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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO DE ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

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CENTRO DE ENGENHARIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

KALIANA LOURENÇO DA SILVA LOPES

AVALIAÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO DE UMA FUNERÁRIA NA CIDADE DE ASSU/RN

MOSSORÓ-RN

2018

(2)

KALIANA LOURENÇO DA SILVA LOPES

AVALIAÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO DE UMA FUNERÁRIA NA CIDADE DE ASSU/RN

Trabalho de conclusão do curso de graduação em Engenharia de Produção, do Departamento de Engenharia e Ciências Ambientais do Centro de Engenharias da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como requisito para obtenção do título de Engenheira de Produção.

Orientadora: Profª D. Sc. Fabrícia Nascimento de Oliveira - UFERSA

MOSSORÓ-RN

2018

(3)

tornar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata, exceto as pesquisas que estejam vinculas ao processo de patenteamento. Esta investigação será base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) seja devidamente citado e mencionado os seus créditos bibliográficos.

O G F T T stituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

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AVALIAÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO DE UMA FUNERÁRIA NA CIDADE DE ASSU/RN

Trabalho de conclusão do curso de graduação em Engenharia de Produção, do Departamento de Engenharia e Ciências Ambientais do Centro de Engenharias da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como requisito para obtenção do título de Engenheira de Produção.

APROVADA EM: 10/09/2018

BANCA EXAMINADORA

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guiado meus passos para que chegassem a este tão sonhado momento.

A minha mãe Maria de Lourdes (in

memoriam) que sempre foi um exemplo de

luta e de superação e que me inspira a ser

um ser humano melhor e acima de tudo por

buscar e nunca desistir dos meus objetivos

de vida.

(6)

P а D q é ó dom da vida, por me abençoar a cada dia e por me sustentar diante das dificuldades ao longo de minha trajetória.

Minha eterna gratidão a minha amada e inesquecível mãe Maria de Lourdes Simplício (in memoriam) que tanto sonhou por esse momento, que tanto me incentivou a ter força para continuar, que me ensinou a ser determinada, forte e corajosa para enfrentar tudo em busca de um sonho. Por todo o carinho, amor e dedicação que sentia por mim e digo que essas lembranças são o meu combustível para continuar lutando e poder corresponder ao papel de uma boa filha a qual ela tinha tanto orgulho.

Ao meu filho João Miguel, por me ensinar o que é amar e por ser minha maior fonte de inspiração. Ao meu esposo Ricardo Janilo, por todo o seu amor e carinho, por me incentivar a continuar diante de tantas vezes que em desespero que pensava em desistir.

As minhas irmãs, Kalijane Lourenço e Kaline Lourenço, pelo amor, admiração e pela paciência e ajuda diante dos meus estresses e ausências proporcionadas pela rotina para a construção desse trabalho. Aos meus avós Sebastiana Simplício e Leandro Simplício (in memoriam), pelo amor e torcida para que eu alcance meus objetivos.

A Luis Oliveira e sua esposa Sandra Medeiros pela disponibilidade e ajuda para a construção deste trabalho.

A professora Fabrícia Nascimento de Oliveira pela orientação e apoio durante toda a

construção deste trabalho.

(7)

Os agentes existentes no ambiente de trabalho que são capazes de afetar a saúde e segurança dos trabalhadores podem ser encontrados nas formas de riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Assim, esta pesquisa foi realizada em uma funerária, localizada na cidade de Assu/RN, com o objetivo de identificar os riscos ocupacionais presentes nos diversos setores da empresa. Realizou-se uma pesquisa aplicada, com objetivo exploratório, abordagem mista e com procedimentos técnicos classificado em estudo de caso. A coleta de dados consistiu em conhecer o processo de trabalho no local analisado, identificar a disponibilidade de equipamentos de proteção individual e coletivo e classificar os riscos de forma qualitativa e quantitativa para representa-los no mapa de riscos, com o intuito de orientar os trabalhadores dos riscos presentes no ambiente de trabalho. Observou-se que a empresa disponibilizava EPI (equipamentos de proteção individual), porém existiam poucos equipamentos de proteção coletiva. Identificou-se que a função de agente funerário é a mais propensa a riscos, pois estão expostos aos agentes químicos e biológicos os quais podem acarretar em problemas graves de saúde. Recomendam-se melhorias no armazenamento dos produtos químicos da sala de procedimentos, além da aquisição de extintores de incêndio, chuveiro de emergência e lâmpadas de emergência.

Palavras-chaves: Casa mortuária. Mapa de risco. EPI.

(8)

Figura 1- Gravidade dos riscos de acordo com o tamanho dos círculos ... 24

Figura 2 - Luxímetro MLM- 1011... 36

Figura 3- Decibelímetro MSL- 1352C ... 37

Figura 4- Equipamento proteção individual agente funerário... 43

Figura 5- Placas de sinalização na sala de procedimentos ... 44

Figura 6- Plataforma de elevação ... 44

Figura 7 - Armário multiuso encontrado na sala de procedimentos ... 45

Figura 8 – Equipamentos de proteção utilizados auxiliar administrativo, atendente e supervisão... 46

Figura 9 - Equipamento de proteção coletiva para acessar o setor de atendimento ao público ... 47

Figura 10 - Equipamentos de proteção individual e coletiva auxiliar de serviços gerais ... 49

Figura 11 - Bomba injetora (A), bomba aspiradora (B), instrumentos cirúrgicos (C) ... 51

Figura 12 - Paramentação funerária... 51

Figura 13 - Produtos químicos encontrados na sala de procedimentos ... 54

Figura 14- Posto de trabalho auxiliar administrativo e supervisão administrativa ... 59

Figura 15 - Reservatório utilizado na sala de procedimentos para incineração de lixo ... 75

Figura 16 - Mapa de risco do setor de atendimento ... 83

Figura 17- Mapa de risco do setor administrativo e supervisão ... 84

Figura 18- Mapa de risco do setor de serviços gerais ... 85

Figura 19- Mapa de risco do setor da sala de procedimentos ... 86

(9)

Gráfico 1- Percepção dos colaboradores com relação ao mapa de risco e CIPA... 40

Gráfico 2- Percepção dos colaboradores com relação aos riscos ... 41

Gráfico 3- Treinamento sobre situação de emergência ... 41

Gráfico 4- Utilização de substâncias químicas pelos trabalhadores ... 52

Gráfico 5– Percepção dos colaboradores sobre vulnerabilidade a acidentes ... 55

Gráfico 6- Acidentes de trabalho presenciados pelos colaboradores no local de trabalho .. 56

Gráfico 7- Acidente ou doença de trabalho ocorrido com colaboradores da funerária ... 56

(10)

Quadro 1- Cores dos riscos ocupacionais no mapa de riscos... 25

Quadro 2- Tipos de efeitos provocados pelos agentes físicos... 26

Quadro 3- Tipos de Efeitos provocados pelos agentes químicos ... 27

Quadro 4- Cores dos riscos ocupacionais no mapa de riscos... 29

Quadro 5- Probabilidade de ocorrência do dano, Índice (P) ... 30

Quadro 6- Consequência do dano, Índice (C) ... 31

Quadro 7- Classificação da Exposição (E) ... 31

Quadro 8- Grau de Perigosidade (GP) ... 31

Quadro 9-Equipamento de proteção individual disponibilizados aos agentes funerários.. .. 42

Quadro 10- Equipamentos de proteção coletiva identificados na sala de procedimentos. ... 43

Quadro 11- Equipamento proteção individual setor administrativo ... ...46

Quadro 12- Equipamento de proteção coletiva identificados no setor administrativo/atendimento ... 47

Quadro 13- Equipamentos de proteção individual identificados no setor de limpeza ... 48

Quadro 14- Equipamentos de proteção coletiva identificados no setor de limpeza ... 48

Quadro 15- Tipos de equipamentos, instrumentos/ferramentas utilizados por cada função.50 Quadro 16- Substâncias com sua composição química ...53

Quadro 17- Atividades desenvolvidas por função... ...55

Quadro 18- Identificação dos riscos para a função de auxiliar administrativo... 60

Quadro 19 - Identificação dos riscos para atendente funerário...62

Quadro 20 - Identificação dos riscos para a função de auxiliar de serviços gerais...64

Quadro 21 - Identificação dos riscos na função de agente funerário...66

Quadro 22- Classificação dos riscos para função de auxiliar administrativo e supervisor administrativo...70

Quadro 23- Classificação dos riscos para a função de atendente funerário...71

Quadro 24- Classificação dos riscos para função de auxiliar de serviços gerais...73

Quadro 25- Classificação dos riscos para a função de agente funerário...77

Quadro 26- Iluminância de acordo com a ABNT...79

Quadro 27- Níveis de iluminância no setor de atendimento...79

Quadro 28- Iluminância demais setores...80

Quadro 29- Decibéis (dB) gerados pelo ar condicionado por setor...81

(11)

Tabela 1- Perfil socioeconômico dos colaboradores de uma Funerária localizada em

Assu/RN ... 39

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ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

CIPA - Comissão Interna Prevenção de Acidente CLT - Consolidação das Leis do Trabalho

CIE - Comissão Internacional de Iluminação

CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente EPC - Equipamento de proteção coletiva

EPI - Equipamento de proteção individual

ISSO - Organização Internacional de Normalização MOI - Modelo Operário Italiano

TEM - Ministério do Trabalho e Emprego NR - Normas regulamentadoras

PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PGRSS - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde POP - Procedimento Operacional Padrão

PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PVC - Policloreto de Vinila

RDC - Resolução da Diretoria Colegiada.

SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho

(13)

1.1 JUSTIFICATIVA ... 15

1.2 OBJETIVOS ... 16

1.2.1 Objetivo geral ... 16

1.2.2 Objetivos específicos ... 16

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 18

2.1 FUNERÁRIA ... 18

2.2 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO ... 20

2.3 MAPA DE RISCO ... 22

2.3.1 Elaboração do mapa de risco... 23

2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS ... 25

2.4.1 Agentes químicos ... 25

2.4.2 Agentes químicos ... 26

2.4.3 Agentes biológicos ... 27

2.4.4 Agentes ergonômicos ... 27

2.4.5 Agentes mecânicos ... 28

2.5 LEVANTAMENTOS DOS RISCOS ... 29

2.6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS E COLETIVOS ... 32

3 METODOLOGIA ... 34

3.1 LOCAL DE ESTUDO ... 34

3.2 COLETA DE DADOS ... 35

3.2.1 Etapas de coleta ... 35

3.2.2 Instrumentos de coleta ... 36

3.3 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS ... 37

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 38

4.1 ENTREVISTAS COM OS COLABORADORES ... 38

4.1.1 Equipamento de proteção individual e coletiva ... 42

4.1.1.1 Agente Funerário ... 42

4.1.1.2 Auxiliar administrativo/atendente funerário/ supervisor administrativo... 46

4.1.1.3 Auxiliar de serviços gerais... 48

4.1.2 Equipamentos e instrumentos ... 49

4.1.3 Produtos químicos ... 52

(14)

4.2 ENTREVISTAS COM OS DIRETORES ... 57

4.3 IDENTIFICAÇÃO DO RISCO POR FUNÇÃO ... 58

4.3.1 Auxiliar administrativo/ supervisão administrativa ... 58

4.3.2 Atendente funerário ... 61

4.3.3 Auxiliar serviços gerais ... 63

4.3.4 Agente funerário ... 65

4.4 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DOS RISCOS ... 68

4.4.1 Avaliação quantitativa utilizando instrumentos técnicos ... 78

4.4.1.1 Intensidade de iluminação ... 78

4.5 MAPA DE RISCO ... 81

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 88

REFERÊNCIAS ... 90

APÊNDICE A - TERMO DE AUTORIZAÇÃO UTILIZADO NA PESQUISA ... 93

APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECID ... 94

APÊNDICE C - ROTEIRO DE ENTREVISTA COM OS COLABORADORES ... 95

APÊNDICE D - ROTIRO DE ENTREVISTA COM O GESTOR ... 96

(15)

1 INTRODUÇÃO

Atualmente as doenças profissionais e os acidentes de trabalho representam as principais causas de afastamento do trabalhador. Segundo Santana et al. (2006), a maioria dos casos de acidentes de trabalho poderiam ter sido evitados com políticas e programas de prevenção a acidentes de trabalho evitando assim os impactos sociais, econômicos e organizacionais.

A Norma Regulamentadora (NR-9) estabelece a obrigatoriedade de identificar os riscos nos ambientes de trabalho, ficando sob a responsabilidade da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) a elaboração do mapa de riscos, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores. Esse processo é realizado através da identificação dos riscos, pois todo trabalhador precisa ser informado dos riscos que está exposto durante a realização das atividades e em seguida é realizado um estudo de quais estratégias preventivas deverá aplicar para reduzir os riscos identificados e treinar o trabalhador para evitar e prevenir o acidente de trabalho (BRASIL, 2017).

De acordo Mota e Frota (2013 “ q iscos no ambiente , ”. Como a obrigatoriedade da utilização do mapa de risco é recente justifica-se a falta de material relacionado ao tema.

Dessa forma, com este estudo pretende-se identificar os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos, além de analisar condições básicas de saúde e segurança no trabalho em uma empresa do setor funerário da cidade de Assu/RN.

1.1 JUSTIFICATIVA

O principal objetivo de uma funerária é a prestação de serviços de ornamentação e conservação de cadáveres. Esse ambiente é considerado insalubre, pois, existe o contato direto com cadáveres humanos, com possível presença de agentes biológicos nocivos que apresentam alto risco de contaminação, além de serem realizados procedimentos de conservação do corpo que envolve produtos químicos e instrumentação do tipo perfurocortantes.

O monitoramento dos riscos ocupacionais neste local é de extrema importância para o

dimensionamento da exposição dos trabalhadores a fim de prevenir possíveis acidentes ou

(16)

doenças ocupacionais. Sendo assim, observa-se a necessidade de identificar os riscos presentes nos ambientes da funerária, objeto deste estudo, e representá-los em um mapa de riscos, o qual é estabelecido como obrigatório para todas as organizações através da Portaria n. 05 de 17/08/1992 do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador.

O mapa de riscos constitui-se de uma representação gráfica dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho, sob a planta baixa do local, fixado em local visível a todos os usuários do espaço (BITENCOURT et al., 1999).

Esta pesquisa teve os seguintes questionamentos: quais os riscos presentes nos setores de uma funerária? A empresa analisada possui condições básicas de saúde e segurança no trabalho para seus colaboradores realizarem as atividades de forma segura?

1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo geral

Identificar os riscos presentes nos setores de uma funerária da cidade de Assu/RN.

1.2.2 Objetivos específicos

 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;

 Avaliar os riscos de forma qualitativa e quantitativa;

 Identificar a disponibilidade de equipamentos de proteção individual e coletiva;

 Propor um modelo de mapa de riscos ocupacionais para a empresa analisada;

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está estruturado em cinco seções conforme descritos a seguir:

Na primeira seção são exibidos os aspectos introdutórios do estudo, compreendendo a introdução que resume o tema a ser explorado, bem como a descrição do problema de pesquisa e os objetivos do estudo.

Na segunda seção são abordados o referencial teórico dos temas necessários para o

desenvolvimento da pesquisa realizada.

(17)

A terceira seção refere-se à metodologia utilizada para a construção do trabalho.

Na quarta seção são apresentados os resultados e discussões que está dividido em quatro subseções. A primeira subseção trata da entrevista com os colaboradores, a segunda aborda a entrevista com os diretores, a terceira seção mostra a identificação do risco por função, estando subdividida em análise quantitativa e qualitativa, e por fim a apresentação do mapa de risco proposto.

A quinta seção apresenta as considerações finais do trabalho.

(18)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta seção será apresentada a fundamentação teórica relacionada à funerária, a legislação, o levantamento e classificação dos riscos, o mapa de risco e os equipamentos de proteção individual e coletivo.

2.1 FUNERÁRIA

De acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2009) são considerados estabelecimentos funerários e congêneres, as empresas públicas ou privadas que desenvolvam qualquer uma das seguintes atividades:

a) Remoção de Restos Mortais Humanos: medidas e procedimentos relacionados à remoção de restos mortais humanos, em urna funerária, bandeja ou embalagem específica, desde o local do óbito até o estabelecimento funerário, adotando-se todos os cuidados de biossegurança necessários para se evitar a contaminação de pessoas e/ou do ambiente;

b) Higienização de restos mortais humanos: medidas e procedimentos utilizados para limpeza e antissepsia de restos mortais humanos, com o objetivo de prepará-los para procedimentos de conservação, inumação ou outra forma de destino;

c) Tamponamento de restos mortais humanos: uso de tampões para vedação dos orifícios do cadáver;

d) Conservação de restos mortais humanos: empregos de técnicas, através das quais os restos mortais humanos são submetidos a tratamentos químicos, com vistas a manterem- se conservados por tempo total e permanente ou previsto, quais sejam, o embalsamamento e a formolização, respectivamente;

e) Tanatopraxia: emprego de técnicas que visam à conservação de restos mortais humanos, reconstrução de partes do corpo e embelezamento por necromaquiagem;

f) Ornamentação de urnas funerárias: consistem na colocação de flores, véus e adornos decorativos e religiosos, conforme tradições e orientação religiosa;

g) Necromaquiagem: consiste na execução de maquiagem de cadáveres, com aplicação de cosméticos específicos;

h) Comércio de artigos funerários: exposição para venda de artigos funerários, tais

como urnas funerárias (caixões), objetos decorativos e religiosos;

(19)

i) Velório: consiste nas honras fúnebres, conforme tradições e orientação religiosa.

Ato de velar cadáveres;

j) Translado de restos mortais humanos: todas as medidas relacionadas ao transporte de restos mortais humanos, em urna funerária, inclusive aqueles referentes à sua armazenagem ou guarda temporária até sua destinação final.

As normas dispostas pela Anvisa (2009) descrevem que estabelecimentos funerários e congêneres devem possuir os seguintes documentos para seu funcionamento:

a) Alvará expedido pelo setor de finanças ou fazenda municipal, autorizando o desenvolvimento das atividades no município;

b) Alvará ou Licença Sanitária expedida pela Vigilância Sanitária Estadual, Vigilância Sanitária Municipal ou do Distrito Federal, conforme a competência pactuada;

Os estabelecimentos prestadores de serviços de Tanatopraxia, Conservação de Restos Mortais Humanos, Higienização e/ou Tamponamento, devem dispor do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) elaborado e implantado em conformidade com a RDC ANVISA n° 306/2004, Resolução CONAMA n° 358/2005 e/ou outros atos normativos que vierem a substituí-las ou complementa-las.

A Anvisa (2009) recomenda a existência de um responsável técnico pelos estabelecimentos que execute a Conservação de Restos Mortais Humanos e/ou Tanatopraxia deve ter o registro de médico inscrito e regular no Conselho Regional de Medicina e possuir certidão de responsabilidade técnica expedido por esse conselho.

Os procedimentos de Conservação de Restos Mortais Humanos e/ou Tanatopraxia poderão ser executados por profissionais com escolaridade mínima de 2º grau e com qualificação específica comprovada (agente funerário conforme código 5165 CBO/MTE), desde que sejam supervisionados pelo responsável técnico. Afirma também que os proprietários de estabelecimentos funerários congêneres são responsáveis legais pelos procedimentos e atividades realizadas no estabelecimento (ANVISA, 2009).

A Anvisa (2009) também orienta que os estabelecimentos que realizam procedimentos de higienização, tamponamento e ou conservação de restos mortais humanos, além do disposto nos itens 1 e 2 do capítulo V, deverão possuir as seguintes áreas:

a) área para embarque e desembarque de carro funerário: área exclusiva, com acesso

privativo, distinto do acesso público ao estabelecimento funerário, com área mínima de 21

m²;

(20)

b) sala para higienização, tamponamento e procedimentos de conservação de restos mortais humanos: sala com acesso restrito aos funcionários do setor, devendo possuir área mínima de 9,00 m² para uma mesa tanatológica, acrescentando-se 5,00 m² por mesa tanatológica adicional. Devem atender ainda às seguintes especificações:

• S â x ;

• R : ó q dispensa o contato das mãos para o fechamento da água, provisão de sabão líquido, além de recursos para secagem das mãos;

• M ó z , formato que facilita o escoamento de líquidos, feita em material liso e impermeável e que possibilite processos repetidos e sucessivos de limpeza, descontaminação e desinfecção.

• V x , boxes individualizados para chuveiros e bacias sanitárias;

c) sala ou área para higienização e esterilização de materiais e equipamentos: esse ambiente deve possuir:

• ;

• : ó q dispensa o contato das mãos para o fechamento da água, provisão de sabão líquido, além de recursos para secagem das mãos;

• , z q e materiais;

• Eq í equipamentos e materiais que se pretende esterilizar.

Se a área de higienização e esterilização de materiais e equipamentos está disposta dentro da sala de tanatopraxia, a orientação da Anvisa, é que haja barreira técnica no local e as condições descritas no item C sejam observadas. Já para os recursos utilizados na higienização das mãos podem ser apenas um para os dois ambientes.

2.2 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Em 8 de junho de 1978, através da portaria nº 3.124 o Ministério do Trabalho,

publicou-se as normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho (NR’ ), que

inicialmente eram 28 normas, porém, atualmente são 36 em vigor, além de uma revogada

(21)

(NR 27). Algumas normas tratam de temas pertinentes a todas as organizações, enquanto outras são específicas a determinados setores ou atividades rotineiras.

O primeiro artigo da NR 01 aponta a obrigatoriedade para as organizações respeitarem todas as normas regulamentadoras, tanto as empresas privadas, órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como os órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (BRASIL, 2009).

A NR 05 estabelece a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), bem como seus objetivos, atribuições e princípios de funcionamento. Nos artigos 14 e 16 desta norma, são apresentadas as atribuições básicas da CIPA, sendo a primeira delas a elaboração do mapa de riscos (BRASIL, 2011).

A NR 09 determina a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) por parte dos empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados. Essa norma estabelece a elaboração do PPRA dentro das organizações com o objetivo de prevenir a ocorrência de riscos ambientais, identificar e classificar os riscos que poderão ser encontrados e auxiliar a CIPA na elaboração do mapa de riscos (BRASIL, 2017).

De acordo com Saliba et al. (2002) o PPRA não pode ser confundido com o mapa de riscos, isso por que o PPRA é um programa de higiene no trabalho, enquanto o mapa de risco é uma inspeção qualitativa efetivada pelo próprio trabalhador no seu posto de trabalho, levando-se em consideração os agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e acidentes/mecânicos.

A NR 07 traz a obrigatoriedade de mais um instrumento com o objetivo de preservar a saúde do trabalhador, que é o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). P M D 2004, . 225 P MSO “ , rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à ú ”, planejado e implantado levando em consideração os riscos à saúde identificados no PPRA.

Já a NR 15 trata sobre o adicional de insalubridade que deve ser pago para

trabalhadores que estão em ambiente cujo risco da atividade esteja acima dos limites de

tolerância ou concentração acima do permitido. E a NR 17 estabelece à adequação do

ambiente de trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores.

(22)

Assim, todo esse aparato de normas visa eliminar, reduzir ou controlar os riscos ocupacionais que os trabalhadores estão submetidos para evitar acidentes e doenças ocupacionais.

2.3 MAPA DE RISCO

De acordo com a NR 05 cabe às CIPAs a construção dos mapas de riscos dos locais de trabalho. Através de seus componentes, a CIPA deverá ouvir os trabalhadores de todos os setores da empresa e caso exista na empresa o Serviço Especializado de Medicina e Segurança do Trabalho (SESMT) poderá solicitar ajuda durante a colaboração do mapa (BRASIL, 2011).

Os riscos deverão ser representados em planta baixa ou esboço do local de trabalho (croqui) e os tipos de riscos relacionados em tabelas próprias, anexas à referida portaria.

Muniz et al. (2013), revela que o mapeamento de riscos nos ambientes de trabalho é uma herança do Modelo Operário Italiano (MOI) e em específico do psicólogo Ivar Oddone, resultado da luta por melhores condições de trabalho na Itália. Na década de 80 essa configuração italiana disseminou-se, no Brasil. Ele afirma ainda que há duas vertentes sobre a introdução do mapa de riscos italiano no Brasil: a primeira confere o feito às áreas sindical e acadêmica, e a segunda atribui à Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina no Trabalho (Fundacentro) de Minas Gerais, pela iniciativa de aplicação em empresas brasileiras e acompanhamento dos resultados obtidos.

A exclusão do Anexo IV da NR 05 em 1999 possibilitou a utilização das diversas inovações na elaboração do mapa de riscos e deixou mais flexível a elaboração do mapa por cada responsável. Com isso, alguns autores apresentam inovações tecnológicas e metodológicas para a elaboração do mapa de riscos.

Facchini et al. (1998) sugere uma inovação metodológica que é a utilização de ícones gráficos ao invés da padronização de círculos propostos pela legislação, permitindo um maior envolvimento e compreensão por parte dos trabalhadores. Após a confecção dos ícones, o autor utilizou um instrumento para avaliar a associação entre o ícone e o risco.

O autor Jakobi (2008) apresentou uma inovação tecnológica ao elaborar um mapa de

riscos a partir do gerenciamento integrado de saúde e doenças ocupacionais de todo o

estado de Rondônia. Através de um instrumento baseado em georeferenciamento,

(23)

conseguiu reunir dados socioeconômicos, de saúde e ambientais, conseguindo um resultado abrangente, detalhista e significativo.

Hökerberg et al. (2006), também propôs uma inovação metodológica que busca refletir sobre a construção coletiva fundamentada em conceitos de biossegurança, qualidade total e vigilância em saúde do trabalhador em um hospital público.

P M F 2013, . 499 “ q mapa de riscos no ambiente de trabalho são escassas, dificultando o aprofundamento e conhecimento do ”. q a utilização do mapa de risco por parte das empresas é recente.

De acordo com Pinto, Windt e Céspedes (2010) o mapa de riscos tem como objetivo reunir as informações básicas para desenvolver um diagnóstico da situação da segurança e saúde no trabalho na empresa, e durante o processo de elaboração, deve existir a troca e a divulgação de informações entre todos os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas ações de prevenção.

Para Santos (2008), o mapeamento tem validade anual ou sempre quando houver mudanças, e sempre que se renova a CIPA o mesmo deve ser atualizado. Sendo assim, o autor afirma que os trabalhadores poderão observar mais, e com isso aprendem a identificar e a registrar graficamente os possíveis focos de acidentes nas empresas, visando controla-los e até mesmo eliminá‐los.

2.3.1 Elaboração do mapa de risco

A elaboração do mapa de riscos está mencionada na í “ ”, 5.16 NR- 05, com redação dada pela Portaria nº 25 de 29/12/1994: identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de risco, com a participação do maior número de empregados, com assessoria do SESMT, quando houver. O anexo VI da NR-05 apresenta as etapas para elaboração de mapas de riscos que são o conhecimento do processo de trabalho, identificação e classificação dos riscos, identificação das medidas preventivas existentes e sua eficácia, identificação dos indicadores de saúde, conhecimento dos levantamentos ambientais já realizados no local e elaboração do mapa de riscos (BRASIL, 1994).

De acordo Portaria nº 25 de 29/12/1994 a primeira etapa consiste em conhecer o

processo de trabalho de todas as atividades desenvolvidas no local, o perfil das pessoas que

(24)

desenvolvem estas atividades (sexo, idade, preparação para exercer a atividade, número de pessoas), os instrumentos e materiais utilizados, as atividades exercidas e o ambiente (BRASIL, 1994).

A segunda etapa é a identificação dos riscos existentes no local analisado e classificação dos mesmos. A terceira é a identificação das medidas preventivas existentes e sua eficácia, bem como a verificação dos equipamentos de proteção individuais e coletivos, medidas de combate a incêndio e medidas de higiene e conforto, como banheiros, lavatórios, armários, bebedouro, enfermaria, refeitório (BRASIL, 1994).

A quarta etapa é a identificação dos indicadores de saúde por meio de levantamento de queixas mais frequentes entre o pessoal exposto aos riscos, histórico de acidentes de trabalho e doenças profissionais diagnosticadas. A quinta é conhecimento dos levantamentos ambientais já realizados no local (BRASIL, 1994).

A sexta e última etapa é a elaboração do mapa de riscos, em cima do layout do local, com o grupo a qual o risco pertence, a intensidade do risco e o número de pessoas expostas ao risco. (BRASIL, 1994).

D P 2011, .08 “ representação gráfica dos riscos deve ser de forma clara, permitindo a rápida identificação de cada tipo de risco existente em cada setor”. São utilizadas cores para identificar o tipo de risco e a gravidade em círculos de tamanho pequeno, médio e grande.

O circulo pequeno representa o risco pequeno por sua essência ou por ser um risco médio já protegido. O círculo médio simboliza o risco que gera relativo incômodo, mas que pode ser controlado. Já o círculo grande indica o risco que pode matar, mutilar ou gerar doenças e que não dispõe de mecanismo para a redução, neutralização ou controle.

Ponzetto (2007) representou de acordo com a Figura 1 a gravidade dos riscos de acordo com o tamanho dos círculos.

Figura 1- Gravidade dos riscos de acordo com o tamanho dos círculos

Fonte: Ponzetto (2007).

(25)

No Quadro 1 são apresentadas as cores correspondentes à classificação do agente de riscos.

Quadro 1- Cores dos riscos ocupacionais no mapa de riscos

Riscos ocupacionais Cor

Agente físico Verde

Agente químico Vermelho

Agente biológico Marrom

Agente ergonômico Amarelo

Agente mecânico Azul

Fonte: Ponzetto (2007).

Para que os riscos no ambiente de trabalho possam ser bem identificados, o mapa é elaborado de acordo com uma simbologia padrão. Os riscos são classificados em círculos de três tamanhos (pequeno, médio e grande), que representa a intensidade da presença deles em um determinado setor. E as cores também são elementos de diferenciação e padronização da natureza do risco (PONZETTO, 2007).

2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS

Os Riscos podem ser operacionais (riscos de acidente), comportamentais ou ambientais (físicos, químicos, biológicos e ergonômicos).

2.4.1 Agentes químicos

Os agentes físicos são representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de

trabalho que podem afetar a saúde dos trabalhadores, como: ruídos, vibrações, radiações,

frio, calor, pressões anormais e umidade. De acordo com Santos (2008) os agentes físicos

podem causar alguns sintomas, conforme organizado no Quadro 2.

(26)

Quadro 2- Tipos de efeitos provocados pelos agentes físicos

Agente físico Sintomas

Ruídos

Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição (surdez temporária, surdez definitiva e trauma acústico), aumento da pressão arterial, problemas no aparelho digestivo, taquicardia, perigo de infarto.

Vibrações

Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença do movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias.

Calor ou frio extremo

Taquicardia aumento da pulsação, cansaço, irritação, fadiga térmica, prostração térmica, choque térmico, perturbação das funções digestivas, hipertensão.

Radiações ionizantes Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho.

Radiações não ionizantes Queimaduras, lesões na pele, nos olhos e em outros órgãos.

Umidade Doenças do aparelho respiratório, da pele e circulatórias, e traumatismos por quedas.

Pressões anormais

Embolia traumática pelo ar, embriaguez das profundidades, intoxicação por oxigênio e gás carbônico, doença descompressiva.

Fonte: Santos (2008).

Os agentes físicos são aqueles gerados por máquinas e condições físicas características do local de trabalho, que podem causar danos à saúde do trabalhador (SANTOS, 2008).

2.4.2 Agentes químicos

Para Santos (2008) os agentes químicos são substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e mental dos trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias, compostos ou outros produtos químicos.

De acordo com Santos (2008) os gases, vapores e névoas podem provocar efeitos

irritantes, asfixiantes ou anestésicos conforme apresentados no Quadro 3.

(27)

Quadro 3- Tipos de Efeitos provocados pelos agentes químicos

Tipo de efeitos Substâncias Sintomas

Irritantes Ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, cloro.

Irritação das vias aéreas superiores.

Asfixiantes

Gases como hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono.

Dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e até morte.

Anestésicos

A maioria dos solventes orgânicos assim como o butano, propano, aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno, álcoois, tolueno.

Ação depressiva sobre o sistema nervoso central, provocando danos aos diversos órgãos.

O benzeno é responsável por danos ao sistema formador do sangue.

Fonte: Santos (2008, p.12).

São aqueles representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas líquida, sólida e gasosa, e quando absorvidos pelo organismo, podem produzir reações tóxicas e danos à saúde (SANTOS, 2008).

2.4.3 Agentes biológicos

Os agentes biológicos estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias, protozoários, parasitas, bacilos e outras espécies de microrganismos. Esses microrganismos podem causar as seguintes doenças: tuberculose, intoxicação alimentar, fungos (microrganismos causadores infecções), brucelose, malária, febre amarela. Para a prevenção para esses grupos de agentes biológicos são: vacinação, esterilização, higiene pessoal, uso de EPI; ventilação, controle médico e controle de pragas (SANTOS, 2008).

2.4.4 Agentes ergonômicos

Para Santos (2008) os agentes ergonômicos estão relacionados com a execução de

tarefas, a organização e as relações de trabalho, ao esforço físico intenso, levantamento e

transporte manual de peso, mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de

tempo para produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno noturno,

jornadas de trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e situações causadoras de

estresse.

(28)

Para esses riscos os danos à saúde do trabalhador são: cansaço, dores musculares e fraqueza, além de doenças como hipertensão arterial, diabetes, úlceras, moléstias nervosas, alterações no sono, acidentes, problemas de coluna (SANTOS, 2008).

2.4.5 Agentes mecânicos

Os agentes mecânicos são muito diversificados e estão presentes no arranjo físico inadequado, pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou matéria prima fora de especificação, máquina e equipamentos sem proteção, ferramentas impróprias ou defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente, instalações elétricas defeituosas, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado e outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes (SANTOS, 2008).

O arranjo físico inadequado ou deficiente causa acidentes além de provocar desgaste físico excessivo nos trabalhadores. Edificações com defeitos de construção podem expor os trabalhadores a riscos de quedas e acidentes em ambientes com piso que apresentam desníveis, escadas fora de ausência de saídas de emergência, passagens sem a altura necessária são mais propícios (SANTOS, 2008).

Matéria prima sem especificação e inadequada pode gerar acidentes, doenças profissionais, queda da qualidade de produção. Instalações elétricas deficientes trazem riscos de curto circuito, choque elétrico, incêndio, queimaduras, acidentes fatais. Já as máquinas sem proteção podem provocar acidentes graves (SANTOS, 2008)

No Quadro 4 são elencados os principais riscos ocupacionais causados pelos cinco

principais agentes ambientais da avaliação qualitativa.

(29)

Quadro 4- Cores dos riscos ocupacionais no mapa de riscos

Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V

Agentes químicos

Agentes físicos

Agentes biológicos

Agentes ergonômicos

Agentes mecânicos

Poeira Ruído Vírus Trabalho físico

pesado

Arranjo físico deficiente Fumos

Metálicos Vibração Bactéria Posturas

incorretas

Maquinas sem proteção Névoa

Radiação ionizante e não ionizante

Protozoários

Treinamento inadequado /Inexistente

Matéria-prima fora de especificação Vapores Pressões

anormais Fungos

Jornadas prolongadas de

trabalho

Equipamentos inadequado- defeituosos ou

inexistentes Gases Temperaturas

extremas Bacilos Trabalho noturno

Ferramentas defeituosas e/ou

inadequadas ou inexistentes Produtos

Químicos em geral

Frio

Calor Parasitas

Responsabilidade e Conflito,

Tensões emocionais

Iluminação deficiente Eletricidade Substâncias,

compostos ou produtos químicos em

geral

Umidade Insetos, cobras, aranhas, etc.

Desconforto Monotonia

Incêndio Edificações Armazenamento

Outros Outros Outros Outros Outros

VERMELHO VERDE MARROM AMARELO AZUL

Fonte: Santos (2008).

De acordo com o autor, a CIPA deve se familiarizar com o Quadro 4, que classifica os cinco tipos de riscos ocupacionais que são representadas através de cinco cores diferentes no mapa.

2.5 LEVANTAMENTOS DOS RISCOS

De acordo com Pedro (2006) os métodos de identificação e avaliação de riscos são interligados em diferentes categorias; qualitativos, quantitativos e semi-quantitativo e a escolha dependerá dos objetivos da identificação e avaliação dos riscos, analisando para que foram criados e quais meios foram utilizados e quais os fatores se relacionam.

Os métodos qualitativos são puramente descritivos, sem quantificações de risco,

(30)

identificam acontecimentos com a capacidade de provocar situações de perigo além de apresentar maneiras de evitar tais ocorrências. Podem ser classificadas do tipo descritivo, ou seja, fazem descrições detalhadas dos postos de trabalho utilizando listas de verificações ou através de árvores lógicas onde representa diagramas de acontecimentos (PEDRO, 2006; MENDONÇA, 2013).

O método quantitativo estabelece a quantificação do risco atribuindo um valor à probabilidade de certo evento ocorrer. Os exemplos dos métodos quantitativos são; os estatísticos (exemplo: índices de confiabilidade), os matemáticos (exemplo: modelos de falhas) e os pontuais (exemplo: método de Gretener) (PEDRO, 2006; MENDONÇA, 2013).

Já para o método semi-quantitativo é realizada uma identificação dos perigos, o qual atribuem índices às situações de riscos existentes e procuram estabelecer planos de ação, buscando ordenar o risco definindo e implementando ações preventivas e corretivas.

Exemplos dos métodos semi-quantitativo tem-se o método de avaliação de riscos e acidentes de trabalho – MARAT e o Método de William T. Fine (PEDRO, 2006;

MENDONÇA, 2013).

Para identificar os riscos encontrados no local analisado, é necessário estimar o risco de acordo com a probabilidade da ocorrência do dano e a gravidade do dano. O método de William T. Fine é uma ferramenta de análise de riscos que tem como objetivo indicar a prioridade de ação sobre os riscos identificados, equacionando o grau de risco com a disponibilidade econômica (CHAGAS, 2016).

O método proposto é semi-quantitativo, pois atribui um índice às situações de risco identificadas baseado na gravidade e na probabilidade de ocorrência do perigo a elas associado. A equação se dá através do produto das três variáveis, Consequência (C), Exposição (E) e Probabilidade (P) dá origem à Magnitude do Risco (R) ou Grau de Perigosidade (GP) (FREITAS, 2008). No Quadro 5 é apresentado o índice atribuído a variável da probabilidade.

Quadro 5- Probabilidade de ocorrência do dano, Índice (P) Probabilidade (P) Fator

Muito provável 10

Possível 6

Raro 3

Pouco provável 1

Nunca aconteceu 0,5

Praticamente impossível 0,1

Fonte: Chagas (2016 adaptado de Freitas, 2008).

(31)

Do mesmo modo, o referido autor também classifica a consequência do dano por meio de métodos qualitativo e quantitativo, e atribui um valor através da classificação no Índice (C), de acordo com o Quadro 6.

Quadro 6- Consequência do dano, Índice (C) Consequência (C) Fator

Acidente mortal 100

Incapacidade permanente 50

Doença 25

Incapacidade temporária 15

Lesões graves 5

Lesões ligeiras 1

Fonte: Chagas (2016 adaptado de Freitas, 2018).

Outra variável utilizada é a Exposição (E), onde classifica por tempo de exposição ao risco que o trabalhador está exposto (CHAGAS, 2016). O Quadro 7 apresenta a classificação da Exposição (E).

Quadro 7- Classificação da Exposição (E)

Exposição (E) Descrição Fator

Contínua Muitas vezes por dia 10

Frequente Uma vez ao dia 6

Ocasional Entre uma vez por semana e uma vez por mês 3 Irregular Entre uma vez por mês e uma vez por ano 2 Raramente Sabe-se que ocorre, mas com frequência ínfima 1 Pouco provável Não se sabe se ocorre, mas pode acontecer 0,5

Fonte: Chagas (2016 adaptado de Freitas, 2018).

Este método parte do conceito geral de risco, para determinar o grau de perigosidade de um risco, determinado pela seguinte expressão: GP = C x E x P, onde: GP- Grau de Perigosidade do Risco; C- Consequência esperada; E- Tempo de exposição do trabalhador à situação do risco e P- Probabilidade de ocorrência (CHAGAS, 2016). O Quadro 8 descreve o grau de perigosidade.

Quadro 8- Grau de Perigosidade (GP)

Grau de Perigosidade Índice de Risco

Muito Alto GP >400 Suspensão imediata da atividade perigosa Alto 200 < GP<400 Correção imediata

Substancial 70 < GP< 200 Correção urgente

Moderado 20 < GP < 70 Não é urgente, mas tem que ser corrigido Aceitável GP < 20 Pode manter-se

Fonte: Chagas (2016 adaptado de Freitas, 2018).

(32)

Com os resultados obtidos através da equação pode-se determinar as prioridades de intervenção de acordo com a escala de índice de risco de acordo com o Quadro 8.

2.6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS E COLETIVOS

A NR 06 aborda os equipamentos de proteção individuais EP ’ ressalta que o fornecimento destes é de responsabilidade do empregador, e compete ao empregado o uso adequado para a finalidade a que se destina. A utilização correta dos EPIs e a presença de equipamentos de proteção coletiva EP ’ minimizam e reduzem os riscos de acidentes de trabalho. (BRASIL, 2010)

De acordo com Verga Filho (2009) equipamentos de proteção coletiva são “ q que quando bem especificados para as finalidades a que se destinam, permitem executar operações em ótimas condições de trabalho para o operador e demais pessoas no ó ”. S x EP ’ : , ê , - olhos de emergência, caixa de areia, extintores e mantas corta-fogo.

O EP ’ - “ balhador ou analista em operações que a é ú í ” Pode- x EP ’ : j , , ó , tetor auricular e máscaras semifaciais e de proteção total. Além disso, o autor ressalva que todos os EPIs precisam possuir registro no Ministério do Trabalho, chamado de certificado de aprovação (CA), que comprove que esses equipamentos passaram por testes que asseguram a efetiva proteção (VERGA FILHO, 2009).

Sabe-se que os EPI’s devem ser fornecidos de acordo com a atividade a ser desenvolvida, sendo relacionada com o risco a qual o colaborador está exposto. Todos os colaboradores que estão expostos a agentes biológicos nocivos e a agentes químicos, devem estar cientes do método de prevenção, mas eficaz para evitar o acidente, obedecendo às normas de biossegurança (VERGA FILHO, 2009).

Por não ter sido encontrado material específico para a função de agente funerário, foi pesquisado o CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), da função agente funerário, n°

5165 para detalhar quais EPIs seriam necessários para a função. Porém na descrição os

equipamentos de proteção individual e coletivos estão descritos de maneira superficial sem

maiores especificações. Sendo assim, os equipamentos de proteção individual utilizados

(33)

são os específicos para trabalho com agentes biológicos e químicos, os quais serão

abordados nas seções posteriores.

(34)

3 METODOLOGIA

A natureza da pesquisa é aplicada. Para Moreira e Caleffe (2008) a pesquisa aplicada

“é z ó ”. Esse tipo de pesquisa foi escolhido, pois foram utilizados conhecimentos teóricos para uma situação problema, a fim de encontrar soluções práticas.

Quanto aos seus objetivos, a pesquisa é classificada como exploratória. Segundo Gil 1991 q x ó “ j com o problema, com vista de torná- x í ó ”. Em suma, tem por característica, utilizar um levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências diretas com o problema e análise de exemplos que ajudem na compreensão.

Quanto à abordagem da pesquisa, foi classificada como quantitativa e qualitativa. Os autores Moreira e Caleffe (2008), defendem que a pesquisa qualitativa “ x í í q ”. E que q q “ x í õ que dados é ”. Vale salientar que essas classificações podem ser usadas em um mesmo estudo. Neste estudo, a pesquisa qualitativa foi utilizada para identificar os riscos ambientais presentes na Funerária, enquanto que a pesquisa quantitativa para avaliar todos os riscos de acordo com a intensidade de cada um, posteriormente esses riscos foram identificados no mapa de riscos.

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, a pesquisa foi classificada como um estudo de caso. Gil (1991) define estudo de caso como o “ profundo e exaustivo de j , q ”.

Além disso, o mesmo autor mostra que a escolha do estudo de caso em pesquisas exploratórias define a ênfase na totalidade, no estímulo a novas descobertas e na simplicidade dos procedimentos.

3.1 LOCAL DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada nos meses de julho e agosto de 2018 em uma funerária

localizada na cidade de Assu/RN composta por 17 trabalhadores distribuídos nas seguintes

(35)

funções: 04 atendentes funerário, 04 agentes funerários, 02 Auxiliares de serviços gerais, 04 auxiliares administrativo, 01 supervisora administrativa e 02 diretores.

3.2 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada por entrevistas semiestruturadas, por observação direta, registro fotográfico e por medição dos agentes ocupacionais com instrumentos técnicos. Os autores Moreira e Caleffe (2008) defendem que as entrevistas semiestruturadas partem de uma premissa que inclui os temas a serem discutidos, não devem ser introduzidos da mesma maneira e ordem em todas as entrevistas, e os entrevistados não precisam se limitar em suas respostas, nem responder todas as questões.

3.2.1 Etapas de coleta

Para a realização deste trabalho foi realizada uma reunião com os diretores para pedir autorização para a realização do estudo, conforme Apêndice A. Após a autorização foi realizada a construção de dois roteiros de entrevista, sendo um para ser aplicado com os colaboradores (Apêndice C) e outro com os diretores (Apêndice D). Para aplicar o questionário com os colaboradores se fez necessário à assinatura de um termo de autorização, conforme Apêndice B, e em seguida foi realizada entrevista com os 15 colaboradores.

Em outra ocasião foram entrevistados os 2 diretores da empresa em estudo. Após a realização das entrevistas foi realizado o levantamento de questões referentes às atividades realizadas na empresa, aos riscos ocupacionais encontrados e à utilização de equipamentos de proteção individual e coletivo.

Em seguida foi realizada uma análise de todos os setores da empresa, verificando as condições de trabalho e disponibilidade de equipamentos através de um Checklist, conforme Apêndice E, para obter uma análise qualitativa do risco. Após esta etapa, utilizaram-se os equipamentos técnicos de ruído e iluminância para obter dados quantitativos. Por fim, a última etapa foi à elaboração dos mapas de riscos ambientais.

Vale salientar a importância da observação no desenvolvimento deste trabalho. Essa

etapa teve como objetivo a identificação dos riscos presentes em todos os setores da

(36)

empresa a fim de identificar aqueles não abordados na entrevista, mas que existem no local visando fazer um comparativo sobre a percepção dos colaboradores em relação aos riscos que foi observado.

3.2.2 Instrumentos de coleta

Como instrumentos de análise foram utilizados os dados obtidos pelas entrevistas, observação nos setores da empresa para identificação e caracterização das atividades desenvolvidas e dos riscos ocupacionais, além do referencial teórico e das Normas Regulamentadoras nº 05 e 09 do Ministério do Trabalho para elaboração dos mapas de riscos setoriais.

Também foram utilizados instrumentos de medições de ruído e iluminância. As medições de intensidade de iluminação ou iluminância foram realizadas através de um Luxímetro MLM-1011, fabricante Minipa, fornecido pela instituição de ensino. As medidas foram dadas em lux, o que corresponde à incidência perpendicular de 1 lúmen em uma superfície de 1 metro quadrado. Na Figura 2 é representado o luxímetro utilizado.

Figura 2 - Luxímetro MLM- 1011

Fonte: Arquivo da Autora (2018).

Foi utilizado o decibelímetro como instrumento de medição para nível de pressão

sonora no circuito de compensação A e com circuito de resposta lenta, próximas ao ouvido

do colaborador. O equipamento utilizado para as medições foi o MSL-1352C, do

fabricante Minipa, fornecido pela instituição e ilustrado na Figura 3.

(37)

Figura 3- Decibelímetro MSL- 1352C

Fonte: Elaboração da Autora (2018).

Os resultados das leituras utilizando os equipamentos mencionados acima foram anotados em quadros ao término de cada medição para realizar comparações com as normas existentes, sendo para iluminância a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 e para ruído o Anexo 1 e 2 da NR 15.

. 3.3 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS

O método escolhido para este trabalho foi semi-quantitativo baseado no método de William T. Fine, utilizando a equação que se dá através do produto das três variáveis, Consequência (C), Exposição (E) e Probabilidade (P) dá origem à Magnitude do Risco (R) ou Grau de Perigosidade (GP) utilizando a escala de índice de risco, em que: o GP<20, o nível de risco é 5 (aceitável); 20<GP<70, 4 (moderado); 70<GP<200, 3 (notável);

200<GP<400, 2 (alto) e GP>400, o nível de risco é 1 (grave/eminente) (FREITAS, 2008).

(38)

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Buscou-se conhecer o processo de trabalho da funerária e assim identificar e mapear os riscos presentes em cada atividade. Esta seção é dividida em quatro etapas, a primeira é a analise dos dados obtidos através das entrevistas com os colaboradores, a segunda é a análise das entrevistas com os diretores, a terceira etapa é a identificação do risco por função que foi subdividida em avaliação qualitativa e quantitativa, e por fim é apresentado o mapa de risco.

4.1 ENTREVISTAS COM OS COLABORADORES

Foram entrevistados 15 colaboradores da funerária analisada. De acordo com a

entrevista, foram perguntadas informações pessoais como: idade, sexo, tempo de admissão,

escolaridade e função como mostrado na Tabela 1.

(39)

Tabela 1- Perfil socioeconômico dos colaboradores de uma Funerária localizada em Assu/RN

Fonte: Elaboração da autora (2018).

Em relação ao gênero, 46,7% é do sexo feminino e 53,3% do sexo masculino.

Observou-se que a função de agente funerário é composta apenas por membro do sexo masculino. Já com relação à idade foi identificado que o colaborador mais jovem possui 24 anos e o mais velho 45 anos. Pode-se afirmar que 60% dos trabalhadores possui até 33 anos o que caracteriza uma equipe de trabalhadores jovens.

Quanto à escolaridade, 53,34% possuem ensino médio completo. Dois colaboradores informaram que não tinham concluído o ensino fundamental, porém suas funções não exige uma maior formação, eles compõem o setor de limpeza. Apenas 13,33% da equipe possuem ensino superior completo, com formação em bacharelado em administração que é diretamente relacionada a suas atividades.

Variáveis Unidade Porcentagem (%)

1. Sexo

Feminino 07 46,7

Masculino 08 53,3

2. Idade (anos)

18-25 4 26,67

26-33 5 33,33

34-41 4 26,67

Acima 41 anos 2 13,33

3. Escolaridade

Fundamental completo 2 13,33

Fundamental incompleto 2 13,33

Médio completo 8 53,34

Superior completo 2 13,33

Superior incompleto 1 6,67

4. Função

Agente Funerário 4 26,7

Atendente Funerário 4 26,7

Auxiliar administrativo 5 33,3

Auxiliar Serviços Gerais 2 13,3

5. Admissão (anos)

Até 1 ano 5 33,4

1 – 5 anos 4 26,6

5 – 10 anos 6 40,0

(40)

Em relação às funções foram identificadas 06 funções básicas (atendente funerário, agente funerário, auxiliar administrativo, supervisora administrativa, auxiliar de serviços gerais e diretor) necessárias para o desenvolvimento do serviço funerário. São quatro agentes funerários e quatro atendentes funerários trabalhando no regime 12 x 36 horas. A equipe do setor administrativo é composta por cinco colaboradores que desenvolvem atividades relacionadas à administração da empresa. A diretoria é composta pelo proprietário e sua esposa. A equipe de manutenção e limpeza é composta por 02 colaboradores.

Quanto ao tempo de admissão, aproximadamente 70% dos colaboradores estão dentro do intervalo de 1 a 10 anos de vínculo empregatício. Foi identificado que o colaborador mais recente possui 3 meses de admissão e o mais antigo possui 8 anos.

Quando questionados sobre o que era mapa de risco e CIPA, cerca de 40% dos entrevistados afirmaram que não sabia ou não lembrava o que significava. A empresa não possui CIPA, pois conforme a NR 5, ela está desobrigada a constituir a comissão. No entanto, deveria ter um trabalhador treinado como designado da CIPA. Esses percentuais estão representados no Gráfico 1.

Gráfico 1- Percepção dos colaboradores com relação ao mapa de risco e CIPA

Fonte: Elaboração da autora (2018)

Quanto à identificação dos riscos, cada função possui riscos específicos. Sendo assim, durante as entrevistas os colaboradores do setor administrativo composto por 4 trabalhadores junto com a supervisão administrativa e também os atendentes funerários identificaram como a má postura um possível fator de risco na sua função.

A equipe de manutenção e limpeza composta por 02 auxiliares de serviços gerais

identificaram como fonte geradora de riscos o uso de produtos de limpeza, piso molhado e

(41)

a utilização de ferramentas de jardinagem. Já a equipe de agentes funerários mostrou-se cientes dos riscos químicos e biológicos quando estão na sala de tanatopraxia. Vale salientar que esses foram os relatos referentes à percepção dos colaboradores (Gráfico 2).

Porém, na etapa de observação serão analisados todos os riscos existentes.

Gráfico 2- Percepção dos colaboradores com relação aos riscos

Fonte: Elaboração da autora (2018).

Cerca de 40% dos entrevistados afirmaram que não tiveram treinamentos sobre situação de emergências. Foi percebido que os colaboradores que tiveram essa percepção são aqueles com o tempo de admissão mais recente. O que supõe que o treinamento foi realizado antes da admissão dos mesmos. Conforme Gráfico 3.

Gráfico 3- Treinamento sobre situação de emergência

Fonte: Elaboração da autora (2018).

(42)

4.1.1 Equipamento de proteção individual e coletiva

Todos os colaboradores afirmam que receberam EPI’s de acordo com sua função e que utilizam todos os equipamentos. Porém não foram relatados os equipamentos de segurança coletiva, como por exemplo, os extintores.

Sendo assim, visando confirmar tais informações propôs-se realizar uma lista de verificação com os EPI’s fornecidos pela empresa. No dia 13 de julho de 2018 foi realizada a verificação por função de todos os EPI’s e EPC’s necessários para o estabelecimento.

4.1.1.1 Agente Funerário

Para o agente funerário é obrigatório no decorrer da execução de suas atividades, à utilização de avental de PVC, botina em PVC, capote, luvas de segurança, óculos de segurança, entre outros, listados no Quadro 9. E EP ’ z durante a preparação e ornamentação de um cadáver/corpo, pois eles estão expostos a bactérias, vírus, fungos, parasitas, protozoários e bacilos. Durante a visita foram identificados os EPI’s disponíveis, juntamente com o Certificado de aprovação (CA) e a validade dos mesmos conforme Quadro 9.

Quadro 9- Equipamento de proteção individual disponibilizado aos agentes funerários Equipamentos de proteção individual N° CA Validade

Avental em PVC 21075 28/12/2022

Botina em PVC 13.146 26/12/2022

Capote 37505 29/09/2020

Luva cano longo contra agentes mecânicos e químico 31336 14/11/2022

Luva látex para procedimento 9633 04/06/2019

Macacão em poliéster Duvelk 20.662 02/07/2023

Macacão em poliéster Tavelk 17.672 02/06/2019

Óculos de proteção ampla visão 18.070 09/04/2019

Respirador purificador de ar tipo peça semifacial 434 23/08/2022

Fardamento de uso externo - -

Fardamento de uso interno na sala de procedimentos. - -

Fonte: Elaboração da autora (2018).

Para melhor visualização segue a Figura 4 do colaborador utilizando os EPI’s que é

utilizado na sala de procedimentos.

(43)

Figura 4- Equipamento proteção individual da função de agente funerário

Fonte: Arquivo da autora (2018).

Não foram identificados extintores, chuveiro de emergência e lâmpadas de emergência na sala de procedimentos, itens essenciais em situações de emergências. Vale salientar que o vestiário com chuveiros de emergência e lava olho, de acordo com a NR 32, é exigível onde há risco químico. O Quadro 10 descreve os itens de proteção coletiva.

Quadro 10– Equipamentos de proteção coletiva identificados na sala de procedimentos Equipamentos de proteção coletiva Sala de procedimentos

Extintor de incêndio Não

Chuveiro de emergência Não

Lâmpadas de emergência Não

Plataforma elevação Sim

Armário multiuso Sim

Placas de sinalização Sim

Máquina de lavar roupa Não

Fonte: Elaboração da autora (2018).

Na sala de procedimentos existem algumas sinalizações que alertam os

colaboradores para a utilização dos EPI’s, além de uma placa que solicita a organização e

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