003, p.235) aponta que “a exploração e a investigação sobre os modelos matemáticos pretendem mostrar o poder da matemática em transcender o mundo real, enquanto mostra a modelagem matemática como uma forma de discutir a realidade”.

Proporcionar uma metodologia de ensino que transcende o mundo real é uma proposta discutida nos Parâmetros Curriculares Nacionais e nas Diretrizes Curriculares

(3)

Nacionais da Educação Básica Brasileira, em particular, da EJA; e que sobre o uso da MM, Almeida (2004, p. 24) aborda a sua capacidade de promover a “cooperação e interação” na sala de aula, elementos que estão presentes nos parâmetros e são considerados como estimuladores da construção de relações na sociedade – essas relações podem ser percebidas na sala de aula quando os alunos têm a oportunidade de dialogar entre si e com o professor.

Mas alguns pesquisadores, afirmam que usar a MM como metodologia de ensino é uma terminologia simplista para designá-la. Caldeira (2005), sobre isso, diz que:

Colocar a Modelagem Matemática como uma estratégia de ensino e aprendizagem, ou seja, como uma metodologia, é restringi-la e limitá-la, deixando-a muito aquém daquilo que realmente podemos aproveitar, instituindo-a nas salas de aula, como prática pedagógica [...] (CALDEIRA, 2005, p.2).

Concordo com Caldeira quando diz que a modelagem não deve ser vista de modo simplista, por outro lado, alunos da EJA possuem um currículo específico e introduzir a MM nesse currículo como uma estratégia de ensino é mais uma tentativa de despertar o interesse por tópicos matemáticos que eles desconhecem, podendo explorar seus interesses e potencial reflexivo sobre a situação modelada durante ou posteriormente o trabalho com modelagem.

Portanto, considerando a flexibilidade presente nos currículos da EJA; a interação e a cooperação possível na sala de aula e a capacidade da matemática em transcender o mundo real, percebo a importância do uso da MM na EJA.

Esse argumento ganha mais força quando inserido na discussão o art. 4º4 das Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos (BRASIL, 2000) que diz que “as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio, estabelecidas e vigentes na Resolução CNE/CEB 3/98, se estendem para a modalidade de Educação de Jovens e Adultos no ensino médio”.

Também é importante refletir sobre o art. 5º que considera o respeito a aspectos da identidade, do perfil dos estudantes, da faixa etária, e das propostas pedagógicas que possam garantir a “eqüidade”, com a distribuição dos componentes curriculares; a “diferença”, valorizando o mérito de cada qual; e a “proporcionalidade”, quanto à disposição e alocação dos componentes curriculares diante das necessidades próprias.

4 Cito os artigos com o objetivo de deixar claro para o leitor por que existe a possibilidade de usar a

modelagem matemática no currículo da Educação de Jovens e Adultos, não por que estou querendo fazer nenhum tipo de discurso político.

(4)

Além disso, no seu art. 208 assegura que é dever do Estado com a Educação, garantir o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, para aqueles que não tiveram acesso na idade própria, bem como oferecer progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade para o Ensino Médio. No entanto, a garantia do direito à Educação pública e gratuita está à mercê,

dos governos municipais e estaduais, que se dispusessem a promover e implantar projetos específicos para esse alunado também específico, sem contar com a verba do governo federal, que deveria, por força de lei, promover o acesso à escolarização fundamental para todos (FONSECA, 2005, p.17).

Assim, concordo quando Fonseca (2005, p.44) diz que a EJA “é mais uma iniciativa governamental que visa diminuir os altos índices de analfabetismo em prol de melhores resultados na escolarização da população”. É fato que nossos governantes estão mais preocupados em quantidade do que qualidade, defendendo uma política imediata para justificar suas ações.

Dessa forma, é necessário possibilitar aos alunos da EJA que exerçam a sua cidadania integrando-se na sociedade, pois esses alunos interromperam seus estudos, por motivo de trabalho, por exemplo, e querem avançar nos estudos.

Fonseca (2005, p. 48) demonstra isso quando aborda as especificidades desses alunos, ou seja, que em sua maioria retornam para a sala de aula por “desejo”, já que não tiveram esta oportunidade antes; pela “necessidade”, ocasionada pela exigência de suas condições sociais e simplesmente, pelo sentimento de conquistar seus “direitos”.

Destacotambém que um dos papéis prioritários da EJA é “possibilitar um acesso mais democrático à cultura letrada, e o ensino de matemática que nela se realizará deverá engajar-se nessa tarefa, aproveitando os recursos e as oportunidades que lhes são próprias” (FONSECA, 2005, p.59). Nesse sentido, é importante que o professor considere o que o aluno traz como experiência de vida, os problemas reais ou situações-problemas não extraídas da matemática pura5

.

Em outras palavras, e no geral, tudo que é discutido e explorado nos cursos regulares também pode ser aplicado na EJA, e se a literatura apresenta resultados de modelagem nas aulas de matemática de cursos regulares (BEAN, 2001; BIEMBENGUT, 2005; BASSANEZI, 2004), então por que não utilizar a MM também na EJA, visto que as diretrizes discutidas basicamente são as mesmas?

(5)

Além disso, jovens e adultos é um público-alvo ideal para trabalhar soluções de problemas reais, pois o que esses alunos esperam é encontrar uma matemática que dê conta de suas necessidades imediatas, úteis ao seu dia-a-dia.

Como a EJA é regida por uma extensão das nossas diretrizes educacionais, considerando apenas suas especificidades, tento fazer uma ponte entre a MM e a EJA. Assim, por todas as questões relativas à especificidade da EJA e as potencialidades do uso da Modelagem no contexto escolar, tento fazer uma ponte entre a MM e a EJA.

Isso se faz necessário devido à literatura (LEVY e SANTO, 2003; ROZAL, 2006) que aborda sobre a MM na EJA não apresentar claramente essa conexão do primeiro com o segundo, tratando o tema como uma junção de dois outros.

Da mesma forma, e a nível nacional, temos apenas o livro Educação Matemática de Jovens e Adultos6, que apresenta a importância de pensar no ensino de matemática que é explorado na EJA e as possibilidades do acesso destes jovens e adultos no ensino de modo que atenda as suas peculiaridades.

3. Contexto e Metodologia.

No momento elementos do contexto e da metodologia estão em fase de construção, porém apresento alguns aspectos relevantes.

3.1. Contexto.

A EJA é um programa do Governo Federal Brasileiro que propõe acesso a escola de indivíduos que não conseguiram concluir seus estudos na Educação Básica no tempo regular. No Ensino Médio da Educação Básica, a EJA acontece em 2(dois) anos e é dividida em três áreas: Área I (línguas); Área II (humanas) e Área III (ciências exatas). Sendo que o aluno pode optar no primeiro ano de estudo pelas Áreas I e II, pois elas acontecem no mesmo ano letivo, e no ano seguinte, pela Área III, ou vice-versa. Nosso foco está na Área III, na qual está a disciplina matemática.

Portanto, pretendo investigar nesta pesquisa turmas de EJA do Ensino Médio no turno noturno da Escola Estadual Polivalente de Alagoinhas (CEPA), situada na cidade

6 FONSECA, M. da C. F. R. Educação Matemática de Jovens e Adultos: especificidades, desafios e

(6)

Alagoinhas, interior do estado Bahia. A cidade de Alagoinhas, localizada a 107 km de Salvador (capital da Bahia), possui uma população de aproximadamente 132.725 habitantes, entre homens e mulheres, e ocupa uma Área Total de 734 km2, conforme censo do IBGE de 2007 na página da internet, visitada em 02 de julho de 2008. Seu nome teve sua origem devido à existência de muitos rios, lagoas e córregos na região, na época de sua emancipação política em 02 de julho de 1853.

O colégio no qual as atividades de Modelagem serão realizadas é um colégio de médio porte que possui alunos das séries finais do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio, inclusive da EJA. Nesta escola a EJA é oferecida apenas no turno noturno e neste ano (2008) foram formadas quatro turmas para Área III.

3.2. Metodologia.

Observando a literatura percebo que a pesquisa tem muito mais valores e princípios do que imaginamos. Como exemplo disso Fiorentini relata que:

A pesquisa é um processo de estudo que consiste na busca disciplinada/metódica de saberes ou compreensões acerca de um fenômeno, problema ou questão da realidade ou presente na literatura o qual inquieta/instiga o pesquisador perante o que se sabe ou diz respeito. (FIORENTINI, 2006, p.60).

Nesse sentido, a proposta é utilizar uma abordagem qualitativa da pesquisa, pois pretendo explorar as discussões matemáticas dos alunos envolvidos na situação em estudo, ou seja, como os alunos de EJA compreendem as idéias matemáticas num ambiente de MM.

Sobre a pesquisa qualitativa, muitas descrevem que a maioria das pessoas pensa que o sentido de qualitativo é apenas o contrário da idéia de quantitativo. “Um falando de qualidade e tendo a ver com o subjetivo, com o sentimento, com opiniões acerca das coisas do mundo. Outro quantificando aspectos objetivos sobre essas mesmas coisas” (BORBA, 2004, p.99).

Para Borba (Idem, 2004) a qualidade se refere a uma propriedade de coisas ou das pessoas, podendo fazer distinções e determinar as suas naturezas. Ele critica o fato da qualidade ser reduzida a conceitos unitários, por se referir à propriedade das coisas, das pessoas, ou seja, do objeto em estudo.

(7)

Ainda explorando a literatura sobre a pesquisa qualitativa (ALVES MAZZOTTI, 1999; BARBOSA, 2000; BOGDAN e BIKLEN, 1994; BORBA, 2004; DENZIN e LINCOLN, 2005; FIORENTINI, 2006), entendo que ela é um processo de investigação que visa obter dados mediante contato direto com a situação em estudo e de forma interativa.

O pesquisador procura entender os fenômenos e em seguida situar a sua posição sobre esses fenômenos. Em sua maioria, estudos que abordam a pesquisa qualitativa atuam no local de origem dos dados, permitindo que o pesquisador faça um recorte em relação ao tempo e espaço analisado sobre o fenômeno investigado.

Uma característica marcante é o processo de investigação ser mais valorizado do que o resultado final. Essa característica, além de outras, é abordada por Bogdan e Biklen (1994):

1 – Na investigação qualitativa a fonte direta de dados é o ambiente natural, constituindo o investigador o instrumento principal.

2 – A investigação qualitativa é descritiva. Os dados recolhidos são em forma de palavras ou imagens e não de números.

3 – Os investigadores qualitativos interessam-se mais pelo processo do que simplesmente pelos resultados ou produtos.

4 – Os investigadores qualitativos tendem a analisar os seus dados de forma indutiva.

5 – O significado é de importância vital na abordagem qualitativa. (BOGDAN e BIKLEN, 1994, p.47-51).

A cada uma das características apresentadas por Bogdan e Biklen(1994) argumentam-se as suas especificidades. Na primeira, é abordada a presença de um local específico para a pesquisa e o papel importante do observador, que mesmo utilizando outros recursos, o contato direto com o contexto da pesquisa é fundamental.

A segunda apresenta a forma descritiva da pesquisa através de transcrições de falas, fotos, filmagens e recortes de documentos considerados relevantes para a pesquisa. Mas são nas palavras que os pesquisadores qualitativos encontram os mais preciosos dados para análise.

A terceira está relacionada ao modo como o observador analisa as atitudes dos participantes da pesquisa, enquanto a quarta característica tende a escolha por um método indutivo. Finalmente, a quinta característica, coloca significado no sentido daquilo que é representado ou expresso por gestos, fatos, palavras, sinais, etc.

Sobre o método indutivo apresentado na quarta característica, seu uso analisa o entendimento de um pequeno grupo de indivíduos, sujeitos observados na pesquisa (no

(8)

caso, alunos da EJA) e generalizar as conclusões para um contexto muito mais amplo que o observado.

Trazendo essas características para a pesquisa, o local a ser investigado será uma escola pública de médio porte do interior do estado da Bahia; o pesquisador se comportará como observador direto da pesquisa, auxiliado por recursos áudio e visuais; serão exploradas as discussões matemáticas e os registros produzidos pelos alunos da EJA

De um modo geral nessa pesquisa serão feitas anotações e transcrições das informações colhidas e analisadas processualmente, com o objetivo de compreender as idéias matemáticas dos alunos de EJA em seus registros e suas falas, quando em atividades de Modelagem.

O contato direto com o contexto será feito pela observação registrada em filmagens, com o objetivo de identificar os participantes da pesquisa, caracterizar o cenário no qual estará inserido, documentar os registros e comportamentos verbais e não-verbais, e analisar as ações desenvolvidas nos ambientes bem como o envolvimento do professor nos episódios.

As discussões gravadas serão importantes para analisar como os alunos compreendem as idéias matemáticas enquanto modelam situações reais, trazendo foco para as discussões matemáticas, mencionadas na literatura deste trabalho. A análise dos registros dos alunos é uma fonte de dados importante, na busca de evidências sobre o problema a ser investigado. Consideram-se como documentos nesta pesquisa os cadernos dos alunos, cartazes, planejamento das atividades pelo professor, se for necessário, e avaliação dos comentários descritos pelos alunos.

3.2.1. Instrumentos de Coleta.

Como o estudo é qualitativo, a primeira parte dessa pesquisa contará com entrevista semi-estruturada, baseada em perguntas abertas que os alunos possam descrever e/ou falar sobre suas visões a respeito da matemática presente no seu cotidiano, obtendo subsídios para analisar a capacidade dos alunos em compreender os problemas com referência na realidade que são tratados pela matemática através da MM.

Em seguida, como foi dito na metodologia, serão observadas as propostas de modelagem matemática desenvolvida pelo professor de matemática com os alunos. Esse professor é iniciante em MM. Enquanto eles desenvolvem as atividades serão

(9)

gravados/filmados os episódios de aulas. Para cada episódio será escolhido um grupo para estudo.

Por enquanto não está definido se serão observados grupos de turmas diferentes, já que falamos anteriormente na existência de quatro turmas na escola escolhida, ou serão escolhidos grupos diferentes em uma mesma turma para cada episódio. A análise de dados será baseada nas filmagens, entrevistas e registros dos alunos e os critérios serão desenvolvidos durante o momento da coleta dos dados.

4. Próximos passos.

Este estudo se mostra importante devido não existir muitos debates na literatura e por fornecer subsídios para melhorar a prática do professor da EJA.

Apesar do contexto e da metodologia estar em fase de construção, o próximo passo da pesquisa será definir como será feita a análise de dados e a preparação para a coleta dos mesmos.

Ao concluir esta pesquisa pretendo apresentar seus resultados em eventos para disseminar a proposta de aplicação da MM na EJA.

Mais particularmente, também pretendo divulgar os resultados na escola, citada no contexto da pesquisa, para encorajar demais professores para explorar o uso da Modelagem Matemática na sala de aula.

5. Referências Bibliográficas.

ALMEIDA, Lourdes Maria Werle de. Um Estudo sobre o Uso da Modelagem Matemática como Estratégia de Ensino e Aprendizagem. Revista Bolema. Ano 17, nº 22, 2004, p. 19 – 33.

ALVEZ-MAZZOTTI, A. J. e GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2ed. São Paulo: pioneira, 1999.

BARBOSA, Jonei Cerqueira. Pesquisa em Educação Matemática: A questão da cientificidade e dos métodos. Rio Claro: UNESP, 2000.

_________________________. Modelagem na Educação Matemática: contribuições para o debate teórico. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 24, 2001, Caxambu. Anais... Caxambu: ANPED, 2001a. 1 CD-ROM.

(10)

_________________________. Modelagem Matemática e os Professores: a questão da formação. Bolema, Rio Claro, n.15, p. 5-23, 2001b.

_________________________. Modelagem Matemática na Sala de Aula. Perspectiva, Erechim (RS), v.27, nº98, p. 65-74, junho/2003.

_________________________. Uma Perspectiva de Modelagem Matemática. In:

CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE MODELAGEM E EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA, 3, 2003, Piracicaba: UNIMEP, 2003b. 1 CD-ROM.

_________________________. Mathematical Modelling in classroom: a sócio-critical and discursive perspective. Zentralblatt fiir Didaktik der Mathematik, v.38, n.3, p.293-301, 2006.

_________________________. A prática dos alunos no ambiente de Modelagem Matemática: o esboço de um framework. In: Modelagem Matemática na Educação Matemática Brasileira: Pesquisas e Práticas Educacionais. Org. Barbosa J. C., Caldeira, A. D., Araújo J. L. - Recife: SBEM, 2007.

BARBOSA, Jonei Cerqueira; SANTOS, Marluce Alves dos. As oportunidades de produção das discussões reflexivas num ambiente de Modelagem Matemática. In: V Conferência Nacional sobre Modelagem e Educação Matemática, 2007. Anais... Ouro Preto: CNMEM, 2007.1 CD. ROM

BASSANEZI, Rodney Carlos. Ensino-Aprendizagem com Modelagem Matemática: uma nova estratégia. 2ed. São Paulo: Contexto, 2004.

BEAN, Dale. O que é Modelagem? Revista da SBEM. Ano8, nº9/10. Recife: SBEM, 2001. BIEMBENGUT, Maria Salett. Modelagem Matemática no Ensino. 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2005.

BISPO, Jaíra de Souza Gomes; ARCANJO, Ivanise Gomes. Geometria das Embalagens: abordando uma atividade de modelagem na geometria. In: IV Conferência Nacional sobre Modelagem e Educação Matemática, 2005. Anais... Feira de Santana: CNMEM, 2005. 1 CD-ROM.

BORBA, Marcelo de Carvalho (org.). Pesquisa Qualitativa em Educação Matemática. (Coleção Tendências em Educação Matemática). Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

(11)

BOGDAN, Roberto C; BIKLEN, Sári Knopp. Investigação Qualitativa em Educação. Td. ALVAREZ, M. J; SANTOS, S. B. dos; BAPTISTA, T. M. Portugal, Porto Codex: Porto Editora, 1994.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de Jovens e Adultos. Parecer CNE/CEB. 11/2000. Brasília: MEC, 2000.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério de Educação e do Desporto. Brasília: MEC, 1997.

_______. Constituição da República Federativa do Brasil. 3ª edição revista e atualizada. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1988.

BUENO, Silveira. Minidicionário: Inglês/Português, Português/Inglês. 2ed. São Pulo: Lisa S/A, 1992.

CALDEIRA, A. D. . A Modelagem Matemática e suas relações com o currículo. In: Anais da Conferência Nacional sobre Modelagem e Educação Matemática, 2005 CD-ROM. CARRANO, Paulo. Educação de Jovens e Adultos e Juventude: o desafio de compreender os sentidos da presença dos jovens na escola da “segunda Chance”. Revista de Educação de Jovens e Adultos. V.1, p. 1-108, 2007.

CARREIRA, Susana. Beyond the Real World: How Mathematical Models Produce Reality. In: LAMON, J. et. al. Mathematical Modelling: a way of life. Chichester: Horwood, 2003. p. 235-244.

D´AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. 2ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2001.

DUKE, Nell K.; BECK, Sarah W. Education Should Consider Alternative Formats for the Dissertation. 28(3), 31 – 36. Washington: American Educational Research Association, 1999.

DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Yvonna S. The Future of Qualitative Research. In: Handbook of qualitative research. 3rd. ed. California: Sage Publications, 2005.

FIORENTINI, Dario; LORENZATO, Sérgio. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.

FONSECA Maria da Conceição F. R. Educação de Jovens e Adultos: Especificidades, desafios e contribuições. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

(12)

GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de Projetos de Pesquisa Científica. São Paulo: Avercamp, 2003.

HORN, Geraldo Balduíno. Metodologia da Pesquisa. Curitiba: IESDE Brasil, 2003.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

LEVY, Lênio Fernandes; SANTO, Adilson Oliveira do Espírito. Uma Proposta Transdisciplinar: A Educação de Jovens e Adultos e a Modelagem Matemática. In: II Seminário Internacional de Pesquisas em Educação Matemática. Santos: Universidade Regional de Blumenau, 2003.

PONTE, João Pedro da. Investigações Matemáticas na Sala de Aula. 1 ed. (Coleção Tendências em educação Matemática). Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

ROZAL, Edilene Farias. A Modelagem Matemática como caminho para trabalhar a Educação de Jovens e Adultos. X EBRAPEM. Belo Horizonte: UFMG, 2006.

RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 32 ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

Referências

Documentos relacionados

Atualmente os currículos em ensino de ciências sinalizam que os conteúdos difundidos em sala de aula devem proporcionar ao educando o desenvolvimento de competências e habilidades

Para Souza (2004, p 65), os micros e pequenos empresários negligenciam as atividades de planejamento e controle dos seus negócios, considerando-as como uma

Neste trabalho analisamos o esforço despendido pelo grupo de tutores e coordenadores que trabalhou na primeira edição desse curso para significar o que se chamou ensino

O CES é constituído por 54 itens, destinados a avaliar: (a) cinco tipos de crenças, a saber: (a1) Estatuto de Emprego - avalia até que ponto são favoráveis, as

Dessa forma, a partir da perspectiva teórica do sociólogo francês Pierre Bourdieu, o presente trabalho busca compreender como a lógica produtivista introduzida no campo

Da mesma forma que para o conversor flyback, a tensão sobre os transistores fica limitada ao valor da

A dose de propofol de 20 mg/kg que foi testada é recomendada para procedimentos clínicos e coletas de amostras biológicas em Lithobates catesbeianus, visto que

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial