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FORTISSIMO Nº JUNHO

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Academic year: 2021

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O: ANDRÉ FOSSA

TI

O mês de junho, devido ao clima seco e ameno, é sempre reservado às nossas turnês por Minas Gerais, levando a grande música sinfônica, executada pela Filarmônica, patrimônio vivo da cultura, para várias regiões do estado. Assim, após concertos em

Divinópolis, Araxá e Uberlândia, nossa Orquestra apresenta-se apenas uma vez neste mês, dentro das séries Presto e Veloce, trazendo a vocês um concerto dedicado a compositores franceses. Damos novamente as boas-vindas ao maestro Yoav Talmi, que retorna a Belo Horizonte alguns anos após a sua estreia com

a Filarmônica, e recebemos pela primeira vez a violinista

Liza Ferschtman. Obras de Berlioz, Saint-Saëns e César Franck compõem este rico e variado programa.

Após este programa, vocês podem se preparar para a maratona que a Filarmônica realiza no mês de julho, quando concertos frequentes aquecerão com extraordinária música e excelentes solistas o inverno que ora se inicia.

Desejamos a todos um bom concerto, antecipando os calorosos aplausos que certamente o seguirão.

CAROS AMIGOS E AMIGAS,

FABIO MECHETTI

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O: ANDRÉ FOSSA

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7 6

Jacksonville, sendo, agora, Regente Emérito destas duas últimas. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a

Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Realizou diversos concertos no México, Peru e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Na Europa regeu a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia e a Orquestra da Radio e TV da Espanha. Dirigiu também a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá, e a Filarmônica de Tampere, na Finlândia.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na

Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente, estreou na Itália conduzindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2015 dirigirá a Orquestra Sinfônica de Odense, também na Dinamarca. No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre, Brasília e Paraná e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros. Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor. Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti

é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de

Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. Recentemente, tornou-se o primeiro brasileiro a ser convidado a dirigir uma orquestra asiática, sendo nomeado Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse, da

Orquestra Sinfônica de Spokane e da Orquestra Sinfônica de

FABIO

MECHETTI

FO T O: EU GÊNI O SÁ VI O

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9 8

YOAV TALMI

regente convidado

LIZA FERSCHTMAN

violino

PROGRAMA

Hector BERLIOZ

Abertura O Rei Lear, op. 4

Camille SAINT-SAËNS

Concerto para violino nº 3 em si menor,

op. 61

• Allegro non troppo

• Andantino quasi allegretto • Molto moderato e maestoso

– I N T E RVA L O –

César FRANCK

Sinfonia em ré menor

• Lento – Allegro non troppo • Allegretto

• Allegro non troppo

LIZA FERSCHTMAN

violino

PRESTO

VELOCE

Quinta Sexta

25/06

26/06

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PRESTO E VELOCE 11 10

A longa e impressionante carreira de Talmi como maestro convidado abrange vários continentes. Seus compromissos europeus incluem todas as principais orquestras de Londres, a Filarmônica de Berlim, Concertgebouw de Amsterdã, as sinfônicas de Viena e Praga, as filarmônicas de São Petersburgo, Oslo, Estocolmo, Varsóvia e Israel, a Orchestre National de France, Tonhalle de Zurique, Santa Cecília em Roma e orquestras de rádio em Israel, França, Itália, Espanha, Alemanha, Polônia, Holanda, Bélgica, Finlândia e Suécia. Apresentou-se várias vezes com a NHK Symphony e com a New Philharmonic

Orchestra no Japão. Na América do Norte, Talmi tem aparecido com as orquestras de Dallas, Detroit, Houston, Indianapolis, Madison, Montreal, Pittsburgh, Rochester, Seattle, St. Louis, Toledo e Vancouver, assim como a Orquestra de Câmara de Los Angeles, a National Arts Centre Orchestra, a New York Chamber Symphony e a Orquestra de St. Luke. Suas atividades de verão incluem os festivais de música de Aspen, Casals em Porto Rico, Bergen, Chautauqua de Nova York, Helsinki, Houston’s Mostly Mozart, Jerusalém, Lanaudière e Festival de Waterloo. Artista experiente em gravações, Yoav Talmi já trabalhou com os selos

Chandos, Decca, EMI, Naxos, Teldec, CBC Records, Atma e Analekta. Sua gravação da Nona Sinfonia de Bruckner com a Filarmônica de Oslo lhe rendeu o prestigioso Grand Prix du Disque em Paris. Suas duas últimas gravações de orquestrações de Bach e Debussy com a Sinfônica de Quebec ganharam o Prêmio Joker pela Revista

Crescendo de Bruxelas. Sua gravação de Schoenberg e Tchaikovsky com a Orquestra de Câmara de Israel foi escolhida Gravação do Mês pela revista Fono-Forum da Alemanha. O London Penguin Guide concedeu a essa mesma gravação sua mais alta classificação. Sua gravação French Showpieces com a Sinfônica de Quebec e o violinista James Ehnes recebeu classificação “perfeita” e foi escolhida Gravação do Mês pela revista francesa Repertoire. Nascido em Israel, Yoav Talmi é graduado pela Rubin Academy of Music de Tel Aviv e The Juilliard School de Nova York, onde obteve formação em Composição e Regência com doações da America Israel Cultural Foundation. Recebeu o Koussevitzky Memorial Conducting Prize no Festival de Tanglewood 1969 e o Rupert Conductor’s Competition 1973, entre outras premiações no seu país e no Canadá. Celebrado nos dois lados do

Atlântico, Yoav Talmi é maestro principal convidado da Orquestra de Câmara de Israel e maestro emérito da Quebec Symphony. É chefe do Departamento de Regência na Buchmann-Mehta School of Music da Universidade de Tel Aviv. Talmi atuou como maestro principal da Hamburg Symphony, maestro principal convidado da Filarmônica de Munique, diretor musical da San Diego Symphony, da Filarmônica de Arnhem e da

Orquestra de Câmara de Israel, além de fundador e primeiro diretor musical da New Israeli Opera.

FO T O: C AMIRAND PHO T O

YOAV

TALMI

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PRESTO E VELOCE 13 12

Curtis Institute, Filadélfia, e de David Takeno, em Londres.

A violinista se apresentou com todas as orquestras holandesas mais notáveis, incluindo a Real Concertgebouw e a Rotterdam Philhamonic. Foi solista da Orquestre National de Belgique, da European Union Youth Orchestra, da Orquestra Yomiuri Nippon, Malaysian Philharmonic, Schleswig-Holstein Festival Orchestra, Bremen Philharmonic, Radio Symphony Orchestra de Praga, Malmö Symphony e Bergen Philharmonic. Trabalhou com

maestros como Stephan Blunier, Frans Bruggen, Christoph von Dohnanyi, Claus Peter Flor, Neeme Järvi, Yakov Kreizberg, Zdenek Macal, Jun Maerkl, Gianandrea Noseda, Marc Soustrot, Leonard Slatkin, Thomas Sondergard, Karl-Heinz Steffens, Mario Venzago e Jaap van Zweden. Na música de câmara, Liza colabora regularmente com artistas como Inon Barnatán, Jonathan Biss, Nobuko Imai, Elisabeth Leonskaja, Enrico Pace, Christian Poltera, Lars Anders Tomter e Alisa Weilerstein. Além de festivais internacionais, apresentou-se no Alice Tully Hall em Nova York, na Biblioteca do Congresso em Washington,

Wigmore Hall em Londres, Brahms Saal do Musikverein em Viena e o Concertgebouw em Amsterdã.

Desde 2007, Liza é diretora artística do Delft Chamber Music Festival, um dos maiores festivais na Europa. Nesse período, o festival tornou-se amplamente conhecido por sua programação ousada, com performances dinâmicas de artistas de todo o mundo. Destaques da temporada passada foram a apresentação das obras completas de Bach em Amsterdã e uma turnê com a Budapest Festival Orchestra e o maestro Iván Fischer. Na atual temporada, a violinista fará estreias com a BBC National Orchestra do País de Gales,

filarmônicas de Londres e de Essen, Staatskapelle Weimar e Flanders Symphony Orchestra. Ela fará apresentações de música de câmara no Liederhalle, em Stuttgart, e no Beethoven Haus, em Bonn, e vários recitais na Holanda. O álbum em que Liza apresenta concerto e romances de Beethoven foi aclamado pela crítica, bem como suas gravações com concertos de Dvorák, Röntgen, obras solo de Bach e Ysaye (escolha do mês The Strad CD) e obras duo de Beethoven e Schubert. Seu próximo CD apresentará obras solo de Bach, Biber, Bartók e Berio (Callenge Classics). A violinista holandesa Liza Ferschtman

é conhecida por suas performances entusiásticas e programas

interessantes. Sua presença é

marcante tanto em concertos quanto em música de câmara, recitais ou trabalhos solo. Em 2006, recebeu o maior prêmio atribuído a um músico na Holanda, o Dutch Music Prize. Nascida em uma família de músicos russos, Liza Ferschtman teve como uma de suas primeiras influências o violinista Philipp Hirschhorn. Foi aluna de Herman Krebbers no Conservatório de Amsterdã, de Ida Kavafian no

LIZA

FERSCHTMAN

FO T O: MAR CO BOR GGREVE

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PRESTO E VELOCE 15 14 FO T O: ANDRÉ FOSSA TI

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PRESTO E VELOCE 17 16

IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/ Sorbonne Nouvelle Paris 3.

PARA OUVIR

Berlioz – Orchestral Overtures – Royal Philharmonic Orchestra – Thomas Beecham, regente – Naxos Classical Archives, Classics on line, 9.80711 – 1954

PARA ASSISTIR

Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual da Flórida – Matthew Bishop, regente | Acesse: fil.mg/breilear PARA LER

Lauro Machado Coelho – Sinfonia Fantástica: vida e obra de Hector Berlioz – Algol Editora – 2009 William Shakespeare – O Rei Lear – Millôr Fernandes, tradução – L&PM – 1997

de discurso que caracteriza o poema sinfônico e retrabalha os eventos e as personagens do Rei Lear. Dramática e enérgica, a abertura repercute o sinfonismo de Beethoven, que, como declara Berlioz, “abriu diante de mim um novo mundo da música, como Shakespeare me revelara um novo universo poético”. A peça de Shakespeare narra a tragédia de um rei que decide repartir ainda em vida seu reino entre suas três filhas, desencadeando uma terrível sequência de episódios

marcados pela ganância, a bajulação e a traição que conduzem à loucura e à morte. Entre o tema de Cornélia no oboé e os graves do rei Lear, a abertura de Berlioz perde em sentido discursivo para ganhar em intensidade, assim como o mais célebre verso da peça de Shakespeare: “nunca, nunca, nunca, nunca, nunca!”.

ABERTURA O REI LEAR, OP. 4 (1831) 14 min

Logo após mudar-se para Paris em 1821, Berlioz torna-se assíduo frequentador de óperas. O gosto pela música e a predileção pelas literaturas francesa e latina e pela geografia marcam sua adolescência. Porém, viu-se obrigado pelo pai a estudar Medicina. O contato com o mundo musical em Paris o convence a abandonar por definitivo a Medicina, após sua graduação em 1824. Em 1826 ingressa no Conservatório de Paris, na classe de Jean-François Le Sueur, uma das mais influentes figuras do cenário musical francês durante a Revolução, o Império e a Restauração. Os anos que se seguem são cruciais para o desenvolvimento de sua linguagem musical. Concorre ao Prix de Rome por quatro vezes, entre 1826 e 1830, vencendo-o afinal com a cantata La Mort de Sardanapale. Paralelamente, a leitura de Goethe – Fausto acabava de ser traduzido para o francês por Gérard de Nerval – e a descoberta da obra de William Shakespeare são essenciais para a consolidação de uma linguagem artística que combina, das mais diversas formas, música com referências literárias. Em setembro de 1827, Hector Berlioz assiste à montagem de Hamlet no

Hector Berlioz |

França, 1803 – 1869

teatro Odéon. Embora, à época, não dominasse a língua inglesa, viu-se profundamente envolvido pelo esquema dramático de

Shakespeare. Para ele, o dramaturgo inglês representava a superação das restrições formais e o mais eloquente modelo de expressão dramática e discurso poético. Inspirado por ele, Berlioz elaboraria sua concepção de “verdade expressiva”. Em uma carta de 1828 descreve Shakespeare e Goethe como “os silentes

confidentes de meus sofrimentos; eles têm a chave para a minha vida”. A partir da obra de Shakespeare, Berlioz compõe três peças menores inspiradas em Hamlet – uma fantasia sobre A Tempestade, a sinfonia dramática Romeu e Julieta e as aberturas orquestrais Beatriz e Benedito e O Rei Lear.

Em 1831, ano de composição de O Rei Lear, Berlioz era já um compositor respeitado em Paris em razão do Prix de Rome e de sua Sinfonia Fantástica, ambos de 1830. Por acreditar que a música instrumental tivesse maior capacidade expressiva e maior poder de

articulação do que a música vocal ou o texto, opta por suprimir a noção

INSTRUMENTAÇÃO piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas,

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PRESTO E VELOCE 19 18

MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.

claro dessa vinculação visceral de Saint-Saëns à linguagem romântica. Concluído em 1880, foi dedicado ao grande virtuoso (e também compositor) Pablo de Sarasate, que o estreou nesse mesmo ano. Outras obras de Saint-Saëns dedicadas a Sarasate revelam um foco bem direcionado na exibição virtuosística do intérprete, bem como o conhecimento e domínio do compositor na linguagem e no estilo violinísticos: é o caso, por exemplo, da famosa Introdução e Rondó Caprichoso. No entanto, o Concerto op. 61 é bem mais focado na inventividade melódica que em efeitos virtuosísticos e, trazendo inclusive reminiscências de outras obras do próprio compositor, desvela outro lado da mentalidade musical romântica, não menos apaixonada,

mas cujos arroubos se dirigem mais a uma espécie de contemplação da intimidade individual do compositor que a bravuras do intérprete virtuoso. Mais que obra representativa da literatura violinística, esse concerto é a expressão autêntica de um espírito que encontrou na linguagem romântica perfeitamente consolidada seu caminho de

expressão: um espírito criador vinculado indissociavelmente à mentalidade artística que testemunhou e que tomou para si como legítima e bastante. O Romantismo, essa grande corrente

literária, humanista e artística, desponta, no alvorecer do século XIX, como condestável revolucionário da liberdade. Na música, abraçado ideologicamente ainda por Beethoven, elaborado como linguagem por compositores do porte de Schumann, Chopin e, mais tarde, Brahms, e tendo gerado sua própria mitologia, nas figuras quase sobrenaturais de Paganini ou de Liszt, o propósito inicial do Romantismo é romper com os grilhões formais e sociais da arte musical que, sem renegar o passado, se recusa a submeter-se a fórmulas limitadoras da expressão individual do artista. Porém, tendo se alicerçado nessa postura revolucionária cuja bandeira maior é a da liberdade – sobretudo a liberdade individual de expressão artística – o Romantismo consolida-se como linguagem e elabora uma espécie de gramática própria, relativamente independente de correntes nacionais ou individuais. O universo romântico produz então seus defensores ferrenhos, cujas obras, por um lado, testemunham as conquistas feitas na expressão musical e em sua linguagem. Por outro lado, em curioso paradoxo, essa postura defensiva acaba por negar o próprio

Camille Saint-Saëns |

França, 1835 – Argélia, 1921

ideal libertário inaugurado pelo movimento romântico, recusando-se a considerar possíveis muitos dos novos caminhos de expressão cujas portas o próprio Romantismo logrou abrir. Talvez seja esse o caso do francês Camille Saint-Saëns. Vinculado indissociavelmente à linguagem romântica, Saint-Saëns se refere com ironia (e às vezes com escárnio) à nova música que, em princípios do século XX, começa a se manifestar. Visto dessa maneira, Saint-Saëns poderia bem se assemelhar à figura exagerada e grotesca de um reacionário radical. No entanto, visto de outra maneira, pode-se vislumbrar nele e em sua obra o artista apaixonado, produto de uma época e de uma mentalidade que ele mesmo vivenciou e de que foi testemunha: Saint-Saëns nasce no ano da morte de Mendelssohn, tem nove anos quando morre Chopin e obras suas foram divulgadas e executadas por Liszt, a quem conhece no auge da carreira. Talvez exatamente por isso Saint-Saëns se mostre tão refratário às novas investidas musicais de finais dos oitocentos, apesar de ter sido professor de nada menos do que Gabriel Fauré, por sua vez professor de Ravel. Último dos seus três concertos para violino, o concerto op. 61 é exemplo

INSTRUMENTAÇÃO piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas,

2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, cordas.

PARA OUVIR

CD Saint-Saëns – Concerto para Violino nº 3; Vieuxtemps Concerto para Violino nº 5 – London Symphony Orchestra – Lawrence Foster, regente – Kyung Wha Chung, violino – Decca, UCCD 9624 – 2008

PARA ASSISTIR

Orquestra da Rádio e Televisão da Suíça Italiana – Piero Bellugi, regente – Silvia Marcovici, violino | Acesse: fil.mg/ssviolino3 PARA LER

René Dumesnil – Portraits de musiciens français – Librairie Plon – 1938 CONCERTO PARA VIOLINO Nº 3 EM SI MENOR, OP. 61 (1880)

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PRESTO E VELOCE 21 20

Aos treze anos, César Franck mudou-se para Paris, levado pelo pai, que ambicionava para o talentoso filho uma rentável carreira de pianista. Entretanto, o menino tímido, retraído e avesso aos palcos acabou descobrindo sua verdadeira vocação ao frequentar as classes de órgão no Conservatório. Como organista de igreja, César Franck levava uma vida metódica. Profundamente religioso, exercia seu trabalho como uma missão; dava aulas particulares e compunha regularmente, sobretudo obras corais e peças para o órgão, transformado em confidente cotidiano. Aceitou com imensa satisfação o cargo de organista titular da igreja de Sainte-Clotilde, onde um instrumento maravilhoso, construído por Cavaillé-Coll, correspondia à sua inigualável maestria de intérprete e improvisador. O reconhecimento público

traduzia-se na gratidão dos fiéis e dos músicos que frequentavam a igreja para ouvi-lo. Entre outros, Franz Liszt, admirador incondicional, cuja influência foi fundamental para César Franck, principalmente

quanto à elaboração da forma cíclica presente em todas as suas obras-primas finais. As preferências modelares do compositor belga continuaram sendo Bach e Beethoven, mas ele soube contemporizá-las, de maneira muito pessoal, com seu gosto pelo cromatismo e pelas modulações incessantes. Aos cinquenta anos, César Franck foi nomeado professor de órgão pelo Conservatório de Paris. Sob o pretexto de ensinar o instrumento, suas aulas transformaram-se em verdadeiras classes de composição para uma geração de alunos que o adoravam. Era o começo de um reconhecimento público tardio e que só se consolidou após sua morte. Por longo tempo condenado à obscuridade, César Franck habituara-se a longas reflexões; tornou-habituara-se extremamente meditativo, meticuloso e exigente como compositor. Em seus últimos anos, dedicava-se de cada vez a um gênero para, nele, lapidar apenas uma e definitiva obra-prima. Assim surgiram o Quinteto para piano e cordas (1879), as Variações sinfônicas (1885), o Quarteto em Ré Maior (1889), o Prelúdio, coral e fuga (1884), a Sonata

para violino e piano (1886) e a Sinfonia em ré menor (1888). A importância histórica dessas obras é enorme – elas foram decisivas para a mudança do cenário musical parisiense, indiferente ou até hostil à música instrumental sinfônica e camerística. Sob tal aspecto, a Sinfonia de César Franck marca um ponto culminante na renovação da música orquestral francesa do final do século XIX. Foi elaborada dentro dos princípios cíclicos – a semelhança entre os elementos básicos (motivos intervalares e rítmicos) dos temas de todos os movimentos cria uma sintonia entre as seções, dando maior unidade à composição. O primeiro movimento, Lento – Allegro non troppo, centrado em duas tonalidades de base – ré menor e fá menor –, deixa-se marcar por muitas modulações. Suas melodias predominantemente cromáticas circulam por vários campos tonais, tornando o discurso sonoro bastante dinâmico. Inicia-se com a apresentação, nas cordas graves, de um dos temas-chave da obra, em ré menor, sombrio e interrogativo.

A essa ansiosa indagação respondem os violinos, com uma melodia melancólica, porém mais expansiva. Um crescendo conduz ao Allegro non troppo. Há uma repetição de todo o material, agora em fá menor. Na sequência dessa reprise, os violinos e as madeiras agudas apresentam um dos temas mais marcantes da Sinfonia, o que se convencionou chamar Motivo da Fé. O desenvolvimento combina ousadamente os vários temas, alternados, modulados, modificados. Um desenho

descendente dos violinos e das violas conduz à reexposição, quando as cordas graves, em trêmulos, apoiam a reapresentação do tema Lento inicial pelos metais. A reexposição termina com um coral entregue aos sopros. A coda, condensando os principais motivos, conclui o movimento de maneira apoteótica, em Ré maior. Ao longo do Allegretto, o andamento mantém-se inalterado, mas esse segundo movimento apresenta um duplo caráter, de forma a cumprir habilmente os papéis do Andante e do Scherzo das sinfonias clássicas. Divide-se, assim, em duas seções, absolutamente simétricas quanto ao

César Franck |

Bélgica, 1822 – França, 1890

INSTRUMENTAÇÃO 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes,

4 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, harpa, cordas. SINFONIA EM RÉ MENOR (1886/1888)

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PRESTO E VELOCE 23 22

POM_0005_15_AD Parceria Filarmônica.indd 1 08/05/15 13:34

PARA OUVIR

CD César Franck - Sinfonia em ré menor – Royal Concertgebouw Orchestra – Ricardo Chailly, regente – Decca – 1987 CD César Franck – Sinfonia em ré menor – Royal Philharmonic Orchestra – Raymond Leppard, regente – Publifolha, Coleção Folha de Música Clássica – 2006

PARA ASSISTIR

Orquestra Nacional da França – Leonard Bernstein, regente

Acesse: fil.mg/fsinfremenor PARA LER

Ralph Hill – Sinfonia – Editora Ulisseia – 1959

número de compassos. A primeira inicia-se com o melancólico canto confiado ao corne inglês, em clima de intensa poesia, sobre os pizzicatti das cordas e os acordes da harpa. O episódio correspondente ao Scherzo se apresenta sobre o trêmulo das cordas e tem a melodia central introduzida pelo clarinete, com ritmos pontuados. A parte conclusiva estabelece um diálogo apaixonado dos temas apresentados e, após suas elaboradas modulações, o movimento se encerra sobre o acorde de Si bemol maior. O Finale – Allegro non troppo foi concebido dentro da forma sonata. Mas, seguindo o princípio cíclico,

recapitula motivos dos movimentos precedentes, transfigurados em suas novas funções e acrescidos de outras ideias adjacentes. A enorme coda transforma-se numa síntese dos principais temas de toda a Sinfonia, reapresentando inclusive o Motivo da Fé do Allegro inicial. A rica orquestração e a tonalidade de Ré maior levam a uma conclusão grandiosa, repleta de alegria.

PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mario de Andrade e a arte do inacabado. Apresenta o programa semanal Recitais Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

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25 24 FO T O: ANDRÉ FOSSA TI

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PRÓXIMOS

CONCERTOS

DIA 30, LABORATÓRIO DE REGÊNCIA

quinta, 20h30, Sala Minas Gerais

Regentes participantes WAGNER / BEETHOVEN

CONCERTOS PARA A JUVENTUDE

Realizados em manhãs de domingo, são concertos dedicados aos jovens e às famílias, buscando ampliar e formar público para a música clássica. As apresentações têm ingressos a preços populares.

CLÁSSICOS NA PRAÇA

Realizados em praças da Região Metropolitana de Belo Horizonte, os concertos proporcionam momentos de descontração e entretenimento, buscando democratizar o acesso da população em geral à música clássica.

CONCERTOS DIDÁTICOS

Concertos destinados a grupos de crianças e jovens da rede escolar e a instituições sociais, mediante inscrição prévia. Seu formato busca apoiar o público em seus primeiros passos na música clássica.

FESTIVAL TINTA FRESCA

Com o objetivo de fomentar a criação musical entre compositores brasileiros e gerar oportunidade para que suas obras sejam apresentadas em concerto, este Festival é sempre uma aventura musical inédita. Como prêmio, o vencedor recebe a encomenda de outra obra sinfônica a ser estreada pela Filarmônica no ano seguinte, realimentando o ciclo da produção musical nos dias de hoje.

ACOMPANHE A

FILARMÔNICA EM OUTRAS

SÉRIES DE CONCERTO

LABORATÓRIO DE REGÊNCIA

Atividade pioneira no Brasil, este laboratório é uma oportunidade para que jovens regentes brasileiros possam praticar com uma orquestra profissional. A cada ano, quinze maestros, quatro efetivos e onze ouvintes, têm aulas técnicas, teóricas e ensaios com o regente Fabio Mechetti. O concerto final é aberto ao público.

TURNÊS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Com essas turnês, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais busca colocar o estado de Minas dentro do circuito nacional e internacional da música clássica.

TURNÊS ESTADUAIS

As turnês estaduais levam a música de concerto a diferentes cidades e regiões de Minas Gerais, possibilitando que o público do interior do Estado tenha contato direto com música sinfônica de excelência.

CONCERTOS DE CÂMARA

Realizados para estimular músicos e público na apreciação da música erudita para pequenos grupos. A Filarmônica conta com grupos de Metais, Cordas, Sopros e Percussão.

Julho

DIAS 2 E 3, ALLEGRO 5, VIVACE 5

quinta e sexta, 20h30, Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente Arnaldo Cohen, piano

RIPPER / RACHMANINOFF / SCHOENBERG / RIMSKY-KORSAKOV

DIAS 9 E 10, PRESTO 5, VELOCE 5

quinta e sexta, 20h30, Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente Arnaldo Cohen, piano

DVORÁK / DUTILLEUX / RACHMANINOFF

DIA 12, TURNÊ ESTADUAL

domingo, 20h, Mariana

Marcos Arakaki, regente

TCHAIKOVSKY / DVORÁK / PROKOFIEV / VAUGHAN WILLIAMS / WAGNER / GOMES

DIAS 16 E 17, ALLEGRO 6, VIVACE 6

quinta e sexta, 20h30, Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente Sergej Krylov, violino HONNEGER / PAGANINI / DUKAS

DIAS 23 E 24, PRESTO 6, VELOCE 6

quinta e sexta, 20h30, Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente Eliane Coelho, soprano RAVEL / R. STRAUSS

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DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti

REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal / assistente substituto ***** convidado

Orquestra

Filarmônica de

Minas Gerais

Instituto

Cultural

Filarmônica

PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – Spalla Rommel Fernandes –

Spalla Associado

Ara Harutyunyan –

Spalla Assistente

Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Dante Bertolino Hyu-Kyung Jung Marcio Cecconello Mateus Freire Rodolfo Toffolo Rodrigo Bustamante Rodrigo Monteiro Braga Rodrigo de Oliveira SEGUNDOS VIOLINOS Frank Haemmer * Leonidas Cáceres *** Guilherme Monteiro Jovana Trifunovic Leonardo Ottoni Luka Milanovic Marija Mihajlovic Martha de Moura Pacífico Radmila Bocev Tiago Ellwanger Valentina Gostilovitch VIOLAS

João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Juan Castillo Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Nathan Medina VIOLONCELOS Robson Fonseca **** Elise Pittenger *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emilia Neves Eneko Aizpurua Pablo Lina Radovanovic Daniel Enache ***** CONTRABAIXOS Colin Chatfield * Nilson Bellotto *** Brian Fountain Marcelo Cunha Pablo Guiñez Wallace Mariano William Brichetto FLAUTAS Cássia Lima * Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova OBOÉS Alexandre Barros * Ravi Shankar *** Israel Muniz Moisés Pena CLARINETES

Marcus Julius Lander * Jonatas Bueno *** Ney Campos Franco Alexandre Silva FAGOTES Catherine Carignan * Victor Morais *** Andrew Huntriss TROMPAS

Alma Maria Liebrecht * Evgueni Gerassimov *** Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos Santos Lucas Filho Fabio Ogata TROMPETES Marlon Humphreys * Érico Fonseca ** Daniel Leal *** Tássio Furtado TROMBONES

Mark John Mulley * Diego Ribeiro ** Wagner Mayer *** Renato Lisboa TUBA Eleilton Cruz * TÍMPANOS Patricio Hernández Pradenas * PERCUSSÃO Rafael Alberto * Daniel Lemos *** Sérgio Aluotto Werner Silveira HARPA Giselle Boeters * TECLADOS Ayumi Shigeta * GERENTE Jussan Fernandes INSPETORA Karolina Lima ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira ARQUIVISTA Sergio Almeida ASSISTENTES

Ana Lúcia Kobayashi Claudio Starlino Jônatas Reis SUPERVISOR DE MONTAGEM Rodrigo Castro MONTADORES André Barbosa Hélio Sardinha Jeferson Silva Klênio Carvalho Risbleiz Aguiar

Conselho

Administrativo

PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman PRESIDENTE

Roberto Mário Soares

CONSELHEIROS Angela Gutierrez Berenice Menegale Bruno Volpini Celina Szrvinsk Fernando de Almeida Ítalo Gaetani Marco Antônio Pepino Marcus Vinícius Salum Mauricio Freire Mauro Borges Octávio Elísio Paulo Brant Sérgio Pena

Diretoria

Executiva

DIRETOR PRESIDENTE Diomar Silveira DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO Estêvão Fiuza DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Jacqueline Guimarães Ferreira DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé DIRETOR DE OPERAÇÕES Ivar Siewers DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL Marcos Souza

Equipe Técnica

GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL Carolina Debrot PRODUTORES Geisa Andrade Luis Otávio Rezende Narren Felipe ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO Andréa Mendes (Imprensa) Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia) Renata Romeiro (Design gráfico) ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Mônica Moreira ANALISTAS DE MARKETING E PROJETOS Itamara Kelly Mariana Theodorica ASSISTENTE DE COMUNICAÇÃO Renata Gibson ASSISTENTES DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Eularino Pereira Rildo Lopez

Equipe

Administrativa

GERENTE ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA Thais Boaventura ANALISTAS ADMINISTRATIVOS

João Paulo de Oliveira Paulo Baraldi

ANALISTA CONTÁBIL

Graziela Coelho

ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS

Quézia Macedo Silva

SECRETÁRIA EXECUTIVA Flaviana Mendes ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Cristiane Reis AUXILIARES ADMINISTRATIVOS Pedro Almeida Vivian Figueiredo RECEPCIONISTA

Lizonete Prates Siqueira

AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS Ailda Conceição Márcia Barbosa Nayara Assis MENSAGEIROS Lucas Lima Serlon Souza MENOR APRENDIZ Diego Soares

Sala Minas

Gerais

GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO Rafael Franca ASSISTENTES OPERACIONAIS Jorge Correia Rodrigo Brandão FORTISSIMO junho nº 4 / 2015 ISSN 2357-7258 EDITORA Merrina Godinho Delgado EDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale

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COMIDAS E BEBIDAS

Seu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.

OLÁ, ASSINANTE

ASSESSORIA DE RELACIONAMENTO

assinatura@filarmonica.art.br

3219-9009 (segunda a sexta, 9h a 18h) www.filarmonica.art.br

PARA APRECIAR

UM CONCERTO

PONTUALIDADE

Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.

CONVERSA

A experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.

APARELHOS CELULARES Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.

FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO Não são permitidas na sala de concertos. TOSSE

Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. APLAUSOS

Aplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.

CRIANÇAS

Caso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

CUIDE DO SEU

PROGRAMA DE

CONCERTOS

Fortissimo, além de seu programa

mensal de concertos, é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Para evitar o desperdício, pegue apenas um exemplar ao mês. Caso não precise dele após o concerto, devolva-o nas caixas receptoras. O programa se encontra também disponível em nosso site, na agenda

de concertos. www.filarmonica.art.br FO T O: EU GÊNI O SÁ VI O

HORÁRIOS E PREÇO DO ESTACIONAMENTO

para concertos na Sala Minas Gerais

Você já pode falar com a

ASSESSORIA DE RELACIONAMENTO

aqui mesmo, na Sala Minas Gerais. Toda a nossa administração já se encontra no novo endereço. O acesso é pela Rua Alvarenga Peixoto, 2030, entre Tenente Brito Melo e Uberaba.

Outra boa notícia é que o

ESTACIONAMENTO

está funcionando, também com entrada pela Alvarenga Peixoto. Ele tem um preço diferente para você que vem assistir à Filarmônica e dá acesso direto à sala de concertos. Que tal desfrutar desse conforto?

Importante: é preciso apresentar o ingresso na hora do pagamento.

preço único

QUINTAS E SEXTAS das 19h às 24h

SÁBADOS das 16h às 21h

DOMINGOS das 9h às 14h

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As bandeiras são trabalhadoras silenciosas em favor da acústica. Raramente vistas pelo público, junto com o difusor móvel elas são responsáveis pelos ajustes que permitem variar as características sonoras da Sala Minas Gerais. Ainda que não estejam à vista na maior parte dos concertos, nos ensaios elas são chamadas a suprir a ausência de público na plateia e, assim, ajudam maestro e músicos

a encontrarem o som perfeito para as obras daquele programa. Quando a música pede uma orquestra pequena, as bandeiras ficam no campo de visão do público, pois são necessárias para contrabalançar a ausência de músicos, cadeiras e instrumentos. Elas são, portanto, parte de um conjunto de elementos que contribuem para a afinação da Sala Minas Gerais, sempre em busca da maior beleza e equilíbrio sonoro.

Bandeiras acústicas

SALA MINAS GERAIS

FO T O: REN A T A GIBSON FO T O: REN A T A GIBSON

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Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais apresentam

SUMÁRIO

PRESTO

VELOCE

Quinta Sexta

25/06

p. 8

26/06

Yoav Talmi, regente convidado Liza Ferschtman, violino

BERLIOZ SAINT-SAËNS FRANCK

Abertura O Rei Lear, op. 4

Concerto para violino nº 3 em si menor, op. 61 Sinfonia em ré menor

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SALA MINAS GERAIS

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG (31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030

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APOIO INSTITUCIONAL

REALIZAÇÃO

Referências

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