• Nenhum resultado encontrado

Noções de Primeiros Socorros

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Noções de Primeiros Socorros"

Copied!
40
0
0

Texto

(1)

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”

Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”

Curso: Técnico em Segurança do Trabalho

Módulo I

Noções de Primeiros Socorros

(2)

Sumário

1. Introdução ... 3

2. Definição de Primeiros Socorros e Finalidades ... 3

2.1 Objetivo ... 3

2.2 Definições ... 4

3. Suporte Básico de Vida (BLS) ... 4

3.1 Conceito Geral ... 4

3.2 A finalidade da Cadeia de Sobrevida... 5

4. Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho... 5

Tipos de Obstrução por Corpo Estranho ... 6

4.1 Tratamento da obstrução das vias aéreas no adulto ... 6

5. Parada Respiratória ... 8

5.1 Desobstrução das vias aéreas ... 9

5.2 Dispositivos de proteção utilizados na Respiração Boca a Boca: ... 10

6. Hemorragias ... 14 6.1 Tipos de Sangramento ... 14 7. Ferimentos ... 16 8. CHOQUE ... 20 8.1 Tipos de Choque:... 20 9. Fraturas Definição: ... 21 9.1 Tipos de Fraturas ... 21 10. Queimaduras ... 25 10.1 Classificação: ... 25 11. Intoxicações ... 27

11. Acidentes por Animais Peçonhentos ... 28

12. Desmaio e Convulsão ... 33

13. Afogamento ... 35

13. Choque Elétrico ... 37

14. Parto Iminente ... 38

(3)

3

1. Introdução

Com a permanência dos trabalhadores por um período de tempo cada vez maior no seu local de trabalho, fruto da melhoria das condições laborativas, educativas e sociais oferecidas pelas empresas, ocorreu um significativo aumento no número de ocorrências médicas que atingem o trabalhador, nesta sua permanência extra turno de trabalho. Com o desenvolvimento tecnológico e social o número de acidentes, males súbitos e doenças nos locais de trabalho tende ao crescimento, especialmente naquelas atividades com grande mecanização, que aumenta os riscos e perigos, e naquelas condições em que não há uma adequada orientação ao trabalhador.

O aumento na complexidade das tarefas laborativas, e a necessidade constante de evolução na sua capacidade produtiva para progressão dentro da empresa, pode levar os trabalhadores a situações de stress físico ou emocional, predispondo a acidentes, males súbitos e doenças que comprometem a sua produtividade.

Qualquer indivíduo durante o exercício de suas atividades está sujeito, como em qualquer outra situação, a ser surpreendido por ocorrências emergenciais das mais variadas naturezas, sejam ocupacionais ou não. Assim um operário qualquer, munido de suas ferramentas e suspenso em um pingente andaime, poderá tornar-se vítima tanto de uma circunstância acidental, despencando de seu posto e politraumatizando-se no chão, como também poderá, perfeitamente, ter uma de suas artérias coronárias, subitamente ocluídas, e perecer em decorrência de um Infarto Agudo do Miocárdio.

Independente da ocorrência de acidentes especiais decorrentes de cada processo industrial os princípios de primeiros atendimentos serão sempre os mesmos já que se caracterizam por manter a vida e aliviar ou impedir a ocorrência de maiores complicações. Manter a vida por sua vez, significa manter as funções vitais, como respiração e débito cardíaco adequado para, através de uma boa oxigenação, permitir o pleno funcionamento dos órgãos vitais.

2. Definição de Primeiros Socorros e Finalidades

Os primeiros socorros são procedimentos imediatos e temporários, utilizados no atendimento a vítimas de acidentes e males súbitos, por pessoa leiga, procurando diminuir o sofrimento e a gravidade das lesões e sequelas, antes da chegada dos profissionais especializados na área de saúde, sendo uma ação de suma relevância para a vida do acidentado.

Esta ação tem como finalidade manter os sinais vitais e garantir a vida. É obvio que qualquer pessoa pode prestar socorro, no entanto, deve ter ciência de como manusear as técnicas, quando e o tempo de ação e pausa. Muitas vidas podem ser salvas e traumas e sequelas minimizadas quando o socorro é prestado de imediato. Prestar socorro não significa apenas colocar em prática os procedimentos de primeiro socorros, mas também avaliar o estado da vítima, o local onde ela se encontra, solicitar ajuda, e agir conforme seus conhecimento e limites.

2.1 Objetivo

Objetivos básicos do atendimento de emergência são:

 Avaliar o sofrimento da vítima (físico e psicológico)

 Evitar sua morte

 Evitar agravamentos ou complicações das lesões

(4)

Portanto, Primeiro socorro tem como objetivo, a assistência imediata e adequada após um acidente, e pode significar a diferença entre a vida e a morte, a diferença entre uma recuperação plena e rápida e a diferença entre uma invalidez parcial ou total. Via de regra, os Primeiros Socorros serão prestados no local da ocorrência até a chegada de uma equipe especializada em socorro (Bombeiros ou SAMU) e se destinam a salvar uma vida ameaçada e a evitar que se agravem os males de que a vítima está acometida.

2.2 Definições

Acidente: “é definido como um evento ocorrido por acaso ou oriundo de causas desconhecidas ou um acontecimento desastroso por falta de cuidado, atenção ou ignorância”. Trauma: é definido como um evento nocivo que advém da liberação de formas específicas de energias ou de barreiras físicas ou fluxo normal de energia. É uma lesão caracterizada por uma alteração estrutural ou fisiológica resultante da ação de um agente externo que resulta na exposição a uma energia, sendo esta energia de natureza bio-físico-químico.

Emergência: Constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo portanto, tratamento médico imediato.

Urgência: Ocorrência imprevista de agravo a saúde como ou sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.

3. Suporte Básico de Vida (BLS) 3.1 Conceito Geral

Chamamos de BLS ou Primeiros Socorros, as medidas iniciais e imediatas aplicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa, para garantir a vida da vítima e evitar agravamento das lesões existentes.

A American Heart Association, uma organização não governamental, sem fins lucrativos sediada nos Estados Unidos, atua na elaboração de diretrizes para o atendimento à vítimas de parada cardiorrespiratório.

Seu principal objetivo é treinar pessoas, leigas e profissionais da área da saúde, com conhecimentos para executar cuidados cardíacos a fim de reduzir lesões e mortes causadas por doenças cardiovasculares e acidentes vascular cerebral. É responsável em publicar normas relativas a procedimentos executados por leigos, através do protocolo do Suporte Básico de Vida (Basic Life Support) e por profissionais da saúde, através do protocolo do Suporte Avançado de Vida (Advanced Life Support). Estas publicações, são discutidas e modificadas a cada 5 anos, ocasião onde os membros da organização se reúne.

(5)

5 3.2 A finalidade da Cadeia de Sobrevida

 Preser var a vid a

 Restab elecer a sa úd e

 Aliviar o sof rimento

 Limitar a inc apa cida de

Estas finalidades são amparadas pelo Código Penal através do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de Dezembro de 1940, em seu Capítulo III: Da Periclitação da Vida e da Saúde, artigo 135:

“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa”.

Perfil do Socorrista

O socorrista deve ser tecnicamente capacitado e habilitada para, com segurança avaliar e identificar problemas que comprometam a vida. Para isso, é evidente que haja treinamentos e simulados de primeiros socorros dentro da empresa. Cabe ao socorrista prestar o adequado socorro pré-hospitalar a vítima de acidente ou mal súbito. Para isto, deve possuir as seguintes características:

 Manter a c alma e est abilida de emoc ion al;

 Saber pr ior izar s itua ções mais g rave s;

 Saber o q ue n ão se de ve f azer;

 T er bom senso;

 T er esp írit o human it ário;

 Saber trab alhar em eq uipe.

 Conh ecer as reg ras de seg urança: pr ote ção do so corrista, proteção d a eq uipe, prote ção d a vítima .

Além dessas características, o socorrista deve desenvolver um perfil humanístico, sabendo que, toda situação de emergência é um evento estressante onde o controle emocional é um fator muito importante para o sucesso do atendimento. Estar preparado para circunstâncias que exigem uma carga suplementar de controle emocional, tal como o atendimento a um ente querido ou um amigo. Superar eventos físicos desagradáveis é outra característica do socorrista. Em muitas situações haverá vítimas com grande sangramento, presença de vômito, fezes, urina, etc. Tudo isso deve ser superado pelo socorrista cujo principal objetivo, será salvar vidas acima de tudo. 4. Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho

Definimos Obstrução das vias aéreas, qualquer obstáculo que impeça a passagem do ar pelas vias aéreas até os pulmões. O obstáculo pode ser sólido ou líquido podendo obstruir de forma completa ou incompleta as vias aéreas, podendo a vítima estar consciente ou não.

A obstrução das vias aéreas pode causar perda de consciência e parada cardiorrespiratória; porem, com muito mais frequência à perda de consciência e a parada cardiorrespiratória são as causadoras da obstrução das vias aéreas.

 Paciente inconsciente: queda da língua, obstrução V.A.S.

 Parada cardiorrespiratória: regurgitação do conteúdo gástrico, durante manobras de RCP, para a faringe.

(6)

A obstrução das vias aéreas por corpo estranho deve ser considerada em qualquer vítima, especialmente as mais jovens, que subitamente param de respirar, tornam-se cianóticas e perdem a consciência, sem nenhuma razão aparente.

Este tipo de obstrução ocorre, em geral, durante as refeições. O sucesso do tratamento, depende de um diagnóstico preciso e rápido para o quadro súbito de insuficiência respiratória. Tipos de Obstrução por Corpo Estranho

 Parcial: a vítima mantém ventilação com uma troca de ar adequada, mantendo-se consciente e pode tossir com força.

 Total: a vítima não consegue falar, respirar ou tossir, o ara não passa, a saturação de CO2 aumenta e de O2 diminui, levando a inconsciência.

Reconhecimento da obstrução das vias aéreas por corpo estranho

Como o reconhecimento rápido da obstrução das vias aéreas é a chave para o sucesso no tratamento, é importante distinguir esta emergência de outras, tais como: desmaio, um acidente vascular cerebral, um infarto, epilepsia, ou qualquer outro quadro que cause súbita insuficiência respiratória, mas que deve ser tratado de maneira diferente.

A vítima pode ter um corpo estranho obstruindo parcial ou totalmente as vias aéreas. No caso de uma obstrução parcial, a vítima pode ter uma “boa troca de ar” ou uma “troca de ar ruim”. No caso da primeira, quando a troca de ar é adequada, a vítima se mantém consciente e pode tossir com força. Enquanto a troca de ar adequada se mantiver, a vítima deve ser encorajada a continuar a tossir e a manter o esforço respiratório espontâneo. Até este momento não se deve interferir nas tentativas da vítima em expelir o corpo estranho, mas deve-se ficar ao seu lado e monitorar tais tentativas.

Na obstrução total, a vítima não consegue falar, respirar ou tossir e pode segurar o pescoço com o polegar e os dedos ( as pessoas em geral devem ser encorajadas a utilizar este sinal, que é o sinal universal de sofrimento, quando sentirem que estão se sufocando). Deve-se perguntar à vítima se está sufocada. Não haverá movimento de ar se for uma obstrução total. Se as providências não forem rápidas, a vítima morre rapidamente.

De forma geral, podemos considerar como sintomas comuns: agitação, palidez, respiração ruidosa e tosse.

4.1 Tratamento da obstrução das vias aéreas no adulto

A manobra de Heimlich, foi descrita pela primeira vez pelo médico americano Henry Heimlich em 1974, cujo objetivo é induzir uma tosse artificial, consequentemente ocorre a expulsão do objeto da traqueia da vítima.

Ao elevar o diafragma, esta manobra força o ar dos pulmões a criar uma tosse artificial capaz de expelir o corpo estranho, que está obstruindo as vias aéreas. Cada golpe individual deve ser administrado com o intuito de liberar a obstrução. Poderá ser necessário repetir várias

tentativas em cada sequência para desobstruir as vias aéreas. A manobra de Heimlich com a vítima sentada ou em pé

O socorrista deve ficar em pé atrás da vítima, passar os braços pela cintura dela e proceder da seguinte forma :

 Fazer um punho com uma das mãos.

 Colocar o lado do polegar deste punho contra o abdômen da vítima, na linha da cintura, um pouco acima do umbigo e bem abaixo da ponta do apêndice xifóide.  Segurar firmemente o punho com a outra mão e

pressionar o abdômen da vítima com um golpe rápido para cima.

(7)

7  Repetir os golpes e continuar até que o objeto

seja expelido das vias aéreas ou que o paciente fique inconsciente.

 Cada golpe deve ser um movimento separado e distinto.

 para cima.

Manobra de Heimlich aplicada Manobra de Heimlich aplicada Varredura digital

à vítima consciente de obstrução à vítima inconsciente de obstrução administrada à uma vítima das vias aéreas por corpo das vias aéreas por corpo estranho inconsciente de obstrução estranho sentada ou em pé. deitada. das vias aéreas por corpo estranho.

Manobra de Heimlich em mulher grávida e pessoas obesas.

 Posicione as mãos um pouco acima do que é normal na manobra de Heimlich, na base do esterno, imediatamente acima da junção entre as costelas inferiores.

 Proceda da mesma forma que na manobra de Heimlich, apertando com força para dentro, com uma compressão rápida.

 Repita até que o alimento ou outro objeto que provoque o bloqueio seja expelido ou até que a pessoafique inconsciente.

Manobra de Heimlich em criança

Para Crianças menores, as compressões abdominais da Manobra de Heimlich poderão ser realizadas com apenas uma das mãos.

(8)

Em qualquer tipo de obstrução deve se acionar imediatamente o SME, pois há potencial perigo à vida.

5. Parada

Respiratória

É a supressão súbita dos movimentos respiratórios, podendo ser acompanhada ou não de parada cardíaca.

Diagnóstico: é definido através dos seguintes sinais e sintomas:

 Ausência de movimentos respiratórios;

 Cianose (cor azul dos lábios, unhas, não obrigatório);

 Dilatação das pupilas (não obrigatória);

 Inconsciência.

Nos casos em que apresentem parada respiratória após trauma (acidente) não devemos nos esquecer da possibilidade de fratura de coluna cervical. Como no local do acidente não dispomos de métodos diagnósticos, devemos considerar todos os pacientes como portadores de lesão de coluna até que se prove o contrário no hospital.

Quando a vítima não responde, o socorrista deve verificar se ela está respirando. Esta avaliação requer o posicionamento adequado da vítima, com as vias aéreas abertas.

Posição da vítima para iniciar o atendimento:

Para que a RCP seja eficiente, a vítima deve ser posicionada adequadamente, sendo que esta deverá estar deitada em superfície plana e rígida. É imperativo que a vítima inconsciente seja posicionada o mais breve possível.

Se a vítima estiver de bruços (em decúbito ventral), o socorrista deve girar o corpo como um todo, de maneira que a cabeça, ombros e torso se movem simultaneamente, sem se torcer. Deve-se tomar muito cuidado se houver suspeita de lesão no pescoço ou nas costas.

(9)

9 5.1 Desobstrução das vias aéreas

Uma das condutas mais importantes para o sucesso na ressuscitação é a rápida desobstrução das vias aéreas. A vítima não responsiva, em geral, apresenta perda do tônus muscular, com conseqüente obstrução da faringe pela queda da base da língua e tecidos moles da faringe. A língua é, em geral, a causa mais comum de obstrução das vias aéreas em vítimas inconscientes. A língua ou a epiglote pode criar a obstrução quando a pressão negativa produzida pelo esforço inspiratório fecha a entrada da traquéia. Como a língua está presa ao maxilar inferior, o movimento do maxilar para frente levanta a língua da parte posterior da faringe e abre as vias aéreas.

O socorrista deve se valer da manobra de inclinar a cabeça e elevar o queixo para desobstruir as aéreas. Se um corpo estranho ou vômito for visível na boca, deve ser removido. Não se deve levar muito tempo neste procedimento. Os líquidos e semilíquidos devem ser removidos com o dedo indicador e o médio, protegidos por um tecido; os corpos sólidos devem ser extraídos pelo dedo indicador em posição de gancho.

a) Manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo (atualmente mais usada). Para se realizar esta manobra você deve:

 Colocar uma das mãos na testa da vítima e pressioná-la firmemente para trás, a fim de que a cabeça se incline.

 Colocar os dedos da outra mão sob a parte óssea do queixo.

 Elevar o queixo para cima e sustentar a mandíbula, ajudando a inclinar a cabeça para trás.

Posição de recuperação:

Se a vítima estiver sem resposta, não houver evidência de trauma e estiver claramente respirando de maneira adequada, o socorrista deve colocá-la na “posição de recuperação” .  Girar a vítima para o lado de forma que cabeça, ombros e costas sejam girados

simultaneamente, sem torção.

 Se a pessoa socorrida tiver sido vítima de trauma ou houver suspeita de trauma, ela não deve ser movida.

Na posição de recuperação, as vias aéreas muito provavelmente manter-se-ão desobstruídas, e uma obstrução não reconhecida (pela queda da base da língua para trás) é menos provável.

É fundamental que a vítima em posição de recuperação esteja sob observação direta e contínua até que se torne responsiva ou até que o pessoal treinado chegue para assumir o tratamento da vítima. A posição de recuperação, também, pode ser utilizada para vítimas ressuscitadas com sucesso.

(10)

5.2 Dispositivos de proteção utilizados na Respiração Boca a Boca:

Devemos sempre pensar, em primeiro lugar, na proteção da pessoa que esta executando o atendimento. Devido inúmeras doenças que podem ser transmitidas pela saliva, desenvolveu-se dispositivos de proteção (barreiras de proteção) para se evitar o contato da mucosa do socorrista com a mucosa da vítima.

Pocket Mask

Lenço facial

Parada Cardíaca no Adulto

A parada cardíaca é reconhecida pela ausência de pulso nas grandes artérias da vítima inconsciente.

O coração pára de bombear o sangue para o organismo que, desta forma, deixa de transportar oxigênio para os tecidos. Existem tecidos que resistem vivos, até algumas horas, à falta de oxigênio. No enquanto, o cérebro, centro essencial do organismo, começa a deteriorar-se após três minutos de falta de oxigênio. Desta forma o diagnóstico e a recuperação cardíaca devem ser feitos de imediato. Caso haja demora na recuperação cardíaca, o cérebro pode sofrer lesões graves e irreversíveis.

Causas: a parada cardíaca pode acontecer em situações clínicas variadas e ser precipitada por vários fatores.

Geralmente mais de um fator está envolvido e dentre eles podem ser citados:

 IAM é a causa mais comum.

 Colapso cardiovascular por anafilaxia, exposição ao frio, intoxicação por drogas.

 Hipóxia devido a bloqueio de vias respiratórias, depressão respiratória por anestesia, sedação, sobredose de drogas ou por doença pulmonar como enfisema e pneumonia.

(11)

11 Diagnóstico:

 Ausência de pulso (radial, femoral e carotídeo);  Pele fria, azulada ou pálida;

 Parada respiratória (freqüente, mas não obrigatória);  Inconsciência;

 Dilatação das pupilas (freqüente, mas não obrigatória);  Na dúvida, proceda como se fosse.

A parada cardíaca é reconhecida pela ausência de pulso nas grandes artérias das vítimas inconsciente e sem respiração. No entanto, se a vítima estiver ventilando adequadamente, muito provavelmente a circulação também será adequada, e a parada cardíaca é pouco provável.

Para um atendimento eficiente e eficaz, foi desenvolvido um protocolo seqüencial de atendimento, sendo utilizada uma sequência de letras representando as etapas do socorro. Estamos falando da sequência C-A-B, da diretriz 2015 da American Heart Association, onde:

C – Compressão rápida e profunda A – Liberação das Vias Aéreas B – Respiração

Técnicas de Compressão Torácica.

A técnica da compressão torácica consiste de uma série de aplicações rítmicas de pressão sobre a parte inferior do esterno; estas compressões produzem circulação, como resultado de um aumento generalizado da pressão intratorácica ou da compressão direta no coração. O sangue circula para os pulmões, onde receberá oxigênio suficiente para a manutenção da vida.

O paciente deve estar deitado, em posição horizontal durante as compressões torácicas, afim de facilitar o fluxo sangüíneo para o cérebro, que fica reduzido quando a cabeça esta em um nível mais elevado que do tórax.

Caso a vítima esteja sobre uma cama, deve-se colocar uma tábua sob o tórax em contato direto com as costas, isto proporcionará uma superfície rígida, facilitando assim a compressão do tórax.

As compressões torácicas devem, quando possível, serem acompanhadas da respiração de resgate realizada adequadamente, proporcionando um aporte de oxigênio.

Posição correta da mão.

 Com uma das mãos, localizar o processo Xifóide na margem inferior da caixa torácica do paciente .

(12)

 Marcar dois dedos acima do processo Xifóide (cerca de 3 cm), e colocar a região hipotênar de uma das mão (o calcanhar da mão) sobre o esterno, a seguir colocar a outra mão sobre a primeira.

 Os dedos devem estar entrelaçados, preferencialmente mantidos afastados da caixa torácica.

Uma compressão eficiente pode ser conseguida tomando-se os seguintes cuidados:

 Os cotovelos assim como o braço devem estar estendidos formando um ângulo reto (90 grau) com a parede do tórax da vítima.

 O socorrista deve se colocar rente ao corpo da vítima, posicionando a mão e mantendo os braços esticados.

 O peso do tronco do socorrista irá criar a pressão necessária para realizar as compressões.

 O esterno deve ser deprimido, aproximadamente, entre 5 a 6 cm para um adulto de tamanho normal.  A pressão no tórax deve ser liberada, para que o mesmo retome a posição normal após cada compressão. Estas compressões devem atingir um ritmo de bombeamento de 100 a 120 batimentos por minutos.

 Não tirar as mãos do peito nem mudar de posição, pois a posição das mãos pode ser desperdiçada.

(13)

13 As compressões irregulares, os movimentos bruscos, o posicionamento incorreto da mão e a inclinação sobre o tórax podem reduzir a eficácia da ressuscitação e, muito provavelmente, causar lesões.

Ativação do Serviço Médico de Emergência

Se o socorrista está sozinho, o SME deve ser ativado cerca de 1 minuto após o suporte de socorro (ventilações / compressões torácicas, se necessário). Se não houver trauma de cabeça ou de pescoço e a vítima tiver respiração espontânea, o socorrista deve virar a vítima inconsciente de lado (posição de recuperação) antes de deixá-la para ativar o SME. SE há suspeita de trauma craniano ou de pescoço, a vítima não deve ser virada.

Se vítima é pequena e não há suspeita de trauma, é possível carregá-la (mantendo cuidadosamente a cabeça e o pescoço) até o telefone, enquanto a RCP é realizada de forma que o SME, a RCP deve continuar até que chegue socorro ou o socorrista esteja exausto demais para continuar.

O socorrista que chama o SME deve estar preparado para dar as seguintes informações:  O local da emergência, incluindo endereço, nomes de ruas e pontos de referência.  O número do telefone de onde a chamada está sendo feita.

 O que aconteceu, por exemplo: acidente de carro, afogamento.  O número de vítimas.

 Condições da(s) vítima(s).

 A natureza do atendimento que está sendo dado.  Qualquer outra informação requerida.

Aquele que chama só deve desligar o aparelho depois que aquele que o atende terminar a conversa ou especificamente, instruí-lo a fazê-lo.

Desfibrilador Externo Automático

O Desfibrilador Automático Externo (DEA) é um aparelho eletrônico portátil que diagnostica automaticamente as, potencialmente letais, arritmias cardíacas de fibrilação ventricular e taquicardia ventricular em um paciente[1]. Além de diagnosticar, ele é capaz de tratá-las, através

(14)

da desfibrilação, uma aplicação de corrente elétrica que para a arritmia, fazendo com que o coração retome o ciclo cardíaco normal.

O Desfibrilador Automático Externo (DEA), utilizado em parada cardiorrespiratória, tem como função identificar o ritmo cardíaco "FV" ou fibrilação ventricular, presente em 90% das paradas cardíacas. Efetua a leitura automática do ritmo cardíaco através de pás adesivas no tórax. Tem o propósito de ser utilizado por público leigo, com recomendação que o operdor faça curso de Suporte Básico em parada cardíaca.

“Todos os Aeroportos, Shopping Centers, Centros Empresaria is, Estádios de Futeb ol, Hotéis, Hipermerc ados e Supermerc ados, Ca sas de Es petácu lo s , Clubes, Acad emia s e loc ais de tra ba lho com conce ntraçã o/circulaç ão méd ia diária de 1500 o u mais p esso as f icam obrig a dos a manter apare lho DE SFIBRIL ADO R EX TERNO AUTOM ÁTI CO, em suas dependências.”

.

6. Hemorragias Definição:

É um termo aplicado para descrever sangramento intenso. Hemorragia é a ruptura de vasos sanguíneos, com extravasamento de sangue. A gravidade da hemorragia se mede pela quantidade e rapidez de sangue extravasado. A perda de sangue pode ocasionar o estado de choque e levar a vítima à morte.

M

Meeccaanniissmmoossccoorrppoorraaiissddeeccoonnttrroolleeddeehheemmoorrrraaggiiaas s

Vasoconstrição - mecanismo reflexo que permite a contração do vaso quando ele se rompe diminuindo a perda sanguínea;

Coagulação - mecanismo de aglutinação de substâncias plaquetárias no local onde ocorreu o rompimento do vaso, com a formação de um verdadeiro tampão, denominado coágulo, que obstrui a saída de sangue.

6.1 Tipos de Sangramento

Podem ser classificados em três tipos diferentes ( de acordo com a procedência do sangue):

 Sangramento Arterial: considerado sangramento grave literalmente “esguicha” do ferimento em grande quantidade É mais difícil controlar necessita ser controlada o mais rápido possível

 Sangramento Venoso: Sangue sai da veia e flui uniformemente. Mais simples de ser controlado. A maioria das veias colabam quando são rompidas.

(15)

15

 Sangramento Capilar: mais comum de acontecer, não é grave. O sangue que sai do ferimento tem aspecto oleoso. O controle ocorre facilmente, pois o sangue flui com lentidão e estanca por si só.

Procedimentos para controlar hemorragias (utilizar sempre gazes e luvas):

 Compressão direta sobre a lesão: mãos ou bandagem, gaze seca, ou outro material. Executar pressão direta sobre a área lesada. Se a gaze estiver saturada de sangue e a hemorragia persistir, não a remova, aplique outra sobre a primeira e exerça maior pressão

 Elevação: indicada nas hemorragias em extremidades, quando houver ferimento isolado, sem fraturas. É muito eficiente a associação da pressão direta sobre a lesão, com a técnica de elevação.

Sangramento arterial contínuo, deve manter elevado a extremidade, e manter comprimido o local.

C

Cuuiiddaaddoosseessppeecciiaaiiss::

NUNCA toque no ferimento com as mãos sem proteção;

NUNCA aplique pressão direta sobre ferimentos nos olhos, objetos empalados, ou fraturas de crânio;

NUNCA remova a compressa de gaze empapada de sangue. Coloque outra sobre a primeira e continue aplicando pressão.

SSeeaavvííttiimmaajjááeessttiivveerrccoommuummttoorrnniiqquueetteennããoorreemmoovveerreennããooaaffrroouuxxaarr. . C Caauussaalleessããooddeerreeppeerrffuussããoo.. H HeemmoorrrraaggiiaaIInntteerrnnaa

Ocorre quando a pele não é rompida e o sangramento não fica visível. Está

associado a ruptura de artérias, veias ou órgão, podendo levar ao choque hipovolêmico e consequentemente à morte.

Sinais e sintomas:

 hematomas ou contusões na pele;

 dores, rigidez, flacidez, hematomas no abdômen;

 vômitos, tosse com sangue;

 fezes escurecidas ou com sangue vermelho vivo.

Diagnóstico: Pulso rápido e fraco, palidez da pele e mucosas, sudorese intensa, pele fria.

A

Atteennddiimmeennttoo::

 Considere vômito – deitar a vítima do lado esquerdo  posição dificulta passagem conteúdo estomacal esôfago e auxilia na drenagem da cavidade oral, prevenindo aspiração

 Elevar pernas cerca de 30 cm, se não houver contraindicação;

TORNIQUETES não devem ser utilizados porque - pode produzir dano grave em vasos e nervos; falta de oxigenação nos tecidos; pode levar a amputação.

(16)

 Verificar V.R.C.N. (vias aéreas, respiração, circulação, sistema nervoso);

 Envolver em cobertas  evitando perda de temperatura corporal;

 Ative SME

Observação: NUNCA dê nada para a vitima ingerir  pode provocar náuseas e vômitos  bronco aspiração se houver necessidade de procedimento cirúrgico, conteúdo estomacal poderá provocar complicações imediatas.

Hemorragia nasal:

A hemorragia nasal ou epistaxe é causada pela ruptura dos vasos da mucosa nasal que pode ser produzida por traumatismos, hipertensão arterial, etc...

Nestes casos, devemos colocar a vítima com a cabeça inclinada para frente, e fazendo compressão com os dedos nas narinas. Caso a hemorragia não cesse com estas manobras, o paciente deve ser conduzido a um hospital.

7. Ferimentos Definição

Ferimento é uma agressão à integridade tecidual, produzindo solução de continuidade entre o meio externo e o interno. O ferimento é sempre produzido por um agente lesivo que alberga micróbios próprios e, desta forma, contamina a ferida, como também leva os micróbios que vivem na pele para o interior da ferida. Esta contaminação, se não for adequadamente tratada, pode levar a uma infecção localizada da ferida.

Tipo de

Lesão Causa Características

Puntiforme

Instrumentos pontiagudos, longos e com diâmetro transverso pequeno. Ex.: estilete, furador de gelo e compasso.

. orifício de entrada de diâmetro menor que o objeto, graças à elasticidade dos tecidos cutâneos.

. pouco sangramento

. pode causar graves lesões na profundidade do corpo, apesar de pouco comprometimento da pele.

Cortante

Instrumentos com gume afiado. . agem por deslizamento do gume afiado sobre os tecidos . possuem bordas regulares

. hemorragia abundante quase sempre . maior comprimento que profundidade

. centro da ferida mais profundo que a extremidade

Contundente

Objetos de superfície ampla, de natureza bem variada. Ex.: barras de ferro, pedras, tocos de madeira, etc.

. sua ação se faz por pressão, explosão, compressão ou deslizamento

. assumem variados aspectos dependentes do tipo de objeto contundente (escoriação, equimose, hematoma, fraturas, etc.)

Perfuro-cortante

Instrumentos de ponta e gume afiados. Ex.: faca-peixeira, e canivete (um gume), punhal (2 gumes) e lima (3 gumes).

. atuam por mecanismo misto, penetrando com a ponta e perfurando com a borda cortante

. são geralmente graves

. instrumentos de 1 gume produzem lesões em forma de botoeira, com um lado regular em ângulo agudo e outro arredondado. Os que possuem 2 gumes, produzem uma ferida com as bordas iguais e ângulos agudos. Os de 3 gumes dão origem a lesões de forma triangular ou estrelada.

(17)

17

Perfuro-contundente

Arma de fogo. Ex.: pistolas, rifles, metralhadoras.

. orifício de entrada geralmente arredondado ou ovalado, dependendo da incidência da penetração do projétil. Bordas invertidas e, às vezes, sinais cutâneos devidos à explosão da pólvora, que dependerão da distância do tiro

. quando há orifício de saída, este possui forma irregular, bordas invertidas e é geralmente maior que o orifício de entrada.

Corto- contundente

Instrumentos de gume afiado. Possuem ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem o maneja. Ex.: facão, foice, machado, enxada, dente, etc.

. forma bastante variável, dependendo do peso, gume e força atuante

. são lesões graves, profundas, determinando várias formas de ferimentos, inclusive fraturas.

Conduta nos ferimentos superficiais

Os ferimentos podem ser superficiais ou profundos. Nos ferimentos superficiais devemos tomar as seguintes medidas:

 Limpar o ferimento com água, se o transporte a um hospital for demorado;

 Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo, fixando sem apertar demasiadamente;

 Fazer compressão local, o suficiente para fazer cessar a hemorragia;

 Não tocar no ferimento;

 Conduzir a vítima a um hospital, para receber tratamento definitivo. Conduta nos ferimentos profundos

 Não lavar a ferida, pois aumenta o risco de hemorragia;

 Colocar gaze ou pano limpo sobre o ferimento, fazendo compressão o suficiente para cessar a hemorragia;

 Se o ferimento for nos membros, elevar o membro ferido;

 Caso não haja controle, pressionar os pontos arteriais;

 Caso não cesse, e a hemorragia for abundante nos braços ou pernas, aplicar torniquete (somente como medida de exceção);

 Não remover objetos empalados;

 Transportar a vítima para um hospital. Ferimentos profundos no tórax

 Controlar hemorragia;

 Pedir para a vítima expulsar todo o ar dos pulmões (expiração forçada);

 Colocar uma proteção (gaze, plástico, etc) sobre o ferimento no final da expiração, para evitar penetração de ar no tórax;

 Fixar o material usado com esparadrapo ou fita de crepe, em três lados;

 Não usar cinta ou atadura que envolva todo o tórax, pois pode dificultar a respiração;

 Conduzir a vítima a um hospital. Ferimentos profundos abdominais

(18)

as alças intestinais, fígado, baço, pâncreas e outras vísceras que, dependendo da extensão do ferimento, podem sair para fora do abdome. Quando isto ocorre, devemos tomar as seguintes medidas:

 Cobrir as vísceras com compressas de gaze ou pano limpo;

 Não tentar recolocar as vísceras para dentro do abdome;

 Manter o curativo preso com atadura, não muito apertado, embebido em Soro Fisiológico;

 Conduzir a vítima a um hospital;

 MMII fletidos. Ferimentos da cabeça

Os ferimentos da cabeça podem estar acompanhados de ferimentos internos do crânio. Desta forma devemos tomar as seguintes condutas:

 Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada;

 Colocar gaze sobre o ferimento e não apertar;

 Não retirar objetos encravados ou transfixantes, exceto, aqueles na bochecha que devem ser retirados quando possível;

 Conduzir a vítima a um hospital.

É importante registrar se a vítima perdeu os sentidos no momento do acidente, ou não, assinalar as circunstâncias em que se deu o acidente, e qual a natureza do agente causador do traumatismo.

Amputação

A amputação em geral é produzida por corte ou tração violenta que arranca ou separa uma parte do corpo, como: dedo, mão, pé, braço, ou perna.

Em caso de amputação, o socorrista deverá tomar as seguintes conduta:

 utilize sempre EPI;

 remova vestuário para acessar o ferimento;

 controle o sangramento;

 atenda a vítima para evitar o estado de choque;

 recupere a parte amputada, se possível leve com a vítima para o hospital;

 não lave a parte amputada;

 coloque em saco plástico a parte amputada envolvida em gaze seca sobre uma camada de gelo e não dentro do gelo esfrie a parte amputada, sem gelar.

• se exceder 6 horas - mínimas chances de reimplante

• tempo máximo 18h - reimplante em membro amputado bem acondicionada e resfriado • após 4-6 horas - tecido muscular sem sangue - perde a viabilidade

 chame SME

NUNCA...

(19)

19 Objeto Empalado

Definição: perfuração na qual o objeto penetrante está parcialmente exteriorizado. Conduta:

 Remover ou cortar as roupas ao redor do ferimento;

 Exponha a área onde o objeto está empalado

 Não remova nem movimente o objeto empalado;

 Qualquer movimento produzirá sangramento e agravará o ferimento;

 Controle qualquer tipo de sangramento com pressão ao redor do objeto;

 Imobilize o objeto envolvendo com bandagem ou pano;

 Se possível corte o objeto para dar maior estabilidade e prevenindo contra movimentos.

Corpo estranho no olho

 Não esfregar ;

 Não coloque mãos sujas;

 Se consegue ver corpo estranho - lenço de papel para retirá-lo;

 Lavar olho com água corrente ou soro;

 Para lavar o olho, mantenha-o aberto com ajuda do dedo polegar e do indicador;

 Se a sensação não passar, procure o seu oftalmologista;

 Não coloque pomadas, açúcar ou qualquer outro produto, apenas mantenha o olho fechado, até receber o auxílio.

Ácidos ou outras substâncias:

 Devem ter um socorro imediato;

 Faça a lavagem do olho afetado com soro fisiológico, água filtrada ou água da torneira;

 Não aplique nenhum produto no olho - apenas água;

 Procure imediatamente o seu oftalmologista. Como proteger um olho ferido com corpo estranho

 BBaannddaaggeemmttrriiaanngguullaarr--ccoollooccáá--llooeennvvoollvveennddoo oobbjjeettooppeenneettrraaddoonnoooollhhoo

 Gaze sobre o objeto sem pressão, depois envolver a gase - anel de bandagem

 Olhos têm movimentos combinados - cobrir olho sadio com gaze - evitar que a movimentação grave a lesão

(20)

8. CHOQUE Definição:

Existem, quanto à natureza, vários tipos de choque. No entanto, no atendimento do doente, no local do acidente, os primeiros procedimentos são idênticos. Lembrar que nos acidentes a causa mais comum de choque é a perda de sangue, que pode ser interna ou externa, e que o tratamento definitivo só pode ser realizado por médicos e no hospital.

Como sabemos, o sangue leva até às células os nutrientes e o oxigênio para manutenção da sua vida, através de pequenos vasos sangüíneos. Quando, por qualquer motivo, isto deixa de acontecer, as células começam a entrar em sofrimento e, se esta condição não for revertida à normalidade com urgência, as células acabam morrendo.

8.1 Tipos de Choque:

 Choque Hipovolêmico: causado pela diminuição do volume circulante, pela perda do plasma, sangue, etc.

 Choque Neurogênico: distúrbio no SNC provocado por anestésico, narcóticos, transtornos emocionais. (dor intensa, ansiedade, medo).

 Choque Neurogênico: distúrbio no SNC provocado por anestésico, narcóticos, transtornos emocionais. (dor intensa, ansiedade, medo).

 Choque Séptico: resultante de processos infecciosos;

 Choque Pirogênico: reação febril devido à presença de pirogênio e contaminação de soluções e material utilizado na administração IM ou EV.

Como identificar:

 Estado mental alterado: ansiedade e combatividade

 Palidez, frio, pele fria e pegajosa, lábios e bases das unhas descoloradas

 Náuseas e vômitos

 Pulso rápido e fino, respiração curta e rápida

 Inconsciência em estado grave do choque. Como agir:

 Atenda imediatamente lesões que ameacem a vida e outros traumas graves

 Deite a vítima de costas

 Eleve as pernas da vítima cerca de 30 cm, para facilitar o retorno venoso

 Envolva a vítima em cobertas para prevenir contra perda de calor corporal.

ATENÇÃO

Em caso sangramento, mesmo que a vítima não apresente sinais e sintomas do estado de choque, aplique os procedimentos para prevenir o choque:

(21)

21 9. Fraturas

Definição:

Fratura é a ruptura total ou parcial da estrutura óssea. Pode ser classificada em fechada ou exposta. Nas fraturas fechadas não há rompimento da pele e nas expostas sim. Isto é, o osso fraturado fica com contato com o meio externo (a ruptura da pele muitas vezes é causada pelo próprio fragmento ósseo). Com esta exposição ao meio ambiente o osso fica em contato com bactérias, aumentando o risco de infecção.

9.1 Tipos de Fraturas

Fratura simples Fratura cominutiva Fratura exposta

Existe apenas um traço São varios traços de fratura,

Pontas fraturadas de fratura, separando o separando o osso em vários podem perfurar a osso em 2 pedaços pedaços pele expondo o osso ao ambiente. A Atteennççããoo::PPaarraaiiddeennttiiffiiccaarrmmoossuummaaffrraattuurraa,,ddeevveemmoossoobbsseerrvvaarroollooccaall,,qquueeppooddeerrááooccoorrrreerr d deeffoorrmmiiddaaddeeeeoouuffeerriimmeennttooaabbeerrttoo,,ooqquueennoosslleevvaaaappeennssaarreemmuummaaffrraattuurraaaaddjjaacceennttee.. N Naassffrraattuurraassffeecchhaaddaassddeevveemmoossoobbsseerrvvaarrooaassppeeccttooeeaappoossiiççããooaannoorrmmaallddoommeemmbbrroo,,ee a avvaalliiaarr::aaiinntteennssiiddaaddeeddaaddoorrllooccaall,,aaaalltteerraaççããooddaaccoorrddaappeellee,,eeaassaarrttiiccuullaaççõõeessqquueeppooddeerrããooeessttaarr i inncchhaaddaassoouuddeeffoorrmmaaddaassiimmppoossssiibbiilliittaannddoooommoovviimmeennttoo.. N Naassffrraattuurraassaabbeerrttaassééppoossssíívveelleevviiddeenncciiaarruummaaffrraattuurraaaaddjjaacceennttee,,aattrraavvééssddoosssseegguuiinntteess s siinnaaiiss: :

 Deformações (angulações, encurtamento);

 Inchaço, contusões, hematomas;

 Espasmo da musculatura;

 Feridas;

 Palidez ou cianose da extremidade.

 Dor à manipulação delicada;

 Crepitação;

 Enchimento capilar lento;

 Comprometimento da sensibilidade;

 Redução da temperatura do membro fraturado.

P

Prroocceeddiimmeennttooffrreenntteeààffrraattuurraa::

Determine o local da lesão e como foi;

(22)

 Avalie o local em busca de hematoma deformidade, crepitação, inchaço, flacidez ou ferimento;

 Avalie o local da lesão: circulação, movimento e sensibilidade - PULSO

 Quando a circulação estiver prejudicada, atendimento médico imediato.

Algumas fraturas de extremidade são consideradas de risco imediato de vida por causa de complicações associadas, tais como: esmagamento com fratura e contaminação (terra, graxa,...), fratura de fêmur bilateral, fratura próxima ao joelho ou cotovelo resulta em trauma vascular

associado, amputação traumática do braço ou perna.

Fratura de crânio (Traumatismo Crânio Encefálico)

Batidas na cabeça fazem suspeitar de uma condição neurológica de urgência. Geralmente são acompanhadas de sangramento no cérebro que, se não corrigido de imediato, pode causar a morte do paciente. Devemos, ao exame, observar se há contusões ou hematomas na calota craniana, que fazem suspeitar de trauma de cabeça. Podem ser sinais presentes nos traumatismos de crânio:

 Alteração no comportamento, coordenação e habilidades;

 Tontura persistente;

 Sonolência extrema no horário em que estaria acordado;

 Não conseguir acordar do sono;

 Irritação persistente;

 Perda de sentido horas após o trauma;

 Dor de cabeça intensa e/ou permanente;

 Vômitos repetitivos;

 Fluidos em narinas ou ouvidos;

 Pupilas de diferentes tamanhos;

 Palidez persistente;

 Parada respiratória.

Estes sinais de alerta duram de 24 a 48 horas após o TCE. Havendo queda de local muito alto ou batidas muito intensas, levar a vítima imediatamente ao Pronto Socorro.

Devemos ter alguns cuidados importantes ao atender uma vítima com suspeita de TCE:

 Mantenha a cabeça levantada;

 Afrouxe as roupas no pescoço;

 Apoie a cabeça em local macio;

 Se houver ferimento, cubra com gaze sem pressionar;

 Enfaixe a cabeça sem comprimir áreas moles ou deprimidas;

 Não dê nada para a vítima beber ou comer. Fratura de coluna:

Todas as vítimas de traumas violentos, como já dissemos na avaliação inicial, deverão ser considerados como portadores de fratura de coluna até se provar o contrário. Tal afirmativa é particularmente importante para todos os doentes que estejam inconscientes. As fraturas de coluna mal conduzidas podem produzir lesões graves e irreversíveis da medula com

(23)

23 comprometimento neurológico definitivo da região atingida. Todo o cuidado deverá ser tomado nestes pacientes para não produzirmos lesões adicionais à vítima.

São sinais de suspeita de fratura de coluna:

 Dor regional;

 Incapacidade de movimentar-se;

 Sensação de formigamento dos membros;

 Perda da sensibilidade tátil nos braços e/ou nas pernas.

O transporte destes pacientes deverá ser feito sem mobilizar a coluna traumatizada (em plano duro como: maca, folha de porta, prancha etc.) e em bloco.

Fratura de costela

Os arcos costais fraturados podem produzir lesão interna no parênquima pulmonar levando ao peneumotórax (ar dentro da caixa torácica, mas fora dos pulmões) comprometendo desta forma a dinâmica respiratória. O paciente que apresenta respiração difícil e dores aos movimentos respiratórios é suspeito de ter fratura de costela. No local do acidente nada ou muito pouco podemos fazer por esta vítima. Devemos, então, levá-la ao hospital.

Fratura de quadril

As fraturas de quadril denotam gravidade do acidente. Neste tipo de fratura existe um sangramento intenso importante e, também, nada podemos fazer no local do acidente no sentido de interrompê-lo. O paciente que apresenta dor no quadril, dificuldade de mobilizar-se e hematomas localizados é suspeito de fratura de quadril. É muito importante não mover a vítima e nem deixar que ela se mova. O transporte do paciente deverá ser feito com os mesmos cuidados dos pacientes com fraturas de coluna.

M

MeeccaanniissmmoossddeeIImmoobbiilliizzaaççããoo

Quase todas as lesões em articulações e ossos, possuem como conduta a imobilização da estrutura para a diminuição da dor da vítima, estabilização da ferida e para não aumentar o problema. Esta imobilização deve ser feita, principalmente com estruturas rígidas como tábuas, canos, galhos, palitos, papelão ou mesmo com a parte íntegra do corpo da vítima, como usar uma perna para imobilizar a outra.

Imobilização de MMSS

 Um jornal dobrado, um pedaço de papelão ou uma tala de madeira podem ser utilizadas.

 Este suporte deve ser colocado debaixo do antebraço e fixado com tiras de pano ou material similar

 Tomando cuidado para não apertar muito a estrutura.

Atenção: Não mexa e não deixe ninguém tocar na vítima até a chegada do socorro, mantenha a vítima agasalhada e imóvel, observe a respiração(existe risco de parada respiratória), antes de mover a vítima, imobilize-a completamente.

(24)

 Em seguida coloque um pedaço de pano dobrado de forma triangular debaixo do braço machucado para simular uma tipóia.

 Levante o antebraço até a altura da mama e amarre a tipóia ao lado do pescoço para não machucar a vítima.

 Caso tenha um alfinete, use-o para fechar a tipóia perto do cotovelo ou apenas dê um nó neste local.

 Existindo também uma lesão no ombro pode-se conseguir uma boa imobilização do mesmo passando-se uma tira larga de pano em torno da tipóia, prendendo o braço junto ao tórax e assim limitando os movimentos do ombro.

 Agora a vítima pode ser transportada com segurança até o serviço médico onde terá os cuidados definitivos

Tipos de imobilizações de fraturas

Imobilização de MMII

No caso de lesões nas pernas, se não tiver uma tábua comprida que sirva de tala ou algo semelhante pode-se conseguir uma boa imobilização com a utilização do outro membro.

Inicie colocando 5 tiras de pano por baixo do joelho da vítima para posteriormente as distribuir pela perna da vítima. Deve-se tomar cuidado para deixar o local da possível lesão livre das tiras. Existindo uma toalha ou um cobertor no local, faça um rolo com ele e o coloque entre as pernas do acidentado. Por fim, amarre as tiras entre a pernas da vítima, distribuindo-as 2 delimitando a lesão, uma próxima ao tornozelo, uma acima ou abaixo do joelho e a última superiormente na perna

Transporte de Vítima com um socorrista

1 – Suporte para andar: auxiliar a vítima a andar, dando suporte a ela. 2 – Carregar no colo: método de carregar nos braços.

(25)

25 Transporte de Vítima com dois socorrista

1 – Suporte para andar: dá suporte um em cada lado. 2 – Cadeirinha de dois pontos.

3 – Cadeirinha de quatro pontos. 4 – Carregar pelas extremidades.

5 – Cadeira: método que exige uma cadeira, usado para escadas e lugares estreitos. 6 – Padiola de braços: necessita de três a seis pessoas.

Transporte de Vítima: arrastamento 1 – Arrastando pelos ombros.

2 – Arrastando pelos calcanhares. 3 – Arrastando com cobertor. 10. Queimaduras

Introdução: A pele é o órgão mais extenso do corpo humano, tendo como função equilíbrio de água, regulação da temperatura, imunológica e também é um órgão sensorial.

A Queimadura é definida como uma lesão produzida no tecido de revestimento do organismo por agentes térmicos (calor, frio, eletricidade), produtos químicos, irradiação ionizante etc...

10.1 Classificação:

Podemos classificar a queimadura quanto:

Quanto à causa: química, física e biológica.

Quanto ao tipo: temperaturas extremas, exposição a substâncias químicas, exposição à eletricidade, e exposição à radiação.

Quanto à profundidade pode ser:

1º grau - Caracteriza-se por dor local e vermelhidão da área atingida.

2º grau - Caracteriza-se por dor local, vermelhidão e formação de bolhas d'água.

3º grau - Caracteriza-se por pouca dor - devido à destruição das terminações nervosas da sensibilidade - pele escurecida ou esbranquiçada ladeadas por vezes por área de eritema.

(26)

Procedimentos de urgência no atendimento ao queimado: Queimaduras Térmicas

 Controlar a situação, apagando o fogo da vítima com água fria, cobertor ou rolando a vítima no chão. Não use gelo.

 Cubra a queimadura com um pano limpo.

 Remova anéis, braceletes, tornozeleiras, cintos, sapatos e roupas antes que o corpo inche.

 Caso a roupa grude na pele, não remova. Corte cuidadosamente e retire a parte que não grudou.

 Queimaduras no rosto, mãos e pés devem sempre ser consideradas sérias e receber imediata atenção médica.

Queimaduras Químicas

 Enxágüe a pele por pelo menos 20 minutos em água corrente.

 Remova a roupa contaminada e evite que o produto químico se espalhe por outras áreas.

 Se os olhos forem afetados, enxágüe em água corrente até que chegue ajuda médica. Remova as lentes de contato imediatamente.

 Observe a respiração da vítima, pare o sangue e cubra a queimadura com uma faixa esterilizada ou com um pano limpo.

 Não aplique óleos ou cremes na queimadura. Queimaduras Elétricas

 Não toque na vítima. Desligue a corrente elétrica.

 Todas as lesões elétricas necessitam atenção médica. Queimaduras Radioativa - Insolação

 Remova a vítima para local fresco e arejado.

 Desapertar as roupas das vítimas.

 Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas úmidas. Algumas particularidades no atendimento:

Queimaduras por fogo onde o indivíduo está com fogo nas vestes, não permitir que a vítima corra, pois pode aumentar as chamas.

Queimaduras Térmicas ou Química nos Olhos, devemos irrigar a lesão com soro fisiológico ou água limpa e cobrir os dois olhos com gaze seca estéril.

Queimaduras pelo frio há formação de bolhas e há evolução da lesão para necrose tecidual local. O tratamento Indicado é: separar os dedos com compressa de gaze seca e promover o aquecimento passivo envolvendo a lesão com gaze e atadura. Não devemos nunca fazer: esfregar a área atingida, efetuar aquecimento ativo da região afetada, irrigar a área afetada, e passar quaisquer substâncias não local da lesão.

(27)

27 Quanto a queimaduras no geral nunca devemos fazer: Furar bolhas, remover vestes aderidas à queimadura, passar sobre a queimadura quaisquer tipos de substâncias, utilizar gelo sobre a queimadura, dar líquidos para a vítima beber.

11. Intoxicações

As intoxicações e o envenenamento são causados pela ingestão, aspiração e introdução no organismo, acidental ou não, de substâncias tóxicas de naturezas diversas. Podem resultar em doença grave ou morte em poucas horas se a vítima não for socorrida em tempo.

Veneno é toda substância que, se introduzida no organismo em quantidade suficiente, pode causar danos temporários ou permanentes.

Substâncias comuns nas intoxicações

 Produtos químicos utilizados na limpeza.

 Produtos químicos utilizados na industria.

 Venenos (como raticidas, por exemplo).

 Entorpecentes e medicamentos em geral.

 Alimentos deteriorados.

 Gases tóxicos. Vias de penetração:

Boca: Ingestão de qualquer tipo de substância tóxica (química ou natural). Pele: Contato direto com plantas ou substâncias químicas tóxicas.

Vias respiratórias: Aspiração de vapores ou gases emanados de substâncias tóxicas Sinais e sintomas

Envenenamento por ingestão:

 Queimaduras, lesões ou manchas ao redor da boca.

 Odores incomuns da respiração, no corpo, nas roupas da vítima ou do ambiente.

 Hálito com odor estranho.

 Transpiração abundante.

 Queixa de dor ao engolir.

 Queixa de dor abdominal.

 Náuseas, vômito, diarreia.

 Convulsões.

 Alterações no nível de consciência, sonolência.

 Aumento ou diminuição do diâmetro das pupilas.

 Alterações no pulso, na respiração e da temperatura corporal. Envenenamento por contato:

 Manchas na pele.

 Coceira.

 Irritação nos olhos.

 Dor de cabeça.

(28)

Envenenamento por inalação:

 Respiração rápida.

 Tosse.

 Frequentemente os olhos da vítima aparecerão irritados.

Obs.: estes são os sintomas gerais, podem variar de acordo com o veneno inalado. Orientações gerais

 Cuidados com a segurança do socorrista, evitando que este entre em contato com o produto intoxicante.

 Remover a vítima para local arejado.

 Afrouxar as vestes e, caso estejam contaminadas, retirá-las, cortando-as. Importante:

NUNCA deixar a vítima sozinha.

 Deixar a vitima falar, deixando-a o mais confortável possível.

 Transportar a vítima em posição lateral, a fim de evitar aspiração de vômito, se ocorrer.

 Transportar junto, restos da substância, recipientes, embalagens e aplicadores. O que fazer:

Nos casos de intoxicação por contato (pele):

 Lavar abundantemente o local afetado com água corrente.

 Se os olhos forem afetados: lavar com água corrente durante 15 minutos e cobri-los, sem pressão, com pano limpo ou gaze;

 Encaminhar ao serviço médico (pronto socorro ou hospital). Nos casos de intoxicação por inalação:

 Remover a vítima para local arejado.

 Encaminhar ao serviço médico (pronto socorro ou hospital). Nos casos de intoxicação por ingestão:

 Não provocar vômito.

 Não oferecer água, leite ou qualquer outro líquido.

 Encaminhar, com urgência, para serviço médico (pronto socorro ou hospital).

Ao procurar ajuda, tenha em mãos as seguintes informações: Idade e peso da vítima, como foi o contato com o produto, há quanto tempo foi a exposição, os sintomas que o paciente está Apresentando, e informações sobre o produto – tenha a embalagem em mãos.

11.Acidentes por Animais Peçonhentos Acidente por Ictismo:

Acidentes provocados por peixes marinhos ou fluviais.Os acidentes acantotóxicos (arraias, por ex.) são de caráter necrosante e a dor é o sintoma proeminente. São características deste acidente:

 ferimento puntiforme ou lacerante  eritema e edema

(29)

29 Além disto, a vítima pode apresentar manifestações gerais como:

 fraqueza,

 sudorese,náuseas,  vômitos, vertigens,  hipotensão,

 choque e até óbito. Acidentes sarcotóxicos:

Os acidentes sarcotóxicos ocorrem por ingestão de peixes e frutos do mar. Eles produzem um potente bloqueador neuromuscular que pode conduzir a vítima à paralisia consciente e óbito por falência respiratória. Outras situações que levam riscos graves a saúde do ser humano são:

 Carne de peixes mal conservados, produzindo toxinas capazes de liberar histamina em seres humanos.

 Acúmulo de metil-mercúrio em peixes pescados em águas contaminadas podem produzir quadros neurológicos em humanos.

Escorpiões

Os escorpiões, dentre os aracnídeos, são os que mais frequentemente causam acidentes. Os mais comuns no Brasil são:

Tytius bahiensis (escorpião preto) Tytius serrulatus (escorpião amarelo)

Frequentemente, a picada de escorpião é seguida de dor (moderada ou intensa) ou formigamento do local do acidente. Tais sintomas (dor, formigamento) podem ser tratados com analgésico ou bloqueios anestésicos locais, além de observação do surgimento de outros sintomas por, no mínimo, 6 a 12 horas, principalmente em crianças menores de 7 anos e idosos.

(30)

São sintomas de gravidade que merecem ser observados com atenção: Náuseas ou vômito, suor excessivo, agitação, tremores, salivação, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.

Neste caso, o atendimento hospitalar deve ser imediato, avaliando a necessidade do uso de soroterapia antiescorpiônico. Porém, até a chegada ao atendimento de emergência, algumas medidas devem ser tomadas o mais rápido possível: manter o paciente em repouso, quando possível levar o animal para identificação, não realizar perfurações ou cortes no local da picada, e não realizar torniquete.

Aranhas

As principais aranhas causadoras de acidentes no Brasil, são:

Loxosceles (aranha marrom) Phoneutria (armadeira)

Lycosa (tarântula) Caranguejeira

Outro animal extremamente agressivo e venenoso, é a Armadeira, que quando surpreendida coloca-se em posição de ataque, apoiando-se nas pernas traseiras, ergue as dianteiras e procura picar. A picada causa: dor imediata, inchaço local, formigamento, sudorese no local da picada.

Deve-se combater a dor com analgésicos e observação rigorosa de sintomas.

A preocupação maior deve ser com

o surgimento de: vômitos, aumento da pressão arterial, dificuldade respiratória, tremores, espasmos musculares, caracterizando acidente grave. Assim, há necessidade de internação hospitalar e soroterapia.

(31)

31 A aranha marrom provoca menos acidentes, sendo pouco agressiva.

Na hora da picada a dor é fraca e despercebida, após 12 a 24 horas: dor local com inchaço, naúseas, mal estar geral, manchas, bolhas e até necrose local.

Nos casos graves, a urina fica cor de coca-cola. Orienta-se procurar atendimento médico para avaliação.

A tarântula (aranha que vive em gramados ou jardins) pode provocar pequena dor local, podendo evoluir para necrose. Utiliza-se analgésicos para tratamento da dor e não há soroterapia específica,

assim como para as caranguejeiras.

Como Evitar Acidentes por Aranhas e Escorpiões

 Manter jardins limpos.

 Evitar o acúmulo de entulhos, lixo, material de construção nas proximidades da empresa.

 Evitar folhagens densas (trepadeiras, bananeiras e outras); manter a grama aparada.

 Em zonas rurais, sacudir roupas e sapatos antes de usar.

 Não pôr a mão em buracos, sob pedras, sob troncos "podres".

 O uso de calçado e de luvas pode evitar acidentes. Serpentes não-peçonhentas

As serpentes chamadas não peçonhentas correspondem à maioria das serpentes brasileiras. Entre elas estão as famílias: Boidae (jiboias e sucuris), Leptotyphlopidae (cobracega), Typhlopidae (fura-terra) e Aniliidae (falsa coral). Entretanto, representantes da família Colubridae (cobra-verde, cobra- cipó) possuem dentes inoculadores de veneno; os acidentes são leves, apenas com repercussão local. Pode ser necessária a administração de antiinflamatórios e analgésicos.

O acidente por essas serpentes pode causar ferimento, com risco de infecção, devendo ser adequadamente tratado com limpeza local e antibióticos, se necessário.

A ação do veneno pode provocar as seguintes reações:

 Proteolítica: necrose tecidual (morte do tecido lesado) devido à decomposição das proteínas.

 Neurotóxica: ação no sistema nervoso causando queda palpebral; formigamento no local afetado, alterações de consciência e perturbações visuais.

 Hemolítica: destruição das hemácias no sangue.

 Coagulante: causa deficiência na coagulação sanguínea.

A jararaca, também conhecida por caiçaca, jararacuçu, urutu ou cotiara, é uma cobra que vive em locais úmidos, sendo responsável pelo maior número de acidentes. O envenamento causado pela jararaca é chamado de botrópico.

(32)

O veneno dessa cobra provoca:

Manifestações Precoces - até 3 horas do acidente: Dor imediata, Inchaço, calor e vermelhidão, no local picado, Hemorragia no local da picada ou distante dela.

Complicações: Bolhas, gangrena e abscesso, Insuficiência renal aguda.

A surucucu, também chamada de pico de jaca ou surucutinga, provoca

reações semelhantes ao veneno das jararacas (hemorragia, inchaço no local da picada, diarréia). Essas cobras causam o chamado envenenamento laquético.

A cascavel, conhecida também como boicininga ou maracambóia, possui veneno que não provoca importante reação no local da picada, mas pode levar à morte. O envenenamento causado pela cascavel é chamado de crotálico. A pessoa que recebeu uma picada pode apresentar, nas primeiras horas: dificuldade em abrir os olhos, "visão dupla"ou "visão turva", dor muscular e urina avermelhada. Após 6 - 12 horas pode apresentar: escurecimento da urina, podendo evoluir para insuficiência renal aguda.

A ação do veneno das cobras corais no organismo é muito rápida, os sinais e sintomas aparecem em questão de minutos. O envenenamento é denominado de elapídico. Os sinais e sintomas são: dificuldade em abrir os olhos, "cara de bêbado", falta de ar, dificuldade em engolir, insuficiência respiratória aguda.

O que fazer

 Manter a vítima calma e deitada.

 Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão.

 Cobrir com um pano limpo.

 Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear, em caso de inchaço do membro afetado.

 Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno.

 Tentar manter a área afetada no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele.

 Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o soro anti-ofídico.

 Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o soro específico.

O que não fazer

Referências

Documentos relacionados

O tratamento clínico do abscesso retrofaríngeo é efetivo, sozinho, em mais de 75 a 90% dos casos. Os pacientes devem ser internados, manter jejum e deve-se iniciar

Em dezembro de 2016, diante do atraso de salários e benefícios - que culminou com o não pagamento do décimo terceiro salário e outros benefícios de grande parte dos funcionários

햲 Conecte o dLAN 500 AVsmart+ através do cabo de rede fornecido a uma ligação de rede do seu computador ligado ou a um outro dispositivo de rede.. 햳 Encaixe o dLAN 500 AVsmart+

Um método de baixo custo é proposto para determinação direta de chumbo em açúcar por espectrometria de absorção atômica com forno de grafite e correção de fundo com fonte

I – clara descrição do projeto de ensino, pesquisa e extensão ou de desenvolvimento institucional, científico, tecnológico e cultural a ser realizado;.. § 1 o O

Essas manifestações bucais são causadas por deficiência de higiene oral, deficiências de vitaminas, pela ingestão crônica de carboidratos, pela compulsão alimentar,

Conduta correta: como está grávida não deve receber qualquer coisa; paciente deve ser hidratada e receber potássio (soro glicosado 5% + KCl 10% 1 ampola em cada soro como a asma

· Observar os sinais vitais para a necessidade de ressuscitação cardiorrespiratória, e remoção para atendimento especializado, se os primeiros socorros não melhorarem o estado