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SIMULADO I TJMS BLOCO I DIREITO CIVIL

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SIMULADO I TJMS

BLOCO I

DIREITO CIVIL

1. Sobre os direitos da personalidade analise as assertivas a seguir e marque a resposta CORRETA

I - Para a corrente jusnaturalista os direitos de personalidade são inatos e naturais, não são constituídos pelo sistema, tem origem jurídica preconcebida, origem divina. Contudo, trata-se de corrente minoritária no ordenamento jurídico brasileiro.

II - A corrente positivista, majoritária em nosso ordenamento jurídico, sustenta que os direitos de personalidade decorrem da ordem jurídica positiva. Diz-se que se fossem divinos seriam universais, presentes em todos os ordenamentos, o que não é verdade.

III - Os direitos da personalidade são absolutos, não podendo ser relativizados nem mesmo quando em conflitos com outros direitos da mesma hierarquia.

IV - Os direitos de personalidade não têm estimativa econômica, mas a violação a um direito de personalidade gera reparação pecuniária e tal reparação não se sujeita a prazo prescricional uma vez que tais direitos são imprescritíveis.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I está incorreta.

c) Apenas II e III estão corretas.

d) Apenas I e III estão incorretas.

e) Todas estão incorretas.

Gabarito: E

I – INCORRETA – A corrente jusnaturalista é majoritária em nosso ordenamento jurídico.

II – INCORRETA – A corrente positivista é minoritária

III – INCORRETA - Os diretos da personalidade são sim absolutos, mas referida característica é no sentido de serem oponíveis erga omnes e não no sentido de relativos, pois nada impede que um direito de personalidade sofra relativização quando em conflito com outro de mesma hierarquia.

IV – INCORRETA – uma das características dos direitos da personalidade é que são extrapatrimonias, o conteúdo, essência não tem valor econômico, pecuniário. Os direitos de personalidade não têm estimativa econômica, mas a violação a um direito de personalidade gera indenização, gera reparação pecuniária. A indenização por danos morais é a reparação por essa violação. Contudo a característica de serem imprescritíveis significa que não há prazo extintivo para o exercício de um direito de personalidade. Ninguém sofre a perda de um direito de personalidade pelo não uso, mas existe prazo prescricional para reclamar a indenização.

2. A respeito da desconsideração da personalidade jurídica analise as assertivas a seguir e marque a alternativa CORRETA

I - O encerramento das atividades ou dissolução da sociedade de forma irregular é causa, por si só, para a desconsideração da personalidade jurídica prevista no Código Civil.

II - Determinada a desconsideração da personalidade jurídica e a penhora dos bens dos sócios, a pessoa jurídica não tem legitimidade para recorrer contra essa decisão.

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III - É possível a desconsideração inversa da personalidade jurídica sempre que o cônjuge ou companheiro empresário valer-se de pessoa jurídica por ele controlada, ou de interposta pessoa física, a fim de subtrair do outro cônjuge ou companheiro direitos oriundos da sociedade afetiva.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I está correta.

c) Apenas II está correta.

d) Apenas III está correta.

e) Todas estão incorretas.

Gabarito: D

I – INCORRETA - O encerramento das atividades ou dissolução da sociedade, ainda que irregulares, não é causa, por si só, para a desconsideração da personalidade jurídica prevista no Código Civil. STJ. 2ª Seção. EREsp 1306553-SC, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 10/12/2014 (Info 554).

II- INCORRETA -Em uma execução proposta pelo credor contra a empresa devedora, se o juiz determinar a desconsideração da personalidade jurídica e a penhora dos bens dos sócios, a pessoa jurídica tem legitimidade para recorrer contra essa decisão, desde que o recurso seja interposto com o objetivo de defender a sua autonomia patrimonial, isto é, a proteção da sua personalidade.

No recurso, a pessoa jurídica não pode se imiscuir indevidamente na esfera de direitos dos sócios ou administradores incluídos no polo passivo por força da desconsideração. STJ. 3ª Turma. REsp 1421464-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 24/4/2014 (Info 544).

III – CORRETA - Se o sócio controlador de sociedade empresária transferir parte de seus bens à pessoa jurídica controlada com o intuito de fraudar partilha em dissolução de união estável, a companheira prejudicada, ainda que integre a sociedade empresária na condição de sócia minoritária, terá legitimidade para requerer a desconsideração inversa da personalidade jurídica, de modo a resguardar sua meação. É possível a desconsideração inversa da personalidade jurídica sempre que o cônjuge ou companheiro empresário valer-se de pessoa jurídica por ele controlada, ou de interposta pessoa física, a fim de subtrair do outro cônjuge ou companheiro direitos oriundos da sociedade afetiva. A legitimidade para requerer essa desconsideração é daquele que foi lesado por essas manobras, ou seja, do outro cônjuge ou companheiro, sendo irrelevante o fato deste ser sócio da empresa. STJ. 3ª Turma. REsp 1236916-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/10/2013 (Info 533).

3. Sobre a prescrição é CORRETO afirmar que:

a) Não corre a prescrição entre os cônjuges e companheiros, na constância da sociedade conjugal, entre ascendentes, descendentes e colaterais, durante o poder familiar e entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

b) A prescrição ocorre em vinte anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

c) A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á por despacho do juiz, salvo se incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual.

d) Prescreve em um ano a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.

e) Prescreve em três anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

Gabarito: D

a) Art. 197, CC. Não corre a prescrição:

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I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

b) art. 205, CC. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

c) Art. 202, CC. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se- á:

I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;

III - por protesto cambial;

IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;

V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

d) art. 206, §1º V, CC e) Art. 206, CC Prescreve:

(...)

§ 5o Em cinco anos:

I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

4. Assinale a alternativa CORRETA quanto às modalidades de obrigações.

a) Não abrange os acessórios, salvo se mencionados, a obrigação de dar coisa certa.

b) Quando a obrigação foi de entregar coisa incerta, esta deverá ser indicada ao menos pelo gênero e qualidade.

c) Se a coisa se perder, sem culpa do devedor, pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes caso a obrigação seja de dar coisa certa.

d) Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, com culpa exclusiva do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.

e) Se o contrário não resultar do título da obrigação, no caso de entrega de coisa incerta, a escolha pertence ao credor.

Gabarito: C

a) Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.

b) Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.

c) CORRETA - Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.

d) Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.

e) Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.

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5. Sobre o inadimplemento das obrigações, assinale a alternativa INCORRETA, nos termos do Código Civil.

a) Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.

b) Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens que o devedor possuía ao tempo em que se obrigou.

c) Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.

d) O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.

e) Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

Gabarito: B

a) Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.

b) Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.

c) Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.

d) Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.

Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujo efeito não era possível evitar ou impedir.

e) Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

6. Assinale a alternativa INCORRETA.

a) Observado o teto constitucional, a fixação da área máxima para fins de usucapião especial rural levará em consideração o módulo rural e a atividade agrária regionalizada.

b) Para os efeitos da usucapião especial urbana, não se deve computar, para fins de limite de metragem máxima, a extensão compreendida pela fração ideal correspondente à área comum.

c) Não é possível adquirir a propriedade de área menor do que o módulo rural estabelecido para a região, por meio da usucapião especial rural.

d) Para efeitos usucapião especial urbana, entende-se por ‘área urbana’ o imóvel edificado ou não, inclusive unidades autônomas vinculadas a condomínios edilícios.

e) Quando a posse ocorre sobre área superior aos limites legais, não é possível a aquisição pela via da usucapião especial, ainda que o pedido restrinja a dimensão do que se quer usucapir.

Gabarito: C

a) Enunciado 312, CJF - Observado o teto constitucional, a fixação da área máxima para fins de usucapião especial rural levará em consideração o módulo rural e a atividade agrária regionalizada.

b) Enunciado 314, CJF - Para os efeitos do art. 1.240, não se deve computar, para fins de limite de metragem máxima, a extensão compreendida pela fração ideal correspondente à área comum.

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c) Enunciado 594, CJF - É possível adquirir a propriedade de área menor do que o módulo rural estabelecido para a região, por meio da usucapião especial rural.

d) Enunciado 85, CJF - Para efeitos do art. 1.240, caput, do novo Código Civil, entende-se por

‘área urbana’ o imóvel edificado ou não, inclusive unidades autônomas vinculadas a condomínios edilícios.

e) Enunciado 313, CJF – Quando a posse ocorre sobre área superior aos limites legais, não é possível a aquisição pela via da usucapião especial, ainda que o pedido restrinja a dimensão do que se quer usucapir.

7. Assinale a alternativa CORRETA a respeito da aquisição da propriedade móvel.

a) Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, independentemente de título ou boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.

b) Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.

c) O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio.

d) Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador.

e) As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo impossível separá-las sem deterioração.

Gabarito: B

a) Art. 1.260, CC. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.

Art. 1.261, CC. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé.

b) Art. 1.263, CC. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.

c) Art. 1.264, CC. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente.

Art. 1.265, CC. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado.

d) Art. 1.270, CC. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente, será do especificador de boa-fé a espécie nova.

§ 1o Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, se a espécie nova se obteve de má-fé, pertencerá ao dono da matéria-prima.

§ 2o Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador, se o seu valor exceder consideravelmente o da matéria-prima.

e) Art. 1.272, CC. As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo possível separá-las sem deterioração.

8. Assinale a alternativa CORRETA.

a) Servidão positiva é aquela exercida independentemente do ato humano.

b) A servidão que decorre de ato omissivo ou abstenção é chamada de servidão descontínua.

c) A servidão aparente está evidenciada no plano real e concreto, havendo sinal exterior.

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d) Aquela que depende da atuação humana de forma sequencial é chamada de servidão contínua.

e) Servidão rústica é aquela exercida independentemente do ato humano.

Gabarito: C

a) Servidão contínua – exercida independentemente do ato humano. Exemplos: servidão de passagem de água, de som, de imagem, de energia.

Servidão descontínua – depende da atuação humana de forma sequencial. Exemplos: servidão de passagem ou trânsito de pessoas, de tirar água no terreno alheio, de pastagem.

b) Servidão positiva – exercida por ato positivo ou comissivo. Exemplo: servidão de passagem ou trânsito.

Servidão negativa – decorre de ato omissivo ou abstenção. Exemplo: servidão de não construir edificação no terreno.

c) Servidão aparente – está evidenciada no plano real e concreto, havendo sinal exterior.

Exemplos: servidão de passagem ou trânsito, servidão de imagem.

Servidão não aparente – não revelada no plano exterior. Exemplo: servidão de não construir.

d) vide letra “a”

e) Servidão rústica – em casos de prédios localizados fora de área urbana, ou seja, em terreno rural. Exemplos: servidão para tirar água, para condução de gado, de pastagem, para tirar areia ou pedras.

Servidão urbana – se o imóvel estiver localizado em área urbana. Exemplos: servidão para escoar água da chuva, para não impedir a entrada de luz, para passagem de som, para usufruir de vista ou de janela.

Tartuce, Flávio. Manual de direito civil: volume único / Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl.

– Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018, p. 1068. Destacamos.

9. A respeito dos alimentos, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

b) O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.

c) Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora.

d) Na falta dos descendentes cabe a obrigação aos ascendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.

e) O novo casamento do cônjuge devedor não extingue a obrigação constante da sentença de divórcio.

Gabarito: D

a) Art. 1.694, § 1º, CC. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

b) Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.

c) Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora.

d) Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.

e) Art. 1.709. O novo casamento do cônjuge devedor não extingue a obrigação constante da sentença de divórcio.

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10. Assinale a alternativa CORRETA a respeito do condomínio em geral.

a) O condômino que desejar alienar a fração ideal de bem imóvel divisível em estado de indivisão deverá dar preferência na aquisição ao comunheiro.

b) Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, não podendo gravá-la ou reivindica-la de terceiros.

c) O condômino é obrigado apenas, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação da coisa.

d) As dívidas contraídas por um dos condôminos em proveito da comunhão, e durante ela, obrigam a todos solidariamente.

e) Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, podendo dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.

Gabarito: A

a) O condômino que desejar alienar a fração ideal de bem imóvel divisível em estado de indivisão deverá dar preferência na aquisição ao comunheiro. STJ. 4ª Turma. REsp 1207129-MG, Rel. Min.

Luis Felipe Salomão, julgado em 16/6/2015 (Info 564). CAVALCANTE, Márcio André Lopes.

Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.

b) Art. 1.314, CC. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.

c) Art. 1.315, CC. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.

d) Art. 1.318, CC. As dívidas contraídas por um dos condôminos em proveito da comunhão, e durante ela, obrigam o contratante; mas terá esta ação regressiva contra os demais.

e) Art. 1.314, Parágrafo único, CC. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.

11. Assinale a alternativa INCORRETA.

a) Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

b) Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.

c) O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.

d) O incapaz não responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis tiverem obrigação de fazê-lo e dispuserem de meios suficientes.

e) Aquele que ressarcir o dano causado por outrem sempre poderá reaver o que houver pago daquele por quem pagou.

Gabarito: E

a) Art. 927, CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

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b) Art. 942, CC. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.

c) Art. 943, CC. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.

d) Art. 928, CC. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. (a contraio sensu) e) Art. 934, CC. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.

12. Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do casamento.

a) A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei.

b) A alteração do regime de bens na união estável depende de homologação judicial e prévia oitiva do Ministério Público.

c) Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.

d) O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.

e) Cessada a causa suspensiva da celebração do casamento, será possível aos cônjuges modificar o regime obrigatório de bens do casamento para o eleito pelo casal.

Gabarito: B

a) Art. 1.512, CC. Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei.

b) Incorreta. Conforme artigo 1639, §2º, CC, não é necessário a oitiva do MP.

c) Art. 1.516. § 3º, CC Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.

d) Art. 1.515, CC. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.

e) De todas as causas em que a lei impõe o casamento no regime da separação absoluta, apenas a senilidade que impõe a imutabilidade do regime. Melhor explicando, com a extinção das causas suspensivas, exceto a senilidade, que não tem como ser extinta, desaparece a necessidade da imposição do regime, com isso é facultado as partes pleitearam a sua modificação.

É também o caso de casamento de menor de 18 anos. Ao completar a maioridade, eles poderão pleitear a modificação.

Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento.

13. Assinale a alternativa INCORRETA com relação á evicção.

(9)

a) Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.

b) Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.

c) A evicção não pode estar presente em casos de apreensão administrativa, decorrendo necessariamente de uma decisão judicial.

d) Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.

e) Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.

Gabarito: C

a) Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.

b) Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.

c) De toda a sorte, é interessante deixar claro que o conceito clássico de evicção é que ela decorre de uma sentença judicial. Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça tem entendido que a evicção pode estar presente em casos de apreensão administrativa, não decorrendo necessariamente de uma decisão judicial (nesse sentido: STJ, REsp 259.726/RJ, 4.ª Turma, Rel. Min. Jorge Scartezzini, Data da decisão: 03.08.2004, DJ 27.09.2004, p. 361). Tartuce, Flávio Manual de direito civil: volume único / Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense;

São Paulo: MÉTODO, 2018.p. 643)

d) Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.

e) Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.

14. Com relação ao bem de família julgue as assertivas a seguir e marque a alternativa CORRETA.

I - É impenhorável o único imóvel comercial do devedor que esteja alugado quando o valor do aluguel é destinado unicamente ao pagamento de locação residencial por sua entidade familiar.

II - O fato de a hipoteca não ter sido registrada pode ser utilizado como argumento pelo devedor para evitar a penhora do bem de família.

III - A impenhorabilidade do bem de família no qual reside o sócio devedor é afastada pelo fato de o imóvel pertencer à sociedade empresária.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I está correta.

c) Apenas II e III estão corretas.

d) Apenas I e III estão incorretas.

e) Todas estão incorretas.

Gabarito:B

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I - STJ. 2ª Turma. REsp 1616475-PE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 15/9/2016 (Info 591).

II – INCORRETA - O art. 3º da Lei nº 8.009/90 traz as hipóteses em que o bem de família legal pode ser penhorado. O inciso V afirma que o imóvel poderá ser penhorado, mesmo sendo bem de família, se ele foi dado como hipoteca (garantia real) de uma dívida em favor da entidade familiar e esta, posteriormente, não foi paga. Neste caso, o bem de família poderá ser alienado e seu produto utilizado para satisfazer o credor. Vale ressaltar que não é necessário que a hipoteca esteja registrada no cartório de Registro de Imóveis. Assim, a ausência de registro da hipoteca em cartório de registro de imóveis não afasta a exceção à regra de impenhorabilidade prevista no art. 3º, V, da Lei nº 8.009/90. Em outras palavras, o fato de a hipoteca não ter sido registrada não pode ser utilizado como argumento pelo devedor para evitar a penhora do bem de família. STJ. 3ª Turma.

REsp 1455554-RN, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 14/6/2016 (Info 585).

III - A impenhorabilidade do bem de família no qual reside o sócio devedor não é afastada pelo fato de o imóvel pertencer à sociedade empresária. STJ. 4ª Turma. EDcl no AREsp 511486-SC, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 3/3/2016 (Info 579).

15. Marque a alternativa INCORRETA de acordo com o Código Civil.

a) É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

b) É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

c) Considera-se possuidor apenas aquele que tem de fato o exercício pleno de algum dos poderes inerentes à propriedade.

d) Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida.

e) O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.

Gabarito: C

a) Art. 1.200, CC. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

b) Art. 1.201, CC. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

c) Art. 1.196, CC. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

d) Art. 1.203, CC. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida.

e) Art. 1201, Parágrafo único, CC. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

16. A respeito das normas fundamentais do processo civil, assinale a alternativa CORRETA.

a) As normas fundamentais do processo civil não estão previstas no NCPC, pois são estruturadas em cláusulas abertas.

b) Não há previsão no NCPC de hipóteses em que contraditório seja diferido.

c) O processo para ser devido ele tem que ser realizado em um prazo razoável, o que não significa dizer que o processo tem que ser célere. O processo tem que durar o tempo necessário para que ele possa ser resolvido. Trata-se do princípio da duração razoável do processo, o qual não possui acento constitucional.

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d) De acordo com o Código de Processo Civil, é necessário ter interesse e legitimidade para postular em juízo.

e) Não há previsão legal de mitigação do direito de acesso à justiça, devendo este ser amplo e pleno.

Gabarito: D

a) As normas fundamentais do processo civil estão previstas nos artigos 2o a 12 do NCPC. São geralmente estruturadas em cláusulas abertas.

b) O art. 9o. do CPC prevê o contraditório diferido, ou seja, o contraditório será exercido em momento posterior.

c) A duração razoável do processo encontra previsão legal tanto na CF, art. 5o. LXXVIII, como no art. 4, CPC.

d) CORRETA. art. 17, CP. A possibilidade jurídica do pedido deixou de ser uma condição da ação.

e) Há algumas mitigações (flexibilizações) ao direito fundamental de acesso à justiça, quais sejam:

- Lide desportiva (art. 217, p. 1o., CF): exige-se o esgotamento do processo administrativo (processo desportivo).

- Habeas Data (lei 9.507/97): é imprescindível a negativa de informação pelo órgão.

- Ações previdenciárias: conforme o STF é necessário que a parte primeiro queira o benefício perante o INSS, não é necessário o esgotamento da via administrativa. Se não houver primeiro o requerimento administrativo não haverá lide (tem que caracterizar o interesse de agir).

17. A respeito da competência, marque a assertiva CORRETA

I – Após as providências preliminares de saneamento, o juiz decidiu parte do mérito da causa antecipadamente, por considerar que alguns pedidos formulados eram incontroversos.

Nessa situação, o juiz exerceu cognição exauriente e o recurso cabível será o agravo de instrumento, independentemente de a decisão ter sido líquida ou ilíquida.

II – Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão impreterivelmente remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente.

III – O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo.

IV – A decisão do Juízo Federal que não exclui da relação processual ente federal pode ser reexaminada no Juízo Estadual.

a) I, II, III e IV estão corretas.

b) Apenas I, II e III estão corretas.

c) Apenas III e IV estão corretas.

d) Apenas I e III estão corretas.

e) Apenas IV está incorreta.

Gabarito: D

I – CORRETA - (alternativa retirada da prova do TJCE – Juiz de Direito – CESPE – 2018) Art. 356 do CPC. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:

I – mostrar-se incontroverso;

1° A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.

5° A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.

(12)

Cognição exauriente: baseia-se em aprofundado exame das alegações e provas, o que cria um juízo de certeza. Ex: sentença, decisão parceial antecipada de mérito.

Cognição sumária: o juiz decide com base em juízo de probabilidade da existência do direito (análise do fumus boni iuris e do periculum in mora). Ex: os provimentos de urgência

Observe que no caso em análise, os fatos sobre os quais o juiz decidiu eram incontroversos, portanto, não pendia sobre eles qualquer dúvida que ensejasse a necessidade de dilação probatória.

Por isso, a análise se deu em cognição exauriente.

II – INCORRETA - Art. 45, NCPC Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas púbicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:

I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;

II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.

III – CORRETA - Art. 45, §3º, NCPC

IV – INCORRETA – Súmula 254, STJ - A decisão do Juízo Federal que não exclui da relação processual ente federal não pode ser reexaminada no Juízo Estadual.

18. São hipóteses de impedimento do juiz, EXCETO

a) quando interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha.

b) quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive.

c) quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive.

d) quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive.

e) em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços.

Gabarito: C

A letra ‘c’ traz hipótese de suspeição, nos termos do artigo 145, NCPC, as demais assertivas são hipóteses de impedimento.

Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:

I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;

II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;

III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;

IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;

V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;

VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;

VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;

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VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;

IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.

§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.

§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.

Art. 145. Há suspeição do juiz:

I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;

III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;

IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.

§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.

§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:

I - houver sido provocada por quem a alega;

II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.

19. Ainda sobre o litisconsórcio assinale a alternativa CORRETA

a) O litisconsórcio unitário sempre será necessário, já que está diante de uma relação jurídica incindível, mas o litisconsórcio o litisconsórcio facultativo poderá ser simples ou unitário.

b) Não se conta em dobro o prazo para recorrer quando um só dos litisconsortes tenha sucumbido.

c) O litisconsórcio multitudinário pode ocorrer tanto na fase de conhecimento, de liquidação, ou mesmo na fase de cumprimento de sentença, sendo o litisconsórcio facultativo ou necessário.

d) Pelo litisconsórcio multitudinário há possibilidade de limitação do número de litisconsortes em razão da excessiva quantidade de sujeitos que acarretem dificuldades para a defesa, dificuldades para a rápida solução do litígio ou dificuldades para o cumprimento da sentença, mas o juiz só poderá limitar o número de litisconsortes caso seja provocado.

e) Em regra, os litisconsortes atuarão no processo como partes distintas, mas a atuação de um ou de omissão de outro gerará consequências para o outro.

Gabarito: B

a) INCORRETA Via de regra, o litisconsórcio unitário também é necessário, já que está diante de uma relação jurídica incindível, mas há hipóteses de litisconsórcio unitário simples. Da mesma forma, em regra, o litisconsórcio facultativo é simples, mas também há hipóteses de litisconsórcio facultativo unitário.

b) CORRETA Súmula 641 do STF

c) INCORRETA - litisconsórcio multitudinário, ou litisconsórcio recusável, pode ocorrer tanto na fase de conhecimento, de liquidação, ou mesmo na fase de cumprimento de sentença. Somente

(14)

quando se tratar de litisconsórcio facultativo, não se podendo falar em litisconsórcio multitudinário nos casos de litisconsórcio necessário.

d) INCORRETA - O juiz também pode agir de ofício nos casos de litisconsórcio multitudinário.

e) INCORRETA Em regra, os litisconsortes atuarão no processo como partes distintas, de maneira que a atuação de um ou de omissão de outro não gerará consequências para o outro.

20. Quanto à liquidação de sentença, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Ocorre liquidação por arbitramento quando determinado pela sentença ou exigido pela natureza do objeto da liquidação.

b) Tanto o credor como o devedor podem requerer que se proceda à liquidação quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida.

c) Havendo necessidade de se alegar e provar fato novo a liquidação será pelo procedimento comum.

d) Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.

e) Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.

Gabarito: A

Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:

I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;

II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.

§ 1o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.

§ 2o Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.

21. A respeito das tutelas provisórias assinale a alternativa CORRETA

a) A tutela provisória pode ter como fundamento a urgência ou evidência, ser cautelar ou antecipada e concedida em caráter antecedente ou incidental.

b) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, podendo ser, a qualquer tempo, revogada ou modificada, mas durante o período de suspensão do processo conservará sua eficácia independentemente de decisão judicial.

c) O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória, observando as normas ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.

d) Na decisão que conceder ou negar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso, não sendo necessária motivação no caso de modificação ou revogação por fato novo.

e) As partes não poderão negociar mediante acordo a estabilização da tutela antecipada antecedente, concedida nos termos do artigo 303, CPC.

GABARITO: C

a) Art. 294, CPC. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.

Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.

(15)

b) Art. 296, CPC. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.

Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.

c) CORRETA – art. 297. CPC

d) Art. 298, CPC. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.

e) Enunciado 32, FPPC: (art. 304) Além da hipótese prevista no art. 304, é possível a estabilização expressamente negociada da tutela antecipada de urgência antecedente.

22. Sobre o pedido e suas especificações assinale a alternativa INCORRETA.

a) O Juiz assegurará ao credor o direito de exigir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o pedido não tenha sido formulado de forma alternativa.

b) É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.

c) Ainda que entre os pedidos não haja conexão, é lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos.

d) Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.

e) Quando pela natureza da obrigação o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo o pedido será alternativo.

Gabarito: A

a) INCORRETA – Art. 325, Parágrafo Único, CPC- Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.

b) Art. 326, CPC.

c) Art. 327, CPC.

d) Art. 328, CPC.

e) Art. 325, CPC.

23. Assinale a alternativa INCORRETA.

a) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.

b) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário sempre provar- lhe-á o teor e a vigência.

c) Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo probatório ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

d) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

e) O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

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Gabarito: B a) Art. 375, CPC.

b) Art. 376, CPC. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

c) Art. 373, §1º, CPC.

d) Art. 369, CPC.

e) Art. 371, CPC.

24. Com relação à coisa julgada assinale a alternativa INCORRETA de acordo com o CPC.

a) A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.

b) Não fazem coisa julgada os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença e a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença.

c) A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.

d) Denomina-se coisa julgada formal a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.

e) Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido.

Gabarito: D a) Art. 503, CPC.

b) Art. 504, CPC.

c) Art. 506, CPC.

d) Art. 502, CPC. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.

e) Art. 508, CPC.

25. Nos termos do Código de Processo Civil, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo, sendo que a necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.

b) São títulos executivos extrajudiciais a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos

c) A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo inibe o credor de promover-lhe a execução.

d) Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados.

e) O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.

Gabarito: C a) Art. 786, CPC.

b) Art. 784, X, CPC.

c) Art. 784, § 1º, CPC. A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.

d) Art. 784, § 2º, CPC.

e) Art. 784. § 3º, CPC.

(17)

26. Assinale a alternativa INCORRETA a respeito da impenhorabilidade de bens.

a) A pequena propriedade rural, trabalhada pela família, é impenhorável, ainda que dada pelos proprietários em garantia hipotecária para financiamento da atividade produtiva.

b) Os recursos do Fundo Partidário são absolutamente impenhoráveis, inclusive na hipótese em que a origem do débito esteja relacionada às atividades previstas no art. 44 da Lei 9.096/95.

c) Os valores recebidos por anistiado político a título de reparação econômica são insuscetíveis de penhora para a garantia de crédito tributário.

d) O pacto de impenhorabilidade de título patrimonial contido explicitamente em estatuto social de clube desportivo não pode ser oposto contra exequente/credor não sócio.

e) Não é possível a penhora do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS para o pagamento de honorários de sucumbência.

Gabarito: C

a) STJ. 4ª Turma. REsp 1368404-SP, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 13/10/2015 (Info 574).

b) STJ. 3ª Turma. REsp 1474605-MS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 7/4/2015 (Info 562).

c) Os valores recebidos por anistiado político a título de reparação econômica são suscetíveis de penhora para a garantia de crédito tributário. Isso porque a Lei nº 10.559/2002, que regulamenta o Regime do Anistiado Político, prevê que a reparação econômica devida a anistiado político não possui caráter remuneratório ou alimentar, mas sim “caráter indenizatório”. Sendo assim, essas verbas se mostram passíveis de constrição, na medida em que não foram consideradas por lei como absolutamente impenhoráveis. STJ. 2ª Turma. REsp 1362089-RJ, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 20/6/2013 (Info 524). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Possibilidade de penhora dos valores recebidos por anistiado político. Buscador Dizer o Direito, Manaus.

Disponível

em:https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/2321994d85d661d792223 f647000c65f

d) STJ. 3ª Turma. REsp 1475745-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 24/04/2018 (Info 625).

e) STJ. 3ª Turma. REsp 1619868-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 24/10/2017 (Info 614).

27. Sobre a execução por quantia certa, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, acrescida de juros, custas e honorários advocatícios.

b) A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado, ressalvadas as execuções especiais.

c) Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado, que no caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, não serão devidos.

d) Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, o exequente providenciará, no prazo de 10 (dez) dias, o cancelamento das averbações relativas àqueles não penhorados.

(18)

e) A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante demonstração de que a constrição proposta lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente.

Gabarito: C a) Art. 826, CPC.

b) Art. 824, CPC.

c) Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado.

§ 1o No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade.

d) Art. 828, §2º, CPC e) Art. 829, §2º, CPC.

28. Com relação aos recursos assinale a alternativa INCORRETA, nos termos do CPC.

a) A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se dá imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.

b) O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa.

c) Independentemente de decisão judicial em sentido diverso, os recursos impedem a eficácia da decisão recorrida.

d) Compete ao juízo civel onde for proposta ação e não ao juízo universal processar e julgar demandas cíveis com pedidos ilíquidos contra massa falida, quando em litisconsórcio passivo com pessoa jurídica de direito público.

e) Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem.

Gabarito: C

a) Correta. Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.

Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se dá imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.

b) Correta. Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.

§ 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.

§ 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:

c) Incorreta. Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.

d) Correta. A universalidade do juízo falimentar, contudo, não é absoluta. Há exceções.

Uma dessas exceções diz respeito às ações que demandem quantia ilíquida.

Veja o que diz o art. 6º, § 1º da Lei nº 11.101/2005: Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida.

(19)

“Tratando-se de demandas cujos pedidos são ilíquidos, a ação de conhecimento deverá prosseguir, não havendo falar em competência absoluta do Juízo Falimentar para apreciar e julgar a demanda, nos termos do artigo 6°, §1°, da Lei n .11.101/2005”.

Assim, as ações que estiverem cobrando quantia ilíquida não precisam tramitar no juízo universal da falência, podendo continuar ou serem propostas no juízo cível competente segundo as leis de organização judiciária.

STJ. 4ª Turma. AgInt nos EDcl no REsp 1.617.538/PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 1º/12/2016.

A competência para processar e julgar demandas cíveis com pedidos ilíquidos contra massa falida, quando em litisconsórcio passivo com pessoa jurídica de direito público, é do juízo cível no qual for proposta a ação de conhecimento, competente para julgar ações contra a Fazenda Pública, de acordo as respectivas normas de organização judiciária.

STJ. 1ª Seção. REsp 1.643.856-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 13/12/2017 (recurso repetitivo) (Info 617).

Fonte: https://www.buscadordizerodireito.com.br

e) Correta. Art. 1.003, CPC. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.

§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem.

29. Com relação à apelação, assinale a alternativa INCORRETA.

a) No julgamento de apelação, o Tribunal não poderá manter a sentença recorrida utilizando novos fundamentos legais não invocados pelo juiz na 1ª instância.

b) As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.

c) É possível que a parte junte novos documentos em sede de apelação, desde que não se trate de documento indispensável à propositura da ação, não haja indício de má-fé e seja garantido o contraditório.

d) A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada, mas serão objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.

e) É inepta a apelação quando o recorrente deixa de demonstrar os fundamentos de fato e de direito que impunham a reforma pleiteada ou de impugnar, ainda que em tese, os argumentos da sentença.

Gabarito: A

a) No julgamento de apelação, o Tribunal poderá manter a sentença recorrida, mas utilizando novos fundamentos legais não invocados pelo juiz na 1ª instância. STJ. 2ª Turma.

REsp 1352497-DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 4/2/2014 (Info 535). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>

b) Art. 1.009, CPC. Da sentença cabe apelação.

§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.

(20)

c) É possível que a parte junte novos documentos em sede de apelação, desde que atendidos os seguintes requisitos: a) não se trate de documento indispensável à propositura da ação; b) não haja indício de má fé; c) seja ouvida a parte contrária, garantindo-se o contraditório (art. 398 do CPC 1973 / art. 437, § 1º do CPC 2015). STJ. 1ª Turma. REsp 1176440-RO, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 17/9/2013 (Info 533). CAVALCANTE, Márcio André Lopes.

Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

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d) Art. 1.013, CPC A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.

e) É inepta a apelação quando o recorrente deixa de demonstrar os fundamentos de fato e de direito que impunham a reforma pleiteada ou de impugnar, ainda que em tese, os argumentos da sentença (art. 514, II, do CPC 1973 / art. 1.010, II, do CPC 2015). STJ. 3ª Turma. REsp 1320527-RS, Rel.

Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/10/2012. CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador

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30. A respeito da ação rescisória, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A ação rescisória é uma ação autônoma de impugnação, cuja finalidade é desconstituir a decisão de mérito transitada em julgado.

b) De maneira geral, a ação rescisória é o veículo adequado para suscitar nulidades absolutas que contaminaram o processo ou a decisão.

c) A rescisória só servirá para desconstituir a decisão quando o vício de que ela ou o processo padecem persistir mesmo depois do trânsito em julgado.

d) Sempre que a sentença for apenas de homologação, como ocorre quando há acordo entre os litigantes, a ação rescisória será o mecanismo adequado para impugnação.

e) A cassação das decisões que reconhecem prescrição e decadência, depois do trânsito em julgado, exige ação rescisória, e não a anulatória ou declaratória, porque estas só cabem quando a intervenção do juízo é meramente homologatória, sem conteúdo decisório.

Gabarito: D

a) Esgotados os recursos, a sentença transita em julgado. Não é mais possível rediscuti-la nos mesmos autos, pois haverá coisa julgada formal, que afeta todas as sentenças, terminativas ou definitivas. Se o julgamento for de mérito, haverá também a coisa julgada material sobre todas as decisões de mérito, que projeta seus efeitos fora do processo e impede que as partes rediscutam em qualquer outro aquilo que tenha sido decidido sobre os pedidos.

Em casos excepcionais, porém, a lei permite a utilização de ação autônoma de impugnação, cuja finalidade é desconstituir a decisão de mérito transitada em julgado. Nela, ainda é possível postular a reapreciação daquilo que foi decidido em caráter definitivo. Trata-se da ação rescisória.

b) Não se trata de um recurso, pois pressupõe que todos já se tenham esgotado. Exige que tenha havido o trânsito em julgado da decisão de mérito. Consiste em uma ação cuja finalidade é desfazer o julgamento já tornado definitivo.

Ela não cabe em qualquer circunstância. O art. 966 enumera as hipóteses de cabimento. Pode-se dizer, de maneira geral, que é o veículo adequado para suscitar nulidades absolutas que contaminaram o processo ou a decisão. O rescindido é a decisão (rectius, o seu dispositivo). Mas,

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como o processo se caracteriza por ser uma sequência de atos interligados e coordenados, que se sucedem no tempo e visam ao provimento jurisdicional, a existência de um vício no seu curso pode contaminar todos os atos subsequentes e, por conseguinte, a decisão de mérito.

c) A rescisória só servirá para desconstituí-la quando o vício de que ela ou o processo padecem persistir mesmo depois do trânsito em julgado. Há nulidades que não sobrevivem ao final do processo. Quando ele se encerra, elas se sanam. Por exemplo: se o processo for conduzido por um juiz suspeito, cumpre às partes reclamar, arguindo a suspeição; ou ela é acolhida, o que ensejará o refazimento dos atos decisórios, se necessário, ou não é acolhida, ou nem mesmo suscitada, caso em que o vício desaparece.

Quando o vício é daqueles que desaparecem quando o processo se encerra, não cabe a ação rescisória. Ela exige que a nulidade seja absoluta, que se prolongue para além do processo.

d) Há dois outros mecanismos, além da rescisória, pelos quais se pode impugnar uma sentença transitada em julgado. Um deles é a ação anulatória ou declaratória de nulidade, prevista no art.

966, § 4º, do CPC que cabe contra os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução. Sempre que a sentença for apenas de homologação, como ocorre quando há acordo entre os litigantes, a ação rescisória não será o mecanismo adequado para impugnação, mas as ações anulatórias ou declaratórias de nulidade, previstas para os atos jurídicos em geral.

e) Decisões que reconhecem prescrição e decadência

Elas põem fim ao processo, com resolução de mérito; no entanto, não julgam a pretensão do autor. Por isso, são chamadas falsas sentenças de mérito: a lei as considera de mérito para que possam revestir-se da coisa julgada material.

A cassação de tais decisões, depois do trânsito em julgado, exige ação rescisória, e não a anulatória ou declaratória, porque estas só cabem quando a intervenção do juízo é meramente homologatória, sem conteúdo decisório. O reconhecimento da prescrição ou da decadência decorre de um pronunciamento judicial, em que o juízo verifica os prazos e examina a existência de causa suspensiva ou interruptiva. Não há apenas manifestação de vontade das partes, mas efetiva decisão judicial. Daí o cabimento da rescisória.

(Gonçalves, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado – 7. ed. – São Paulo:

Saraiva, 2016, p. 860/863)

DIREITO DO CONSUMIDOR

31. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I - Não se pode interpretar o Código de Defesa do Consumidor de modo a tornar qualquer encargo contratual atribuído ao consumidor como abusivo, sem observar que as relações contratuais se estabelecem, igualmente, através de regras de direito civil.

II - O CDC exclui a principiologia dos contratos de direito civil. Entre as normas consumeristas e as regras gerais dos contratos, insertas no Código Civil e legislação extravagante, deve haver exclusão e não complementação.

III - O mandamento constitucional de proteção do consumidor deve ser cumprido por todo o sistema jurídico, em diálogo de fontes, e não somente por intermédio do CDC.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas.

c) Apenas I e III estão corretas.

Referências

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