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1974

SAARA OCIDENTAL (1974-1975)

16. Parecer Consultivo de 16 de outubro de 1975

No presente parecer consultivo requerido pela Assembléia Geral das Nações Unidas sobre duas questões relativas ao território do Saara Ocidental, a Corte,

Em relação à questão I: "Seria o Saara Ocidental (Rio de Oro e Sakiet El Hamra), ao tempo da colonização espanhola, terra nullius?"

- decidiu, por 13 votos a 3, concordar com a demanda por um parecer consultivo;

- foi unanimemente favorável à opinião de que o Saara Ocidental (Rio de Oro e Sakiet El Hamra), ao tempo da colonização espanhola, não era uma terra nullius.

Com relação à questão II: "Quais eram os vínculos jurídicos entre esse território e o Reino de Marrocos e a entidade da Mauritânia?", a Corte

- decidiu, por 14 votos a 2, concordar com a demanda por um parecer consultivo;

- entendeu, por 14 votos a 2, que existiam vínculos jurídicos entre esse território e o Reino de Marrocos, nos termos indicados no penúltimo parágrafo do parecer consultivo;

- entendeu, por 15 votos a 1, que existiam vínculos jurídicos entre esse território e a entidade da Mauritânia, nos termos indicados no penúltimo parágrafo do parecer consultivo.

O penúltimo parágrafo do parecer consultivo enunciava:

"Os elementos e informações levados ao conhecimento da Corte demonstram a existência, ao tempo da colonização espanhola, de vínculos jurídicos de submissão entre o Sultão de Marrocos e algumas das tribos que viviam no território do Saara Ocidental. Mostram igualmente a existência de direitos, incluindo alguns relacionados à terra, que constituíam vínculos jurídicos entre a entidade da Mauritânia, como entendeu a Corte, e o território do Saara Ocidental. Por outro lado, a Corte concluiu que os elementos e informações levados ao seu conhecimento não estabeleceram a existência de nenhuma relação de soberania territorial entre o território do Saara Ocidental e o Reino de Marrocos ou a entidade da Mauritânia. Deste modo, a Corte não encontrou vínculos jurídicos de natureza a modificar a aplicação da Resolução 1514 (XV) da Assembléia Geral quanto à descolonização do Saara Ocidental e, em particular, à aplicação do princípio da autodeterminação graças à expressão livre e autêntica da vontade das populações do território.

A Corte estava composta como se segue: Presidente Lachs; Vice-Presidente Ammoun; juízes Forster, Gros, Bengzon; Pretén, Onyeama; Dillard, Ignacio-Pinto, de Castro, Morozov, Jiménez de Aréchaga, Sir Humphrey Waldock, Nagendra Singh e Ruda; e juiz ad hoc Boni.

Os juízes Gros, Ignácio-Pinto e Nagendra Singh anexaram declarações ao parecer consultivo; o Vice-Presidente Ammoun e os juízes Forster, Petrén, Dillard, de Castro e Boni anexaram opiniões individuais; e o juiz Ruda uma opinião dissidente.

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A Corte primeiramente recordou que a Assembléia Geral das Nações Unidas decidiu submeter duas questões para um parecer consultivo da Corte através da Resolução 3292 (XXIX) adotada em 13 de dezembro de 1974, e recebida pela secretaria em 21 de dezembro. Ela relatou as etapas dos procedimentos subseqüentes e a transmissão de dossiê de documentos pelo Secretário Geral das Nações Unidas (Estatuto, artigo 65, parágrafo 2º) e o depósito de declarações escritas ou cartas e/ou a apresentação de exposições orais por 14 Estados, incluindo Argélia, Mauritânia, Marrocos, Espanha e Zaire (artigo 66 do Estatuto).

Mauritânia e Marrocos requisitaram o direito de escolher um juiz ad hoc para atuar nos procedimentos. Por uma decisão de 22 de maio de 1975 (C.I.J. Rec. 1975, p. 6), a Corte entendeu que o Marrocos estava apto, em virtude dos artigos 31 e 68 do Estatuto e do artigo 89 do Regulamento da Corte, a designar um juiz ad hoc, mas que no caso da Mauritânia as condições para a aplicação deste artigo não foram preenchidas. Ao mesmo tempo, a Corte assegurou que tais conclusões, de forma alguma, significavam um pré-julgamento a respeito das duas questões colocadas ou qualquer outra que poderia vir a ser decidida, incluindo aquelas de sua competência para dar uma parecer consultivo e a oportunidade do exercício desta competência.

Competência da Corte (parágrafo 14 ao 22 do parecer consultivo)

De acordo com o artigo 65, parágrafo 1º do Estatuto, a Corte pode proferir um parecer consultivo sobre qualquer questão jurídica, a requerimento de qualquer órgão ou instituição devidamente autorizada. A Corte observou que a Assembléia Geral das Nações Unidas foi adequadamente autorizada pelo artigo 96, parágrafo 1º da Carta e que as duas questões submetidas estão delineadas em termos jurídicos e levantam problemas de direito internacional. São em princípio questões de caráter jurídico, ainda que envolvam questões de fato e requeiram à Corte que se pronuncie sobre a existência de direitos e obrigações. Em conseqüência, a Corte declarou-se competente para conhecer da presente demanda.

Oportunidade para proferir um parecer consultivo (parágrafo 23 ao 74 do parecer consultivo)

A Espanha apresentou objeções com o objetivo de demonstrar que no presente caso, a pronúncia de um parecer consultivo seria incompatível com o caráter judicial da Corte. Baseou-se, em primeiro lugar, sobre o fato de que não havia consentido para que a Corte se pronunciasse sobre as questões levantadas. Ela sustentou: a) que o objeto destas questões era substancialmente idêntico àquele da disputa referente ao Saara Ocidental que o Marrocos, em setembro de 1974, tinha proposto submeter conjuntamente à Corte, proposta esta que foi recusada: a jurisdição consultiva foi, então, usada para contornar o princípio de que a Corte só tinha competência para solucionar uma disputa com o consentimento das partes; b) que o caso envolvia uma disputa a respeito da atribuição de soberania territorial sobre o Saara Ocidental e que o consentimento dos Estados sempre foi necessário para a solução judicial de tais disputas; c) que nas circunstâncias do caso a Corte não preenchia os requisitos de boa administração da justiça para a determinação dos fatos. A Corte considerou: a) que a Assembléia Geral, embora tenha constatado que a controvérsia jurídica acerca da situação do Saara Ocidental tenha surgido no curso de seus debates, não teve por objetivo submeter à Corte uma disputa ou controvérsia jurídica a fim de poder regulamentá-la pacificamente, mas de demandar um parecer consultivo útil para poder exercer suas funções relativas à descolonização do território; conseqüentemente, a posição jurídica da Espanha não seria comprometida pelas respostas da Corte às questões levantadas; b) que estas questões não demandam um pronunciamento da Corte sobre direitos territoriais existentes; c) que dispõe de informação e elementos de prova suficientes.

A Espanha sugeriu, em segundo lugar, que as questões submetidas à Corte tinham um caráter acadêmico e eram destituídas de objeto ou efeito prático, uma vez que as Nações Unidas já haviam proposto o método a seguir para a descolonização do Saara Ocidental, a saber, uma consulta à população autóctone por meio de um referendo a ser conduzido pela Espanha sob os auspícios da ONU. A Corte examinou as resoluções adotadas pela Assembléia Geral na matéria desde a Resolução 1514 (XV) de 14 de dezembro de 1960, a dita declaração sobre a concessão de independência aos países e povos coloniais, até a Resolução 3292 (XXIX) sobre o Saara Ocidental, contendo a presente demanda por um parecer consultivo. Ela concluiu que o processo de descolonização visado pela Assembléia Geral era um processo que respeitaria o direito da população do Saara Ocidental de determinar seu estatuto político futuro para a livre expressão de sua vontade.

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Este direito de autodeterminação, que não foi afetado pela demanda por um parecer consultivo e que constitui um elemento de base das questões levadas à Corte, deixa à Assembléia Geral uma certa discricionariedade em relação às formas e processos de implementação. O parecer consultivo forneceria a esta Assembléia os elementos de caráter jurídico que lhe seriam úteis no exame do problema colocado pela Resolução 3292 (XXIX).

Conseqüentemente, a Corte não encontrou qualquer razão decisiva para se recusar a dar seguimento às duas questões objeto da presente demanda por um parecer consultivo.

Questão I: "Seria o Saara Ocidental (Rio de Oro e Sakiet El Hamra), ao tempo da colonização espanhola, terra nullius?" (parágrafo 75 ao 83 do parecer consultivo)

Para os propósitos deste parecer, o "tempo da colonização Espanhola" será considerado como o período que se iniciou em 1884, quando a Espanha proclamou seu protetorado sobre o Rio de Oro. Portanto é referindo-se ao direito em vigor nesta época que a noção jurídica de terra nullius deve ser interpretada. Em direito, a "ocupação" era um dos meios para se adquirir pacificamente a soberania sobre um território, assim como o são a cessão e a sucessão. A condição primordial para uma "ocupação" válida seria a de que o território fosse terra nullius.

De acordo com a prática dos Estados daquele período, os territórios habitados por tribos ou povos que tivessem uma organização política e social não eram considerados terra nullius; com relação a estes, a soberania não poderia ser adquirida por ocupação, mas por acordos concluídos com os chefes locais. A informação fornecida à Corte demonstra: a) que ao tempo da colonização o Saara Ocidental era habitado por populações que, mesmo nômades, eram social e politicamente organizadas em tribos, sob o comando de chefes competentes para representá-las; b) a Espanha não procedera no sentido de estabelecer sua soberania sobre terra nullius: logo, em sua decisão de 26 de dezembro de 1884, o Rei da Espanha proclamou que estava incluindo o Rio de Oro sob sua proteção em função de acordos concluídos com os chefes das tribos locais.

A Corte, portanto, respondeu negativamente à questão I. De acordo com os termos da demanda por um parecer consultivo, "se a resposta à primeira questão for respondida negativamente", a Corte deveria responder à questão II.

Questão II: "Quais eram os vínculos jurídicos entre esse território com o Reino de Marrocos e a entidade Mauritânia?" (parágrafo 84 ao 161 do parecer consultivo)

O significado das palavras "vínculos jurídicos" teria que ser considerado à luz do objeto e finalidade da Resolução 3292 (XXIX) da Assembléia Geral das Nações Unidas. Pareceu à Corte que estas palavras deveriam ser interpretadas como designando as relações jurídicas que poderiam influenciar na política a ser seguida no processo de descolonização do Saara Ocidental. A Corte não poderia aceitar a opinião segundo a qual estes vínculos eram apenas concernentes às relações estabelecidas diretamente com o território, independentemente das pessoas que poderiam ali se encontrar. Ao tempo da colonização, seu território possuía uma esparsa população que era na maioria composta por tribos nômades cujos membros atravessavam o deserto em rotas relativamente regulares, às vezes alcançando o extremo sul do Marrocos ou regiões da atual Mauritânia, Argélia e outros Estados. Estas tribos eram de religião muçulmana.

O Marrocos (parágrafo 90 ao 129 do parecer consultivo) apresentou os vínculos jurídicos que, segundo ele, o uniam ao Saara Ocidental como vínculos de soberania decorrentes de sua posse imemorial do território e de um exercício ininterrupto de autoridade. Na opinião da Corte, o que deveria determinar de maneira decisiva a resposta à questão II seriam as provas relacionadas diretamente a um exercício efetivo de autoridade no momento da colonização espanhola e durante o período que imediatamente a precedeu. Marrocos demandou à Corte que considerasse a estrutura particular do Estado marroquino. Este Estado era baseado no vínculo religioso do Islã e na submissão das tribos ao Sultão, por intermédio de seus caids1 ou de

1

N.T. Em certas regiões da África do Norte, corresponde ao funcionário muçulmano que acumula as funções de juiz, administrador e chefe de polícia.

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seus sheiks2, mais que sobre a noção de território. Ele se compunha de regiões verdadeiramente submetidas ao Sultão (Bled Makhzen) e em regiões onde as tribos de fato não o obedeciam (Bled Siba); durante o período relevante, as regiões situadas ao norte do Saara Ocidental eram compreendidas na Bled Siba..

Como prova de sua soberania no Saara Ocidental, o Marrocos invocou os atos pelos quais manifestou sua autoridade no plano interno, principalmente os elementos que provavam a submissão dos Caids do Saara ao Sultão, incluindo dahirs3 e outros documentos concernentes à nominação dos Caids, a imposição de impostos corânicos e outras taxas, e atos militares de resistência à penetração estrangeira no território. O Marrocos também se baseou em certos atos internacionais que constituíram o reconhecimento por outros Estados de sua soberania sobre todo o Saara Ocidental ou parte deste, incluindo: a) certos tratados concluídos com a Espanha, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha entre 1767 e 1861, que contêm disposições com relação à proteção de náufragos na costa da região de Noun ou em suas proximidades; b) certos tratados bilaterais datados do final do século XIX e início do século XX, nos quais a Grã-Bretanha, Espanha, França e Alemanha reconheceram que ao sul a soberania do Marrocos se estendia até o Cabo Bojador ou a fronteira do Rio de Oro.

Tendo considerado esta evidência e as observações dos outros Estados que participaram nos procedimentos, a Corte entendeu que nem os atos internos, nem os atos internacionais invocados pelo Marrocos indicam, na época considerada, a existência ou o reconhecimento internacional dos vínculos jurídicos de soberania territorial entre o Saara Ocidental e o Estado do Marrocos. Mesmo considerando a estrutura específica daquele Estado, não se demonstrou que o Marrocos exerceu uma atividade estatal efetiva e exclusiva no Saara Ocidental. Fornecem, entretanto, indicações de um vínculo jurídico de submissão existente no período relevante entre o Sultão e certas, mas somente certas, tribos nômades deste território, por intermédio de Caids Tekna da região do Noun, e estas evidências e observações demonstraram que o Sultão manifestou uma certa autoridade ou influência com relação às tribos mencionadas, o que foi reconhecido por outros Estados.

O termo "entidade da Mauritânia" (parágrafo 130 ao 152 do parecer consultivo) foi primeiramente empregado durante a sessão de 1974 da Assembléia Geral, na qual a Resolução 3292 (XXIX) requerendo um parecer consultivo à Corte foi adotada. Este termo traduz uma entidade cultural, geográfica e social, base sobre a qual a República Islâmica da Mauritânia foi criada. De acordo com Mauritânia, aquela entidade, no período relevante, era o Bilad Shinguitti ou país Shinguitti, um agrupamento humano caracterizado por um idioma, modo de vida, religião e ordenamento jurídico comuns, possuindo duas formas de autoridade política: emirados e grupos tribais.

Reconhecendo expressamente que esses emirados e tribos não constituíam um Estado, a Mauritânia sugeriu que os conceitos de "nação" e de "povo" seriam os mais apropriados para explicar a situação do povo de Shinguitti ao tempo da colonização. Naquele período, de acordo com a Mauritânia, sua entidade estendia-se do Rio Senegal à região do Sakiet El Hamra. O território atualmente sob a administração espanhola e o atual território da República Islâmica da Mauritânia constituíam partes indissociáveis de uma mesma entidade e mantinham vínculos jurídicos um com o outro.

As informações que a Corte dispunha revelavam que, enquanto existiam entre eles vários laços de natureza racial, lingüística, religiosa, cultural e econômica, os emirados e várias tribos da entidade eram independentes umas das outras; não tinham instituições ou órgãos comuns. A entidade da Mauritânia, portanto, não possuía o caráter de uma personalidade ou entidade distinta dos vários emirados ou tribos que a compunham. A Corte concluiu que na época da colonização espanhola não existia entre o território do Saara Ocidental e a entidade Mauritânia qualquer laço de soberania, ou de submissão de tribos, ou mesmo uma simples relação de inclusão em uma mesma entidade jurídica. Entretanto, não pareceu que a opinião dada à Assembléia Geral sobre a questão II limitou seu alcance à existência de vínculos jurídicos implicando a soberania territorial, o que seria desrespeitar a possível relevância de outros eventuais vínculos jurídicos para o processo de descolonização. A Corte considerou que, no período relevante, a população nômade do país

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N.T. Chefe de uma tribo árabe.

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Shinguitti possuía direitos, incluindo alguns relativos às terras através das quais os mesmos migravam. Esses direitos constituíam vínculos jurídicos entre o Saara Ocidental e a entidade da Mauritânia. Eram laços que não conheciam fronteiras entre os territórios e eram indispensáveis à própria manutenção da vida na região.

O Marrocos e a Mauritânia enfatizaram o caráter de justaposição dos respectivos vínculos jurídicos que eles reivindicavam ter com o Saara Ocidental ao tempo da colonização pela Espanha (parágrafo 153 ao 160 do parecer consultivo). Embora suas visões parecessem ter sensivelmente evoluído a este respeito, ambos os Estados sustentavam, no fim dos procedimentos, que havia uma parte norte relevante do Marrocos e uma parte sul relevante da Mauritânia sem qualquer espaço geográfico entre ambos, mas com algumas justaposições de fato da intercessão de rotas nômades. A Corte limitou-se a observar que esta sobreposição geográfica indica a dificuldade de distinguir as várias relações existentes na região do Saara Ocidental na época da colonização.

Por essas razões, a Corte (parágrafos 162 e 163 do parecer consultivo) confere as respostas acima indicadas.

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