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Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Sergipe. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

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(1)

Boletim

j

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos

Fascículos

a IPI - Recolhimento

espontâneo em atraso

a ICMS - Antecipação tributária

com encerramento da fase de

tributação

a ICMS - Serviço de transporte

ICMS - IPI e Outros

Fascículo N

o

29/2014

Sergipe

/

a

Federal

IPI

Industrialização - Renovação ou recondicionamento . . . . 01

/

a

Estadual

ICMS

Antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação . . . . 05

/

a

IOB Setorial

Federal

Automotivo - Incentivo regional - Crédito presumido - Indústria automotiva . . . . 10

/

a

IOB Comenta

Estadual

ICMS - Integração do IPI, seguros, juros, frete, bonificações e outros valores na base de cálculo do imposto . . . . 11

/

a

IOB Perguntas e Respostas

ITR

Cafir - Inscrição - Hipóteses . . . . 12

Cafir - Inscrição - Imóvel desapropriado . . . . 12

Cafir - Inscrição - Procedimento . . . . 13

ICMS/SE

Documentos fiscais - Multa referente a mercadorias em trânsito . . . 13

Transportador - Termo de Responsabilidade . . . . 13

(2)

Capa:

Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no Brasil

Printed in Brazil Boletim IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : industrialização : renovação ou recondicionamento.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2199-9

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-06481 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

(3)

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Boletim

j

IPI

Industrialização - Renovação ou

recondicionamento

SUMÁRIO 1. Hipótese de incidência

2. Operações não sujeitas à incidência do imposto 3. Base de cálculo

4. Documentação fiscal (operações sob encomenda) 5. CFOP

6. Solução de consulta

1. HIPóTESE dE InCIdênCIa

As operações consideradas pela legislação do IPI como industriali-zação (transformação, beneficia- mento, montagem etc.) estão expressamente indicadas no art. 4º do Regulamento do IPI, apro-vado pelo Decreto nº 7.212/2010. Entre as referidas operações figuram as de renovação ou recon-dicionamento, ou seja, aquelas que, exercidas sobre produtos usados ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renovem ou restaurem o produto para a sua utilização.

Assim, os produtos resultantes da operação de renovação ou recondicionamento poderão estar su-jeitos à incidência do tributo. Contudo, a incidência em causa só alcança a operação cujos produtos renovados ou recondicionados se destinem à comer-cialização (pelo próprio executor da operação ou por aquele que a tenha encomendado).

Caso contrário, isto é, se os produtos forem destinados a uso próprio (daquele que executou a

operação ou daquele que a tenha encomendado), a operação estará fora do campo de incidência do IPI, conforme veremos no item seguinte.

Analisando essa questão, a Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda decidiu que a substituição de peças des-gastadas (esferas, agulhas e roletes) em rolamentos usados indica a renovação ou restauração do produto e o sujeita à incidência do imposto.

Nota

O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselho de Contribuintes do Mi-nistério da Fazenda, além da Câmara Superior de Recursos Fiscais, foram unificados em um órgão, denominado Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), com competência para julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela

Secreta-ria da Receita Federal do Brasil RFB - (Lei nº 11.941/2009, art. 49).

Transcrevemos, a seguir, a ementa da referida decisão (divulgada no DOU 1 de 22.03.1999) e, logo depois, as considerações de maior inte-resse à matéria contidas no voto do conselheiro-relator: Acórdão: 203-04.464 - DOU de 22.03.99 Processo: 10783.005325/92-18 Sessão: 12 de maio de 1998 Recurso: 97.198 Recorrente: ... Recorrida: DRF em Vitória - ES

IPI - a) Rolamentos Usados - Renovação ou Restauração - Incidência do Imposto - A substituição de peças des-gastadas (esferas, agulhas e roletes), indica a renovação ou restauração do produto e sujeita-o a incidência do imposto. b) [...]

a

Federal

A recauchutagem de pneus, operação que consiste em restaurá-los ou recapeá-los de forma que restabeleça

a sua utilização, é um caso típico de “renovação”, que se insere,

portanto, no campo de incidência do IPI

(4)

Voto do Conselheiro-Relator Mauro Wasilewski

O cerne da questão é saber se a atividade consiste na mera “limpeza (lavagem) e engraxamento dos rolamentos usados” ou renova os rolamentos colocando roletes, esfe-ras e agulhas, que se desgastam com a utilização. Ocorre que a empresa não mais opera no endereço, sendo impossível a realização de nova verificação in loco. Todavia, depreende-se dos autos, máxime do termo de verificação de atividade, item 4 (fls. 01), que foi lavrado no próprio estabelecimento, que é feita a desmontagem, sele-cionadas as partes, limpeza, polimento com “recuperação das partes boas” e posterior montagem dos rolamentos. Obviamente, se são recuperados (sic) apenas as partes boas, as desgastadas são substituídas e, assim sendo, ocorre renovação ou restauração dos rolamentos, ativi-dade que é gravada pelo IPI.

(RIPI/2010, art. 4º)

2. OPERaçõES nãO SujEITaS à InCIdênCIa dO IMPOSTO

Não são considerados industrialização o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas opera-ções forem executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio desses produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações.

Diante da mencionada disposição regulamentar, conclui-se que:

a) haverá incidência do IPI quando o produto usa-do, submetido a qualquer das operações cita-das (conserto, restauração ou recondiciona-mento), se destinar à comercialização pelo pró-prio executor ou quando essas operações fo-rem executadas em produtos usados de tercei-ros e estes os destinarem (consertados, restau- rados ou recondicionados) à comercialização; b) se o produto for destinado a uso próprio do en-comendante, a operação estará fora do cam-po de incidência do IPI, sujeitando-se apenas à incidência do ISS, de competência dos mu-nicípios, e à do ICMS, que recairá sobre o va-lor de partes e peças eventualmente emprega-das.

(RIPI/2010, art. 5º, XI)

2.1 Recauchutagem de pneus para usuário final

A recauchutagem de pneus, operação que consiste em restaurá-los ou recapeá-los de forma que restabeleça a sua utilização, é um caso típico de “renovação”, que se insere, portanto, no campo de incidência do IPI.

Entretanto, como já dissemos, a operação somente será gravada pela incidência do imposto caso o produto (pneu recauchutado) seja destinado à comercialização pelo próprio estabelecimento que executou a recauchutagem ou por aquele que a tenha encomendado. Não se verificando tal hipótese, a operação estará sujeita à incidência do ISS, de competência dos municípios.

(Parecer Normativo CST nº 299/1970; Parecer Normativo CST nº 437/1970)

2.2 Realização de pequenos consertos, limpeza etc.

A realização de pequenos consertos, mesmo com substituição de peças, limpeza, revisão etc., não caracteriza o recondicionamento ou a renovação.

Nesse sentido, o item 3 do Parecer Normativo CST nº 214/1972 esclarece que:

Para que se caracterize o recondicionamento ou a renova-ção não basta que sejam efetuados pequenos consertos, mesmo com substituição de peças, mas é necessário que a operação restitua ao produto condições de funcio-namento como se fosse novo. Assim, a desmontagem, limpeza e lubrificação, a eventual substituição de peças e a restauração da pintura não caracterizam o recondicio- namento.

Ainda a respeito do assunto, vejamos, a seguir, a ementa da decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em 30.10.1995, no julgamento da Apelação Cível nº 95.01.25629-4-MG:

Apelação Cível nº 95.01.25629-4-MG Relator: O Exmº Sr. Juiz Tourinho Neto Apelante: Fazenda Nacional

Procurador: Dr. André Luiz da Silva Cristino Apelada:

Advogada: Dra. Mara Rúbia Pedrosa Remetente: Juízo Federal da 5ª Vara-MG

Ementa Tributário. Industrialização. Inocorrência. Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

(5)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

A simples manutenção, reforma parcial, pintura, troca de peças gastas, não caracterizam industrialização, para efeito de incidência do Imposto sobre Produtos Industria-lizados.

Acórdão

Decide a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação e à remessa.

Brasília - DF, 30 de outubro de 1995 (data do julgamento). Tourinho Neto

Juiz Presidente e Relator

(Parecer Normativo CST nº 214/1972, item 3)

3. BaSE dE CálCulO

Para determinação da base de cálculo (valor tributável do IPI), o contribuinte deverá atentar para as regras constantes dos subitens seguintes.

3.1 Renovação para revenda

Na hipótese de produtos usados, adquiridos de particulares ou não, que sofrerem o processo de industrialização de que trata o art. 4º, V, do RIPI/2010 (renovação ou recondicionamento), o imposto será calculado sobre a diferença de preço entre a aquisi-ção e a revenda.

É oportuno ressaltar, ainda, que o critério de fixa-ção do valor tributável previsto no art. 194 do RIPI/2010 é aplicável apenas no caso de produto resultante do processo de industrialização de que trata o art. 4º, V, do RIPI/2010, ou seja, renovação ou recondicionamento, não sendo extensivo à hipótese em que se obtém o produto por meio de outros processos descritos no referido dispositivo (transformação, por exemplo).

(RIPI/2010, art. 4º, V, e art. 194)

3.2 Renovação de produtos locados ou arrendados

As saídas de produtos, fabricados pelo próprio estabelecimento ou importados diretamente, desti-nados à locação ou ao arrendamento, estão sujeitas à incidência do IPI. Todavia, a saída subsequente à primeira não se sujeita à incidência do imposto, salvo se o produto tiver sido submetido a nova industriali-zação.

Verifica-se, assim, que, se o produto recebido após o término da locação ou do arrendamento for

submetido a nova industrialização, sua saída subse-quente estará sujeita à incidência do IPI (com direito ao crédito pela reentrada), cuja base de cálculo deverá corresponder ao preço corrente do produto, ou seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente.

(RIPI/2010, art. 192)

3.3 Renovação sob encomenda de terceiros

Se o retorno do produto ficar sujeito à incidência do IPI, isto é, quando o encomendante o destinar à comercialização, constituirão valor tributável, para fins de lançamento do imposto pelo estabelecimento industrializador, o preço da operação, compreendidos os produtos tributados de sua industrialização ou importação, utilizados na respectiva operação, e o valor da mão de obra cobrado.

(RIPI/2010, art. 492, II)

4. dOCuMEnTaçãO FISCal (OPERaçõES SOB EnCOMEnda)

4.1 nota fiscal relativa à entrada

O contribuinte deve emitir nota fiscal relativa à entrada (modelo 1 ou 1-A), ou Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), se for o caso, na hipótese de o remetente dos objetos destinados a conserto, restauração ou recondicionamento não estar obrigado à emissão de documentos fiscais.

Se o remetente for contribuinte regularmente inscrito, os objetos serão acompanhados da nota fiscal por ele emitida, não se cogitando, portanto, da emissão de nota fiscal relativa à entrada.

(RIPI/2010, art. 407, IV, art. 429, art. 434, caput, IV; Ajuste Sinief nº 7/2005)

4.1.1 Registro de Entradas

O lançamento no livro Registro de Entradas será feito com base na nota fiscal emitida pelo remetente ou no documento fiscal relativo à entrada, conforme o caso.

Nota

A contar de 1º.01.2014, todos os estabelecimentos dos contribuintes do ICMS/IPI estão obrigados a adotar a Escrituração Fiscal Digital (ICMS/IPI) e, em função disto, devem observar as regras de preenchimento previstas no Ato Cotepe nº 9/2008 e no Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital. Esta obrigatoriedade não se aplica ao microempreendedor individual (MEI) sujeito ao Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (Simei) e a microempresa (ME) e empresa

(6)

Entradas Saídas

CFOP Descrição CFOP Descrição

1.901/2.901 Entrada para industrialização por encomenda 5.901/6.901 Remessa para industrialização por encomenda 1.902/2.902 Retorno de mercadoria remetida para

industrializa-ção por encomenda 5.902/6.902 Retorno de mercadoria utilizada na industrialização por encomenda 1.903/2.903 Retorno de mercadoria remetida para

industrializa-ção e não aplicada no referido processo 5.903/6.903 Retorno de mercadoria recebida para industrializa-ção e não aplicada no referido processo (devolução dos insumos remetidos pelo autor da encomenda) 1.915/2.915 Entrada de mercadoria ou bem recebido para

con-serto ou reparo:

Classificam-se neste código as entradas de merca-dorias ou bens recebidos para conserto ou reparo

5.915/6.915 Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo:

Classificam-se neste código as remessas de merca-dorias ou bens para conserto ou reparo

1.916/2.916 Retorno de mercadoria ou bem remetido para con-serto ou reparo:

Classificam-se neste código as entradas em retorno de mercadorias ou bens remetidos para conserto ou reparo

5.916/6.916 Retorno de mercadoria ou bem recebido para con-serto ou reparo:

Classificam-se neste código as remessas em devo-lução de mercadorias ou bens recebidos para con-serto ou reparo

(Convênio Sinief s/nº, de 15.12.1970)

de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, salvo o que estiver impedido de recolher o ICMS por este regime na forma da Lei Complementar n° 123/2006, art. 20, § 1º.

No tocante às empresas optantes pelo Simples Nacional, a obrigatorie-dade iniciará em 1º.01.2016, podendo esta data ser antecipada a critério de cada Unidade da Federação (Protocolo ICMS nº 3/2011).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 20, § 1º; RIPI/2010, art. 456 e art. 457; Ato Cotepe nº 9/2008)

4.2 Retorno ao encomendante

O produto consertado, restaurado ou recondi-cionado, quando restituído, será acompanhado de nota fiscal com lançamento do IPI, se devido, na qual serão mencionados os dados do documento fiscal de que trata o subitem 4.1.

(RIPI/2010, art. 392, I, art. 396, I, e art. 407, IV)

5. CFOP

Nos termos da Segunda Nota Genérica do Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOP), do Convênio Sinief s/nº de 15.12.1970, o vocábulo “Industrialização”, constante da Codificação de Entradas e Saídas de Mercadorias, compreende também as operações de beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, acondicio-namento, confecção, pintura, lustração e simila-res, bem como as de conserto e restauração de máquinas e aparelhos e a de recondicionamento de motores, quando estiverem, parcial ou totalmente, sujeitas ao Imposto de Circulação de Mercadorias, ainda que ao abrigo de suspensão ou diferimento.

Reproduzimos, a seguir, quadro sinótico com os CFOP relacionados à remessa e ao retorno de bens objeto de industrialização por encomenda, nas moda-lidades de renovação ou recondicionamento.

(7)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

6. SOluçãO dE COnSulTa

Por meio da Solução de Consulta Cosit nº 17/2014, da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), foi dado o entendimento de que o estabelecimento que importar tubo de aço para submetê-lo, no próprio estabeleci-mento importador, à operação de corte para redução de tamanho do produto, sem modificar a espessura, e mantida a forma original, não constitui operação de industrialização, uma vez que não aperfeiçoa ou altera a utilização ou funcionamento do produto.

O executante da operação não se caracteriza como industrial e o produto resultante da operação não é considerado, para os efeitos da legislação do IPI, industrializado no País. Todavia, o estabelecimento ao dar saída a esse produto de procedência estran-geira que importou é considerado, obrigatoriamente, estabelecimento equiparado a industrial, contribuinte do IPI, incidindo o imposto na saída do produto.

Veja, a seguir, a íntegra dessa Solução de Consulta:

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 17, DE 16.01.2014 - DOU 1 DE 10.02.2014

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Ementa: INDUSTRIALIZAÇÃO - CORTE DE PRODUTO - REDUÇÃO DE TAMANHO.

O estabelecimento que importar tubo de aço para submetê--lo, no próprio estabelecimento importador, à operação de corte de produto para reduzi-lo de tamanho, sem modificar a espessura e mantida a forma original, com o objetivo de fornecer a metragem solicitada pelo adquirente, quando da sua comercialização, não constitui operação de indus-trialização (beneficiamento), uma vez que não aperfeiçoa ou altera a utilização ou funcionamento do produto. O exe-cutante da operação não se caracteriza como industrial e o produto resultante da operação não é considerado, para

os efeitos da legislação do IPI, industrializado no País. Todavia, o estabelecimento ao dar saída a esse produto de procedência estrangeira que importou é considerado, obrigatoriamente, estabelecimento equiparado a industrial, contribuinte do IPI, incidindo o IPI na saída do produto. Dispositivos Legais: Decreto nº 7.212, de 2010 (Ripi/2010), art. 3º, art. 4º, inciso II, art. 9º, inciso I, art. 35 e art. 39; PN CST nº 154, de 1971; PN CST nº 369, de 1971; E PN CST nº 398, de 1971

Ementa: CONSULTA - INEFICÁCIA PARCIAL - CLASSIFI-CAÇÃO FISCAL - TUBOS DE AÇO.

É ineficaz a consulta formulada na parte em que não se refira à interpretação da legislação tributária, não aten-dendo ao art. 3º, inciso III e IV, “ex vi” do art. 1º, da IN RFB nº 1.396, de 2013. Os processos de consulta sobre interpretação da legislação tributária e sobre classificação fiscal de mercadorias, são espécies distintas, que atendem a propósitos específicos e não se confundem. Questões envolvendo a determinação do correto enquadramento fiscal de um produto na Tipi, não podem ser abordadas teoricamente, em processo de interpretação da legislação tributária. Ao contrário, havendo dúvidas sobre o enquadra-mento, só cabe dirimi-las apreciando-se o bem concreto, sobre o qual residem as dúvidas, de forma a determinar-se sua correta classificação fiscal. Essa análise só pode ser realizada por meio da consulta específica de classificação fiscal de mercadorias, corretamente instruída para tanto, observando-se, em particular, o disposto nos arts. 4º e 5º da Instrução Normativa RFB nº 740, de 2007.

Dispositivos Legais: Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 18, inciso I, c/c art. 1º.

Fernando Mombelli - Coordenador-Geral (Solução de Consulta Cosit nº 17/2014)

N

ICMS

Antecipação tributária sem

encerramento da fase de tributação

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Operações sujeitas à antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação

3. Contribuinte inapto 4. Base de cálculo 5. Apuração do imposto

6. Prazo de recolhimento do imposto 7. Regime especial

8. Emissão automática do DAE

9. Parcelamento do recolhimento por contribuinte em início de atividade

10. Documentos fiscais e escrituração 11. Infrações e penalidades

1. InTROduçãO

O regime de recolhimento do imposto por ante-cipação tributária foi instituído com a finalidade de controle da arrecadação do ICMS por parte do Fisco estadual.

Por essa forma de recolhimento do imposto, o Fisco exige que, em relação a determinadas opera-ções, o imposto seja pago antes da entrada da

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cadoria no estabelecimento adquirente. Entretanto, em casos específicos, o Fisco pode determinar que o imposto devido por antecipação tributária seja pago em prazos especiais por ele estabelecidos.

A antecipação tributária pode ocorrer com ou sem encerramento da fase de tributação, na forma estabelecida na legislação de regência do imposto.

As mercadorias sujeitas à antecipação tributária estão relacionadas no RICMS-SE/2002, Anexo IX.

Focalizaremos, neste texto, os procedimentos relativos à antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação, previstos no RICMS-SE/2002.

2. OPERaçõES SujEITaS à anTECIPaçãO

TRIBuTáRIa SEM EnCERRaMEnTO da FaSE dE TRIBuTaçãO

Estão sujeitas ao pagamento antecipado do ICMS sem encerramento da fase de tributação:

a) as entradas interestaduais de mercadorias destinadas a comerciantes atacadistas e/ou varejistas;

b) as operações internas com açúcar.

(RICMS-SE/2002, art. 785, I e II)

2.1 Inaplicabilidade do regime

A antecipação do imposto sem encerramento da fase de tributação não se aplica:

a) às operações beneficiadas com diferimento, suspensão, isenção ou não incidência;

b) às operações relativas à devolução de merca-dorias;

c) às entradas de veículos não sujeitos à substi-tuição tributária destinadas a contribuinte ins-crito no Cadastro de Contribuintes do Estado de Sergipe (CACESE);

d) às entradas de energia elétrica destinada à comercialização;

e) às entradas de mercadorias destinadas ao preparo de refeições e alimentos, nos casos indicados nos incisos IV e VI do art. 84 do RICMS-SE/2002, hipótese em que deve ser

re-colhido o imposto a título de complementação de alíquota na forma prevista no art. 674-A do Regulamento.

A Superintendência de Gestão Tributária (Super-gest) poderá dispensar a cobrança ou o pagamento da antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação quando o contribuinte solicitar e com-provar que as suas saídas são preponderantemente isentas, não tributadas ou com redução de base de cálculo.

Não será cobrada a antecipação do ICMS nos casos de operação com mercadoria destinada à pres-tação de serviço, desde que tenha sido destacado na nota fiscal o imposto correspondente à alíquota interna no Estado de origem, conforme o disposto na Constituição Federal, art. 155, § 2º, VII, “b”.

A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) pode dispensar, parcial ou integralmente, o pagamento da antecipação sem encerramento da fase de tributação, na hipótese de o contribuinte apresentar saldo credor no período, desde que atendidas a forma e as condi-ções estabelecidas em ato do respectivo Secretário de Estado.

(RICMS-SE/2002, art. 781, § 2º, e art. 785, §§ 2º, 4º e 5º)

2.2 não encerramento da fase de tributação

A antecipação tributária não encerra a fase de tributação, devendo a nota fiscal ser escriturada nor-malmente no livro Registro de Entradas, e o imposto antecipadamente recolhido, deduzido do ICMS apu-rado no período.

A Supergest poderá dispensar a cobrança ou o pagamento da antecipação quando o contribuinte solicitar e comprovar que as suas saídas são prepon-derantemente isentas, não tributadas ou com redução de base de cálculo.

Esclareça-se que a Sefaz pode dispensar, parcial ou integralmente, o pagamento da antecipação sem encerramento da fase de tributação, na hipótese de o contribuinte apresentar saldo credor no período, desde que atendidas a forma e as condições estabe-lecidas em ato do Secretário de Estado da Fazenda de Sergipe. Essa norma não se aplica a débitos relativos à antecipação sem encerramento da fase de tributação já vencidos.

(9)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

3. COnTRIBuInTE InaPTO

O contribuinte inscrito no CACESE que for consi-derado inapto perante a Sefaz deve recolher o ICMS antecipadamente, referente às aquisições interes-taduais e internas de mercadorias, na 1ª repartição fazendária por onde elas transitarem.

O prestador de serviço obrigado ao recolhimento do ICMS considerado inapto perante a Sefaz deve recolher o ICMS, relativo à prestação, no Centro de Atendimento ao Contribuinte (Ceac) de seu domicílio fiscal antes do início da prestação, ou na 1ª repartição fazendária por onde transitar.

O recolhimento antecipado somente deverá ser exigido a partir do 10º dia contado da data em que a Sefaz constate a causa da inaptidão, caso o con-tribuinte não tenha sanado a pendência junto àquele órgão.

(RICMS-SE/2002, art. 782, §§ 1º, 2º e 3º)

3.1 Hipóteses de caracterização de inaptidão do contribuinte

Para efeito de pagamento da antecipação tribu-tária do ICMS, considera-se inapto o contribuinte que:

a) tiver débito inscrito na Dívida Ativa;

b) não estiver em dia com suas obrigações prin-cipais e acessórias;

c) deixar de recolher o ICMS dentro dos prazos regulamentares;

d) deixar de comunicar a perda, o extravio, a de-terioração, a destruição ou a inutilização de li-vros e documentos fiscais;

e) utilizar irregularmente livros, documentos ou equipamentos fiscais;

f) deixar de entregar informações econômico--fiscais;

g) estiver submetido a regime especial de fiscali-zação;

h) tiver cheque devolvido, emitido em favor da Secretaria de Estado da Fazenda;

i) estiver com inscrição suspensa no CACESE, a pedido ou de ofício;

j) não atender notificação emitida pelo Fisco es-tadual;

k) não observar os prazos estabelecidos na le-gislação estadual para utilização de equipa-mento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) e da solução Transferência Eletrônica de Fundos (TEF);

l) estiver com a inscrição provisória com prazo expirado;

m) deixar de autenticar livro fiscal nos prazos pre-vistos no RICMS.

(RICMS-SE/2002, art. 782)

3.2 Mercadorias destinadas a comerciante atacadista e/ou varejista considerado inapto

Nas aquisições interestaduais e internas de mercadorias destinadas a comerciante atacadista e/ ou varejista considerado inapto perante o Fisco do Estado de Sergipe, poderá ser dispensado o paga-mento do ICMS na 1ª repartição por onde transitar a mercadoria quando o transporte for realizado por prestador de serviço inscrito no CACESE.

Convém observar que a citada dispensa do paga-mento do ICMS condiciona-se a que o transportador esteja credenciado e em dia com suas obrigações principais e acessórias na Sefaz.

(RICMS-SE/2002, art. 783, § 1º)

3.2.1 Prazo para o recolhimento antecipado do imposto

Na hipótese do subtópico 3.2, o pagamento do ICMS devido por antecipação tributária deverá ser efetuado até o 10º dia a partir da data indicada na etiqueta aposta na nota fiscal ou até a data de vali-dade do Documento de Arrecadação Estadual (DAE) relacionado no Relatório de Notas Pendentes de Pagamento, após o qual sofrerá os acréscimos legais.

O transportador credenciado persiste com o ônus decorrente da condição de depositário legal até que haja a comprovação do pagamento do tributo devido na operação, por meio do DAE, exceto nos casos autorizados pela Sefaz.

(10)

Nota

O Relatório de Notas Pendentes de Pagamento deverá ser consul- tado, pela Internet, no site da Secretaria de Estado da Fazenda, www.sefaz.se. gov.br.

(RICMS-SE/2002, art. 783, §§ 2º, 3º e 6º)

4. BaSE dE CálCulO

A base de cálculo do ICMS, para efeito de ante-cipação tributária das mercadorias de que tratam as letras “a” e “b” do tópico 2, é o valor que serviu de base de cálculo para cobrança do ICMS da operação de origem, observando-se, ainda, que, estando o contribuinte:

a) apto perante o Fisco deste Estado, a base de cálculo deve ser acrescida do percentual de 10% referente à margem de valor agregado (MVA);

b) inapto perante o Fisco do Estado de Sergipe, ela deve ser acrescida do percentual de 20% referente à MVA;

c) submetido a regime especial de fiscalização, ela deve ser acrescida de percentual de MVA fixado em ato do Secretário de Estado da Fa-zenda.

(RICMS-SE/2002, art. 786, II)

5. aPuRaçãO dO IMPOSTO

O valor do ICMS devido a título de antecipação tributária de que tratam as letras “a” e “b” do tópico 2 será apurado mediante a aplicação da alíquota prevista para as operações internas sobre a base de cálculo citada no tópico 4, deduzindo-se o valor do ICMS destacado na nota fiscal de aquisição, obser-vado o limite de crédito.

Na hipótese de mercadorias beneficiadas com redução de base de cálculo, o valor a ser cobrado a título de antecipação de que trata a letra “a” do tópico 2 corresponderá à diferença entre a carga tributária cobrada no Estado de Sergipe e a cobrada no Estado de origem.

(RICMS-SE/2002, arts. 788 e 789)

5.1 Códigos para recolhimento de receitas

Os códigos para recolhimento de receita são:

a) 0107 - Antecipação s/encerramento c/agrega-ção de 20%;

b) 0113 - Antecipação s/encerramento c/agrega-ção de 10%, na operac/agrega-ção interna;

c) 0112 - Antecipação s/encerramento c/agrega-ção de 10%, na operac/agrega-ção interestadual.

6. PRazO dE RECOlHIMEnTO dO IMPOSTO

O ICMS relativo à antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação nas operações internas deve ser recolhido até o dia 25 do mês sub-sequente ao das operações de entrada.

(Portaria Sefaz nº 1.116/2000, Anexo I, item 24)

7. REgIME ESPECIal

A Sefaz poderá conceder regime especial de tributação a contribuinte remetente de mercadorias situado em outra Unidade da Federação, visando facilitar o cumprimento das obrigações relativas ao regime de recolhimento do imposto por antecipação tributária.

(RICMS-SE/2002, art. 781, § 1º)

8. EMISSãO auTOMáTICa dO daE

A Sefaz emitirá, mensalmente, o DAE em nome do contribuinte adquirente, referente ao ICMS devido a título de antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação, devendo o imposto ser recolhido no prazo de pagamento estabelecido na legislação estadual.

O DAE mensal somente será gerado quando o contribuinte atingir um valor acumulado de imposto devido igual ou superior a R$ 10,00.

A emissão automática do DAE para pagamento do ICMS referente à antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação na 1ª repartição fazendária deste Estado, na hipótese em que o destinatário esteja inapto, somente ocorrerá quando o imposto devido for igual ou superior à importância de R$ 100,00, independentemente de as mercadorias serem conduzidas por transportadora credenciada ou não pela Sefaz.

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Quando o imposto devido for inferior à importância de R$ 100,00, o débito apurado deve ser acumulado à conta do contribuinte adquirente, hipótese em que será gerado o DAE para recolhimento mensal do imposto no prazo previsto em portaria imposto no prazo previsto em portaria do Secretário de Estado da Fazenda.

Essa norma não se aplica nas situações em que o contribuinte adquirente não seja inscrito no CACESE ou esteja com inscrição suspensa, baixada ou can-celada.

(Portaria Sefaz nº 156/2006, arts. 1º, 2º e 3º)

9. PaRCElaMEnTO dO RECOlHIMEnTO POR COnTRIBuInTE EM IníCIO dE aTIvIdadE

O contribuinte que estiver iniciando suas ativi-dades poderá recolher o ICMS devido a título de antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação referente aos 2 primeiros meses de início de suas atividades, em até 3 parcelas mensais, iguais e sucessivas.

Caracteriza início de atividade a 1ª aquisição efetuada pelo contribuinte, devendo-se levar em consideração a data indicada no registro da nota fiscal no Sistema de Informações de Trânsito (SIT) ou a data da emissão da nota fiscal quando se tratar de operação interna, até a última entrada ocorrida até o 2º mês.

Para efeito do parcelamento, deve ser obedecido o prazo de pagamento estabelecido na legislação estadual para a antecipação tributária sem encerra-mento da fase de tributação, devendo as parcelas seguintes coincidir com os prazos indicados para os meses subsequentes.

(Portaria Sefaz nº 156/2006, art. 4º)

10. dOCuMEnTOS FISCaIS E ESCRITuRaçãO

Os documentos fiscais relativos às operações com mercadorias sujeitas à antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação devem ser escriturados normalmente nos respectivos livros Registro de Entradas e Registro de Saídas.

A escrituração relativa ao pagamento efetuado a título de antecipação tributária do imposto, nas hipóteses focalizadas neste texto, deverá ser feita observando-se o que segue:

a) na hipótese de o livro Registro de Apuração do ICMS apresentar saldo devedor:

a.1) maior do que o valor antecipado – lan-çar, no campo “Apuração dos Saldos”, no item “014 - Deduções”, o valor reco-lhido, fazendo referência ao documento de arrecadação correspondente, deven-do a diferença ser lançada no item “015 - Imposto a recolher”;

a.2) menor do que o valor antecipado – lan-çar, no campo “Apuração dos Sal-dos”, no item “014 - Deduções”, o va-lor recolhido, fazendo referência ao DAE correspondente, devendo a dife-rença ser lançada no item “016 - Sal-do creSal-dor a transportar para o períoSal-do seguinte”;

b) na hipótese de o livro Registro de Apuração do ICMS apresentar saldo credor – lançar, no campo “Apuração dos Saldos”, no item “014 - Deduções”, o valor recolhido, fazendo refe-rência ao DAE correspondente, devendo este ser adicionado ao saldo credor encontrado, e lançá-lo no campo “Apuração dos Saldos”, no item “016 - Saldo credor a transportar para o período seguinte”.

As operações de saída de mercadorias sujeitas à antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação ocorrerão com débito do imposto.

(RICMS-SE/2002, art. 785, § 3º, arts. 792 e 796)

11. InFRaçõES E PEnalIdadES

O contribuinte está sujeito à multa de 25% do valor a ser antecipado se deixar de recolher, no todo ou em parte, na forma e nos prazos estabelecidos, o valor devido por antecipação tributária.

(RICMS-SE/2002, art. 831, I, “l”)

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FEdERal

Automotivo - Incentivo regional -

Crédito presumido - Indústria

automotiva

Os incentivos fiscais relacionados ao IPI, de acordo com o disposto no § 1º do art. 1º da Lei nº 9.440/1997, são aplicados exclusivamente às empresas instaladas ou que venham a se instalar nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e que sejam montadoras e fabricantes de:

a) veículos automotores terrestres de passageiros e de uso misto de duas rodas ou mais e jipes; b) caminhonetas, furgões, pick-ups e veículos

automotores, de quatro rodas ou mais, para transporte de mercadorias de capacidade má-xima de carga não superior a 4 toneladas; c) veículos automotores terrestres de transporte

de mercadorias de capacidade de carga igual ou superior a 4 toneladas, veículos terrestres para transporte de 10 pessoas ou mais e ca-minhões-tratores;

d) tratores agrícolas e colheitadeiras;

e) tratores, máquinas rodoviárias e de escavação e empilhadeiras;

f) carroçarias para veículos automotores em geral;

g) reboques e semirreboques utilizados para o transporte de mercadorias; e

h) partes, peças, componentes, conjuntos e subconjuntos - acabados e semiacabados - e pneumáticos, destinados aos produtos re-lacionados nesta e nas letras “a” a “g” ante-riores.

As empresas do setor automotivo, anteriormente mencionadas, poderão apurar crédito presumido do IPI, entre 1º.01.2011 e 31.12.2015, como ressar-cimento das contribuições de que tratam as Leis Complementares nºs 7 e 8/1970 e 70/1991 (PIS-Pasep/Cofins) no montante do valor das contribuições

devidas, em cada mês, decorrente das vendas no mercado interno, multiplicado por:

a) 2, no período de 1º.01 a 31.12.2011; b) 1,9, no período de 1º.01 a 31.12.2012; c) 1,8, no período de 1º.01 a 31.12.2013; d) 1,7, no período de 1º.01 a 31.12.2014; e e) 1,5, no período de 1º.01 a 31.12.2015.

No caso de empresa sujeita ao regime de apura-ção não cumulativa da contribuiapura-ção para o PIS-Pasep e da Cofins, o montante do crédito presumido será calculado com base no valor das contribuições efetivamente devidas, em cada mês, decorrentes das vendas no mercado interno, considerando-se os débitos e os créditos referentes a essas operações de venda.

Para a apuração do valor da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, devem ser utilizados os cré-ditos decorrentes da importação e da aquisição de insumos no mercado interno.

O benefício em referência fica condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvol-vimento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado.

Por outro lado, o art. 1º da Lei nº 9.826/1999 dispõe que os empreendimentos industriais insta-lados nas áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) farão jus a crédito presumido do IPI, a ser deduzido na apuração deste imposto, incidente nas saídas de produtos classificados nas posi-ções 8702 a 8704 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

O benefício fiscal alcança ainda os empreendi-mentos industriais instalados na Região Centro-Oeste, exceto no Distrito Federal.

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

EStadual

ICMS - Integração do IPI, seguros,

juros, frete, bonificações e outros

valores na base de cálculo do imposto

Base de cálculo é o valor tributável definido pela legislação para determinar o montante do imposto devido em operação ou prestação específica. Ao refe-rido valor, será aplicada a alíquota correspondente.

O montante do ICMS integra a sua própria base de cálculo, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle e cumprimento da obrigação tributária.

A legislação estabelece bases de cálculo dife-rentes para várias operações e prestações, a fim de determinar o valor do imposto a recolher, como, por exemplo, o valor da operação em suas múltiplas modalidades: venda, transferência de mercadorias, importação, preço do serviço etc.

Apresentamos, a seguir, as hipóteses em que os valores correspondentes ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os juros e o frete, bem como as bonificações e as despesas debitadas ao contribuinte integram a base de cálculo do ICMS.

Assim, a base de cálculo do imposto é composta pelos valores correspondentes:

a) ao valor do IPI:

a.1) quando o produto se destinar a consu-midor ou usuário final, não considerado contribuinte do ICMS o estabelecimento prestador de serviço de qualquer nature-za, ou a uso, consumo ou ativo imobiliza-do de estabelecimento de contribuinte; a.2) nas devoluções de mercadorias, em

caso de aquisição ou recebimento em que o imposto federal tenha integrado a base de cálculo do ICMS;

b) aos seguros, juros e demais importâncias re-cebidas ou debitadas, bem como a bonifica-ções e descontos concedidos sob condição; c) ao frete, caso o transporte seja efetuado pelo

próprio remetente.

Serão deduzidos da base de cálculo os descon-tos constantes no documento fiscal, desde que não concedidos sob condição, assim entendidos os que estiverem sujeitos a eventos futuros e incertos.

(RICMS-SE/2002, arts. 22, 23 e 30)

N

a

IOB Comenta

O crédito presumido corresponderá a 32% do valor do IPI incidente nas saídas de ônibus e cami-nhões, nacionais ou importados diretamente pelo beneficiário, e está condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inova-ção tecnológica na região, inclusive na área de enge-nharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado, podendo ser aproveitado em relação às saídas ocorridas até 31.12.2020.

O benefício citado fica condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado.

(Lei nº 9.440/1997, arts. 1º, § 1º, 11-A, caput, §§ 1º e 3º; Lei nº 9.826/1999, art. 1º, caput, §§ 1º a 4º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

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ItR

Cafir - Inscrição - Hipóteses

1) Em quais hipóteses deverá ser solicitada a ins-crição do imóvel rural no Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir)?

A inscrição do imóvel rural no Cafir, ato cadastral por meio do qual é atribuído o Número do Imóvel na Receita Federal (Nirf), será realizada nas hipóteses de:

a) primeira inscrição de imóvel rural não cadas-trado;

b) aquisição de área parcial de um imóvel rural ou de áreas parciais confrontantes, de que re-sulte um novo imóvel rural;

c) desapropriação de área total ou parcial de imóvel rural por necessidade ou utilidade pú-blica ou interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, promovida pelo Poder Públi-co, ou aquisição de área total ou parcial de imóvel rural pelo Poder Público, pelas suas au-tarquias e fundações, e pelas entidades priva-das imunes;

d) desapropriação de área total ou parcial de imóvel rural por necessidade ou utilidade pú-blica ou interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, promovida por pessoa jurídi-ca de direito privado delegatária ou conces-sionária de serviço público; e

e) aquisição de área total ou parcial de imóvel rural decorrente de arrematação em hasta pública. A inscrição por aquisição de área parcial será realizada quando uma ou mais parcelas de terras forem desanexadas de imóvel rural, mesmo que não cadastrado no Cafir, e passarem a constituir novo imóvel rural do adquirente que não for titular de outro imóvel rural limítrofe.

Será observada a hipótese descrita na letra “a” quando a inscrição decorrer de reconhecimento de usucapião, ainda que exista Nirf anterior para a mesma área em nome da pessoa que perdeu a propriedade. Será realizada a inscrição nas hipóteses das letras “c” a “e” mesmo que exista Nirf anterior para a mesma área em nome da pessoa que alienou ou perdeu a propriedade.

Não será realizada a inscrição nas situações previstas no art. 15 da Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, quando será atribuído o Nirf do imóvel rural, segundo as regras ali dispostas.

O art. 15 da referida Instrução Normativa esta-belece que será atribuído, na ordem de prioridade a seguir indicada, o Nirf:

a) do imóvel rural confrontante com área adquiri-da total ou parcialmente se a titulariadquiri-dade adquiri-das parcelas de terras passar a ser da mesma pessoa;

b) da área usucapida que tiver sido, antes do re-conhecimento do usucapião, inscrita no Cafir pelo usucapiente ou por possuidor do qual ele tenha adquirido a posse de maneira derivada; c) existente para área adquirida totalmente, em

conjunto ou não com áreas confrontantes entre si e de que resulte novo imóvel rural, exceto se a área total foi adquirida em decorrência de imissão prévia na posse, desapropriação, ar-rematação em hasta pública ou aquisição pelo Poder Público, suas autarquias e fundações ou pessoa jurídica imune.

Nas situações ora descritas, observando-se a aquisição de mais de uma área total de imóvel rural, será atribuído o Nirf:

a) cadastrado no município em que se localize a sede do imóvel, caso ao menos duas das áreas adquiridas totalmente localizem-se em municípios distintos; e

b) referente à maior área adquirida totalmente, facultando-se a escolha de qualquer um deles no caso de igualdade de dimensão entre os de maior área.

(Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, arts. 14 e 15)

Cafir - Inscrição - Imóvel desapropriado

2) Em nome de quem será realizada a inscrição do imóvel rural, na hipótese de desapropriação deste por pessoa jurídica de direito privado delegatária ou concessionária de serviço público?

A inscrição do imóvel rural no Cafir, ato cadastral por meio do qual é atribuído o Número do Imóvel na Receita Federal (Nirf), será realizada na hipótese de desapropriação de área total ou parcial de imóvel rural

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, promo-vida por pessoa jurídica de direito privado delegatária ou concessionária de serviço público, mesmo que exista Nirf anterior para a mesma área, em nome da pessoa jurídica que perdeu a propriedade.

(Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, art. 14, caput, IV, § 3º)

Cafir - Inscrição - Procedimento

3) Como proceder para inscrever o imóvel rural no Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir)?

Para solicitar atos cadastrais no Cafir, é necessá-rio o preenchimento e a transmissão do Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (Diac) por meio de aplicativo disponível no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), na Internet (www. receita.fazenda.gov.br).

O Diac deve ser transmitido no prazo de 60 dias a partir da ocorrência do evento que ensejar a reali-zação do ato cadastral.

(Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, art. 9º, caput, § 1º)

ICMS/SE

Documentos fiscais - Multa referente a mercadorias em trânsito

4) Qual será a multa pela falta de apresentação de documentos fiscais referentes a mercadorias em trân-sito no Estado de Sergipe?

O contribuinte estará sujeito à multa de 10% do valor da operação por documento fiscal, se deixar de apresentar documento fiscal aos postos fiscais para efeito de controle do Fisco, relativamente às mercado-rias em trânsito no Estado de Sergipe.

(RICMS-SE/2002, art. 831, III, “m”)

Transportador - Termo de Responsabilidade

5) Qual é o objetivo do Termo de Responsabilidade atribuído ao transportador?

O Termo de Responsabilidade é um documento que atribui responsabilidade ao transportador e destina-se:

a) ao controle do trânsito de mercadorias pelo território sergipano;

b) ao controle de saída de mercadorias do Esta-do de Sergipe;

c) a identificação do responsável pelo tributo de-vido ao Estado, nos casos especificados nas letras anteriores em que não fique comprova-da a saícomprova-da efetiva comprova-das mercadorias do territó-rio sergipano;

d) ao controle de mercadorias remetidas para o Estado de Sergipe a título de demonstração; e) ao controle de mercadorias destinadas ao

Es-tado de Sergipe cujas notas fiscais estejam dispensadas de etiquetagem nos postos fis-cais em razão de as transportadoras estarem credenciadas na Sefaz.

(RICMS-SE/2002, art. 640)

Veículo - Estabelecimento

6) O veículo pode ser considerado um estabeleci-mento?

Sim. Considera-se estabelecimento autônomo o veículo de qualquer espécie utilizado:

a) nas operações de comércio ambulante, salvo quando o comércio ambulante é exercido em conexão com estabelecimento fixo de contri-buinte do Estado de Sergipe, caso em que o veículo transportador é considerado uma ex-tensão da dependência daquele, nas opera-ções internas;

b) na circulação de mercadorias sem destinatário certo, no Estado de Sergipe, feita por contri-buinte de outra Unidade da Federação; c) na captura de pescados;

d) na prestação de serviço de transporte, não sen-do o proprietário inscrito no cadastro estadual.

(RICMS-SE/2002, art. 20, § 4º, I a IV)

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