DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v19i0.50398
*Enfermeiro. Doutor em Ciências, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP/USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil. E-mail: ptistilli@usp.br ORCID iD:
https://orcid.org/0000-0002-8008-6523.
**Enfermeira. Doutora em Ciências, EERP/USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. E-mail: carlarst@eerp.usp.br ORCID iD: https://orcid.org/0000-0002-8887-5439.
***Fisioterapeuta. Doutor em Ciências, EERP/USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. E-mail: luiz.arroyo@hotmail.com ORCID iD: https://orcid.org/0000-0003-3302-0502.
****Enfermeiro. Doutor em Ciências, EERP/USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. E-mail: ricardo@eerp.usp.br ORCID iD: https://orcid.org/0000-0003-4792-8714.
*****Enfermeiro. Doutorando em Ciências EERP/USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. E-mail: rafael.aparecida.lima@usp.br ORCID iD: https://orcid.org/0000-0002-5700-1333.
******Enfermeira. Doutora em Ciências, EERP/USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. E-mail: zanetti@eerp.usp.br ORCID iD: https://orcid.org/0000-0003-1656-6626.
*******Enfermeira. Doutora em Medicina Preventiva e Saúde Pública, Universidade Autônoma de Madri, Madri, Espanha. E-mail: pilar.serrano@uam.es ORCID iD: https://orcid.org/0000-0002-
5163-6821.
OS DETERMINANTES SOCIAIS E A MORTALIDADE PREMATURA POR DOENÇA CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEL: UM SCOPING REVIEW
Plinio Tadeu Istilli*
Carla Regina de Souza Teixeira**
Luiz Henrique Arroyo***
Ricardo Alexandre Arcêncio****
Rafael Aparecido Dias Lima*****
Maria Lúcia Zanetti******
Maria del Pilar Serrano Gallardo*******
RESUMO
Objetivo: identificar as evidências científicas disponíveis sobre os determinantes sociais da saúde, relacionados à mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis. Método: trata-se de um estudo de revisão da literatura utilizando o método scoping review, o qual foi realizado no período de 10 de abril a 12 de julho de 2020, nas seguintes bases de dados:Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Cumulative Index to Nursing and Allied Health literature (CINAHL), e Web of Science e nas bibliotecas Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizadas as etapas de identificação e seleção dos estudos; mapeamento dos dados; confrontação e discussão dos resultados. Resultados:
evidenciou-se, pelos 13 artigos analisados, que a mortalidade prematura por doença crônica não transmissível está fortemente relacionada aos determinantes sociais da saúde, com destaque ao sexo masculino, escolaridade e renda. Conclusão: os resultados impõem novos desafios aos profissionais de saúde para implementação de políticas públicas e contribuem para a vigilância em saúde, em relação a mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis.
Palavras-chave: Iniquidade Social. Mortalidade Prematura. Doença Crônica. Saúde Pública.
INTRODUÇÃO
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são doenças multifatoriais que se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração. Elas estão relacionadas a diversos fatores, determinantes sociais e condicionantes, além de compartilharem fatores de risco individuais, como tabagismo, consumo nocivo de álcool, inatividade física e alimentação não saudável (1) .
A mortalidade prematura é definida como as mortes ocorridas na faixa etária de 30 a 69 anos (2) . No Brasil, as DCNT correspondem a 72% das causas de morte em todas as faixas etárias, enquanto que na mortalidade prematura, esse percentual é de 72,6% (2) . As doenças cardiovasculares e as neoplasias foram as
principais causas de mortalidade prematura em ambos os sexos, perfazendo 45,30% e 43,45%
de óbitos, respectivamente, sendo que o sexo masculino apresentou maiores valores quando comparados ao feminino (3) .
Os indivíduos acometidos por DCNT e a consequente mortalidade prematura, tem repercussões para o setor produtivo, famílias e sociedade, bem como, impacto financeiro sobre o sistema de saúde (4) .
Para redução do impacto das DCNT é
necessário a elaboração e aplicação de políticas
de controle, vigilância e monitoramento, com
enfoque na prevenção e atenção ao grupo
vulnerável que tenha alguma dessas patologias (5) .
Também é imprescindível atuar sobre os
condicionantes e determinantes de saúde,
articulando ações mais efetivas do Estado para