AULA 5
A5-2
2. UNIÕES POR MEIO DE REBITES
2.1 Utilização
• Uniões de elevada resistência (estrutura de ponte e guindaste)
• Uniões estanques (caldeira, reservatório)
• Uniões estanques em geral (chaminé, tubulação)
• Uniões em chapas de revestimentos (carroceria, fuselagem)
2.2 Vantagens
• Execução simples
• Não exige operário qualificado
• Controle de qualidade simples
2.3 Desvantagens
• Não desmontável
• Maior peso da união
• Campo de aplicação reduzido (chapas)
• Não recomendável a carregamentos dinâmicos
• Redução de resistência do material rebitado - furação (13% a 40%)
2.4 Execução
• Rebitagem a quente (700 °C)
• Rebitagem a frio (até 12 mm)
Rebitagem POP Rebitagem por tração Rebitagem por explosão
A5-4
2.5 Tipos de Rebites
2.6 Transmissão de Força entre as Chapas
Carga
Alongamento N1
N2 N
escorregamento
2.6.1 Parcela transmitida pelo atrito entre as chapas (1)
R
R S
N1 = µ ⋅σ ⋅
2.6.2 Parcela transmitida pelo cisalhamento do rebite (2)
R
R S
N2 =τ ′ ⋅
2.6.3 Força total transmitida (1 + 2)
(
R R)
RR R
R
R S S S
N N
N = 1 + 2 = µ ⋅σ ⋅ + τ ′ ⋅ = µ ⋅σ + τ ′ ⋅
R
R S
N =τ ⋅
R
R S
= N τ
A5-6
2.7 Dimensionamento
2.7.1 Cisalhamento do Rebite
adm R R
R S
N
τ τ
= ≤N
N
N / 2 N
N / 2
P
P / 2
P / 2
simples
duplo
adm R R
R S
N
τ
τ
≤= ⋅ 2
adm R R
R z n S
P
τ
τ
≤⋅
= ⋅
τR : tensão de cisalhamento no rebite
τR adm : tensão de cisalhamento admissível do material do rebite
N : força aplicada por rebite P : força total aplicada
z : número de rebites (a que se aplica P)
n : número de seções transversais resistentes por rebite SR : seção transversal do rebite
SR = π. d 2/ 4 d : diâmetro do rebite
2.7.2 Esmagamento da Haste do Rebite
N N
adm l
l d s
N σ
σ ≤
= ⋅
P
P
adm l
l z d s
P σ
σ ≤
⋅
= ⋅
σl : pressão específica na haste do rebite
σl adm : pressão específica admissível do material do rebite
N : força aplicada por rebite P : força total aplicada d : diâmetro do rebite s : espessura da chapa z : número de rebites
A5-8
2.7.3 Tração ou Compressão na Chapa
( )
chadmch l d s
N σ
σ ≤
⋅
= −
P
P
(
g)
chadmch l z d s
P
σ
σ
≤⋅
⋅
= −
σch : tensão normal na chapa
σch adm : tensão normal admissível do material da chapa
N : força aplicada por rebite (tração N > 0 ou compressão N < 0) P : força total aplicada
d : diâmetro do rebite l : largura da chapa s : espessura da chapa
zg : número de rebites na seção crítica da chapa
N
N
l
2.7.4 Flexão da Chapa
Mf Mf
Mf Mf
adm f f
f
f W
M
σ
σ
= ≤σf : tensão de flexão na chapa
σf adm : tensão de flexão admissível do material da chapa
Mf : momento de flexão aplicado
Wf : módulo de resistência à flexão da seção crítica da chapa
(para 1 rebite centrado)
l : largura da chapa d : diâmetro do rebite
( )
l s d Wf l
6
3 3 −
=
A5-10
2.7.5 Cisalhamento da Chapa
N
N
adm ch
ch e s
N τ
τ ≤
⋅
= ⋅ 2
τch : tensão de cisalhamento na chapa
τch adm : tensão de cisalhamento admissível do material da chapa
N : força aplicada por rebite
e : distância do centro do rebite à borda da chapa (na direção da carga) s : espessura da chapa
2.7.6 Rompimento da Chapa por estufamento do Rebite
N
N
Ps / 2 Ps / 2
Ps : força de separação D : diâmetro do eixo L : comprimento do cubo
P : pressão específica de contato D : diâmetro externo do cubo
σt méd : tensão normal média
União Eixo-Cubo
p L d
Ps = ⋅ ⋅
L d
p P s
d
N
sadm l
l
≤ ⇔ = ⋅
= ⋅ σ
σ
(
D Pd)
Ld s e
N s
méd t adm
ch
ch ≤ ⇔ = − ⋅
⋅
−
⋅
=
σ σ
σ
2 2
σl : pressão específica na haste do rebite σch : tensão normal na chapa
σch adm : tensão normal admissível do material da chapa
N : força aplicada por rebite
e : distância do centro do rebite à borda da chapa d : diâmetro do rebite
A5-12
2.8 Carregamento Excêntrico
2.8.1 Método Exato
ri
rebite 1
rebite z
xi yi
r1
rz Nf i
α CR
rebite 1 (após deformação)
∆1
L
Q Nq i
Ni
Rebite i SR i – área da seção transversal
Gi – módulo de elasticidade transversal di – dimensão característica
( )
Ri i fi
i i i
i i i
i i
S N
G E G
d r
. 1 2
. .
τ ν γ τ
γ
α
=
= +
=
≈∆
=
∆
i Ri i fi i
i Ri i
fi Gi r S d N k G r S d
N ≈ . .α. ⇒ = '. . .
Para rebites de mesmo material e mesma dimensão :
i
fi r
N ∝ ⇒ Nfi =k.ri
r k N r
N r
N
z z f i
i f
f = L = = L = =
1 1
∑ ∑
∑
=
=
=
= ⋅
⇒
=
⋅
⇒
⋅
=
⋅
= z
i i z
i
i i z
i
i i f t
r L k Q
r r k L
Q r
N L
Q M
1 1 2
1
. .
z
Nqi = Q Nri = Nr f i + Nrqi
Posição do centro de rebitagem : (CR –Xc = ? ; Yc = ?)
ri xi
yi
CR XC
Xi
YC Yi
αi
ri Nf i
CR
Nfy i
Nfx i
αi αi
C i
i X X
x = −
C i
i Y Y
y = −
2 2
i i
i x y
r = +
i i
i y r
sen α =
i i
i = x r
α cos
i i
f k r
N = ⋅
i i
f i
fx N sen
N = − ⋅ α
i i
f i
fy N
N = ⋅cos α
i i
i i i
fx k y
r r y k
N = − ⋅ ⋅ = − ⋅
i i
i i i
fy k x
r r x k
N = ⋅ ⋅ = ⋅ 0
1
∑
== z
i
i
Nr f
1) Com Xie Yi acho Xc e Yc 2) Acho xi , yi e ri
3) Acho k :
∑ ∑
=
=
=
⇒
= z
i i i
z
i i
r L k Q r r k L Q
1 1 2
. . . .
4) Acho N = Q
A5-14
( )
( )
⇒
=
⋅
⇒
=
⇒
=
⋅
−
⇒
=
∑
∑
∑
∑
=
=
=
=
0 0
0 0
1 1
1
1 z
i
i z
i
i fy
z
i
i z
i
i fx
x k N
y k N
⇒
∑
==
0
1 z
i
i
Nr f
( )
( )
⇒
=
−
⇒
=
⇒
=
−
⇒
=
∑
∑
∑
∑
=
=
=
=
0 0
0 0
1 1
1
1 z
i
C i
z
i
i
z
i
C i
z
i
i
X X
x
Y Y
y
⇒
⋅
=
⇒
=
⇒
⋅
=
⇒
=
∑
∑
∑
∑
∑
∑
=
=
=
=
=
=
C z
i
i z
i
C z
i
i
C z
i
i z
i
C z
i
i
X z X
X X
Y z Y
Y Y
1 1
1
1 1
1
CG CR
z X X
z Y Y
z
i
i C
z
i
i
C ⇒ ≡
=
=
∑
∑
=
=
1 1
2.8.2 Método Aproximado
u1 u2 u3 z1= 3
z3= 3 z2= 2 Nf1
Nf2 Nf3
L
Q simplificação
para u1>> v v
L
Q CR
∑
=⋅
⋅
=
⋅
= f
n
i
i i i f
t Q L N u z
M
1
+ L
⋅
⋅ +
⋅
⋅ +
⋅
⋅
=
⋅ L N 1 u1 z1 N 2 u2 z2 N 3 u3 z3
Q f f f
=L
=
=
3 3 2
2 1
1
u N u
N u
N f f f
+L
⋅
⋅ ⋅ +
⋅
⋅ ⋅ +
⋅
⋅
=
⋅ 3 3
1 3 1 2
2 1
2 1 1
1
1 u z
u u z N
u u u z N
u N
L
Q f f f
1 2 1
2 u
u N f N f ⋅
=
+L
⋅ + ⋅
⋅ + ⋅
⋅
= ⋅
⋅
1
3 2 3 1 1
2 2 2 1 1
1 2 1 1
u
z u N
u
z u N
u
z u L N
Q f f f
(
⋅ + ⋅ + ⋅ +L)
⋅
=
⋅ N 1 u2 z u2 z u2 z L
Q f
1 3 1
3 u
u N f N f ⋅
=
A5-16 x
y
3
1 2
4
100
300
1000 N
500
1 (0;0) 2 (0.1;0) 3 (0.1;0.3) 4 (0;0.3)
05 . 4 0
2 .
1 = 0 =
=
∑
=
z X X
z
i i C
15 . 4 0
6 .
1 = 0 =
=
∑
=
z Y Y
z
i i C
• Coordenadas (Xi, Yi):
⇒
C i
i X X
x = −
C i
i Y Y
y = −
⇒
1 (-0.05;-0.15) 2 (0.05;-0.15) 3 (0.05;0.15) 4 (-0.05;0.15)
• Coordenadas (xi, yi):
2 2
i i
i x y
r = +
⇒
158 .
1=0 r
158 .
2 =0 r
158 .
3 =0 r
158 .
4 =0 r
∑
∑
= ==
⋅
=
⋅
= 4
1 2 1
.
i
i z
i
i i f
t Q L N r k r
M
(
4 0.1582)
5 . 0
1000⋅ = ⋅
= k
Mt
⇒
k =5000i
fi k r
N = .
⇒
Nf1 = Nf2 = Nf3 = Nf 4 =790 [N][N]
4 250
1000 =
Qi = N
(
.2 .2)
833 [N].
1 2 2 2
1
1 = + =
= u
u N u
L
Q f
Método aproximado : Exemplo de cálculo.
Achar os esforços na união por rebites abaixo:
Método exato :
2.9 Tensões Admissíveis
Tensões admissíveis [kgf/cm2] em estruturas de aço (tabela 9.4, página 152)
1680 4200 2100
1680 1120
2800 1400
1120 960
2400 1200
960 800
2000 1000
800 Segundo
DIN 120
τR σl στ
τR σl στ
τR σl στ
τR σl στ
Tensões admissíveis
St 44 St 52
St 34.13 St
37.12 St
34.13 H-B-
St St
34.13 St
00.12 Material
Rebites Peças
Rebites Peças
Rebites Peças
Rebites Peças