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TEMAS E INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

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Academic year: 2021

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TEMAS E INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

Seguem-se três temas os quais você deverá ler e analisar. Selecione um deles e use o número de seu tema como título para a criação de um texto dissertativo.

No final proceda a uma atenta revisão, considerando:

Legibilidade;

coerência de argumentos;

coesão textual;

originalidade;

adequação lingüística;

ortografia.

Ocupe, no mínimo 20 linhas e, no máximo, 30 linhas da folha reservada à produção de seu texto.

TEMA I

Saúde: uma questão de qualidade de vida.

TEMA II

A propaganda é a alma do negócio.

TEMA III

Aquecimento global – realidade ou ficção?

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PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Texto para as questões de 1 a 4.

REGRESSÃO DA REDASSÃO

Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpresa. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

- Mas, minha senhora – desculpei-me -, eu não sou professor.

- Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

- A culpa não é deles. A falha é do ensino.

- Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

- Obrigado – agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgula e nunca sei botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

- Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.

- Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar -, eu não tenho o menor jeito com crianças.

- E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”.

Depois li no jornal as declarações de um diretor da faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos me disseram:

acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente. Ninguém mais faz diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casa de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

- Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.

- Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

- Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

- E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

- Sei lá – dei com os ombros -, vai ver que não pega direito no lápis.

- Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito da leitura. E quando o perder completamente, você vai escrever para quem?

Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar num açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece hoje bilhete de loteria:

- Por favor amigo, lei – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

- Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

- E a senhorita não quer ler? – perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

- O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

- E o senhor, não está interessado nuns textos?

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- É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

- E o senhor, vai? Leva três e paga um.

- Deixa eu ver o tamanha – pediu ele.

Assustou-se com o tamanho do texto:

- O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo em cinco linhas?

Carlos Eduardo Novaes

1- O texto sugere que “o estudante brasileiro não sabe escrever”. Como isto pode ser entendido pela leitura do texto?

a) Pelo fato de os jovens brasileiros não serem muito afeitos à leitura.

b) Pelo fato de os jovens brasileiros não utilizarem a escrita no cotidiano.

c) Os jovens brasileiros não pegam direito no lápis.

d) O ensino não incentiva os jovens a ler e escrever.

2- O título sugere que o problema da escrita pode ser atribuído a que dificuldade da Língua Portuguesa?

a) Concordância nominal b) Pontuação

c) Ortografia d) Fonologia

3- O vocábulo “brasileiro” é formado por qual processo de formação de palavras?

a) parassintético b) aglutinação c) justaposição d) sufixação

4- Na oração “O estudante brasileiro escreve muito mal”, o termo em destaque classifica-se sintaticamente em:

a) objeto direto

b) adjunto adverbial de modo c) adjunto adverbial de intensidade d) predicativo do sujeito

Texto para as questões de 5 e 6.

O ÔNIBUS

O ônibus é um automóvel que ou a gente pega ele ou ele pega a gente. Se a gente está dentro dele é muito engraçado ver como ele vai passando bem justo nos buracos que ficam entre um carro e outro, mas agora se a agente está na rua dá sempre a impressão de que ele vem em cima da gente, e, às vezes, vem mesmo.

Como ônibus dá muita trombada eu acho que as fábricas já fazem eles velhos, pois eu nunca vi nenhum novo.

Os carros grã-finos parecem que têm muito medo dos ônibus assim como os meninos grã- finos têm medo de brincar com os moleques pra não se sujar, e vão logo se afastando. Eu acho que o ônibus é o animal feroz das cidades.

Millôr Fernandes. Compozissõis Imfãtis

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5- Observe o trecho retirado do texto acima: “... ou a gente pega ele ou ele pega a gente.” Os termos destacados, respectivamente, classificam-se sintática e morfologicamente em:

a) objeto indireto – objeto direto – substantivo b) objeto indireto – sujeito – pronome

c) objeto direto – objeto indireto – substantivo d) objeto direto – sujeito – pronome

6- Assinale a alternativa em que as palavras são acentuadas pela mesma regra de acentuação que o vocábulo “ônibus”.

a) Têm – automóvel – já b) Está – é – dá

c) Fábricas – lâmpadas – tráfego d) Grã-finos – impressão – fábricas Texto para as questões de 7 a 10

HISTÓRIA ESTRANHA

Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade.

Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo.

Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena.

Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e... O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos.

Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que é a vida! Que coisa pior ainda é o tempo! Como eu era inocente! Como os meus olhos eram limpos! O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta.

Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!

VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Comédia para se ler na escola.

7- A estranheza dessa história deve-se, basicamente, ao fato de que nela:

a) a memória afetiva faz um quarentão se lembrar de uma cena da infância.

b) a narrativa é conduzida por vários narradores.

c) O tempo é representado como irreversível.

d) Os tempos são distintos e há superposição de espaços na narrativa.

8- O homem que caminha no parque é:

a) uma criança qualquer que brincava no parque.

b) ele mesmo quando criança.

c) um homem qualquer que passeava no parque.

d) um amigo do garoto que jogava bola.

9- “Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e...”.

Neste trecho, as reticências foram empregadas para indicar:

a) suspensão do pensamento ou idéia que fica a cargo do leitor completar.

b) supressão de trecho já citado anteriormente e conhecido do leitor.

c) palavras ou expressões estranhas à Língua Portuguesa.

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d) o início de uma enumeração.

10- “Tem uma vaga lembrança daquela cena.” O vocábulo em destaque classifica-se, morfologicamente, em:

a) pronome de tratamento

b) pronome pessoal reto

c) pronome demonstrativo

d) pronome indefinido

Referências

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