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Subsídios para a Lição da Escola Sabatina - 4º Trimestre de 2015 Lição 3: Os últimos cinco reis de Israel - 10 a 17 de outubro

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Subsídios para a Lição da Escola Sabatina - 4º Trimestre de 2015 Lição 3: Os últimos cinco reis de Israel - 10 a 17 de outubro Autor: Ozeas C. Moura: ozeas.moura@unasp.edu.br

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br Revisora: Josiéli Nóbrega

Nesta semana veremos como agiram os cinco reis que governaram Judá durante o ministério de Jeremias, sendo que só o primeiro, Josias, foi rei piedoso, do qual é dito que “fez o que era reto perante o Senhor” (2Rs 22:2). Dos outros quatro

(Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias) é dito a mesma coisa: “Fez o que era mau perante o Senhor” (2Rs 23:32, 37; 24;9, 19). Esse veredito indica que esses quatro últimos reis de Judá desconsideraram a Palavra do Senhor, foram idólatras e oprimiram o povo. Esses reis pareciam totalmente destituídos de arrependimento por seus atos, mesmo quando se tornou cada vez mais claro que eram seus atos que estavam trazendo as calamidades que o Senhor, através de Jeremias, havia

advertido que viriam.

Nunca tinha sido intenção de Deus dar um rei a Israel. Quando chegarmos à conclusão da lição desta semana, entenderemos melhor a razão para isso.

Conheceremos também a forte pressão que o pobre Jeremias enfrentou durante grande parte de seu ministério, cujo valor não foi reconhecido.

I. O governo de Josias

Josias foi o décimo sexto rei a governar no reino do sul. Ele se tornou rei com a idade de oito anos, após mais de meio século de declínio moral e espiritual sob o governo de seu pai Amom e de seu avô Manassés, dois dos reis mais ímpios de Judá. O reinado de Josias durou 31 anos (640-609 a.C.). Diferentemente de seus

ancestrais, porém, Josias fez “o que era reto perante o Senhor” (2Rs 22:2), apesar do ambiente que atuava contra ele.

A reforma efetuada por Josias, mencionada em 2 Crônicas 34 e em 2 Reis 23,

consistiu em dois componentes principais: primeiro, a remoção de toda e qualquer coisa alusiva à idolatria; isto é, ele trabalhou para acabar com as más práticas que haviam surgido no país.

Mas esse foi só o primeiro passo. A ausência de práticas más ou errôneas não

significa que automaticamente ocorrerão boas práticas. O segundo componente foi que, após ouvir a leitura do livro da lei, o rei fez uma aliança diante do Senhor para “guardarem os Seus mandamentos, os Seus testemunhos e os Seus estatutos, de

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todo o coração e de toda a alma, cumprindo as palavras desta aliança, que estavam escritas naquele livro” (2Cr 34:31).

É lamentável que o rei Josias acabou entrando em uma guerra que não tinha a ver com ele nem com o reino de Judá. Ao tentar interceptar o Faraó Neco, que subia rumo à cidade de Carquemis (2Cr 35:20-27), Josias foi morto pelo exército egípcio, no vale de Megido, aos 39 anos! Isso mostra que Deus não tira as consequências das decisões que tomamos. Foi o que aconteceu com o rei Josias.

II. Joacaz e Jeoaquim: outro declínio

Joacaz (também conhecido como Salum) tinha 23 anos de idade quando sucedeu seu pai no trono. Seu reino durou apenas três meses, no ano 609 a.C. Faraó o

substituiu por seu irmão porque Joacaz provavelmente não fosse favorável à política egípcia. Joacaz foi levado para o Egito, e ali morreu (ver 2Cr 36:4; 2Rs 23:31-34). Mesmo tendo reinado apenas três meses, é dito que Joacaz “fez o que era mau perante o Senhor” (2Rs 23:32). Quando o rei, como líder máximo do povo, fazia “o que era mau”, isto é, idolatria, tirania e injustiça, o povo geralmente imitava seu líder. A verdade é que o povo dificilmente será melhor que seus líderes.

O rei que veio após Joacaz foi Jeoaquim, que reinou onze anos: de 609 a 598 a.C., acerca do qual também é dito que “fez o que era mau perante o Senhor” (2Rs 23:37). Ele era filho de Josias. Quando Nabucodonosor tomou Jerusalém, ele amarrou Jeoaquim “com duas cadeias de bronze, para o levar à Babilônia” (2Cr 36:6), juntamente com alguns vasos do templo (36:7). Só que Jeoaquim nunca chegou em Babilônia. Talvez tenha morrido devido aos maus tratos na caminhada em direção à Babilônia. Note que o profeta Jeremias havia predito que Jeoaquim morreria fora das portas de Jerusalém e que seria “sepultado como um jumento” (Jr 22:18, 19). Jeremias novamente advertiu o povo de que seu novo rei estava guiando a nação por um caminho errado (Jr 22:1-19).

Por meio de Jeremias, o Senhor dirigiu palavras incisivas a esse rei corrupto e

ambicioso. Jeoaquim foi um rei opressor e ganancioso que aplicou pesados impostos a Judá (2Rs 23:35) a fim de pagar aos egípcios. Pior ainda, usando trabalhos

forçados, fez construções sofisticadas em seu próprio palácio, em desafio à Torah, que tinha instruções claras quanto ao pagamento das pessoas por seu trabalho: “Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã” (Lv 19:13). Além disso, diferentemente de Josias, seu pai, Jeoaquim permitiu que ritos pagãos florescessem novamente em Judá.

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Jeremias 22:16 é uma passagem forte. No contexto da comparação entre o corrupto Jeoaquim e seu pai, Josias, o Senhor lhe disse: “Ele defendeu a causa do pobre e do necessitado, e, assim, tudo corria bem. Não é isso que significa conhecer-Me?” (NVI). Em outras palavras, o verdadeiro conhecimento de Deus se manifesta na nossa maneira de tratar os necessitados; quando saímos de nós mesmos para beneficiar aqueles que, na verdade, não podem fazer nada por nós em retribuição. Vemos nesse episódio, bem como ao longo de toda a Bíblia, a preocupação do Senhor com os pobres e os indefesos, e nossa obrigação de ajudar os que não podem ajudar a si mesmos.

III. O curto reinado do rei Joaquim de Judá

O décimo nono rei de Judá foi Joaquim, filho de Jeoaquim. Ele ocupou o trono de Davi apenas por cerca de três meses e meio, e “fez o que era mau perante o Senhor” (2Rs 24:9). Em 598 a.C. Nabucodonosor levou suas tropas para Jerusalém e capturou o rei, que tinha 18 anos, sua mãe, suas esposas e muitos outros cativos reais. Em 597 a.C., esse jovem rei foi levado cativo à Babilônia. Em 561 a.C., no trigésimo sétimo ano de seu cativeiro, Joaquim recebeu misericórdia de Evil-Merodaque, sucessor de Nabucodonosor. Foi-lhe concedido o direito de tomar refeições com o rei da Babilônia e permissão para usar suas vestes reais (2Rs 25:27-30; Jr 52:31-34). Seus filhos também estavam em Babilônia com ele, mas a profecia de Jeremias declarava que eles teriam que renunciar ao trono de Davi.

Um dos mais famosos versos da Bíblia diz assim: “‘Sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro’” (Jr 29:11, NVI). Temos ali o contexto imediato: Por meio de Jeremias, o Senhor falou aos cativos de Judá que haviam visto a destruição do reino de Judá pelos conquistadores babilônios.

Contudo, por mais deplorável que parecesse a situação, o Senhor desejava que eles soubessem que Ele ainda os amava e tinha em mente apenas seu bem. Sem dúvida, considerando as horríveis circunstâncias, eles devem ter recebido alegremente essas palavras promissoras e esperançosas. O conforto foi que Deus cuidaria deles e, depois de setenta anos de cativeiro, eles voltariam à terra de Judá novamente (Jr 29:10).

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Zedequias (também conhecido como Matanias) assumiu o trono com a idade de 21 anos, tendo sido colocado ali por Nabucodonosor como rei-fantoche. Infelizmente, como os versos dizem, ele não havia aprendido lições com o que havia acontecido com os reis anteriores e, consequentemente, trouxe ruína ainda maior à nação. A exemplo dos reis anteriores, ele também “fez o que era mau perante o Senhor” (2Rs 24:19).

A passagem de 2 Crônicas 36:14 apresenta um ponto muito profundo que, em muitos aspectos, estava no âmago da apostasia deles. Em meio à lista de todo o mal praticado sob o reinado de Zedequias, é dito que Judá estava seguindo “todas as abominações dos gentios”.

Em numerosas ocasiões, o Senhor tinha deixado claro que a nação de Judá devia se submeter ao governo de Babilônia e que aquela conquista era uma punição pela iniquidade deles. Zedequias, contudo, se recusou a ouvir, e formou uma aliança militar contra Nabucodonosor. Israel confiou muito na esperança de uma vitória militar egípcia, mas Nabucodonosor foi vitorioso sobre o exército de Faraó em 597 a.C. Essa derrota selou permanentemente o destino de Jerusalém e da nação. Apesar de tantas oportunidades para se arrepender, fazer uma reforma e experimentar um reavivamento, Judá se recusou a mudar.

V. O remanescente

Em 586 a.C., o reino de Judá caiu nas mãos de Nabucodonosor. A cidade de

Jerusalém foi queimada, incluindo seu belo templo. E ocorreu a última deportação dos habitantes do reino de Judá. O rei Zedequias foi capturado, sendo que a última cena que presenciou foi a degola de seus filhos. Depois disso, foi cegado e levado à Babilônia (Jr 39:6, 7).Tudo aconteceu exatamente como Deus lhes havia advertido que ocorreria. Por mais que não desejassem crer nas advertências, depois que tudo se cumpriu, tiveram que reconhecer sua veracidade. Quem já não experimentou, até mesmo na vida pessoal, algo semelhante? Somos advertidos pelo Senhor de que não devemos fazer determinada coisa, sob pena de colher más consequências, mas desobedecemos e, certamente, acontece o que havia sido dito que aconteceria. Depois de 586 a.C., do ponto de vista humano, tudo parecia perdido para os israelitas: sua nação estava em ruínas, seu templo estava destruído, seus

governantes haviam sido exilados e estavam em cativeiro e a cidade de Jerusalém era um montão de pedras. A nação judaica e o povo judeu, naquele momento, deviam ter desaparecido da História, como aconteceu com tantas outras nações que passaram por experiências similares ao que ocorreu com Judá. O Senhor, porém,

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tinha outros planos para os cativos judeus. Ele lhes deu a esperança de que nem tudo estava perdido, mas que sobraria um remanescente que voltaria, e através dele as promessas se cumpririam (Jr 23:2-8). Isto é, em meio a todas as advertências de juízo e destruição, os profetas também deram ao povo sua única esperança.

Apresentação do autor dos comentários:

Ozeas Caldas Moura é natural de Rubiataba-GO, e nasceu em 15 de agosto de 1955. É Bacharel em Teologia, pelo Educandário Nordestino Adventista (ENA), Licenciado em Letras, pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB – campus de Santo Antônio de Jesus, BA), Pós-graduado em Língua Portuguesa, pelas Faculdades Integradas Severino Sombra (FISS), em Vassouras, RJ, Mestre em Teologia Bíblica, pelo SALT-UNASP, Mestre em Teologia Bíblica, área do Novo Testamento, e Doutor em Teologia Bíblica, área do Antigo Testamento, cursados na PUC do Rio de Janeiro. É Pós-doutor em Teologia Sistemática, pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), em Belo Horizonte, MG. Foi pastor distrital por doze anos. Trabalhou por três anos como redator na Casa Publicadora Brasileira (2007-2009), além de ter lecionado Teologia por nove anos no SALT-IAENE (1990-1995 e 2003-2005 – atuando neste último período também como diretor do SALT-IAENE), e por dez anos no UNASP-EC (1999-2002 e 2010 até o momento). Foi coordenador do curso de Teologia do UNASP por três anos (2012-2014). Atualmente é o coordenador da Pós-graduação em Teologia do SALT-UNASP, e professor de disciplinas na área de Antigo Testamento nessa mesma instituição. É membro do International Board of Ministerial and Theological Education (IBMTE), órgão do Departamento de Educação da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. É casado com a Profa. Jane Cleide Casa Branca Moura. Tem duas filhas e um neto.

Referências

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