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PLANO DO CURSO (Adultos)

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Academic year: 2021

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PLANO DO

CURSO

(Adultos)

Curso: Barco: Turno: Duracão: Início: Obiectivos Iniciação

Raquero (6 alunos com monitor a bordo) I7 Domingo de manhã

O

Domingo de tarde

10 sessões de meio-dia e 1 sessão de dia inteiro 18 de Abril de 2004

Noções sobre segurança e as suas regras básicas.

Importância das condições meteorológicas (vento, visibilidade e correntes).

Conhecimento da nomenclatura utilizada a bordo.

Treino de 3 nós fundamentais (nó de oito, nó direito e lais de guia). Aprendizagem do equilíbrio a manter a bordo.

Perceber a influência da direcção e intensidade do vento na embarcação.

Treino das 3 rnareações (bolina, largo e popa).

Saber aproar o barco ao vento a aproximar de uma bóia de amarração.

Caçar, folgar, orçar e arribar. Virar por d'avante e cambar.

Içar e arrear Spinnaker com vento fraco. Experiência de trapézio (não é do circo).

Aprender a endireitar uma embarcação de dois tripulantes (num dia de sol para náo se constiparem).

Para ter aproveitamento no curso e passar ao nível seguinte o aluno deverá saber muito bem aparelhar e desaparelhar a embarcação, executar com segurança os 3 nós e evidenciar razoável destreza no comando do barco nas 3

mareações e viragens de bordo, bem como a aproximação a bóia para amarração.

(2)
(3)

Nome das coisas: costado patilhão caixa do patilhão leme cana do lema extensão (cruzeta) escota mastro enora carlinga retranca espicha boom-jack vela catavento moitão mordente

(4)

Para navegar a vela, torna-se importante, antes de mais, conhecer o barco, saber quais são as suas partes e conhecer os seus nomes, a fim de serem evitados erros ou hesitações nas manobras que se tenham de realizara bordo.

o patilhão

É um dispositivo, normalmente construído em madeira que, não só aumenta o equilíbrio do barco, como também contraria o seu descaimento lateral. Com este fim utilizam-se o PATILHÃO de LEQUE (A) ou o PATILHÃO DE GUILHOTINA (B). O mais usado é o patilhão de guilhotina, e um elástico desenvolve a aderência para colocá-lo em qualquer posição. O patilhão de leque, é manobrado com a ajuda de cabos apropriados.

i o leme

É um termo que vamos ouvir muitas vezes no mundo da vela. Ele designa o mecanismo de direcção ou o instru- mento que permite dirigir o barco. É composto por uma CANA DO LEME (A) que encaixa no leme e tem na extremidade um prolongamento articulado chamado EXTENSÃO (B). A cana do leme é sempre a parte que temos na mão e o LEME (C) a super- fície que mergulha na água.

(5)

o mastro

I

I

E uma peça comprida (A), de madeira ou metal, que serve para envergar as velas e que entra num orifício feito no banco chamado ENORA (B) e assenta na CARLINGA (C),

situada sobre a quilha do barco.

a retranca

É uma peça horizontal (D) que suporta o lado inferior da vela e está ligada ao mastro de maneira a poder mover-se para cima e para baixo e sobre os lados.

i a espicha

É uma peça comprida que é fixada, num dos lados na extremidade superior da vela, e no outro lado ao mastro, por meio de uma cremalheira (E).

i o boom-jack

O boom-jack é um aparelho pequeno, mas potente, que se emprega para manter tensa a retranca e eliminar rugas na vela (F).

i a escota

É o cabo que serve para alçar ou folgar a vela (G). Um velejador manobra a vela mais ou menos da mesma maneira com que se utiliza o pedal do acelerador num automóvel, para regular a velocidade. Há que estar continuamente preparado para variar o ângulo da vela, segundo o vento e as suas infinitas variações de força e direcção.

(6)

DIFERENTES PARTES DE UMA VELA

Os cantos e os lados de uma vela são designados por termos particulares. Os termos sáo fáceis de aprender e torna-se necessário conhecê-los para poder compreender os princípios da navegação a vela.

i oscantos 1

-

Punho da espicha 2 -Punho da adriça 3 -Punho da amura 4-Punho da escota i oslados 5

-

Gurutil 6 -Testa 7

-

Esteira 8 -Valuma

A valuma é provida de umas bainhas

-

as bolsas

-

onde se metem umas pequenas RÉGUAS (A), fiexiveis, que ajudam a vela a manter uma determinada forma, mais favorável a acção do vento.

ALGUNS TERMOS NÁUTICOS

Quando falamos de um barco, as palavras "esquerda" e "direita" não são empregadas. Em substituiçáo, em- pregam-se as palavras BOMBORDO (A) (parte esquerda do barco quando estamos virados para a proa) e ESTIBORDO (B) (parte direita).

BOMBORDO

A

ESTIBORDO B

(7)

Quando dizemos que o vento vem da proa do lado bombordo, subentende-se que o vento entra pela AMURA DE BOMBORDO. Se vem de lado e de bom bordo, diz-se que o vento entra pelo TRAVÉS DE BOMBORDO. O mesmoacontecequando vem da popa e a estibordo, significa que o vento entra pela ALHETA DE ESTIBORDO. Amura de bombordo Través de bombordo Alheta de

1

estibordo

De agora em diante e em relação ao vento, chamaremos ao lado de onde vem o vento

-

BARLAVENTO e ao lado para onde vai o vento

-

SOTAVENTO.

Em navegação, se empurrarmos a cana do leme para sotavento, o barco virará para barlavento. Puxando a cana do leme para barlavento, o barco virará para sotavento.

ORÇAR

1

ARRIBAR

r

Normalmente o velejador senta-se do lado de barlavento do barco, de maneira a ter uma visão completa do rumo das velas e das ondas. Esta posição deve ser mantida junto do patilhão, para que a cana do leme fique livre sem chocar com o nosso corpo. Quando nos encontramos nesta posição devemos estar em condições de saber que, quando afastamos a cana do leme de nós, o barco vira para bombordo. A esta manobra chama-se ORÇAR.

Do mesmo modo, se a puxarmos, o barco vira para estibordo. A esta manobra chama- -se ARRI BAR.

(8)

Como se orça:

Mudar a direcção levando a proa do barco mais para a direcção do vento, chama-se ORÇAR. Para

efectuar esta manobra correc- tamente e ao mesmo tempo manter a velocidade do barco, temos que caçar progressivamente a escota e ao mesmo tempo deslocar o corpo fora da borda a fim de estabelecer o equilíbrio.

como se arriba:

Mudar de direcção afastando a proa da direcção do vento, chama-se

ARRIBAR.

Para manter o equilíbrio e a velocidade, folgam-se gradual- mente as escotas. Neste caso a inclinação do barco começará a diminuir e por isso devemos estar atentos e preparados par nos deslocarmos para dentro do barco, enquanto este muda de direcção.

a orientacão:

Existem muitas forças invisíveis de ventos, ondas e correntes a considerar, muitas pequenas regulações para saber, que não podem ser medidas com exactidão. Temos que recorrer a todo o tipo de informações-orientação, para chegarmos a uma ou mais acções distintas entre as quais elegemos como alternativas.

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Os olhos são os mais importantes captadores de dados, o que continua- mente nos obriga, a olhar em redor e observar as ondas, a vela, as posi- ções dos objectos em movimento (como por exemplo, outros barcos, de maneira que se possa fazer mental- mente um mapa da situação e mantê- lo continuamente actualizado). As orelhas escutam os sons trazidos pelo vento e também o chapinhar da á gua na proa indica-nos a velocidade. A cara e os cabelos são sensíveis reveladores da velocidade e da direcção do vento.

O NÓ DE OITO é sempre utilizado no chicote de todos os cabos emprega- dos em manobras correntes como sejam a escota da vela.

O NÓ DIREITO serve para ligar dois cabos com a mesma espessura.

O NÓ DE ESCOTA serve para ligar dois cabos com espessura diferente

O LAIS DE GUIA é um nó bastante seguro e o laço não varia de dimen- são. É fácil de desfazer, mesmo depois de estar sujeito a uma grande pressão.

(10)

NAVEGACÃO A VELA

Após termos estudado os elementos básicos respeitantes a nomenclatura e ao aparelho do barco a vela, vamos agora entrar nos segredos da navegação a vela.

Navegar a vela depende de três factores fundamentais:

- direcção do vento;

-

rumo do barco;

-

rnareação das velas

Se conhecermos e compreendermos cada uma destas noções e as relações entre elas, podemos fazer trabalhar o vento para nós. O nosso barco navegará correctamente e em segurança. Todo o bom velejador guarda constantemente na memória estes três factores. Façamos o mesmo.

0 s diferentes tipos de mareação definem-se pelo ângulo formado pela direcção do vento eo rumo escolhido.

Assim, temos as seguintesmareações:

-

BOLINA ovento sopra pelas amuras (A)

-

LARGO o vento sopra pelo través (B)

-

POPA o vento sopra pela popa ( C)

LARGO LARGO

(11)

Virar por d'avante

Virar de bordo por d'avante é passar a proa pela linha do vento. Isto significa, naturalmen- te, que a retranca e a vela passam de um lado para o outro, enchendo-se de vento sobre o novo bordo. Ao mesmo tempo devemos mudar de lugar, colocando-nos no lado oposto, a

I

-

I I-

111-

IV-

fim de se restabelecer o equilíbrio.

com o barco em andamento, empurra- mos a cana do leme para sotavento e começamos a mudar o corpo para o interior do barco mantendo sempre a escota da vela caçada.

Cruzamos o centro do barco dando a volta de costas para a popa.

Sentamo-nos no lado oposto e muda- mos rapidamente a escota e a cana do leme para as mãos indicadas.

Sentados fora da borda regulamos a escota e a cana do leme.

Naveaar para um ponto a barlavento

I I

Todos os pontos compreendidos entre a

\

bolina e a proa no vento chamado "ângulo

morto", podem ser alcançados navegando \

durante um certo tempo sobre um bordo e

'

t

\ \

u

A;

\

depois sobre o outro. A esta forma de nave- \ \ garchama-se BORDEJAR.

Em mar aberto existem inúmeras possibili- dades de escolher rumos que podem neces-

sitar de um ou mais bordos.

,o

1

0

I

Em rios estreitos ou onde existem obstácu- \ I

\ 1

10s ao caminho, é necessário escolher \

rumos de bolina, fazendo bordos nos pontos adequados até alcançar o ponto desejado.

Temos dito que o patilhão opõe-se ao abati-

o

6

mento. Naturalmente não o anula totalmen- \ \

3 / f

/

te.

(12)

A Bolina

Navegar a bolina significa ganhar o máximo caminho possível na direcção do vento. Este

tipo de navegação requer grande habilidade, pois trata-se de saber colocar o barco na posição exacta e também saber equilibrar correctamente, muitas variações contra- ditórias.

-

Com vento variável:

A linha invisível, que não convém cruzar, não é sempre uma recta. Se o vento rondar, poderemos ficar em condições de navegar .

no mesmo rumo com as escotas caçadas ou folgadas, ou podemos governar orçando um pouco mais.

Alternadamente o vento pode rondar noutro sentido e fazer "bater" as velas, obrigando a afastarmo-nos do rumo. Assim, torna-se necessário observar continuamente estas ligeiras variações do vento para podermos tirar o máximo rendi- mento do barco.

-

Com refregas violentas

Também a força do vento varia continua- mente. Uma forte refrega pode obrigar a inclinar excessivamente o barco. Podemos, então, fazer duas coisas:

1

-

orçar um pouco mais e deixar "bater" as \ velas, de forma a reduzir a força do vento

na direcção da vela e bem assim a incli- nação do barco. Neste caso, o barco perderá rapidamente a velocidade, mas esta situação será apenas momentânea.

-

folgar um pouco a escota da vela enquanto durar a refrega permitindo, assim, reduzir a força do vento na vela, e consequentemente, a inclinação do barco.

(13)

Se governarmos o barco de modo normal

1 .

quando navegamos a bolina, o abatimento I I

para sotavento fará com que fiquemos a I

I

uma certa distância para sotavento do I

ponto determinado.

Í

I

Teremos, pois, que dirigir o barco um I

pouco mais para barlavento e o barco

I

I

navegará, abatendo ligeiramente para

1

/

sotavento, para o ponto desejado.

f

Navegar a um larqo:

1

I

I f i

,

Como anteriormente já foi dito, nesta mareação, o vento entra pelo través do barco. A vela irá o mais folgada possível mas sem "bater". Se a caçarmos demasia- damente não "baterá", mas também não renderá o máximo.

Para encontrarmos o ponto correcto, sem variar o rumo, folgamos gradualmente a escota até que a vela começa a "bater" e nesse momento caçaremos um pouco mais até que a vela esteja normal (sem "bater").

n

NAVEGARA POPA

Com vento a popa 3 barco é empurrado pelo vento e a vela não provoca qualquer força lateral. Por isso mesmo, devemos estar sentados no fundo do barco, dado que a força lateral para equilibrar é quase nula.

como se navegaapopa:

Navegar com o vento pela popa é uma experiência relativamente tranquila, contudo devemos controlar continuamente a direcção do vento e as ondas, para estarmos segu- ros de que o barco não se afasta do rumo. Se orçarmos, o barco aumenta rapidamente de velocidade e inclinação. Se arribarmos excessivamente, acabamos numa inesperada "cam badela".

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NORMAS PARA CAMBAR:

Temos visto como virar de bordo nave- gando a bolina fazendo passar a proa pela linha de vento.

O barco virou de bordo depois do vento encher as velas do outro lado (virar por d'avante)

Quando se camba, o vento sopra por detrás da vela e rapidamente e violenta- mente, empurra-a parao outro bordo. I

-

viramos o barco mais para sotavento II

-

chega o momento em que o vento

passa por detrás da vela e afaz mudar para o outro lado

III

-

dobramo-nos e deslocamo-nos para o outro bordo a barlavento

IV

-

o barco fica parado e com a vela batendo livremente

A simples sequência que acabamos de descrever é absolutamente segura, mas não é demasiadamente satisfatória, porque o barco fica parado e há o período da "cambadela" em que não está correctamente equilibrado. Com mau tempo, virar fazendo um circulo completo, é uma manobra útil, se por alguma razão, não estamos convencidos de poder efectuar a "cambadela" com toda a segurança. É importante manter avelocidade ao longo da manobra. O barco pode assim realizar uma rotação completa e voltar a estar com a popa no vento, pronto para navegar no outro bordo.

Referências

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