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Produzir com sustentabilidade

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Goiânia, setembro de 2012

www.promoalgo.com.br

Jor na lis tas res pon sá veis Mi guel Bu e no

(DF – 02606 JP) Ales san dra Go i az (GO - 01772 JP)

Co or de na dor do Pro mo al go Dul ci mar Pes sat to Fi lho (Di re tor-exe cu ti vo da Ago pa) Re vi são

Paulo Henrique de Castro

Pro je to Grá fi co e Di a gra ma ção OOT - Design e comunicação Ti ra gem 800 uni da des Im pres são Grá fi ca e Edi to ra Ta len to Fone: +55 (62) 3241 0404 Ex pe di en te

Pre si den te: Luiz Renato Zapparoli

Vi ce-pre si den te: Haroldo Rodrigues da Cunha Co or de na dor do Con se lho Ges tor: Mar ce lo SwartDi re tor-exe cu ti vo: Pau lo Cé sar Pei xo to

Pre si den te: Andreas Peeters

Vi ce-pre si den te: Américo Vaz de Lima Filho

Produzir com sustentabilidade

Opinião - Edson Alves Novaes é gerente de estudos técnicos e econômicos da Faeg

Em recente pesquisa divulgada pelo IBGE (IDS 2012) foi apontado o baixo desempenho nos critérios de sustentabilidade ambiental na prática agropecuária em boa parte dos Estados brasileiros, entre eles Goiás. Tal afirmativa par-tiu de uma constatação simplista, apenas com-parando a média de utilização de defensivos e fertilizantes aplicado na atividade agropecuária goiana, comparando-a com a média nacional. Segundo divulgado, no ano de 2009, Goiás utilizou 4,3 kg de agrotóxico por hectare, en-quanto a média nacional foi de 3,6 kg/hectare, concluindo-se que o consumo de agrotóxico de Goiás é 20% maior do que a média nacional. O estudo menciona o alto consumo de fertilizan-tes como um ponto negativo nos indicadores de sustentabilidade ambiental.

Uma análise mais detalhada desses dados, e também de outros, demonstram justamente o contrário: que o Estado de Goiás está cami-nhando no sentido inverso da degradação am-biental, o que não é mencionado pelo estudo do IBGE. Analisando o uso dos defensivos na produção agropecuária goiana, sob o ponto de vista econômico, ambiental e técnico, pode-mos ponderar suas desvantagens e benefícios. Dos 2,4 kg/ha de defensivos aplicados na pro-dução agrícola de Goiás, que segundo o IBGE é de herbicidas, o produto mais utilizado é o glifosato, com 71,1% de participação. O glifosa-to é um herbicida biodegradável, classe IV – de baixa toxidade - e considerado seguro se apli-cado nos níveis recomendados, assim como qualquer outro defensivo agrícola.

Além disso, a aplicação desse produto está diretamente relacionada à prática do plantio direto na palha, sistema de plantio largamente utilizado em todo Brasil. Hoje são mais de 35 milhões de hectares plantados no Brasil com essa tecnologia altamente susten-tável. Em Goiás mais 90% das áreas de lavou-ras utilizam essa tecnologia. Ou seja, dos 4,49 milhões de hectares plantados em Goiás, di-vulgados pelo IBGE, 4 milhões utilizaram essa tecnologia no plantio.

Outro dado da pesquisa é em relação às médias regionais do consumo de

defensi-vos agrícolas em toneladas de ingrediente ativo utilizado em um hectare. As menores médias estão no Nordeste (1,4) e no Norte (1,6), regiões onde não há uma produção expressiva de grãos. Já as maiores médias são verificadas exatamente no cinturão ver-de brasileiro nos estados do Sul (3,6), Su-deste (5,4) e Centro-Oeste (4,1).

Nessas regiões de maior consumo es-tão mais 75% do total da área plantada com as principais culturas em todo Brasil, assim é fácil concluir que há uma média maior no uso de insumos. Portanto, comparar médias regio-nais à média nacional no quesito consumo de insumos não expressa de forma correta o con-ceito de sustentabilidade. Obviamente onde se produz mais, se consome mais insumos, basta observar a evolução da área plantada, da pro-dução e produtividade nos últimos anos.

Num comparativo de produtividade pode-mos verificar que na safra 1976/1977, Goiás teve uma média de 22 sacas/ha segundo da-dos da Conab; já na safra 2009/2010, a mé-dia saltou para 50 sacas/ha, um aumento de 127% e continua crescendo. Somos grandes importadores de matéria-prima para produção de insumos e com as crises na economia, os produtos têm se tornado cada vez mais caros, não dando assim condição para que o produ-tor se dê ao luxo de desperdiçar produto nas lavouras ou pastagens.

Segundo os próprios dados dos censos agropecuários IBGE, Goiás teve de 1975 a 2006 um aumento das áreas dos estabeleci-mentos agropecuários de apenas 5,5%, saindo de 24,33 milhões de ha em 1975 para 25,68 em 2006, enquanto a produção agrícola no mesmo período cresceu 1.095%. Nos dados computados pelo IBGE relativos ao IDS, do total utilizado de defensivos agrícolas, Goiás se encontra na 5ª posição no ranking de con-sumo, com 19 mil toneladas em 2009, ficando atrás de São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. Já no consumo de fertilizan-tes, Goiás se encontra na sexta posição atrás também de Minas Gerais. É bom ressaltar que em Goiás consome-se uma maior quantidade

média de fertilizantes em função de três fatores principais: 1) aumento da produtividade e tipo de solo que é mais exigente em fertilidade, de Cerrado; 2) clima mais quente e úmido requer mais uso dos defensivos comparado ao Rio Grande do Sul, por exemplo, mais frio; e 3) são duas safras, uma de verão e outra de safrinha, demandando assim, em média, mais fertilizan-tes e defensivos que as demais regiões.

O IBGE também destacou no estudo do IDS 2012 que Goiás é um dos Estados que mais desmatou ao longo dos anos. Parece um contra-senso, uma vez que outros dados obtidos dos censos agropecuários do próprio IBGE apontam o contrário. Que o Estado, nas últimas três déca-das ampliou as áreas de matas e florestas, pas-sando de 2,9 milhões de hectares em 1985 para 5.6 milhões em 2006, 93% maior.

E microdados do Censo Agropecuário de 2006 do IBGE demonstram que a maioria dos estabelecimentos agropecuários do Estado não utilizou defensivo. Essa análise classifica os esta-belecimentos agropecuários segundo classes de renda. Goiás possuía 136,7 mil propriedades ru-rais, sendo 11,4% enquadradas nas classes A/B, 21,1% na classe C e 55,6% nas classes D/E. Em Goiás a renda líquida mensal é de R$ 17.798,33 para as Classes A/B; R$ 1.381,90 para a classe C e R$ 23,30 negativos para as D/E.

Bem, neste estudo, tivemos que na classe D/E que representa 55,6% do número de pro-priedades e 25,8% da área dos estabelecimen-tos rurais, 59% não utilizaram agrotóxicos para o controle de pragas e doenças. Sendo 20% para a Classe C (19,3% da área) e apenas 7,7% da classe A (está com 46,6% da área). Portan-to, a maioria das propriedades, pequenas, uti-lizam outras tecnologias (como vazio sanitário e outros) que não agrotóxicos. Comprovada-mente, o setor rural está contribuindo de forma considerável para a sustentabilidade ambiental em Goiás, através de tecnologias alternativas, do aumento na recuperação de áreas degrada-das, no plantio de floresta.

Rua da Pátria n°230 Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO CEP: 74670-300

*Colaborou: Alexandro Alves dos Santos é assessor técnico da Faeg para área de insumos agrícolas

O

Comitê Assessor Externo (CAE) da Embrapa Algodão tomou posse no dia 9 de agosto, já com os trabalhos definidos. O comitê busca contribuir com a administração da Embrapa Algodão na elaboração da programação de pesquisa, no desenvol-vimento, na inovação e na transferência de tecnologia para atender às deman-das dos cotonicultores brasileiros. O coordenador do Conselho Gestor do Fundo de Incentivo à Cultura do Algo-dão em Goiás (Fialgo), Marcelo Swart, é um dos membros integrantes do órgão e ajudará nas atividades desempenha-das pelo comitê.

Entre as atribuições do CAE estão as ações de apoiar o processo de mo-nitoramento do foco estratégico da Unidade nas áreas de Pesquisa e De-senvolvimento (P&D), transferência de tecnologia e gestão institucional; iden-tificar mudanças no ambiente externo e interno que sejam relevantes para orientar o planejamento e a programa-ção da Unidade, entre outras. “É um comitê que objetiva auxiliar e opinar no tocante aos rumos que a Embrapa

Algo-dão deve tomar no que diz respeito às pesquisas do setor cotonicultor”, expli-ca Marcelo Swart.

Segundo o coordenador do Conse-lho Gestor do Fialgo, a atuação junto ao CAE é de grande importância, uma vez que é uma oportunidade de escla-recer à Embrapa quais são as grandes demandas do produtor e como a insti-tuição de pesquisa pode colaborar para o desenvolvimento do setor no Brasil. “Às vezes, a pesquisa pode seguir por caminhos que não condizem com a re-alidade do produtor e esta participação será de grande valia não somente para o cotonicultor goiano, como também para o cotonicultor brasileiro”, afirma.

Marcelo Swart lembra que, anual-mente, os produtores goianos se re-únem junto aos pesquisadores para discutir quais são os “gargalos” en-frentados pelo setor e como a pesquisa pode contribuir no desenvolvimento da cotonicultura em Goiás. “Assim, nós já temos um levantamento de quais são as reais necessidades do produtor goiano para que sejam apresentadas ao comitê durante as reuniões”, acrescenta.

Comitê Assessor Externo da

Embrapa Algodão toma posse

COORDENADOR DO CONSELHO GESTOR DO FIALGO,

MARCELO SwART É UM DOS MEMBROS INTEGRANTES

Pesquisa

Ao todo, o CAE é composto por oito membros, sendo eles: Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva, chefe-adjunto de Transfe-rência de Tecnologia; Fernando Mendes Lamas, chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste; Natoniel Franklin de Melo, che-fe-geral da Embrapa Semiárido; Álvaro Lorenço Salles, membro da Comissão de Assuntos Téc-nicos da Associação Brasilei-ra dos Produtores de Algodão (Abrapa) e diretor-executivo do Instituto Matogrossense de Al-godão (IMA-MT); Ederaldo José Chiavegato, professor doutor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq); Guilher-me Eugênio Machado Lopes, en-genheiro agrônomo e consultor técnico da Diretoria Agrícola da Petrobras Biocombustível S.A.; José Maria Marques de Carvalho, agrônomo do Banco do Nordes-te (BNB); e Marcelo Jony Swart, engenheiro agrônomo e coor-denador do Conselho Gestor do Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão em Goiás (Fialgo). O professor doutor da Esalq, Ede-raldo José Chiavegato, foi eleito como presidente do comitê.

Membros integrantes

Membros do Comitê Assessor Externo se reúnem para discutir diretrizes

Alexandre Magno

/Embrapa Alg

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www.promoalgo.com.br Goiânia, setembro de 2012

Algodão sustentável

Desde 2010, a Agopa e a Abrapa trabalham com afinco para implan-tar a produção de algodão susten-tável. Esta medida atende não so-mente à demanda de um mercado que está em franco crescimento, mas, principalmente, a uma neces-sidade de cunho social e ambiental. Os trabalhos são desenvolvidos in loco e diretamente com o produtor. O resultado tem sido registrado com o aumento da adesão dos co-tonicultores aos programas desen-volvidos pelas entidades.

Em 2012, o algodão produzido nas cinco áreas da BCI no Brasil foi 100% licenciado pela entida-de. A produção de Goiás, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais passou em todas as averiguações do programa. Entre os grandes produtores foram licen-ciadas 13 propriedades em Goiás, 10 na Bahia, 16 no Mato Grosso do Sul, 19 em Mato Grosso e duas em Minas Gerais. Na agricultura fami-liar, são 47 pequenos produtores do norte mineiro, nos municípios de Catuti e Mato Verde, que pro-cessam e comercializam a safra por meio da Coopercat.

No primeiro ano de BCI no Bra-sil, os pequenos produtores eram 38, enquanto os grandes eram ape-nas 11. A produção localizava-se

em quatro Estados. Neste segundo ano, houve um aumento significa-tivo no número de participantes, além da adesão de produtores do Mato Grosso do Sul.

O mesmo crescimento é regis-trado com grande êxito em Goiás. Enquanto na safra 2010/2011 ape-nas quatro propriedades aderiram e foram licenciadas pela BCI, no período agrícola 2011/2012, a ade-são subiu para 13. Um número que demonstra a importância dos Pro-gramas de Sustentabilidade, a pre-ocupação e a conscientização do produtor de algodão no Estado. Mercado

A procura por algodão produ-zido com qualidade e sustentabi-lidade tem aumentado conside-ravelmente. Grandes marcas do segmento têxtil aderiram à BCI e têm usado a pluma produzida em lavouras que desenvolvem as boas práticas agrícolas. Isto tem feito crescer a adesão dos cotoniculto-res não somente brasileiros, mas também de grandes países produ-tores, como a Índia e o Paquistão. Do ano passado até o atual mo-mento, a adesão ao programa su-biu de 68 mil para mais de 125 mil produtores nos três países, além do continente africano e da China. (Com informações da Abrapa)

Sustentabilidade

Meio ambiente e segurança no trabalho

Produtores goianos passam por treinamentos previstos nos Programas de Sustentabilidade Psoal e BCI

A

Associação Goiana dos Produ-tores de Algodão (Agopa) e a Associação Brasileira dos Pro-dutores de Algodão (Abrapa) realiza-ram, durante o mês de agosto, a ro-dada de treinamentos de capacitação previstos nos Programas de Sustenta-bilidade Psoal e BCI. Com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), o evento foi realizado em dois dias nos municípios de Mineiros (2 e 3), Rio Verde (16 e 17) e Caldas Novas (30 e 31), municípios escolhidos devi-do à proximidade devi-dos produtores de algodão de Goiás.

Cerca de 300 pessoas participa-ram dos seis dias de evento. Nos três municípios foram apresentados os temas: manejo integrado de pragas; manejo de água, solo e meio ambien-te; legislação trabalhista; e saúde e segurança no trabalho. Os interes-sados podiam escolher a cidade e o tema que mais os interessavam, de acordo com as datas e os assuntos propostos. Segundo o coordenador socioambiental dos Programas de Sustentabilidade da Agopa, Abner Barreto, com a realização do evento nos três municípios, todas as regiões

produtoras de algodão de Goiás fo-ram atendidas. “Com isto, estamos cumprindo uma demanda do coto-nicultor goiano, que almejava pela realização dos cursos em locais que fossem mais próximos das suas pro-priedades”, comenta.

O primeiro treinamento, realizado nos dias 2 e 3 de agosto, ocorreu em Mineiros e contou com a presença de 72 participantes. Entre os assuntos mais procurados pelos participantes, o referente à Legislação Trabalhista Rural foi o mais comentado. Na oca-sião, foi apresentada a legislação bra-sileira e, principalmente, foram discu-tidas as últimas modificações na lei trabalhista. “Percebemos que havia muitas dúvidas referentes à Norma Regulamentadora (NR) 31, que re-gulamenta a segurança e a saúde no trabalho na agricultura e na pecuária. Por esta razão, apresentamos todas as informações, além de detalhar os textos que acabaram de ser publica-dos”, conta Abner Barreto.

Em Rio Verde, segunda cidade a sediar o evento, ocorrido nos dias 16 e 17 de agosto, mais de 100 pessoas estiveram presentes. O tema da

legis-lação trabalhista também foi um dos treinamentos mais procurados pelos participantes da região. Isto porque a realização do treinamento coincidiu com o início das auditorias do Progra-ma Socioambiental da Produção de Algodão (Psoal) na região. “Por outro lado, também tivemos muitas dúvidas referentes às questões ambientais, principalmente sobre as resoluções do Novo Código Florestal Brasileiro”, acrescenta Abner.

Em Caldas Novas, houve a presen-ça de 118 participantes. Além da par-ticipação dos produtores de algodão da região, o evento também contou com a presença dos representantes do IBA, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e da As-sociação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa). “Formas de con-tratos de trabalho foram as grandes dúvidas dos participantes do evento”, acrescenta Abner.

Estes treinamentos foram os úl-timos realizados durante a safra 2011/2012. A intenção é que, para o próximo período agrícola, novos cur-sos e treinamentos sejam realizados para os produtores.

Treinamento é apresentado aos participantes de Mineiros

Participantes de Rio Verde

Inscritos participam do evento em Caldas Novas

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www.promoalgo.com.br Goiânia, setembro de 2012

O

primeiro semestre de 2012 em Goiás foi marcado pela elevação de 13,5% do pre-ço médio dos fertilizantes, se com-parado ao mesmo período do ano passado, o que impactou os custos totais de produção das culturas, uma vez que os adubos representam, em média, 25% dos custos totais da produção agrícola. Conforme dados levantados pela Federação da Agri-cultura e Pecuária de Goiás (Faeg), os preços dos fertilizantes subiram em média 2% em julho, se compa-rado a junho. O fechamento médio de preços foi de R$ 1.272,16 a tone-lada no mês de julho.

Segundo o assessor técnico da Faeg para a área de fertilizantes, Alexandro Alves, para este ano, a expectativa é de um consumo um pouco maior, já que o comporta-mento dos preços dos produtos agrícolas está em patamares re-cordes, como o caso da soja, o que incentiva muitos produtores a au-mentar a área de plantio ou fazer a

abertura de novas áreas. Ainda se-gundo Alexandro Alves, os produ-tores de algodão estão sendo os mais penalizados no comparativo de médias, pois o preço médio do ano caiu 35% em relação a 2011. Já os custos variaram para cima e está 4,2% maior se comparado ao custo do produto em 2011.

Além do aumento dos preços dos fertilizantes, há também a pre-ocupação com relação ao aumen-to dos preços de outros insumos básicos, como sementes e defen-sivos, uma vez que há uma previ-são de aumento de área plantada com grãos no Brasil e, consequen-temente, da demanda. A principal orientação, segundo Alexandro Alves, é antecipar ao máximo as compras de insumos e tentar oti-mizar o uso do produto nas lavou-ras, utilizando instrumentos que promovam essa otimização, como a análise completa de solo e equi-pamentos bem regulados.

(Com informações da Gecom/Faeg)

Insumos

Preço do fertilizante

eleva em 13,5%

AUMENTO DO CUSTO DE PRODUçãO E QUEDA NO PREçO

MÉDIO DO ALGODãO PREJUDICAM COTONICULTORES

E

m detrimento às baixas tem-peraturas e chuvas ocasionais ocorridas durante o período vegetativo em algumas regiões produtoras de algodão em Goiás, que provocaram o alongamento do ciclo e o atraso na colheita, a Agopa, o Fialgo e a Fundação Goiás solicitaram junto à Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) a prorrogação do início vazio sanitário. Por esta ra-zão, foi publicada no Diário Oficial do Estado, do dia 03 de setem-bro, a Instrução Normativa (IN) 008/2012, que prorroga até o dia 30 de setembro o início do vazio sanitário nas regiões 1, 2 e 3.

Vencendo este prazo, após a colheita, o produtor deverá des-truir imediatamente os restos cul-turais de algodão, não sendo per-mitida a manutenção de plantas ou seus restos culturais após o início do vazio sanitário. O não cumpri-mento desta determinação resulta em multas e na perda do benefício fiscal do Proalgo.

Conforme a Agrodefesa, a IN 008/2012 terá vigência em caráter excepcional, somente no período da safra de algodão 2011/2012, enquanto a IN 005/2010, que es-tabelece o período de 80 dias de vazio sanitário nas regiões pro-dutoras em Goiás permanece em vigor, ficando prorrogado para o dia 30 de setembro apenas para o ano de 2012.

Após solicitação

da Agopa,

Agrodefesa

prorroga início

do vazio sanitário

Fertilizantes usados na lavoura. Preços subiram 2% em julho, se comparado a junho

Fot

os: Arquivo

R

epresentantes da Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvol-vimento Agropecuário de Goi-ás – Fundação GoiGoi-ás, do Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão em Goiás – Fialgo, da Embrapa Algodão e produtores goianos visitaram, entre os dias 13 e 17 de agosto, universidades americanas mais conceituadas na área de agricultura. Realizada com o supor-te financeiro do Fialgo, a viagem supor-teve como objetivo realizar visitas técnicas às seguintes instituições de ensino e pesquisa: Texas A&M University, Texas Tech University e USDA/ARS, todas no Texas, nos Estados Unidos (EUA), além de programas privados nas empresas Monsanto e Bayer. Houve também a participação dos visitantes em seminá-rios sobre as pesquisas desenvolvidas recentemente com o algodão pelas instituições e empresas parceiras.

O Texas atualmente é respon-sável por aproximadamente 50% das áreas de produção de algodão dos Es-tados Unidos, e a cidade de Lubbock, sede da Texas Tech University, corres-ponde a 50% da área de produção de algodão do estado americano. Esta também é a região que corresponde ao maior número de pesquisas e de pesquisadores de algodão por área no mundo. “A Texas Tech é reconhecida pelas pesquisas em algodão desde os genes até a fabricação do jeans”, ex-plica uma das integrantes da comitiva, a pesquisadora Ana Luiza Dias Coelho Borin, da Embrapa Algodão.

Entre os assuntos discutidos entre os goianos e os americanos estavam os programas de melhoramento gené-tico; de erradicação e pós-erradicação

do bicudo do algodoeiro, transgenia, bancos de germoplasma e qualidade de fibras. Durante as visitas aos cam-pos experimentais foram observados os sistemas de irrigação e de produ-ção, adubaprodu-ção, rotação de culturas e maquinário para pesquisa.

Para o presidente da Fundação Goiás e produtor, Andreas Peeters, o aprendizado do grupo foi grande, o que proporcionou debates com trocas de informações. “Chamou a atenção a pouca preocupação quanto à fitopa-tologia, isto porque, devido ao clima frio no inverno, doenças no algodoeiro são quase inexistentes naquele país”, acrescenta. Andreas Peeters ressalta também a preocupação dos pesquisa-dores americanos com a falta de água. A cidade de Lubbock é uma região de cultivo de algodão que depende de subsídios agrícolas do governo federal e da água de irrigação extraída do aquí-fero Ogallala. “Eu achei interessante a preocupação deles com a falta de água, que está cada vez mais acentuada. Como 70% da cultura é irrigada e uti-liza o aquífero, diversas metodologias de redução de água são introduzidas, a exemplo de irrigação subterrânea por meio de gotejamento, no qual os pivots são utilizados apenas para germinação do algodoeiro recém-plantado”, expli-ca Andreas Peeters.

Ele lembra também que, neste mes-mo âmbito de preocupação e precau-ção, os americanos têm desenvolvido materiais geneticamente modificados, com maior resistência à seca. “Isto vem ao encontro do que precisamos para termos mais sucesso com o algo-dão de segunda safra (safrinha)”, diz.

Andreas Peeters argumenta tam-bém que a Fundação Goiás e a Em-brapa Algodão, com o apoio do Fialgo, têm um trabalho árduo pela frente no que diz respeito às pesquisas, mas – segundo o presidente da Fundação Goiás – o que é realizado nos Esta-dos UniEsta-dos não fica muito à frente do que é desenvolvido em Goiás. “E nós ainda enfrentamos intempéries mais agressivas, como chuvas, secas, pra-gas, doenças, logística deficiente, en-tre outros problemas”, acrescenta.

A visita às instituições de ensino e pesquisa americanas foi a segunda etapa de um projeto que se iniciou em 2011, com a visita de pesquisadores da Texas Tech University ao Estado de Goiás e a realização de um workshop, no qual foram discutidos os temas: be-neficiamento, comercialização e logís-tica. De acordo com o diretor-executi-vo do Fialgo, Paulo César Peixoto, que também fez parte da comitiva goiana, este projeto é um intercâmbio de in-formações, no qual todas as partes trocam conhecimento. “Esta é uma importante troca de experiências, que pode antecipar soluções para proble-mas enfrentados pelo setor cotonicul-tor no que diz respeito ao desenvolvi-mento de pesquisas”, acrescenta.

Também participaram da comitiva goiana os pesquisadores da Embrapa Algodão: Alexandre Cunha, Camilo Morello, José Ednilson Miranda e Liv Soares; o vice-presidente da Fundação Goiás e produtor, Américo Vaz; os co-ordenadores de Núcleos e produtores, Bruno Fava e Rogério Vian; e o geren-te-executivo da Fundação Goiás, Davi Laboissiére.

Visita técnica

Intercâmbio de informações

COMITIVA GOIANA VISITA, NO TExAS, AS PRINCIPAIS INSTITUIçõES

DE ENSINO E PESQUISA NO SETOR DE ALGODãO NOS EUA

Participantes da visita técnica

Arquivo pessoal

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O ano da safra 2011/2012 do algodão brasileiro encerrou-se no mês de julho com um recorde na exportação da fi-bra. De agosto de 2011 a julho de 2012 foram enviados 1.043.354 toneladas ao exterior, segundo dados da Análise das Informações de Comércio Exterior (Aliceweb), do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). No comparativo anual entre os períodos de janeiro a julho de 2011 e 2012, houve um aumento de 366,48% na exportação. No período considera-do considera-do ano de 2011, foram exportadas 77.776 toneladas. Em 2012, o número foi de 139.674. China, Indonésia e Co-reia do Sul continuam como os prin-cipais compradores do algodão pro-duzido no Brasil. Só em 2012, a China comprou 86.738 toneladas; a Indoné-sia, 60.563; e a Coreia do Sul, 55.526 toneladas. (Portal Textil e Industry)

Um milhão de toneladas

exportadas

CTNBio aprova

algodão transgênico

resistente da Monsanto

A Comissão Técnica Nacional de Bios-segurança (CTNBio) aprovou uma se-mente transgênica de algodão da Mon-santo que combina resistência a pragas e também é tolerante ao herbicida gli-fosato. A tecnologia da Monsanto, cha-mada Bollgard II Roundup Ready Flex, controla pragas “lepidópteras” que ata-cam o algodão no Brasil, entre as quais a curuquerê do algodoeiro (Alabama ar-gillacea), lagartas das maçãs (Heliothis virescens e Helicoverpa zea) e lagarta rosada (Pectinophora gossypiella), com a proteção adicional das plantas con-tra a lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda). Segundo a Monsanto, esta semente geneticamente modificada já tem seu uso aprovado nos Estados Uni-dos (desde 2005), no Canadá (2005), no Japão (2005), no México (2006), na Coreia do Sul (2006), nas Filipinas (2006), na Colômbia (2007), na África do Sul (2007) e na Austrália (2006).

(Portal Scot Consultoria)

O caroço de algodão (foto) está su-pervalorizado no mercado devido à grande procura dos comprado-res. O valor do produto, em algu-mas regiões, teve um aumento de 34% em julho na comparação com mesmo período de 2011. A procura aumentou por parte dos confinado-res, porque o caroço pode ser um substituto para o farelo de soja na alimentação dos bovinos, além de ser usado pelas indústrias esmaga-doras para a produção de óleo.

(Cenário MT)

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, assegurou que o governo federal vai se empenhar na formalização de parcerias com o setor privado para garantir o

au-mento da capacidade de armazenagem da Companhia Nacional de Abastecimen-to (Conab). Além disso, prometeu inves-timentos em logística para o escoamento da próxima safra. (Brasil Econômico)

As companhias de seguro rural dos EUA podem registrar o pri-meiro prejuízo em décadas por causa da estiagem que atinge as lavouras de milho e soja do país. De acordo com economistas

agrí-colas, as perdas assumidas neste ano não só pelas seguradoras, mas também por companhias (como o banco wells Fargo) e pelo gover-no, podem chegar a US$ 15 bi-lhões. (O Estado de S.Paulo)

Caroço de algodão tem

valorização de 34%

Ampliação de capacidade de armazenamento

Prejuízo com seguro rural

No ciclo 2011/2012, a China importou cerca de 5,2 milhões de toneladas de algodão, de acordo com o Icac. Na temporada 2012/2013, as importa-ções devem recuar para 2,6 milhões de toneladas, por conta das amplas reservas do país asiático e da desa-celeração econômica global de mi-gração para fibras alternativas. Esse cenário já produziu impactos nos pre-ços do algodão. No ciclo 2011/2012, o índice Cotlook A, que monitora os preços da commodity no mercado internacional, ficou a US$ 1 por libra--peso, em média, um recuo de 39%

sobre 2010/2011, pressionado pelos crescentes estoques globais. Os es-toques mundiais de algodão subiram para 13,6 milhões de toneladas em 2011/2012, ante os 9,3 milhões de toneladas em 2010/2011. Na safra 2012/2013, esse volume provavel-mente vai aumentar ainda mais, para 15,19 milhões de toneladas, prevê o Icac. O acúmulo de estoques de al-godão pesará também sobre as co-tações em 2012/2013, mas a pressão dependerá, em grande parte, de como os chineses tratarão suas reservas.

(Portal do Agronegócio)

Vendas mundiais podem recuar 20%

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PRODUTOS E FATOS

Referências

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