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Dípteros causadores de miíases

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Dípteros causadores de miíases

Arthur Gruber

BMP0222 – Introdução à Parasitologia Veterinária

Instituto de Ciências Biomédicas

Universidade de São Paulo

(2)

Miíase é a infestação de órgãos ou tecidos de animais

hospedeiros e do homem por estágios larvais de

moscas dípteras

As larvas se desenvolvem no interior ou sobre o corpo

do hospedeiro, e se alimentam dos seus tecidos (vivos

ou em necrose), substâncias corporais líquidas ou dos

alimentos por ele ingeridos

Hospedeiros –

geralmente mamíferos, ocasionalmente

aves, raramente anfíbios e répteis

(3)

Dérmica

Sub-dérmica ou cutânea

Naso-faríngea

Ocular

Intestinal

Entérica

Urogenital

Miíases

(4)

Miíases

Classificação pelas lesões

Traumáticas (lesões abertas)

(5)

• Obrigatórias (geralmente primárias) - as larvas se desenvolvem exclusivamente em tecidos vivos, não são capazes de sobreviver

fora do hospedeiro – larvas biontófagas

• Facultativa ou acidental (geralmente secundárias) - Espécies se desenvolvem em matéria orgânica em decomposição, tais como carcaças, fezes, e ocasionalmente depositam seus ovos ou larvas

em tecidos vivos do hospedeiro - larvas necrobiontófagas

• Podem ser:

• Primárias - produzidas por espécies que adotaram o hábito

ectoparasita, são capazes de iniciar uma miíase.

• Secundárias - não são capazes de iniciar uma miiáse, a não ser

secundariamente a uma outra miíase

Miíases

(6)

A patogenia varia de acordo com:

Espécie envolvida

Local da infestação

Grau da infestação

Fortes infestações

à irritação, desconforto, prurido,

queda no consumo de alimento, redução da

fertilidade, queda na produtividade do rebanho

Casos extremos

à hemorragia, infecção bacteriana,

desidratação, anafilaxia e toxemia

(7)

Diptera –

classificação taxonômica

Ordem Diptera Subordem Subordem Cyclorrapha Subordem Brachycera

Famílias Ceratopongonidae, Simuliidae, Culicidae, Psychodidae Família Tabanidae Série Aschiza Série Schizophora Secção Acalypterae Secção Calypterae Superfamília Muscoidea Superfamília Hippoboscoidea Superfamília Oestroidea Família Fannidae Família Muscidae Família Glossinidae Família Hippoboscidae (“mutucas”) (“mosca doméstica e dos estábulos”) (mosca tsé-tsé) (moscas de florestas e melofagídeos) Família Calliphoridae Subfamília Gasterophilinae Subfamília Oestrinae Dermatobia (mosca do “berne”) Cochliomyia, Chrysomya Subfamília Cuterebrinae Oestrus ovis Gasterophilus Família Oestridae

(8)

Diptera –

classificação taxonômica (miíases)

Ordem Diptera Subordem Nematocera Subordem Cyclorrapha Subordem Brachycera

Famílias Ceratopongonidae, Simuliidae, Culicidae, Psychodidae Família Tabanidae Série Aschiza Série Schizophora Secção Acalypterae Secção Calypterae Superfamília Muscoidea Superfamília Hippoboscoidea Superfamília Oestroidea Família Fannidae Família Muscidae Família Glossinidae Família Hippoboscidae (borrachudos) (“mutucas”) (mosquito-palha) (“mosca doméstica e dos estábulos”) (mosquito-pólvora) (mosquitos) (mosca tsé-tsé) (moscas de florestas e melofagídeos) Família Calliphoridae Subfamília Gasterophilinae Subfamília Oestrinae Dermatobia (mosca do “berne”) Cochliomyia, Chrysomya Subfamília Cuterebrinae Oestrus ovis Gasterophilus Família Oestridae

(9)

Miíases –

agentes causadores

• Miíases de importância médico veterinária são causadas por dípteros da

superfamília Oestroidea • Famílias: • Oestridae • Cuterebridae • Gasterophilidae • Calliphoridae

(10)

• Oestridae

• Oestrus ovis à estrose dos ruminantes

• Hypoderma bovis à hipodermose no bovinos. Não

registrada no Brasil

• Gasterophilidae

• Gasterophilus nasalis, Gasterophilus intestinalis à

gasterofilose dos equinos.

• Cuterebridae

• Dermatobia hominis à berne. Miíase furunculosa nos

animais e no homem

• Metacuterebra baeri à Miíase furunculosa e interna em

primatas, inclusive no homem.

• Metacuterebra apicalis à miíase furunculosa em certos

alguns roedores e pequenos marsupiais.

(11)

• Calliphoridae

• Cochliomyia hominivorax à Miíase traumática grave nos animais

e no homem (bicheira).

• Cochliomyia macellaria à miíase traumática secundária

• Lucilia sericata à Miíase traumática em animais e no homem

• Chrysomya albiceps à Miíase traumática em animais

(facultativa). Introduzida no Brasil na década de 70.

• Calliphora vicina à Miíase traumática rara, não registrada no

Brasil.

(12)

Miíases –

Oestridae, subfamília Oestrinae

• Somente gênero Oestrus tem importância veterinária

• Gênero Oestrus apresenta 5 espécies, somente Oestrus ovis é

importante

• Oestrus ovis à Distribuição cosmopolita, larvas são parasitos

obrigatórios dos condutos nasais e dos seios frontais de ovinos e de caprinos.

(13)

Miíases –

Oestrus ovis

• Características: cabeça avantajada, amarelada, com pequenas

depressões escuras na parafrontália; aparelho bucal atrofiado.

• Face dorsal do mesotórax castanho-avermelhado, revestido de

pêlos amarelos, com numerosos tubérculos pretos, pequenos, de tamanho aproximadamente uniforme.

(14)

Miíases –

Oestrus ovis

• Abdômen preto, com polinosidade acinzentada, formando padrão

irregular, de acordo com a incidência de luz.

• Asas com nervuras amarelas.

(15)

• Larvas: encontradas na passagens nasais, são brancas, ficando amareladas ou castanhas à medida que se tornam maduras.

• Superfície ventral com uma fileira de

pequenos espinhos.

• Superfície dorsal: há uma série de faixas

escuras transversais.

(16)

• a. Vista ventral

• b. Vista dorsal

• c. Extremidade posterior – larva de 3º estágio

• d. Larva de primeiro estágio

• e. Partes bucais – larva de 1º estágio

(17)

• Durante o vôo, nas horas mais quentes do dia, as fêmeas fecundadas depositam sobre as narinas de ovinos e de caprinos substância líquida contendo até 25 larvas por emissão.

• Cada fêmea pode depositar de cada vez até

25 larvas (fêmeas são ovovivíparas),

totalizando até 500 larvas.

• As larvas (~1,0 mm de comprimento) à

lentamente para dentro dos condutos nasais.

• Com o auxílio dos ganchos orais permanecem

por pelo menos 2 semanas fixadas à membrana mucosa, onde alimentam-se de muco, cuja produção é estimulada pelos

movimentos larvais. Podem permanecer

nestes por 2 a 9 meses.

(18)

• Após a primeira muda, as larvas L2 migram para os seios frontais, onde realizam sua muda final (L2 à larvas L3).

• Nos seios frontais larvas L3 completam seu desenvolvimento, atingindo de 2,5 a 3,0 cm de comprimento.

• O desenvolvimento larval geralmente dura de 25 a 35 dias.

• As larvas movem-se de volta aos condutos nasais, onde geralmente são expelidas através da descarga nasal e/ou espirros.

• Quando expelidas, enterram no solo empupando em poucas horas. O período pupal dura em média de 3 a 6 semanas.

(19)

• A mosca não se alimenta durante a fase adulta

• Adultos sobrevivem no máximo até 2 semanas após sua emergência

do pupário

• Durante esse tempo podem depositar, em média 500 larvas nas

narinas de seus hospedeiros

(20)

• Danos aos hospedeiros: Ovinos e caprinos ficam muito excitados, irritados na presença da mosca. Sacodem a cabeça, espirram e esfregam as narinas no solo. Permanecem aglomerados, na tentativa de se proteger das moscas.

• O parasitismo é benigno, mas a ação

mecânica dos ganchos orais e dos espinhos

larvais, associados à liberação de

determinadas toxinas pelas larvas leva a um

processo inflamatório das membranas

nasais, com corrimento de secreção mucosa

a muco-purulenta e, ocasionalmente,

sangramentos.

• Os animais infestados podem apresentar

dificuldade respiratória, inapetência, e

emaciação (perda de tecido muscular)

(21)

• Ocasionalmente a larva pode penetrar na mucosa olfatória e atingir o cérebro à ataxia, andar em círculos.

• Se atingir pulmões à pneumonia.

• Prejuízos econômicos à decréscimo na produção de carne e de lã.

• Tratamento à avermectina em formulação injetável e oral. Tem

atividade sistêmica contra todos os estágios larvais.

(22)

• Espécie mais importante é a Dermatobia hominis (mosca do berne)

(23)

• Muscóide robusto, com 12-17 mm de comprimento, semelhante aos califorídeos.

• Cabeça amarela, escurecida na parte superior, peças bucais

rudimentares, antenas amarelas e olhos vermelho-tijolo.

• Tórax revestido de cerdas escuras, abdome azul-metálico.

• Asas são castanho-claras e os pares de patas amarelas.

(24)

• Durante o século XVI, antes da introdução de gado bovino e de

outros animais domésticos na Região Neotropical a D. hominis

parasitava mamíferos silvestres.

• Atualmente os bovinos são os principais hospedeiros da D. hominis.

• Causam uma miíase furuncular (denominação popular: berne) -constitui um problema econômico-sanitário de grandes proporções.

• Outros animais domésticos também são suscetíveis - cães, gatos, caprinos, ovinos, suínos, equinos, etc...

(25)

Ciclo Biológico

• Necessita de vetores de transporte ou foréticos (foresia – “viajando

juntos”), geralmente outros dípteros, para veicular seus ovos, especialmente muscóides ou culicídeos.

• Para encontrar estes vetores a D. hominis fica próxima aos seus

hospedeiros, que são visitados por vários dípteros.

• Características comuns dos vetores:

• Hábitos zoofílicos, independente de serem ou não hematófagos.

• Período diurno de atividade.

• Tamanho igual ou menor que a D. hominis

• Hábitos moderadamente ativos (muito lentos não estimulam a

captura. Muito rápidos, não são capturados).

(26)

Ciclo Biológico

• Postura: fêmea captura o vetor durante o vôo, segurando-o com suas

patas e deposita os ovos na região abdominal do vetor. Pode depositar de 800 e 1000 ovos, em várias posturas.

• Os ovos ficam dispostos em cachos (30 a 40 ovos), fortemente

aderidos ao abdome do vetor. Geralmente em apenas um dos lados. São de coloração creme e medem de 2 a 3 mm de comprimento.

(27)

Ciclo Biológico

• Incubação dos ovos de D. hominis sobre seus vetores à alta

viabilidade: ovos protegidos, particularmente contra a dessecação.

• A posição dos ovos permite que os opérculos entrem em contato com a

pele do hospedeiro quando os vetores pousarem.

• A eclosão das larvas ocorre em uma semana, entretanto, podem

permanecer viáveis nos ovos por aproximadamente 20-28 dias.

• Capacidade das larvas de eclodirem somente sob estímulo adequado

(calor e o CO2 emanado pelo hospedeiro) à á probabilidade do

encontro parasito-hospedeiro. Se a larva L1 quando está eclodindo não consegue atingir a pele ou pêlo do hospedeiro, retorna para dentro do ovo.

• Nem todos os ovos eclodem na primeira vez em que são estimulados

à á dispersão das larvas entre os hospedeiros.

(28)

Ciclo Biológico

• A larva eclodida (1,0-1,5 mm de comprimento), é muito ativa, pode

penetrar de imediato ou migrar até 19 cm sobre a pele do hospedeiro para então penetrar na pele. Não há uma região preferencial para o desenvolvimento das larvas.

Miíases –

Dermatobia hominis

• a. Larva de 3º estágio

• b. Espiráculos posteriores Aspecto estreitado na

(29)
(30)

Ciclo Biológico

• No tecido subcutâneo à permanece em posição quase horizontal, se

mantém em comunicação com o exterior através dos orifícios (espiráculos) respiratórios posteriores.

• No interior de cavidades subdérmicas à larva se alimenta do material

purulento e necrótico da lesão. Passa por 3 ínstares sofrendo duas ecdises.

(31)

Ciclo Biológico

• O período larval varia de acordo com a espécie de hospedeiro e dentro

de uma mesma espécie podem ocorrer variações

• Bovinos e cães (mais acometidos) à fase larval: 35 a 70 dias.

• Ao atingir a maturidade, a larva L3 (18-24 mm de comprimento),

abandona o hospedeiro, arrastando-se através do orifício respiratório, que é alargado para essa finalidade.

• A saída das larvas ocorre geralmente durante o período noturno e/ou

nas primeiras horas da manhã à diminui a dessecação e possíveis ataques de predadores.

(32)

Ciclo Biológico

• Ao cair no solo à formação do pupário à emergência dos adultos.

• Solos macios e úmidos e ricos em matéria orgânica à a larva enterra-se

facilmente (10 e 15 minutos), demora de 1 a 2 dias para se transformar em pupa.

• A temperatura e a umidade influenciam o tempo de evolução da pupa,

prazo médio de 21-35 dias.

• Os adultos emergem do pupário por um opérculo situado na região

ântero-dorsal e alcançam a maturidade sexual após 1,5 a 4 horas.

• A duração total do ciclo evolutivo da D. hominis é ao redor e 120 dias.

(33)

Pupas no solo Fêmea Larva no cisto Ovos depositados no inseto vetor Larva madura cai no solo Vetor transporta ovos para o hospedeiro Larva eclode e penetra na pele

(34)

Lesões

• Miíase furunculosa que se caracteriza pela formação de um nódulo

parasitário cutâneo, apresentando um orifício no qual se percebe os estigmas do parasita.

• As feridas podem se contaminar devido às contaminações secundárias.

• Pode ocorrer a formação de abscessos profundos e muito dolorosos.

• Durante o desenvolvimento da larva os animais ficam nervosos,

irrequietos e se alimentam mal.

(35)

Prejuízos

• Queda na produção de leite.

• Queda nos índices zootécnicos.

• Depreciação do couro: após a queda da larva, o orifício de saída é

fechado por tecido cicatricial comprometendo a qualidade do couro..

• Prejuízo anual estimado: U$ 200 milhões.

(36)

Controle

• Controle do berne à controle do vetor, de um grande número de

dípteros, muitos dos quais nem são ectoparasitos ou pragas do gado bovino.

• Controle efetivo à tratamento das larvas no corpo do animal (uso de

avermectinas).

(37)

• As larvas desta família desenvolvem-se no estômago e duodeno dos eqüinos. No homem podem causar uma oftalmomiíase.

• A família Gasterophilidae é dividida em 4 sub-famílias. Destas tem

importância apenas a Gasterophilinae, representada pelo gênero

Gasterophilus

• Espécies mais importantes:

• G. nasalis (Brasil)

• G. intestinalis (México, Venezuela, Brasil)

• G. haemorrhoidalis (México, Venezuela)

(38)

Morfologia:

• São dípteros robustos (1-2 cm), com o corpo revestidos por pêlos,

cerdas fracamente desenvolvidas ou nulas, antenas pequenas, cabeça curta, revestida de pêlos amarelados bem conspícuos e aparelho bucal vestigial, não funcional, tórax densamente piloso e cerdas ausentes. Abdome alongado, oval, em algumas espécies o ovopositor é longo, fortemente curvado para debaixo do abdome.

• O adulto tem aparência e tamanho de uma abelha, semelhança esta

acentuada pelo zumbido que produz durante o vôo.

G. intestinalis

(39)

• Larvas grandes com ganchos orais em forma de foice

• Corpo segmentado coberto por

espinhos:

• Gasterophilus nasalis à 1 fileira

• Gasterophilus intestinalis à 2 fileiras

• Estigmas com aberturas cheias

de trabéculas.

G. intestinalis

(40)

Ciclo biológico:

• A ovoposição é feita em vôos rápidos e os ovos aderem ao pêlo.

• Eclosão da L1 (após 7 a 10 dias) à penetra na mucosa bucal onde

fica migrando de 2 a 6 semanas (depende da espécie).

• Mudam para L2, são deglutidas, vão para o estômago e/ou duodeno

à L3

• Eliminadas pelas fezes.

• No solo à pupa à adulto.

(41)

Oviposição:

• G. nasalis e G. haemorrhoidalis à oviposição nos pêlos na

região do lábio inferior do equino, região da ganacha

(barba).

• G. intestinalis à pêlos dos membros anteriores.

Ovos:

• G. nasalis: coloração amarelada

• G. intestinalis: coloração amarelo-claro

• G. haemorrhoidalis: coloração preta.

(42)

Eclosão da larva:

• G. nasalis e G. haemorrhoidalis - larva penetra na mucosa bucal

assim que eclode

•G. intestinalis - para eclodir a larva necessita um estímulo térmico de umidade e fricção (lambida do cavalo).

(43)

Cavidade bucal:

• G. nasalis à larvas permanecem nas cavidades existentes entre os molares ou entre os dentes e a gengiva. Alimentam-se de exsudatos dos tecidos, não se alimentam de sangue. Permanecem até mudar para L2 (18 a 24 dias).

• G. intestinalis à perfuram a mucosa dorsal da região anterior da língua onde podem permanecer por 3 a 4 semanas. Mudam para L2 à faringe, esôfago, estômago ou duodeno onde permanecem fixadas até L3.

• G. haemorrhoidalis à larva permanece nas cavidades entre os dentes. Podendo aí permanecer por cerca de 6 semanas. Outras larvas são levadas com o alimento para o interior do estômago ou duodeno.

(44)

• No estômago, geralmente o período parasitário é de 9 a 11 meses. Podem causar cólica.

• G. nasalis: porção glandular, pilórica do estômago e porção anterior

do duodeno.

• G. intestinalis à fixadas no estômago (porção gástrica aglandular, próximo ao cárdia) ou duodeno.

• G. haemorrhoidalis: se fixa em várias partes do estômago ou

duodeno onde sofrem outra muda. O maior número de larvas são observadas na região fúndica. As larvas maduras à reto (onde se fixam por 2 a 3 semanas) à gradualmente à ânus, sendo eliminadas com a fezes. Alta parasitose: obstrução da passagem das fezes ou prolapso retal.

(45)

G. nasalis G. intestinalis

(46)
(47)

Eliminação:

• G. nasalis e G. intestinalis: saem direto nas fezes com o

peristaltismo.

• Gasterophilus haemorrhoidalis: antes de ser eliminado se fixa no

reto podendo levar a um prolapso retal.

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Danos diretos:

• Fase na cavidade bucal: periodontite

• G. intestinalis: língua à glossite

• Pode ocorrer perfuração do epitélio do estômago e do intestino pelo

aparelho bucal da larva.

• Fixação: provoca inflamação local e úlceras à prejudica a digestão.

• Grau de lesão proporcional ao grau de infestação.

• Alto parasitismo à pode ocorrer obstrução do piloro, abscessos

gástricos, ulcerações, ruptura da parede do estômago, peritonite.

• Infecções secundárias.

• Frequentemente sofrem de cólica.

• Centenas de larvas podem ser encontradas num único animal.

(49)

Danos indiretos:

Mosca:

• Irritados pela presença das moscas, não se alimentam

adequadamente, perdem peso. Tentam se proteger da mosca.

Larvas:

• Perfuração do lábio: coceira e irritação. Para se livrarem da

irritação mergulham a boca na água ou esfregam lábios e narinas contra o solo, cercas, pedras provocando sérios ferimentos ou dilacerações.

(50)

Diagnóstico:

• Verificação de ovos ou larvas recém-eclodidas

• L3 nas fezes (intermitente)

Controle:

• Depende da criação e do manejo, mas se deve cortar o pêlo da

ganacha no verão e passar esponja com água morna, matando a larva.

• Tratamento com (ex. avermectina por via oral).

(51)

Conhecidos popularmente como “varejeiras”

Dípteros de tamanho grande (4 – 16 mm)

Geralmente azulados, esverdeados, violáceos

Abdômen com reflexos metálicos

Família apresenta dois gêneros de maior importância

Cochliomyia –

parasitas obrigatórios (miíases primárias)

Chrysomya

parasitas

facultativos

(miíases

secundárias)

(52)

Miíases –

Cochliomyia

spp.

• Este gênero inclui a “ mosca da bicheira” ou “ mosca varejeira”

• Mais importantes: Cochliomyia hominivorax e Cochliomyia macellaria

• Cochliomyia hominivorax – apresenta pêlos pretos na parte inferior da

parafrontália

• Ocorre em toda região subtropical e tropical da América do Sul e

(53)

Miíases –

Cochliomyia

spp.

• Cochliomyia macellaria: semelhante à C. hominivorax, larvas se

desenvolvem no lixo, cadáveres, tecidos necrosados (larvas

necrobiontófagas) e outros tipo de matéria orgânica em decomposição. Causam miíase secundária.

• Cochliomyia hominivorax: mais importante mosca produtora de miíases

nas Américas (larvas biointófagas)

• Parasita todos os animais de sangue quente, particularmente

bovinos, ovinos, eqüinos, caninos e suínos. Também parasita o homem.

• Qualquer ferimento pode ser alvo da infestação

• Causa uma miíase traumática grave (bicheira) - conjunto de larvas

se instala em qualquer corte, ferimento, abrasão, fístula ou ulceração da pele ou mucosa de vertebrados, alimentando-se exclusivamente de tecidos vivos.

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Miíases –

Cochliomyia hominivorax

Cochliomyia macellaria • Coloração metálica azul ou azul-esverdeada • Olhos vermelho-amarelados • Cabeça amarelada.

(55)

• Face dorsal do tórax (mesonoto) portadora de três faixas longitudinais escurecidas. Apresentam pêlos pretos na extremidade inferior da parafrontália.

(56)

• Larvas parasitam obrigatoriamente tecidos vivos à biontófagas

• Fêmeas depositam de 200 a 300 ovos nas bordas das feridas ou

ferimentos recentes à miíase primária, geralmente de tecido cutâneo.

• Larva à pode invadir orifícios naturais (nasal, ocular, auricular, oral,

vaginal, anal..).

• Se não controladas à pode ocorrer alta mortalidade.

(57)

• Ovos (14 a 18 horas) à eclosão à larvas se alimentam nas bordas das feridas e se desenvolvem em 4 a 10 dias atingindo 17 mm.

• Abandona a ferida à solo à

pupa (1 semana no verão e 3 semanas no inverno) à adulto

• Adultos recém-eclodidos se

alimentam de néctar das flores ou de substâncias açucaradas das plantas.

• Fêmeas acasalam uma única vez

à após 5 a 10 dias à depositam

seus ovos.

• Fêmeas fecundada se alimenta de

sangue ou exsudatos presentes

Ciclo demora de 21 a 60 dias Podem ocorrer de 12 a 13 gerações/ano

(58)

Danos diretos

• Animais à inquietude, dor, feridas

sangram.

• Na ausência de feridas, acometem

a região umbilical dos bezerros.

• Infecções secundárias.

Importância

• Bovinos são os mais acometidos

seguido por ovinos, eqüinos,

caprinos, suínos, bubalinos e

humanos.

(59)

Controle

• Estados Unidos à erradicação à utilização de machos estéreis.

Tratamento

• Inseticidas, antissépticos, cicatrizantes, repelentes.

• Prevenção é o mais adequado.

(60)

Bibliografia

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Ectoparasitos de Importância Veterinária.

Editora Plêiade/FAPESP.

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Veterinary

Ectoparasites: Biology, Pathology and Control.

Second

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Freitas, M.G.; Costa, H.M.A.; Cortz, J.O. & Lide, P.

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Entomologia e Acarologia Médica e Veterinária.

4ª ed., Editora Nobel.

Referências

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