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MOSSORÓ 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS E FLORESTAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

THIAGO PEREIRA DE SOUSA

ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO NA CONSULTORIA AGROAMBIENTAL

MOSSORÓ 2018

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THIAGO PEREIRA DE SOUSA

ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO NA CONSULTORIA AGROAMBIENTAL

Relatório de estágio apresentado a Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA, como requisito final para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Profº. D.Sc. Francisco de Assis de Oliveira

MOSSORÓ 2018

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©Todos os direitos estão reservados à Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do autor, sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei nº 9.279/1996, e Direitos Autorais:

Lei nº 9.610/1998. O conteúdo desta obra tornar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata, exceto as pesquisas que estejam vinculas ao processo de patenteamento. Esta investigação será base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu respectivo autor seja devidamente citado e mencionado os seus créditos bibliográficos.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

BIBLIOTECA CENTRAL ORLANDO TEIXEIRA - CAMPUS MOSSORÓ Setor de Informação e Referência

S725a SOUSA, THIAGO PEREIRA DE.

Atuação do engenheiro agrônomo na consultoria agroambiental / Thiago Pereira de Sousa. - 2018.

20 f. : il.

Orientador: Francisco de Assis de Oliveira.

Monografia (graduação) - Universidade Federal Rural do Semi-árido, Curso de Agronomia, 2018.

1. Meio ambiente. 2. Topografia. 3. Georreferenciamento. 4.

Agricultura. 5. Irrigação. I. OLIVEIRA, FRANCISCO DE ASSIS DE.

RN/UFERSA/BOT CDD 635.52

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THIAGO PEREIRA DE SOUSA

ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO NA CONSULTORIA AGROAMBIENTAL

Relatório de estágio apresentado a Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA, como requisito final para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

APROVADO EM: 18/04/2018.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________

Profº. D.Sc. Francisco de Assis de Oliveira Orientador - UFERSA

___________________________________________________________

Profª. D.Sc. Mychelle Karla Teixeira de Oliveira Avaliadora - UFERSA

___________________________________________________________

M.Sc. Maria Lilia de Souza Neta Avaliadora - UFERSA

MOSSORÓ 2018

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Aos amigos Geraldo Monteiro Silvério “Dudu” e Manoel Francisco da Silva “Gorete” (in memoriam), pessoas cоm quem tive a honrra de conviver, para vocês um interminável obrigado por tudo que fizeram por mim.

Dedico

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA) e ao Curso de Graduação em Agronomia, pela oportunidade de concluir uma Graduação de elevada qualidade.

A minha mãe Maria Leni e aos meus irmãos Eduardo Pereira e Delfina Ferino, pela compreensão, pelo apoio e pela ajuda motivacional e financeira, por essa razão, agradeço a vocês e externo minha imensa gratidão e amor.

Ao orientador e amigo, professor Francisco de Assis de Oliveira, pela paciência, ensinamentos e incentivo, que tornaram possível a conclusão deste trabalho.

A todos os professores do curso, que foram tão importantes na minha vida acadêmica e na conclusão deste, em especial aos professores Francisco de Assis de Oliveira, Alan Cauê de Holanda e Luis César de Aquino Lemos Filho.

Aos grandes amigos Josimar Nogueora, Antonio Giliard, Cirilo Berson, Romário Mendes e Erick Daniel, pela força, companheirismo, bem como pela nossa amizade construída, agradeço a todos de coração e muito obrigado por tudo meus caros.

Muito Obrigado!

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RESUMO

A questão ambiental foi discutida amplamente, onde a preocupação com o Meio Ambiente passou a ganhar espaço nas políticas de todas as Nações, a conservação ambiental passou a ganhar maior atenção da sociedade, mídia e do Poder Público, o que culminou no início de mudanças Legislativas e institucionais sobre as atividades desenvolvidas pelo homem com relação ao ambiente. A demanda por serviços de consultoria agronômica e ambiental vem aumentando devido a valorização e reconhecimento da importância do meio ambiente dentro dos setores produtivos, onde a procura por adequação e acompanhamento ambiental nos processos produtivos, onde a atuação dos profissionais de Ciências Agrárias sempre esteve e está intimamente relacionada com o desenvolvimento da sociedade, especialmente nos aspectos mais diretamente ligados com a agropecuária e a agroindustrialização. Hoje, a consultoria ambiental é uma forma de auxilio aqueles que buscam manter medidas adequadas ao cumprimento da regulamentação ambiental de seus empreendimentos, a qual consiste em um assessoramento voltado para questões ambientais, oferecido a empresas privadas e públicas, prefeituras, construtoras e propriedades rurais, a fim de propor serviços como, por exemplo, arborização de ruas, praças e parques, licenciamento ambiental de atividades potencialmente poluidoras, elaboração de planos para recuperação de áreas degradadas e, solução de problemas fitossanitários, projeto de gerenciamento de resíduos sólidos, diagnóstico ambiental, entre outros estudos técnicos ambientais.

Palavras–chave: Meio Ambiente. Assessoramento. Licenciamento Ambiental. Ciências Agrárias.

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ABSTRACT

The environmental subject was discussed thoroughly, where the concern with the Environment started to win space in the politics of all of the Nations, the environmental conservation started to win larger attention of the society, media and of the Public Power, what culminated in the beginning of Legislative and institutional changes about the activities developed by the man regarding the atmosphere. The demand for services of agronomic and environmental consultancy is increasing due to valorization and recognition of the importance of the environment inside of the productive sections, where the search for adaptation and environmental attendance in the productive processes, where the professionals' of Agrarian Sciences performance was always and it is intimately related with the development of the society, especially in the aspects more directly linked with the farming and the agroindustrialização. Today, the environmental consultancy is a form of I aid those that look for maintain appropriate measures to the execution of the environmental regulation of their enterprises, which consists of an advice gone back to environmental subjects, offered to deprived companies and public, city halls, builders and rural properties, in order to propose services as, for instance, forestation of streets, squares and parks, environmental licensing of activities potentially pollutant, elaboration of plans for recovery of degraded areas and, solution of problems fitossanitários, project of administration of solid residues, environmental diagnosis, among other environmental technical studies.

Keywords: Environment. Advice. Environmental licensing. Agrarian sciences.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Levantamento topográfico planimétrico com uso de estação total.

Tibal-RN, (2018) ...

12

Figura 2. Detalhe da escavação da trincheira de 2,0m x 2,0m x 3,0m (C) e cava de infiltração (D) no fundo no fundo da trincheira (NBR 7229/93).

Upanema-RN, (2018) ...

13

Figura 3. Detalhe da retro escavadeira utilizada para abertura das trincheiras (E) e vista superficial de uma trincheira sendo aberta (F). Upanema-RN, (2018) ...

13

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SUMÁRIO

1.0. INTRODUÇÃO ... 09

2.0. REFERENCIAL TEÓRICO ... 11

2.1. A agronomia e o exercício profissional do engenheiro agrônomo ... 11

2.2. Consultoria ambiental ... 12

2.3. Licenciamento ambiental ... 13

3.0. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ... 14

3.1. Áreas de atuação ... 15

3.1.1. Topográfia e georreferenciamento ... 15

3.1.2. Retificação, desmembramento e unificação de áreas ... 15

3.1.3. Usucapião extrajudicial ... 16

3.1.4. Licenciamento Ambiental ... 16

3.1.5. Outorga de direito de uso de recursos hídricos ... 16

4.0. ATIVIDADES REALIZADAS ... 17

4.1.1. Serviços de topográfia e georreferenciamento ... 17

4.1.2. Serviços de licenciamento Ambiental ... 17

5.0. CORRELAÇÃO COM O CURSO ... 18

6.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 19

7.0. REFERÊNCIAS ... 20

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9 1.0. INTRODUÇÃO

A partir da Conferência de Estocolmo em 1972, onde a questão ambiental foi discutida amplamente em um fórum Mundial, a preocupação com o Meio Ambiente passou a ganhar espaço nas políticas de todas as Nações (FARIA & SILVA, 1998). Nesta reunião foram expostas previsões do aumento da população Mundial e da falta de capacidade do Planeta em suportar esse crescimento em relação aos efeitos causados pelos diversos setores da economia no ambiente (FARIA & SILVA, 1998).

Desde então, a conservação ambiental passou a ganhar maior atenção da sociedade, mídia e do Poder Público, o que culminou no início de mudanças Legislativas e institucionais sobre as atividades desenvolvidas pelo homem com relação ao ambiente (RAMOS, 2004;

PINTO et al., 2010).

Apesar da nova visão da sociedade com relação ao meio ambiente e a promulgação de Normas e Leis que reiteravam sobre o papel de cada ator da sociedade, principalmente dos setores produtivos, com relação à preservação ambiental e das penalidades referentes aos crimes ambientais, somente nos últimos anos a fiscalização e o rigor das leis tornaram-se mais efetivos (KIRCHHOFF, 2004; FARIA & SILVA, 1998).

A partir deste novo panorama as empresas e os demais setores da sociedade foram obrigados a se adequar à regulamentação vigente de maneira a promover um desenvolvimento que afetasse minimamente o Meio Ambiente (FARIA & SILVA, 1998). As empresas ao se depararem com um mercado mais exigente e competitivo, com a promoção de consumo de produtos e de serviços oriundos de setores que não negligenciam a conservação ambiental, passaram a adotar estratégias de gestão voltadas à questão ambiental, além de seguir as determinações legais para a implantação e operação de suas atividades (BORELLA &

NAIME, 2010; PINTO et al., 2010).

De maneira a orientar as adequações dos vários setores produtivos às varias normas existentes e específicas em cada Estado da União, empresas prestadoras de serviço relacionadas à área ambiental ganharam espaço neste novo setor do mercado, passando a assessorar as atividades econômicas e produtivas de modo a cumprirem os dispositivos legais, assim como promover o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente (FARIA & SILVA, 2007).

A demanda por serviços de consultoria agronômica e ambiental vem aumentando devido a valorização e reconhecimento da importância do meio ambiente dentro dos setores produtivos, onde a procura por adequação e acompanhamento ambiental nos processos produtivos, fez surgir nos últimos anos, um crescente número de consultorias, empregando

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10 equipes multidisciplinares de varias áreas, onde o engenheiro agrônomo é praticamente indispensável.

Sendo os Engenheiros Agrônomos, profissionais com atribuições para desenvolver essas atividades, com o conhecimento dos processos produtivos e dos recursos naturais, apresentam grande capacitação técnica para exercer essa função. Dessa forma, a atuação como consultor é uma grande possibilidade para sua inserção no mercado do trabalho.

Nesse contexto, pode-se considerar que, apenas os conhecimentos teóricos obtidos na formação do Engenheiro Agrônomo, não são o bastante para a total qualificação do profissional, necessita-se, portanto, de experiências práticas para facilitar a compreensão da teoria. Com isso, o graduando ao estar em contato direto com o objeto de trabalho, adquire as informações e os conhecimento necessários para poder atuar de maneira adequada e satisfatória.

Dessa foram, buscou-se caracterizar os desafios relacionados à atuação e empreendedorismo do Engenheiro Agrônomo como profissional da área de consultoria ambiental através da execução de atividades técnicas durante a realização do estágio supervisionado.

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11 2.0. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. A agronomia e o exercício profissional do engenheiro agrônomo

Com a evolução das atividades comerciais os produtos oriundos da agropecuária, surgiu o ramo de atividades que se denominou de agronegócio, que é responsável, no Brasil, por grande parcela das exportações. É com a agropecuária e a agroindústria que o país precisa contar para atender as demandas de uma população cada vez maior e mais concentrada nas regiões urbanas. No entanto, tudo isso necessita ocorrer em sistemas produtivos que respeitem as condições naturais, as necessidades e os valores humanos, ou seja, sustentáveis em seus aspectos mais amplos, harmonizando a convivência harmônica com os ecossistemas, onde o ser humano é componente inegavelmente importante (ELIAS; ROMBALDI;

MENEGUELLO, 2003).

Segundo Parchen (2007), a atuação dos profissionais de Ciências Agrárias sempre esteve e está intimamente relacionada com o desenvolvimento da sociedade, especialmente nos aspectos mais diretamente ligados com a agropecuária e a agroindustrialização.

O profissional de Ciências Agrárias deve reunir as condições nas áreas técnicas, científicas, sociais/humanísticas e ambientais, de modo a poder executar todas as tarefas que dizem respeito à produção de alimentos para o homem, para os animais domésticos, bem como para as indústrias que utilizam a matéria-prima advinda da agropecuária para atender as mais diversas demandas da sociedade, abrangendo uma área de atuação que vai desde as condições de plantio ou implantação das diversas explorações, até a chegada do produto em condições de serem consumidos pela população. Pode e deve atuar nos setores públicos e privados, nas atividades de planejamento, ensino, pesquisa, extensão e produção (PARCHEN, 2007).

Segundo Cavallet (1999), a agronomia, como um ramo das ciências naturais, teria a atribuição de estudar cientificamente o desenvolvimento da agricultura. Esta atribuição pressupunha pensar na agricultura e suas relações, buscando soluções e avanços para a atividade, com base em um saber científico, porém, dentro da filosofia do sistema capitalista.

Como profissão continua contribuindo, predominantemente, com o paradigma que tem dominado historicamente a agricultura. Esse paradigma limita o meio agrário a local de produção e comercialização de mercadorias agrícolas para o setor de agronegócios (CAVALLET, 1999).

A agronomia deve buscar uma base de conhecimentos ampla e pluralista que, paralelo ao processo de contribuir tecnicamente com a produção, lhe possibilite contribuir e construir

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12 um desenvolvimento integral, levando em conta todas as interações, desdobramentos e necessidades do meio agrário. Deve, também, interagir amplamente com outras ciências na construção de um novo modelo de desenvolvimento (CAVALLET, 1999).

Foi a primeira profissão forjada para o estudo e orientação ao agricultor sobre as ciências agrárias, com amplo espectro, envolvendo, entre outras áreas, a agricultura (plantas de lavoura, florestas, fruticultura, horticultura, etc), o meio ambiente (solos, água, clima, etc.) e a pecuária (pastagens, nutrição, zootecnia, etc.), além de áreas básicas do conhecimento (cálculo, bioquímica, fisiologia, genética, botânica, fertilidade do solo, nutrição, mecanização, hidráulica, etc.) e outras áreas de suporte (tecnologia de alimentos, irrigação e drenagem, construções rurais, climatologia, extensão rural). Ao longo dos anos, diversas outras profissões foram se originando da agronomia, como foi o caso da zootecnia, engenharia florestal, engenharia de agrimensura, engenharia da aquicultura e engenharia ambiental, todas elas sendo consideradas uma segmentação com especialização em áreas bem específicas da agronomia (LAMAS, 2017).

Relacionadas com sua formação acadêmica, as atribuições profissionais do engenheiro agrônomo são baseadas numa formação mais abrangente, global, multi e interdisciplinar, com visão holística do meio, considerando não somente os aspectos técnicos da produção e produtividade, mas, sobretudo os impactos que a mesma provoca no meio ambiente, tornando-a socialmente mais justa, não existindo atualmente nenhuma outra atividade profissional regulamentada que tenha a abrangência que ela possui (LAMAS, 2017).

2.2. Consultoria ambiental

A partir da criação dos novos órgãos ambientais, leis e de diversos encontros mundiais a respeito do desenvolvimento sustentável e preservação do meio ambiente foi possível à consolidação e fortalecimento das empresas de consultoria ambiental.

Hoje, a consultoria ambiental é uma forma de auxilio a aqueles que buscam manter medidas adequadas ao cumprimento da regulamentação ambiental. É uma área que está em pleno crescimento, sendo cada dia mais procurada por empresas, instituições e até governos.

Ela tem como principal objetivo avaliar e analisar os estragos e as consequências biológicas e ambientais que um projeto específico, uma companhia, uma ocasião ou até mesmo circunstância podem causar para a sociedade e para o planeta (ANDRADE, 2013).

A consultoria ambiental consiste em um assessoramento voltado para questões ambientais, oferecido a empresas privadas e públicas, prefeituras, construtoras e propriedades rurais, a fim de propor serviços como, por exemplo, arborização de ruas, praças e parques,

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13 licenciamento ambiental de atividades potencialmente poluidoras, elaboração de planos para recuperação de áreas degradadas e, solução de problemas fitossanitários, projeto de gerenciamento de resíduos sólidos, diagnóstico ambiental, entre outros estudos técnicos ambientais.

Este assessoramento é um recurso que, se bem articulado pode conduzir uma empresa pelo melhor caminho, sendo que a mesma não ficará passiva as consequências por deixar de se atentar as leis ou pela simples dinâmica do mercado (OLIVEIRA, 2017).

Esse tipo de consultoria tem a finalidade de atender os empreendedores que necessitam de mão-de-obra qualificada e habilitada para realizar e acompanhar a regularização ambiental de seu empreendimento. Geralmente, as atividades que compõem a regularização ambiental compreendem a elaboração dos projetos solicitados pelos órgãos ambientais competentes, a implantação, o monitoramento e o diálogo com esses órgãos. Com isso, o consultor e assessor ambiental passa a ser um ator fundamental na organização da documentação de licenciamento ambiental e todos os procedimentos necessários para o devido deferimento do mesmo, os quais englobam diversos estudos.

A consultoria ambiental possui profissionais de diferentes áreas aptos a avaliar, controlar e reduzir os impactos gerados por meio das atividades de cada empreendimento.

Possibilita ainda aos empreendedores a formulação de soluções alternativas a fim de promover, por exemplo o gerenciamento correto dos resíduos sólidos, a busca por novas tecnologias de destinação viáveis tanto economicamente quando ambientalmente, a diminuição do consumo de água e energia entre outros que também acarretam na redução de custos.

A questão ambiental, a preservação do meio ambiente, a exigência de sustentabilidade em todos os níveis e o atendimento às crescentes demandas por alimentos primários e transformados apresentam desafios que exigem do profissional qualificação técnica, criatividade, trabalho em equipe, liderança, iniciativa, capacidade de análise e de resolução de problemas, que aliados à formação profissional eclética e multivariada, tornam as profissões da Agronomia um fascinante mundo, talvez sem paralelos em todas as demais profissões, embora sejam todas igualmente meritórias (PARCHEN, 2007).

2.3. Licenciamento ambiental

O Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, que pode ser federal, estadual ou municipal, para licenciar a instalação, ampliação, modificação e operação de atividades e empreendimentos que utilizam recursos

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14 naturais, ou que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental.

Esse procedimento obedece às disposições legais e regulamentares e às normas técnicas aplicáveis ao caso, em conformidade com o art. 1°, inciso I, da Resolução Conama n° 237, 19 de dezembro de 1997.

Os empreendimentos são divididos em 6 (seis) classes, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente, as quais são:

Classe 1: Empreendimentos de pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor;

Classe 2: Empreendimentos de médio porte e pequeno potencial poluidor;

Classe 3: Empreendimentos de pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte e médio potencial poluidor;

Classe 4: Empreendimentos de grande porte e pequeno potencial poluidor;

Classe 5: Empreendimentos de grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e grande potencial poluidor;

Classe 6: Empreendimentos de grande porte e grande potencial poluidor.

Os empreendimentos enquadrados nas classes 1 e 2, seu impacto ambiental é considerado não significativo, o que leva o empreendedor a requerer o Licenciamento Ambiental Simplificado. Aqueles empreendimentos cujas atividades se enquadram entre as classes 3 a 6, o processo de licenciamento ambiental é obrigatório, sendo o único modo para que a regularização ambiental seja feita. Neste caso, o empreendedor obtém a Licença Ambiental, que é o documento emitido pelo órgão ambiental, atestando a regularização.

3.0. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A Hectare Prestação de Serviços LTDA - ME é uma empresa de consultoria, com ênfase nas áreas de topografia, georreferenciamento, meio ambiente e recursos hídricos.

Situada na Avenida Alberto Maranhão, 1189, município de Mossoró-RN, foi fundada em 2006, com o objetivo inicial de prestação de serviços de topografia e georreferenciamento; em agosto de 2015 através de uma alteração em seu contrato social, passou a abrangir outras áreas de atuação, sendo atualmente uma das principais empresas do setor em Mossoró e região, mostrando o compromisso da equipe com os seus clientes.

Apresenta como principal função a prestação de serviços a outras empresas, instituições, agricultores, entre outros, de caráter agronômico e ambiental, como a elaboração de estudos

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15 de impacto ambiental, licenciamento ambiental, topografia em geral, georreferenciamento de imóveis rurais e urbanos, retificação, desmembramento e unificação de áreas, entre outros.

Apesar de atuar tanto na área agronômica quanto ambiental, a maioria dos serviços prestados pela empresa são direcionados à topografia e ao georreferenciamento, por já está consolidada no mercado.

Alguns dos trabalhos realizados pela empresa são desenvolvidos em parcerias com outros profissionais como Geólogos, Engenheiros Civis, Arquitetos, Biólogos, entre outros, dependendo da demanda, devidamente habilitados para exercer tal função. Tais parcerias visam atender às exigências e o caráter interdisciplinar que alguns trabalhos requerem e conferem maior agilidade na execução dos mesmos.

3.1. Áreas de atuação

3.1.1. Topografia e georreferenciamento

Sendo a topografia o carro chefe da empresa desde sua fundação, esse serviço é de grande relevância para outros trabalhos desenvolvidos pela empresa, já que o mesmo é o ponto de partida para a realização dos projetos, onde somente após o levantamento e a obtenção dos mapas em plano georreferenciado poderá ser iniciada uma grande diversidade de serviços.

Com o advento da lei 10.267/01 e do decreto nº 4.449, de 30 de outubro de 2002, alterado pelo decreto 7.620/2011, as propriedades rurais devem ser georreferenciadas em um prazo determinado por lei, estabelecido em função do tamanho da propriedade, essa medida é de fundamental importância, tornando-se um mercado promissor para atuação da empresa.

3.1.2. Retificação, desmembramento e unificação de áreas

Os trabalhos de retificação, desmembramento e unificação de propriedades rurais e urbanas só podem ser realizados a partir do levantamento topográfico e da planta georreferenciada da propriedade, sendo essas transações imobiliárias um nincho de mercado bastante explorado pela empresa.

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16 3.1.3. Usucapião extrajudicial

O novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/15) regula, em seu artigo 1.071, um procedimento administrativo extrajudicial para o usucapião de bens imóveis. Com base no artigo 1.071, a Lei de Registros Públicos (Lei 6.015/73) passa a ser acrescida do artigo 216-A, que regula o procedimento do usucapião a ser requerido perante o oficial de registro de imóveis.

Dentre outros documentos, o procedimento exige a apresentação de planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional. Dessa forma vem surgindo uma constante demanda pelos serviços junto a empresa.

3.1.4. Licenciamento Ambiental

Considerando a Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e elenca o conjunto de normas para a preservação ambiental; as Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que estabelecem procedimentos para o licenciamento ambiental e a Lei Complementar 140/11, que fixa normas de cooperação entre as três esferas da administração (federal, estadual e municipal) na defesa do meio ambiente, a Hectare Prestação de Serviços vem desde 2015 atuando na área de assessoria em processos de licenciamento ambiental de empreendimentos rurais e urbanos, tais como: loteamentos, implantação de obras, implantação de cultivos agrícolas, dentre outras.

3.1.5. Outorga de direito de uso de recursos hídricos

A Constituição Federal de 1988 estabelece que as águas de domínio público pertencem ao Estado, sendo necessário que o Poder Público estabeleça um instrumento do qual se possa conceder a utilização de uso dos recursos hídricos.

Este instrumento legal para intervenção em recursos hídricos é denominado de Outorga de direito de uso dos recursos hídricos que consiste em conceder ao particular, empresa ou pessoa física a autorização para a utilização dos recursos hídricos. Isso assegura ao usuário o direito de utilizar os recursos hídricos, mas não lhe dá a propriedade de água.

Assegura-se que a Outorga de direito de uso dos recursos hídricos se divide em três modalidades e, esta deverá ser solicitada antes da implantação de qualquer atividade que

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17 provoque uma intervenção nos cursos d’água de domínio estadual ou captação de água subterrânea.

Para se requerer essa Outorga de direito de uso dos recursos hídricos se faz necessário a realização de alguns estudos e apresentação de documentos técnicos, baseado nessa exigência dos órgãos reguladores a Hectare Prestação de Serviços vem oferecendo serviços técnicos nessa área.

4.0. ATIVIDADES REALIZADAS

Durante a realização do estágio (novembro de 2017 a Abril de 2018), foram acompanhados diversos trabalhos na área de topografia e meio ambiente, tanto em campo como em escritório.

4.1.1. Serviços de topográfia e georreferenciamento

Dentre os serviços topográficos acompanhados, merece destaque a execução de um levantamento planimétrico em um terreno urbano localizado no município de Tibau-RN, para fins de usucapião extrajudicial, sendo o levantamento executado com uma estação total Nicon 322 (figura 1).

(A) (B)

Figura 1. Levantamento topografico planimetrico com uso de estação total. Tibal-RN (2018).

Foto: SOUSA, T. P.

4.1.2. Serviços de licenciamento Ambiental

Na área ambiental foram acompanhados alguns serviços, destacando-se a realização de ensaios de absorção dagua e prospecção litológica de solos em uma área de loteamento no município de Upanema-RN (figura 2 e 3).

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18 (A) (B)

Figura 2. Detalhe da escavação da trincheira de 2,0m x 2,0m x 3,0m (A) e cava de infiltração (B) no fundo no fundo da trincheira (NBR 7229/93). Upanema-RN (2018). Foto: SUOUSA, T. P.

(A) (B)

Figura 3. Detalhe da retro escavadeira utilizada para abertura das trincheiras (A) e vista superficial de uma trincheira sendo aberta (B). Upanema-RN (2018). Foto: SUOUSA, T. P.

5.0. CORRELAÇÃO COM O CURSO

O estágio como um todo, compreende uma oportunidade ímpar, onde o estagiário tem a oportunidade de conhecer na pratica as atividades do dia-a-dia desenvolvidas em uma empresa de consultoria, possibilitando assim presenciar os desafios que são enfrentados pelo profissional liberal nos mais variados aspectos.

A oportunidade de participar de atividades relacionadas ao estudo ambiental é de grande relevância para o estagiário, sendo a questão ambiental um tema que ganha importância a cada dia, e está mais presente na legislação e na gestão das empresas, o que exige adequada preparação por partes dos profissionais, inclusive os engenheiros agrônomos.

Dessa forma, atuar neste setor durante o estágio promoveu maior proximidade aos assuntos relevantes à conservação e preservação do Meio Ambiente e o desenvolvimento econômico.

(21)

19 Além da vivencia técnica, é de suma relevância a questão do empreendedorismo, uma vez que conduzir uma empresa requer muitas responsabilidades, preparação, conhecimento e atenção a todas as situações que podem surgir.

Uma postura empreendedora é fundamental por parte do engenheiro agrônomo, permitindo estabelecer contatos importantes com empresas ou profissionais e estar sintonizado com os mais variados tipos de clientes, oferecendo a eles não só produtos ou serviços qualificados, mas principalmente a imagem de um profissional sério e competente.

6.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os Engenheiros Agrônomos apresentam uma grande gama de atribuições profissionais, entretanto, a realização de tais atividades não está relacionada apenas como parte de uma tarefa atribuída por uma empresa ou órgão público. Elas podem ser promovidas de maneira independente, ou seja, serem desempenhadas por profissionais sem qualquer vínculo com instituições públicas ou privadas.

A atuação do Engenheiro Agrônomo como profissional liberal apesar de se constituir como uma alternativa atrativa, também apresenta suas ilusões. Formar uma empresa e fazer com que a mesma conquiste seu espaço no mercado é um desafio e necessita muita habilidade do empreendedor.

Além do conhecimento técnico, a aptidão administrativa é essencial para o profissional que deseja se inserir nessa área de atuação, já que todas as atividades relacionadas à administração de uma empresa são os verdadeiros desafios e entraves dos empreendedores ao sucesso.

O conhecimento do mercado com relação à área de atuação da empresa é obrigatório, pois permite o estabelecimento de cenários, onde a partir dos mesmos não só a decisão de formar a empresa pode ser determinada, mas também todas as decisões referentes ao futuro do estabelecimento.

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20 7.0. REFERÊNCIAS

ANDRADE R. W. N. Relatório de Estágio Curricular. Cabedelo-PB, 2013. (Curso Técnico em Meio Ambiente), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, 110p.

BORELLA, I. L., & NAIME, R. Implantação de sistemas integrados de gestão. Revista INGEPRO - Inovação, Gestão e Produção, vol. 2, n.11, p.96-103. 2010.

CAVALLET, V. J. A formação do engenheiro agrônomo em questão: A expectativa de um profissional que atenda as demandas sociais do século XXI. São Paulo, 1999. Tese (Doutorado em Educação), Universidade de São Paulo - FEUSP, 142p.

ELIAS, M.; ROMBALDI, C.; MENEGUELLO, G. Mais do que 120 anos de aulas, a trajetória da FAEM representa marcas de uma lição. Revista Brasileira de Agrociência, v.9, n.4, p. 313-316, 2003.

FARIA, H. M. & SILVA, R. J. Sistemas de gestão ambiental: Por que investir?. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção - ENEGEP, Itajubá. Anais... 1998, 08p.

KIRCHHOFF, D. Avaliação de risco ambiental e o processo de licenciamento: o caso do gasoduto de distribuição gás brasiliano trecho São Carlos - Porto Ferreira. 2004. 137p.

Dissertação (Mestrado em Engenharia Hidráulica e Sanitária) Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.

LAMAS, F. M. O papel do Engenheiro Agrônomo no mundo contemporâneo.

EMBRAPA Agropecuária Oeste, 2017. Disponivel em: <https://www.embrapa.br/busca-de- noticias/-/noticia/29084546/artigo---o-papel-do-engenheiro-agronomo-no-mundo-

contemporaneo>. Acesso em 12/04/2018 as 18h24min.

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Referências

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