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VIDROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL COM BASE NAS NBR S

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Academic year: 2021

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PAULO, Eduarda Aparecida James NEVES, Eduardo Ferreira

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AZEVEDO, Otoniel Aquino de

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SILVA-FILHO, Gilson

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INTRODUÇÃO

Considerado um material nobre por excelência, o vidro teve sua origem a cerca de 4.000 a.C. povos da Mesopotâmia, Egito, Síria, Grécia entre outros, utilizavam o vidro na fabricação de amuletos, adornos, jarros, vasos, etc. Contudo, foi por volta de 100 a.C. que os romanos inventaram o vidro plano e começaram a utilizá-lo em janelas. A indústria restringe o conceito vidro ao produto resultante da fusão, pelo calor, de óxidos e seus derivados e misturas, constituindo principalmente a sílica ou o dióxido de silício (UNICAMP, 2011).

O interesse do homem pelo uso do vidro na construção civil se deu graças a sua capacidade de proporcionar transparência, sinônimo de luz aos ambientes da edificação, que pode ser explorada de forma plena ou discreta (PINHEIRO, 2007).

Richards (2006) afirma que no século XX, a busca pela transparência, reflexão, translucidez e opacidade, juntamente com as melhorias dos vidros, evoluíram com a construção civil. Observa-se que as principais características do vidro são:

reciclabilidade, transparência, dureza, isolante dielétrico, baixa condutividade térmica, abundancia de recursos da natureza, diminuição de ruídos sonoros, climatização e durabilidade.

Sabe se que a maior parte da produção de vidro destina-se á construção civil, e tais vidros estão dentro da NBR 7199. “ABNT NBR, também chamada apenas de NBR, é a sigla para Norma Brasileira aprovada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas”, que rege projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil.

1

Graduando do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário São Camilo-ES – leonardolima1722@gmaill.com.

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Bióloga. Bolsista Fapes Edital 20/18 PPE Gestão e Competitividade. Centro Universitário São Camilo-ES, eduardaaparecidajames@gmail.com

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Químico. Técnico de Laboratório de Engenharia Civil do Centro Universitário São Camilo-ES, eddu_cn@hotmail.com.

4

Professor Co-orientador: Mestre em Ciências Naturais. Engenharia. Centro Universitário São Camilo-ES, otonielazevedo@saocamilo-es.br.

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Professor orientador: Doutor em Ecologia e Recursos Naturais. Ciências Biológicas e Engenharia. Centro

Universitário São Camilo-ES, gilsonsilva@saocamilo-es.br.

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Portanto o vidro é fabricado desde tempos antigos basicamente com a mesma finalidade, porém o que muda é a utilização de determinados materiais em sua fabricação e dentre esses matérias pode ser utilizado também a lama abrasiva e isso pode ser visto de modo que seja uma produção eficaz e seguindo os critérios das normas legais.

O vidro é o único material 100% reciclável, é utilizado mesmo depois de velhos, saem das usinas de reciclagem em formas de cacos, direto para as fábricas de vidro, estes cacos entram novamente no processo de produção para gerar novos vidros (ARKEMAN, 2011).

A reciclagem é um processo de transformação de um material, cuja primeira utilidade terminou em outro produto, com isso ela acaba gerando economia de matérias-primas, água e energia, é menos poluente e alivia os aterros sanitários onde sua vida útil é aumentada, poupando espaços preciosos da cidade que poderiam ser usados para construções de hospitais, escolas, bibliotecas dentre outros fins (GERBER, 2011).

Diante do exposto, uma forma mais sustentável de continuar desenvolvendo o setor vidreiro e atender às normas e legislações vigentes é a utilização dos resíduos de rochas ornamentais no processo de fabricação de vidros. Além de serem materiais altamente densos, com um alto consumo de matéria-prima, os vidros têm como principal componente a sílica (SiO

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), que é encontrada de maneira abundante nos resíduos de rochas ornamentais, sobretudo em granitos e, principalmente, em quartzitos. A gestão da LBRO segue à Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305/2010 Art. 9º, a qual estabelece que no gerenciamento dos resíduos sólidos a prioridade é a não geração dos resíduos, seguida da redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e, por último, disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos (BASTOS, 2018).

Nesse sentido o objetivo deste trabalho foi avaliar a aplicabilidade do vidro nas mais diversas formas na construção civil seguindo as normas da NBR visando a inserção do vidro ecológico produzido com resíduos do Beneficiamento de Rochas Ornamentais na construção civil sem perder a qualidade do empreendimento.

METODOLOGIA

Foi realizado um levantamento bibliográfico em artigos, revistas e sites

relacionados às NBR´s e a respeito da qualidade dos vidros, bem como a sua

aplicabilidade no setor da construção civil.

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Os artigos foram pesquisados em sites como Scielo, Google Acadêmico, Web of Science utilizando os seguintes descritores: NBR, utilização das NBR na construção civil, aplicação das NBR, qualidade dos vidros por meio das NBR e utilização de vidros na construção civil e vidros e construção civil. Os descritores foram utilizados em língua portuguesa apenas. Após foi realizada a leitura dos mesmos dos artigos e a seleção dos trabalhos a serem utilizados foram os diretamente correlacionados com a temática do estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao longo do tempo foi criado os vidros de diversas formas e sempre buscando o aprimoramento do material base para ter o melhor resultado possível e o maior nível de segurança. Nos dias atuais a construção civil aborda uma grande quantidade de vidro que podem ser utilizados tanto em janelas, boxes, mesas, sacadas etc. (AZEREDO, 2004)

De acordo com a NBR 7199/16 existem normas de segurança para o uso dos vidros e, segundo Azeredo (2004), os vidros são classificados por tipo, forma, transparência e acabamentos de superfície. Entre as classificações dos vidros existentes, estão:

Vidro Float: É o vidro comum, liso, transparente e a matéria-prima que dá origem aos temperados, laminados, insulados, serigrafados e espelhos. Sua composição inclui sílica, sódio, cálcio, magnésio, potássio e alumina. É aplicado na arquitetura, indústria moveleira, automotiva e de linha branca (eletrodomésticos). Atualmente, no Brasil, é produzido com espessuras que variam de 3 a 19 mm. Vidro temperado: considerado vidro de segurança, é submetido a tratamento o qual introduz tensões adequadas que se, fraturado em qualquer ponto, desintegra-se em pequenos pedaços menos cortantes que em vidros recozidos. Vidro laminado: também avaliado como vidro de segurança, é manufaturado com duas ou mais chapas de vidro firmemente unidas e alternadas com uma ou mais películas de material aderente, de maneira que, quando quebrado, tende a manter os estilhaços colados nesta película. Vidro duplo ou insulado: formado por duas ou mais chapas de vidro, selada em sua periferia, formando vazios entre as chapas paralelas.

Entre os dois vidros, há uma camada interna de ar ou de gás desidratado – dupla selagem. A primeira selagem evita a troca gasosa, enquanto a segunda garante a estabilidade do conjunto.

Vidro aramado: considerado vidro de segurança, formado por uma chapa de vidro que contém em seu interior, fios metálicos incorporados à sua massa durante a fabricação. A tendência é que, quando quebrado, os estilhaços mantenham-se presos aos fios.

Vidro térmico absorvente: vidro com capacidade de absorver pelo

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menos 20% dos raios infravermelhos, reduzindo o calor que entra na edificação.

A lama abrasiva é uma alternativa para a fabricação de vidros com uma resistência eficaz e de alta qualidade e que podem ser utilizados em diversas áreas da construção civil. O vidro é abundante visto que as serrarias e marmorarias produzem toneladas deste resíduo mensalmente e esse material em contato com o meio ambiente acarreta danos.

Até o momento não foram evidenciadas NBRs que permitam ou proíbam a utilização do resíduo de beneficiamento de rochas ornamentais na fabricação de vidro e a utilização destes na construção civil. Contudo é viável a sua utilização pelas características expressadas na NBRs 7199/16 e Azeredo (2004).

A utilização desse material na fabricação de vidros, área da construção civil é uma excelente alternativa para que a lama abrasiva seja reutilizada e não vá para o meio ambiente. No Centro Universitário São Camilo existe um grupo que está colocando em prática o projeto de fabricação de vidros utilizando a lama abrasiva, os vidros são produzidos com qualidade, cor e resistência como os vidros fabricados por materiais já existentes nesse tipo de processo como por exemplo os produzidos com areia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Até o momento não foram evidenciadas NBRs que permitam ou proíbam a utilização da lama do resíduo de beneficiamento de rochas ornamentais (LBRO) na fabricação de vidro e a utilização destes na construção civil. Contudo é viável a sua utilização pelas características expressadas nas normas Brasileiras.

A utilização de vidro na construção civil tem aumentado com o passar dos anos o que vem a ser no futuro próximo um problema, pois a exploração dos recursos naturais também é aumentada.

Como forma de reduzir os impactos ambientais pelo deposito inadequado dos

resíduos sólidos de rochas ornamentais e reduzir a utilização de recursos naturais

para a fabricação de vidros, a LBRO poderia ser utilizada para fabricação de vidros

já que a qualidade dos vidros são similares

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REFERÊNCIAS

AZEREDO, Hélio Alves. O edifício e seu acabamento. São Paulo, Blucher, 2004.

AKERMAN, Mauro. Natureza, Estrutura e Propriedades do Vidro. CETEV – Centro técnico de elaboração do vidro. Disponível em < http://.www.saintgobain- cetev.com.br>. Acesso em: 12 mar. 2011.

BASTOS. Isadora Andrade. Utilização de resíduos de rochas ornamentais na fabricação de vidros sodo-cálcicos. Faculdade Federal do Espírito Santo, 2018.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2 ago., 2010.

FILHO, H. F. M.; POLIVANOV, H.; MOTHÉ, C. G.; Reciclagem dos Resíduos Sólidos de Rochas Ornamentais, Anuário do Instituto de Geociências, UFRJ, Vol. 28- 2/2005, p. 139-151.

GERBER, Ivete. Química do Vidro. Disponível em: Acesso em 07 jul. 2011.

PINHEIRO. Fábio Carlos. Evolução do uso do vidro como material de construção civil. Universidade de São Francisco, 2007.

RICHARDS, Brent. New glass architecture. North America, Yale University Press, 2006.

UNICAMP- Universidade Estadual de Campinas. Vidros. Disponível em:<

http://ftp.fem.unicamp.br/pub/ES242/Vidros.ppt >. Acesso em 16 jul.2011.

YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. 10ª Ed. São Paulo, PINI, 2009.

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