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VIII A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO PARA EMPRESAS

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Academic year: 2022

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25º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

VIII-055 - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO PARA EMPRESAS

Marly Satimi Shimada

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Pedagoga pela Universidade Estadual de Londrina. Especialista em Educação Ambiental pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP). Especialista em Gestão Ambiental pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA-AM).

Endereço

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: Travessa Muniz, 58 ap.12- Parque Dez de Novembro- Manaus-AM. CEP: 69055-719- Brasil- Tel: (92) 81713166 - email: msatimi@yahoo.com.br

RESUMO

O trabalho descrito tem a finalidade de demonstrar como a Educação Ambiental pode ser trabalhada nas empresas. Para a educação ambiental interagir com os programas de qualidade ambiental da empresa, tem-se hoje como os mais praticados: Sistema de Gestão Ambiental que é um programa de gestão que poderá ser certificada pela norma ISO14001(serie internacional de normas ambientais). E tem como foco o processo de produção, na adoção preventiva a ocorrência de impactos ambientais, buscando a melhoria continua do sistema. Ele não avalia o produto em si e nem o ciclo de vida, que são tratados por normas da série, que abrange além do SGA outras cinco áreas: auditoria ambiental, rotulagem ambiental, aspectos ambientais da norma de produtos; análise do ciclo de vida do produto e desempenho ambiental. Os programas de Educação Ambiental das empresas devem ter como objetivos: sensibilização dos colaboradores para o desenvolvimento de atitudes e valores de cidadania socioambiental na prática diária, dentro e fora da empresa; contextualizar a educação ambiental dentro do ambiente empresarial; estimular as práticas do trabalho em equipe e a cooperação como fundamentais para o reconhecimento da eco-oportunidade, preparar os participantes para elaboração e avaliação de planos de ação em educação ambiental empresarial com base na ecoeficiência.

Assim, todos os funcionários da empresa poderão entender as inter-relações ambientais, e por onde podem começar a exercitar o espírito de equipe e uma construção conjunta de conceitos, para entender como provocamos o impacto no nosso dia a dia. A Educação Ambiental trabalha a conscientização sobre os problemas sociais, ambientais, econômicos, culturais, políticos... O cerne da educação ambiental é questão comportamental e de tomada de consciência pessoal. O grande desafio de trabalhar com educação ambiental nas empresas são, portanto mostrar que para exercer permanente e efetivamente essa responsabilidade socioambiental, dentro e fora da fábrica, faz-se necessário motivar as pessoas para que elas desenvolvam conhecimentos, valores, habilidades e determinação para construção de melhorar a qualidade de vida com base na conciliação de desenvolvimento e conservação ambiental.

PALAVRAS-CHAVE: Educação ambiental, Responsabilidade socioambiental, Gestão empresarial

INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje, podemos verificar que as grandes empresas para se ter sucesso, não focam a busca do lucro a todo custo, sem ética, desperdiçando recursos naturais. Cada vez mais, o mercado valoriza as empresas éticas, que assumem a responsabilidade socioambiental, reconhecendo que o crescimento da empresa está vinculado aos seus colaboradores. E um programa de Educação Ambiental permanente nas empresas está em perfeita condições com o atual modelo da “era das convergências, em que exige a integração do capital financeiro como o capital intelectual, do intelecto com a intuição, de mentes com corações, do racional com o emocional, da tecnologia com talentos e de clientes com empresas.” (Souza, 2001).

A palavra educação vem do vocabulário latino educare, significa conduzir, liderar, puxar para fora.

Pressupõe-se que todo ser humano nasce como o mesmo potencial, que se desenvolve no decorrer da vida. O papel educador é criar condições que levem ao desenvolvimento desse potencial. Como diz Paulo Freire, educador brasileiro, ninguém educa ninguém, ninguém conscientiza ninguém, ninguém se educa sozinho.

Isso tem o significado que a educação é um ato voluntário,depende somente de quem a incorpora e não de

quem a propõe.

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25º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

Segundo a Comissão Internacional sobre Educação para século XXI, no relatório para a UNESCO de 1996, as bases da educação são: aprender a aprender, aprender a conhecer aprender a fazer e aprender a ser. Esse aprendizado deve preparar as pessoas para aprender sobre e acompanhar as inovações tanto na vida privada como na vida profissional, mas também, para compreender melhor o outro, compreender melhor o mundo.

Aprender a viver com outro e com os outros, a conhecer os outros, a sua história, suas tradições e entender a interdependência entre todos os seres humanos. Essa maneira de ver a educação possibilitará o surgimento de um novo mundo.

Os objetivos da educação ambiental como processo político estão incluídos na educação do futuro.

A Política Nacional de Educação Ambiental Brasileira- Lei n.9795- foi aprovada em 1999 e regulamentada apenas em 2002, e em seu art.4 define:

I- o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;

II- a concepção de meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob enfoque da sustentabilidade;

III- o pluralismo de idéias e concepção pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transciplinariedade;

IV- a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais V- a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

VI- a permanência avaliação crítica do processo educativo;

VII- a abordagem articulada das questões ambientais, locais, regionais, nacionais e globais;

VIII- o reconhecimento e o respeito à pluralidade e a diversidade individual e cultural.

Sendo assim, cabe ao educador criar condições para que a educação ambiental seja incorporada como filosofia de vida e se expressar-se por meio de uma ação transformadora. Pois, a educação ambiental é um processo de ensino-aprendizagem na área ambiental que implica o exercício pleno de cidadania.

A educação ambiental nada mais é do que a própria educação, com objetivo final de melhorar a qualidade de vida da coletividade e garantir a sustentabilidade. A sua atuação transformadora deve estar apoiada na ética, na justiça social e na equidade. Os conhecimentos de outras ciências irão consolidar a uma nova visão do ser humano em relação à natureza e um novo projeto civilizatório.

Ainda sobre a Educação Ambiental e a Legislação no art.3 como parte do processo educativo mais amplo, todos tem direito a educação ambiental, incumbindo: (...) V- as empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente.

O raio de atuação da educação ambiental pode partir de três áreas distintas, para atingir a comunidade.

Educação formal: nas escolas; educação não-formal: nas empresas, e em diversos segmentos organizados da comunidade e a educação informal: através da mídia, livros e etc.

Aqui será restrita a educação ambiental na empresa.

“Entendendo que a Educação Ambiental é a base, as empresas iniciam o programa junto aos colaboradores, utilizando a gestão do conhecimento e o planejamento participativo como importantes instrumentos para a eficácia de todos os programas de Gestão Empresarial e de interação positiva com seus diversos públicos.

Nesse processo “todos fazem Educação Ambiental.” (Abreu, 1997).

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- Deve haver disponibilidade de tempo dos envolvidos e de recursos a serem previstos no planejamento da empresa;

- A empresa deve procurar, inicialmente, trabalhar a conscientização dos colaboradores e seus familiares para assim envolver os demais públicos (fornecedores, clientes, comunidade). Desse modo, a empresa assume sua responsabilidade socioambiental como um pólo irradiador da educação ambiental.

- Não há formula pronta e a metodologia de programa de educação ambiental deve ser adaptada a cultura e a realidade da empresa.

- A educação ambiental trabalha na esfera comportamental e ela é a propulsora da sensibilização e motivação dos colaboradores para o efetivo comprometimento nos programas de gestão da empresa.

- A educação ambiental deve estimular a integração, a cooperação e a participação;

AS ESFERAS BÁSICAS DE ATUAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

-Afetiva e emocional- diz respeito às emoções e aos sentimentos; possibilita a sensibilização das pessoas, a formação de valores, o desenvolvimento do respeito e o comprometimento;

- Habilidades- refere-se ao desenvolvimento de aptidões;

-Cognitiva do domínio técnico- esta ligada a aquisição de informação e de conhecimentos, aplicados à prática ou não.

- Associativa integrativa e integral- refere a se sentir em fusão com o todo e possibilitar a interação, o compartilhamento e a cooperação com os outros para o equilíbrio do todo.

A empresa que decide implantar um Programa de Educação Ambiental é porque tem isso como decisão estratégica para integrar-se ao modelo de desenvolvimento sustentável. Para adequar-se a essa nova cultura, a empresa promove, então, um programa de educação ambiental e deve ser permanente e contínuo que permita uma mudança de visão e de comportamento das pessoas, dentro e fora da empresa.

Não se pode esperar que um programa de educação ambiental com esta concepção seja elaborado implantado e que possa amadurecer, envolvendo todos os colaboradores, dando frutos em curto prazo, ele só pode se efetivar se for a médio e longo prazo.

A educação ambiental deve estimular o protagonismo (na autodeterminação do agir) todas as pessoas que queiram exercer o respeito à vida, podem fazer educação ambiental, na medida em que transmitem suas experiências, ou dão exemplos e ajudam outras pessoas a enxergarem para mudarem seu comportamento a favor do maior equilíbrio...

Para avaliar possíveis formas de aprendizagem nas atividades em educação ambiental. Segundo DIAS (1998) será significativa se a atividade estiver adaptada concretamente as situações da vida real do meio do colaborador. A aprendizagem é mais eficaz quando lidamos com experiências diretas, pois é conhecido que aprendemos através dos nossos sentidos: 83% através da visão, 11% através da audição, 3,5% da olfação, 1,5% através do tato, 1% através da gustação.

Assim, citando estudo de Pilleti (1991) Dias, explica que retemos: 10% do que lemos 20% do que ouvimos 30% do que vemos 50% do que vemos e executamos 70% do que discutimos e logo realizamos 90% do que ouvimos e logo realizamos.

Edgar Dale, autor do Cone de experiências, enfatiza, segundo Dias, que “o ensaio puramente teórico

(simbólico-abstrato) deve ser evitado. O imediatamente vivencial permite uma aprendizagem mais efetiva.”

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O cone de Experiências, de Edgar Dale (Adaptação por Dias, 1991).

Para a educação ambiental interagir com os programas de qualidade ambiental da empresa, tem hoje como os mais praticados: Sistema de Gestão Ambiental que é um programa de gestão que poderá ser certificada pela norma ISO 14001(serie internacional de normas ambientais). Ele tem como foco o processo de produção, na adoção preventiva a ocorrência de impactos ambientais, buscando a melhoria continua do sistema. Ele não avalia o produto em si e nem o ciclo de vida, que são tratados por normas da série (que abrange além do SGA outras cinco áreas: auditoria ambiental, rotulagem ambiental, aspectos ambientais das normas de produtos;

análise do ciclo de vida do produto e desempenho ambiental. Programas de Ecoeficiência: são os programas que visam diminuir a poluição do ar, água e solo, reduzir o consumo de energia e água, minimizar resíduos e promover o consumo responsável de matérias- primas, praticados por todos da empresa. Como afirmam no relatório de sustentabilidade empresarial-julho de 1999 CEBDS e CNI, os sete princípios básicos da ecoeficiência: reduzir o consumo de materiais com bens e serviços; reduzir o consumo de energia com bens e serviços; reduzir a dispersão de substancias tóxica; intensificar o reaproveitamento e reciclagem de resíduos e subprodutos; maximizar o uso sustentável de recursos renováveis; prolongar a durabilidade dos produtos;

agregar valor aos bens e serviços. E tudo isso dependerá do comportamento e das atitudes das pessoas.

Dentro desse contexto, Jones (1985) propôs a alteração do ineficiente modelo de produção de economia linear para o modelo de economia circular conforme o modelo explicativo abaixo:

Sistema de economia linear, elaborado por Jones, citado por Odilon (1985).

+ Teoria

+ Prática

Símbolos Verbais Símbolos Visuais

Rádio

TV

Exposição

Excursão

Dramatização

Simulação

Simulação Direta

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Portanto, a eco eficiência possibilita diminuição de custos e daí vem o lucro. Além de se evitar desperdício e as ecos-oportunidade também aumenta.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E A EDUCACAO AMBIENTAL EMPRESARIAL

As interfaces da educação ambiental com o Sistema de Gestão Ambiental e com programas de Ecoeficiência seguem características gerais: o SGA e os programas de Ecoeficiência têm o foco nos procedimentos para a gestão de processos e produtos, enquanto que a educação ambiental tem o foco nas pessoas. Contudo, a eficácia dos programas de gestão dependerá do comprometimento das pessoas em realizá-los, daí a complementaridade.

Como SGA, o programa de educação ambiental também de ser implementado por um responsável pela questão ambiental ou um comitê de meio ambiente da empresa, que poderá buscar uma consultoria especializada externamente. Na área de Gestão Ambiental é importante haja um especialista para implementação das ações. No programa de educação ambiental formam-se normalmente, agentes facilitadores internos que deverão ajudar na difusão do processo de educação ambiental na empresa. E este programa sempre que possível deve-se estender aos demais públicos. O ideal é que se atinja inicialmente a comunidade vizinha e clientes. Muitas vezes a empresa começa a educação ambiental em programas junto à comunidade, buscando uma melhor interação com ela, e só então entende que precisa também trabalhar internamente, o que é considerado como fundamental.

Fase 1- Preparatória: A educação ambiental busca do comprometimento junta à diretoria e todas as gerências, seleção de agentes facilitadores. Promoção do entendimento da diretoria, gerentes e de agentes facilitadores sobre o funcionamento da educação ambiental empresarial e como o programa será construído de forma participativa, complementando o processo de sistema de gestão e já ampliando a visão do ciclo de vida do produto (numa concepção de produção mais limpa). Estabelece-se um pré-plano do programa de educação ambiental para caminhar de forma complementar ao programa de Sistema de Gestão Ambiental.

Fase2-Sensibilização e Mobilização: A empresa anuncia que pretendem fazer um programa através de

ferramentas de comunicação e de palestras técnicas explicativas sobre poluição, aspectos e impactos

ambientais, desempenho ambiental, gestão ambiental, requisitos da norma ambiental e processo de

certificação. (Abreu, 1997). A educação ambiental complementa esse enfoque técnico ao desenvolver

atividades educativas junto aos colaboradores para uma reflexão sobre o que é meio ambiente, e a relação de

cada um com ele. Sobre o que é uma gestão ambiental para a empresa e para cada indivíduo na busca do

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maior equilíbrio ambiental. E como o maior equilíbrio ambiental poderá melhorar a qualidade de vida das pessoas. As estratégias para esse processo dependerão do grupo a que se destinam e deverão ser adequada à cultura de cada empresa.

Fase3-Diagnóstico: Fase preparatória em que se faz a avaliação crítica, denominada onde estamos.

Diagnóstico técnico preliminar, o foco do programa de SGA é avaliar o desempenho ambiental da empresa em relação às normas, códigos e princípios externos já estabelecidos, procedimentos/processos de produção/

serviços e práticas de gestão da empresa. A educação ambiental colabora e completa esse diagnóstico técnico, com um diagnóstico de percepção das pessoas em relação às questões ambientais de forma holística. Assim pode avaliar os valores pessoais e suas necessidades no relacionamento com as diversas esferas ambientais.

Também aqui deve se avaliar a percepção da missão da empresa, das crenças e dos valores que ajudarão na etapa posterior da definição da política ambiental. Assim tem- se também uma ferramenta valiosa para se programar, posteriormente, a capacitação em educação ambiental.

Fase 4-Definição da Política Ambiental: Para o SGA corresponde à etapa um, é o momento do onde queremos chegar?Em que a empresa deve assumir o seu termo de compromisso ambiental. Tal política norteará os objetivos e metas ambientais da empresa. A educação ambiental: pode mobilizar de forma participativa os colaboradores, através de dinâmicas que discutam a importância de se ter uma política, como um compromisso de melhoria da qualidade ambiental não é na empresa, como também na esfera pessoal para a prática da responsabilidade socioambiental.

Fase 5-Elaboração do plano de ação: É o momento de como chegar lá? Nessa fase faz-se uma avaliação mais profunda dos aspectos ambientais e depois se avaliam os impactos a eles associados. Daí parte para se priorizar as medidas de controle dos aspectos ambientais e estabelecer objetivos, metas e indicadores, de acordo com as políticas ambientais, para a resolução dos problemas ambientais. A educação ambiental aqui tem grande oportunidade de envolver e mobilizar as pessoas da empresa no processo. O desafio da educação ambiental é o de propiciar o conhecimento e desenvolvimento de habilidades, do “saber” para se colocar em prática, portanto a participação efetiva de todos é fundamental na fase de elaboração do plano.

Fase 6-Implantação dos Planos de ação do PEA: Propiciar à instituição do ambiente de participação e de gestão do conhecimento e estímulo cada vez maior, à criatividade dos colaboradores na busca constante de eco-oportunidades para os desafios ambientais, tanto dentro como fora dela. Nessa fase, estimula-se a busca de parcerias, de pesquisas de benchmarking e de novas tecnologias.

Fase7-Avaliação periódica: O SGA verifica sua eficiência realizam-se então mediações e monitoramento, programam-se ações corretivas e preventivas, aprimoramento do sistema de registro, realização de auditorias periódicas, auditorias internas. Na educação ambiental, ela se preocupa sempre em averiguar como andam a participação das pessoas e o seu real comprometimento com a questão ambiental. Os indicadores aqui têm um enfoque mais comportamental.

Fase 8-Revisão do programa: O SGA da empresa se prepara para receber a auditoria ambiental, que avalia o desempenho da empresa em relação aos requisitos na Norma ISO 14001. Se a empresa deseja se certificar ou já é certificada, a auditoria será feita por uma organização externa creditada por um organismo específico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na sociedade moderna, ser ambientalmente responsável significa atender às necessidades sociais e éticas.

Significa também identificar processos produtivos eficientes, gerenciar resíduos, energia, reduzir custos,

consumo de energia, de água e de matérias-primas, atender aos clientes diretos, indiretos e à comunidade em

geral. Gestão Ambiental é sinônima de ação preventiva e de compromisso com a melhoria contínua. Pensar

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25º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

Portanto, a educação ambiental como instrumento de gestão de todo o setor produtivo comprometidos com os ideais da sustentabilidade podem reproduzir e disseminar estas práticas de gestão ambiental em todas as etapas do processo empreendedor. Empreendedorismo e meio ambiente são hoje palavras-chaves que norteiam projetos e idéias vinculadas ao desenvolvimento sustentável.

E o processo participativo para Educação Ambiental é fundamental para o comprometimento das pessoas na melhoria da qualidade vida. Diante disso, a Educação Ambiental como instrumento de gestão empresarial é um processo permanente, contínuo e que deve- se utilizar ferramentas capazes de fazer os colaboradores perceberem a partir deles próprios, como todas as suas atividades podem impactar o meio ambiente, seja elas desenvolvidas dentro ou fora da empresa.

A diferença principal do Programa de Educação Ambiental em relação aos outros programas é que ele parte do universo pessoal para poder entender o plano de gestão maior da empresa. O centro da discussão é o ser humano, que se torna em agente ativo, e não exclusivamente o processo ou a tecnologia.

Sendo assim, será possível o comprometimento para a sustentabilidade: aumentando a eficiência da produção e de serviços, estimulando a criatividade para a inovação, busca de novas tecnologias, estimulando novos valores, novos pensamentos, novos comprometimentos...

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ABREU, Dora. Sem EIA nada feito- Uma abordagem da importância da Educação Ambiental na ISO 14001. Asset Negócios Corporativos. Salvador, 1997.

2. ADAM, Roberto Sabatella. Princípios de Edifício: interação entre ecologia, consciência e edifício.

São Paulo: Aquariana, 2001.

3. CZAPSKI, Silvia. A Implantação da Educação Ambiental no Brasil. Coordenação de Educação Ambiental do Ministério da Educação e do Desporto. Brasília- DF, 1998.

4. DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental-Princípios e Práticas, 5 ed. São Paulo: Gaia, 1998.

5. DIETZ, Lou Ann. TAMOIO, Irineu. Aprenda fazendo-apoio ao processo de Educação Ambiental, WWF Brasil, Brasília, e2000.

6. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

7. JONES, T.E. A questão ambiental e as empresas- O que todo empresário precisa saber. SEBRAE, Brasília, 1998.

8. SOUZA, Cesar, em matéria “Tempo de Convergência da revista Melhor Vida e Trabalho-n. 169, 2001, publicação da Associação Brasileira de Recursos Humanos.

9. SORRENTINO, Marcos. TRAJBER, Raquel. A Educação Ambiental, economia, internacional e

gestão empresarial: qual é o papel da Educação Ambiental?São Paulo: Gaia, 1995.

Referências

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