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DESIGN DE VESTUÁRIO ADAPTADO A JOGADORES DE BASQUETEBOL DEFICIENTES MOTORES: ASPECTOS BENEFICENTES DA SATISFAÇÃO DE NECESSIDADES ESPECIAIS

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1 XV ENCONTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO NORTE E NORDESTE e PRÉ-

ALAS BRASIL. 04 a 07 de setembro de 2012, UFPI, Teresina-PI.

Grupo de Trabalho: [GT 2: Ciências Sociais e Esporte: conjugando abordagens e perspectivas em um campo de pesquisa plural e

interdisciplinar]

DESIGN DE VESTUÁRIO ADAPTADO A JOGADORES DE BASQUETEBOL DEFICIENTES MOTORES: ASPECTOS BENEFICENTES DA SATISFAÇÃO

DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Araújo, Maria do Socorro de1: Msc. Universidade Federal do Piauí-UFPI Contato eletrônico – msdesigne@gmail.com

RESUMO

O Basquetebol em cadeira de rodas cresceu nas últimas décadas, pesquisas científicas têm sido feita nesta área, porém, são poucos estudos que avaliam o vestuário adequado à posição de sentado. O estudo resulta da pesquisa com equipe de jogadores de basquetebol cadeirante da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) - Delegação Distrital de Braga em Portugal. Foi investigado o design ideal de vestuário para esportistas cadeirantes considerando a preocupação com imagem e estilo pessoal, a satisfação das necessidades e situações desfavoráveis do vestuário. O artigo objetiva apresentar a importância da utilização de vestuário apropriado por pessoas com necessidades especiais motoras. Observou-se que a preocupação com um design de vestuário ergonômico a sua condição física, oportuniza benefícios físicos e psicológicos.

PALAVRAS CHAVE: Basquetebol, cadeirante, design, vestuário ergonômico.

1 Professora Assistente da UFPI- Curso de Moda, Design e Estilismo, Mestre em Design e Marketing do Vestuário. Universidade do Minho- Guimarães-Portugal.

Este artigo e respectivo Mestrado decorreram em função da participação do Programa Alβan Programa de bolsas de alto nível da Comunidade Européia para a América Latina, bolsa nº E07M401834BR.

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2 1 INTRODUÇÃO

Durante longos anos, no percurso da história da humanidade, a ignorância, o abandono, a superstição, o medo e o preconceito foram fatores sócio-culturais que levaram as pessoas com deficiências e incapacidades2- PCDI a estarem à margem da sociedade. Os problemas gerados retardaram o seu desenvolvimento e a sua inclusão nos vários níveis sociais, em função de discriminações e processos de estigmatização. Além dos problemas, decorrentes dos preconceitos enfrentados pelas pessoas com necessidades especiais motoras-PCNEM, verifica-se que o vestuário nem sempre responde às necessidades subjetivas do indivíduo em termos de design ergonômico, e conforto. As PCDI têm mostrado que são capazes de estudar, trabalhar e cuidar de si mesmos. A prática de esportes é um bom exemplo dessa capacidade.

Os esportes podem ser praticados pelos deficientes praticamente em toda a sua totalidade, em função do grau de deficiência e o impedimento de cada um, são efetuadas algumas alterações de regras e adequações que desimpedem a prática promovendo a participação de um elevado número de PCDI.

Não importa o nível ou tipo de esporte, os praticantes serão beneficiados seja em termos: fisiológicos, psicológicos, sociais, terapêuticos e recreativos (FERREIRA, 1993; ALVES, 2000).

Desde a primeira versão dos jogos Para Olímpicos, em Roma desde 1960, até a atualidade, o esporte tem sofrido grande evolução, abandonou o caráter de lazer e reabilitação, passando a procurar também o alto desempenho (GUERRA E FIGUEIREDO, 2006). Muitos atletas deixaram para trás o amadorismo e começaram a perseguir o profissionalismo. E no caso

2 A opção em usar o termo Pessoa Com Deficiências e Incapacidades, nesse artigo, está de acordo com a

abordagem universal proposta pela Classificação Internacional de Funcionamento, Incapacidade e Saúde - CIF da Organização Mundial da Saúde - OMS que permite caracterizar a experiência da deficiência e a incapacidade de cada indivíduo a partir das suas consequências, efetivamente verificadas e não de uma definição inadequada ao contexto real em que ele está inserido. O uso desse termo não exclui a utilização de outros termos comumente encontrados nas literaturas sobre a temática, tais como: Pessoas Com Necessidades Especiais Motoras (PCNEM), Portadores de Necessidades Especiais Motoras (PNEM), Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais Motoras-(PPNEM), Pessoas Portadoras de Deficiências Físicas (PPDF) e Portadores de Necessidades Especiais-(PNEs).

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3 especifico do vestuário esportivo, cada vez mais é demandada a oferta de peças que atendam as necessidades de conforto e de alto desempenho dos atletas.

Neste artigo são abordados resultados de uma pesquisa realizada com uma equipe de jogadores de basquetebol, em cadeira de rodas, da Associação Portuguesa de Deficientes – APD – Delegação Distrital de Braga- Portugal, são apresentados aspectos importantes da questão social, conceitos e panorama da deficiência, bem como as características principais relativa aos tipos de deficiências da equipe pesquisada e a importância do esporte especificamente do basquetebol em cadeira de rodas no processo de reinserção social. Além disso, objetiva compreender a partir do estudo sobre ergonomia e conforto qual o design ideal de vestuário para esportistas cadeirantes considerando a preocupação com imagem e estilo pessoal, e sugestões para satisfazer as necessidades e situações desfavoráveis do vestuário.

O presente trabalho é importante, pois a sua investigação teve como o objeto de estudo o vestuário de jogadores de basquetebol em cadeiras de rodas. No geral, tem-se verificado que já existe no mercado, vestuário ergonômico, confortaveis, e com materia prima que entre outros aspectos, propiciam maior e melhor desempenho dos atletas. É um segmento, cada vez mais, competitivo. Ao ser considerado, o seguimento de vestuário desportivo para PCNEM, percebe-se, no entanto, uma grande demanda de vestuário que já na sua concepção seja planejado de acordo as necessidades específicas em função do tipo de deficiência e, que considere a ergonomia e conforto na satisfação de suas necessidades em relação ao tipo de vestuário adequado à posição de sentado.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Deficiências: aspectos sociais da integração do deficiente

No percurso histórico houve evolução na forma como é encarada a deficiência e incapacidades e houve imensos avanços na forma de tratar os problemas do deficiente. Já se foram os anos em que, por exemplo, uma pessoa como Platão, na sua obra República, considerava que as pessoas com

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4 algum tipo de deficiência numa república ideal, deveriam ser relegadas à sua própria sorte em um lugar em que ninguém se lembrasse deles (SIMÕES E BISPO, 2006).

No passado muitos obstáculos, além dos físicos e de cunho emocional, os de cunho morais e religiosos com crenças sobrenaturais e supersticiosas também, impediram a integração evolução do deficiente como é referido na citação abaixo:

(...) a sociedade desenvolveu quase sempre obstáculos à integração das pessoas com deficiência. Receios, medos, superstições, frustrações exclusões, etc., preencheram lamentavelmente vários exemplos históricos que vão de Esparta à Idade Media (FONSECA, 1989:217).

Na atualidade os corpos dos deficientes que são diferentes do padrão aceito como “normal” pela sociedade ainda defronta-se comumente, com alguns problemas em função da sua situação de “não igual":

O homem, ao fugir dos padrões que o definem como "normal”

determinado pela sociedade, é diferenciado não só pelos títulos que recebe como também pelas formas de tratamento que a todo o momento o evidenciam como um ser "deficiente- diferente", por ser um corpo com níveis de capacidade, potencialidade e limite fora da padronização estabelecida.

Desse modo, ele torna-se excluído de viver o presente (PORTO 2000, p. 54).

O deficiente sente que estão arraigadas, no imaginário coletivo, idéias sobre a deficiência como: incapacidade, incompetência, improdutividade e impossibilidade, como se as pessoas com deficiências fossem incapazes de se constituírem como sujeitos autônomos, inteligentes, criativos e produtivos, em função dos vários problemas e atrofias que apresentam no corpo (ARAÚJO, 2009).

Acredita-se que as condições que propiciem melhoria na qualidade de vida aos deficientes estão relacionadas primeiramente com as “mudanças de atitudes, valores e crenças sobre a forma de olhar e ver um deficiente”. Só será possível tal mudança quando os indivíduos forem vistos como, “seres humanos cognoscíveis, limitados e não incapacitados, sensíveis e não apáticos, perceptivos e não alheios na sua relação com o mundo” (PORTO, 2001, p.

134).

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5 2.2 Conceitos sobre Deficiencia, Incapacidades e Desvantagem- Organização Mundial de Saúde-OMS

A Organização Mundial de Saúde-OMS coloca à nossa disposição um conjunto de documentos normalizadores das questões que estão diretamente ligadas com a saúde. Relativamente sobre a questão da deficiência, o documento publicado em 1980, a Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagem é conhecida pela sigla ICIDH. A nomenclatura em inglês “International Classificação of Impairments, Disabilities, and Handicaps-ICIDH normaliza alguns conceitos sobre saúde. De acordo com Simões e Bispo (2006, p.13), para o ICIDH o conceito de deficiência representa:

(...) qualquer perda ou alteração de uma estrutura ou de uma função psicológica, fisiológica ou anatômica. Podendo estas perdas ou alterações ser temporárias ou permanentes, representando a exteriorização de um estado patológico e, em princípio, perturbações a nível orgânico.

No segundo nível de classificação, o conceito de incapacidade consiste na “restrição ou falta de capacidade para realizar uma atividade dentro dos limites considerados normais para o ser humano” (SIMÕES E BISPO, 2006 p. 29).

De acordo com esse documento, o conceito de desvantagem é compreendido como:

uma condição social de prejuízo sofrido por um individuo, resultante de uma deficiência ou de uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho de uma atividade considerada normal para um ser humano, tendo em conta a idade, o sexo e os fatores sócio-culturais (SIMÕES E BISPO, 2006 p. 32) São consideradas situações de desvantagem as categorias de:

orientação, independência física, mobilidade, ocupação, integração social e independência ou auto-suficiência economica, sempre que a capacidade de interação com o meio esteja diminuída ou ausente.

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6 2.3 Panoramas da população com deficiência

Sampayo (2006, p. 8-9), considera de acordo com dados das Nações Unidas, que “mais de 500 milhões de pessoas no mundo têm um handicap (desvantagem) (tradução nossa) em consequência de uma deficiência mental, física ou sensorial”. Algumas estimativas globais realizadas pela OMS, e de acordo com os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), apontam que o número de deficientes no mundo está na ordem de 600 milhões de pessoas. A OMS considera que 10% da população mundial são deficientes físicos, e considera que, 80% dessas pessoas vivem nos países pobres ou em desenvolvimento. Na Europa, estima-se que haja cerca de 37 milhões de pessoas com deficiência (ALMEIDA, 2006).

No Brasil conforme dados do último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, cerca de 23,9% da população declararam-se portadoras de alguma deficiência. Em 2001, ano em que foi realizada a última pesquisa, havia um total de 34.580,721 esse índice representava 14,5% da população. O número de pessoas que declararam ter alguma deficiência “severa” é 17,7 milhões, o que corresponde a 6,7% da população. A deficiência motora severa, na recente pesquisa é 2,3%, no Censo de 2001 o índice correspondia a 1,4% da população (ALMEIDA, 2011).

2.4 Tipos de deficiências físicas

A deficiência física resulta de muitas doenças que podem ser de natureza genética ou outros problemas, e de variados tipos de traumas.

Rozicki (2003) explicita que a OMS, considera que os deficientes se dividem em cinco categorias, sendo elas: deficiência física (tetraplegia, paraplegia e outros), deficiência mental (leve, moderada, severa e profunda), deficiência auditiva (total ou parcial), deficiência visual (cegueira total e visão reduzida), deficiência múltipla (duas ou mais deficiências associadas).

2.4.1 Os tipos de deficiências dos jogadores de basquetebol da amostra Os tipos de deficiências são múltiplos, bem como, as características individuais que cada deficiente apresenta no corpo. Nesse artigo, no entanto, pretende-se compreender as características associadas às deficiências que

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7 caracterizam a população da amostra em estudo: os jogadores de basquetebol, em cadeiras de rodas, que participaram da pesquisa.

É importante conhecer as causas e os problemas decorrentes de cada tipo de deficiência, para que sejam compreendidas e atendidas as necessidades específicas a partir destas características. Além disso, ao conhecê-las, fica evidenciada a importância da criação de vestuário apropriado, considerando as limitações impostas por cada tipo de deficiência e, sobretudo, adequado à posição de sentado. É importante enfatizar que, o comprometimento em função da deficiência, tornava necessário o uso de cadeira de rodas por todos os jogadores de modo permanente.

Os tipos de deficiência da amostra participante do estudo são:

paraplegia, Spina bífida, poliomielite, amputações traumáticas e distrofia muscular.

2.4.1.1 Paraplegia

A paraplegia, tal como a tetraplegia é um estado que, comumente, resulta de uma lesão medular. Pode ser de dois tipos: flácida na qual se verifica a perda de tônus muscular e que é acompanhada habitualmente por anestesia cutânea e abolição dos reflexos tendinosos e a espástica na qual se verifica a hipertonia dos músculos. As causas mais frequentes de lesão medular são: os traumatismos que causam lesões da medula espinal e compressão medular; os processos tumorais; as infecções; as intoxicações e a paraplegia espástica infantil. Os traumatismos que mais atingem a medula espinal são aqueles provocados por acidentes de automóveis, ou mergulho em águas rasas (REDE SARA, 2009).

Após uma lesão medular, da qual resulta paraplegia, é possível que os membros afetados deixem de receber, permanentemente, qualquer tipo de estímulos tornando os músculos flácidos, o que se traduz numa acentuada diminuição de massa muscular facilmente visível. Vide na Figura: 1 os vários níveis de lesão medular e o comprometimento de cada uma em função da região em que foi atingida

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8 Os cuidados com a pele são muito importantes nos casos e paraplegia, para evitar a formação de úlceras de pressão (escaras)3 nas zonas de contato diário entre a cadeira de rodas e ou o local em que fica sentado ou deitado com a proeminência óssea.

Figura: 1- Representação dos níveis de lesão medular e seu efeito Fonte: http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/images/06_69_b.jpg

A lesão medular, também impede a passagem dos impulsos voluntários do cérebro para a musculatura e das sensibilidades cutâneas até ao cérebro, o

3A úlcera de pressão tem início com uma lesão de tecido gorduroso, com a forma de um nódulo firme, sob uma área superficial avermelhada, localizada, geralmente, em uma saliência óssea ou área de maior pressão. Um dos tratamentos, preventivos consiste em manter a área comprometida livre de pressão.

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9 que as torna insensíveis à dor, ao calor e frio, e suscetíveis ao desenvolvimento de úlceras por pressão. Nestes casos, a higiene corporal e o tipo de vestuário são extremamente importantes (ARAÚJO, 2009).

2.4.1.2 Spina bífida

A Spina Bífida é uma malformação da coluna vertebral, no período da gestação, resultante de um defeito no desenvolvimento do tubo neural e na formação das vértebras, que causa uma fenda que ocasiona danos ao sistema nervoso central. Dependendo do comprometimento pode existir sempre alguma paralisia ou perda de sensibilidade, abaixo da região lesada e, problema de incontinência quer da bexiga ou quer dos intestinos.

2.4.1.3 Poliomielite

É uma doença causada por um enterovírus, denominado poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3) que afeta todo o corpo, incluindo músculos e nervos. Os casos graves podem causar paralisia permanente ou morte. A paralisia que pode provocar perda completa da função muscular pode ocorrer em uma área pequena, localizada, ou extensa, generalizada.

2.4.1.4 Amputações traumáticas

A amputação traumática é uma perda acidental de uma parte do corpo, comumente, um dedo, artelho, braço ou perna. As amputações traumáticas geralmente resultam de acidentes em fábricas e ou outros locais com ferramentas elétricas, cortantes e com veículos motorizados.

2.4.1.5 Distrofia muscular

É um grupo de distúrbios caracterizados por fraqueza muscular progressiva e perda de tecido muscular. Os sintomas aparecem antes dos 6 anos de idade, até mesmo, no período em que a criança está sendo amamentada. Há uma fraqueza muscular progressiva das pernas e da pélvis, associada à perda de massa muscular. A fraqueza muscular pode afetar os braços, pescoço e outras áreas, todavia não tão intensamente como na metade inferior do corpo. Por volta dos 10 anos, pode ser necessário o uso de

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10 aparelhos ortopédicos para caminhar e, aos 12 anos, a maioria dos pacientes está confinada à cadeira de rodas (ARAÚJO, 2009).

2.5 A prática do desporto: integração para pessoas portadoras de deficiência física

Os desportos podem ser praticados pelos deficientes praticamente em toda a sua totalidade, em função do grau de deficiência e o impedimento de cada um, são efetuadas algumas alterações de regras e adequações que desimpedem a prática promovendo a participação de um elevado número de PCDI.

Alguns autores como, Ferreira (1993) e Alves (2000), consideram que não importa o nível do desporto praticado, os efeitos são verificados em termos: fisiológicos, psicológicos, sociais, terapêuticos e recreativos. Para, além disso, é referido que, os praticantes de desporto, em cadeiras de rodas, apresentam outros benefícios tais como: autonomia locomotora na cadeira de rodas, aperfeiçoamento da técnica de manejo da cadeira de rodas, e estimulação das funções do tronco e dos membros superiores. A prática desportiva, em cadeiras de rodas, também promove o aperfeiçoamento desportivo.

Durante a realização da 5ª Conferência de Dublin em 1986, foi definida uma resolução denominada "Carta européia do desporto para todos: os indivíduos deficientes". O conceito de "Desporto para Todos" tem importância fundamental, por permitir que os benefícios obtidos através da prática desportiva se difundissem ao maior número de pessoas. A partir dessa resolução foram criadas e incentivadas imensas formas e diferentes desportos, que vão da atividade física mais simples ou recreativa até ao desporto de alto rendimento.

A prática do desporto contribui para a boa relação social de diferentes países, sociedades e culturas. A atividade desportiva e a participação dos indivíduos com deficiência podem ser um fator primordial para alcançar a igualdade de oportunidades.

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11 2.5.1 Origem das atividades físicas desportivas para deficientes

A grande maioria dos arqueólogos e historiadores estão de acordo ao afirmarem que a prática desportiva para pessoas portadoras de deficiência física teve início há aproximadamente 2500 a.C., e que os chineses foram os precursores na sua criação (COSTA E SOUSA,2004).

No entanto, na era moderna, foi após a I Guerra Mundial que o desporto começou a ser utilizado como ferramenta para reabilitação e inserção social da pessoa portadora de deficiência. Inicialmente, a intenção era oferecer uma alternativa de tratamento aos indivíduos que sofreram traumas medulares durante o conflito.

Os primeiros registos de desporto para pessoas portadoras de deficiência foram encontrados em 1918 na Alemanha, nos quais consta que uns grupos de soldados alemães que se tornaram portadores de deficiência física, após a guerra, se reuniam para praticar tiro e arco e flecha. Em 1932, na Inglaterra, formou-se uma associação de jogadores de golfe com um só braço.

O desenvolvimento do desporto para pessoas portadoras de deficiência física no Brasil data de 1958, com a criação e do Clube do Otimismo no Rio de Janeiro e do Clube dos Paraplégicos em São Paulo. A preocupação com atividade física para portadores de necessidades físicas inicia no final dos anos de 1950, e a focagem do programa eram as atividades de cuidados médicos.

De acordo com Costa e Sousa (2004, p. 28) a denominação dada era

“ginástica médica” e tinha o como objetivo primordial, a prevenção de doenças, para tal era utilizados os exercícios corretivos e de prevenção.

2.5.2 Basquetebol em cadeiras de rodas

O basquetebol em cadeiras de rodas surgiu como prática, após a 2ª Guerra Mundial, quando as autoridades assumiram que deviam uma resposta à sociedade, pelos esforços e incapacidades que sofreram os seus soldados. Foi criado nos Estados Unidos, pelos veteranos da II Guerra Mundial em 1945, já com um caráter altamente competitivo.

Um dos componentes mais importantes na prática desse esporte é a cadeira de rodas, que não tem apenas a função de transportar o atleta, mas o

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12 de colaborar com o alto desempenho no jogo. Segundo Araújo (2009, p. 24), “a cadeira de rodas, de certo modo, pode ser uma “extensão do corpo” do deficiente e, nesse esporte, considera-se que elas são os “ pés” e as “pernas”

do atleta”. O fato de o atleta ser cadeirante e o tipo de deficiência devem ser considerados ao se planejar um vestuário adequado para sua atividade e para a sua posição anatômica de sentado.

Verifica-se que a atividade física desenvolvida nesse esporte vai exigir muito do atleta em termos fisiológicos. Isso acontece porque, durante a prática da atividade física, o metabolismo e o mecanismo homeostático vão alterar de forma intensa as funções do sistema respiratório, cardiovascular e termoregulador.

2.6 Design ergonômico: ferramenta para adequação do vestuário de PCNEM

O mercado de moda torna-se cada vez mais exigente e complexo, uma boa estratégia de diferenciação implica constante procura de melhoria de produtos, através do design e também, do desenvolvimento de vestuário que indo ao encontro da saúde possa propiciar conforto, funcionalidade e qualidade de vida às pessoas em todos os seguimentos de mercado. Todas essas questões acima citadas são importantes, visto que, os princípios e elementos do design na moda são essenciais, e que, a preocupação com a saúde deve ser fundamental. No entanto, concordando com Heinrich (2005), o sucesso de um produto de vestuário ocorrerá se além de todos esses fatores, forem associados também, os valores ergonômicos, contribuindo assim, para que o vestuário amplie e some os conceitos de conforto e estética.

O estudo da ergonomia desenvolveu-se durante a II Guerra Mundial quando, pela primeira vez, houve uma conjugação grandiosa de esforços entre a tecnologia e as ciências humanas. Nesse momento se uniram fisiologista, psicólogos, antropólogos, médicos e engenheiros que trabalharam juntos para desenvolver meios de resolver os problemas causados pela operação de equipamentos militares. O objetivo era adaptar esses equipamentos às

características e capacidades dos seus utilizadores (DUL JAN,1995;

IIDA, 2005).

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13 Desde essa época, cada vez mais a ergonomia tem sido utilizada nos mais diferentes campos e saberes em que o homem participa, entre estes, aliado à antropometria, também tem sido utilizado no campo da indústria de confecção, buscando as soluções para que os indivíduos tenham um vestuário que lhes proporcione conforto.

Em se tratando de vestuário para as PCDI, torna-se fundamental a sua utilização, visto ao ser buscado por essa ciência ajustar o homem à sua condição de vida, as particularidades de cada um devem ser consideradas e respeitadas, no sentido de aperfeiçoar o seu bem-estar. Porém, de acordo com Araújo (2009) o número de problemas a serem considerados, quando se planeja o design de vestuário para desportistas com necessidades especiais é abundante. Dificuldades peculiares causadas pelos diferentes tipos de problemas que cada pessoa apresenta no corpo, em função da sua deficiência são relevantes e precisam ser consideradas.

Ao se planejar, ergonomicamente, um vestuário centrado no utilizador com deficiência motora, as questões sobre habilidades e restrições físicas, fisiológicas devem ser consideradas, pois o desenvolvimento físico das PCDIs não é o mesmo das pessoas sem deficiência. No dia a dia enfrentam problemas relativos às roupas, decorrentes das circunstâncias que impedem a habilidade natural de vestir e despir (VELOSO et all, 2003).

A ergonomia é a ciência que planeja procedimentos, produtos e locais de trabalho, considerando a qualidade de vida dos seres humanos relativa à segurança, eficácia, facilidade de uso e conforto.

Segundo (Maffei, 2010) a ergonomia deve dialogar por meio do design para se alcançar um produto de qualidade superior tanto em termos de estética quanto de funcionalidade. O design ergonômico deve ter como objetivo:

proporcionar a satisfação dos usuários.

Nesse sentido, o vestuário para desportista com deficiência motora, deve ser planejado considerando o fato que, o utilizador deve usar o vestuário de modo satisfatório, atendendo as suas necessidades essenciais de vestir e despir de modo simples, fácil, seguro, cômodo, e, além disso, apresente condições estéticas que assegure maior confiança e potencialize maior desempenho na execução de suas atividades.

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14 2.7 O conforto do vestuário para deficientes físicos desportistas

O conforto é um dos requisitos essenciais para atrair o desejo do consumidor em produtos do vestuário.

Para Slater, (1986) o conforto é um estado aprazível de conformidade fisiológica, psicológica e física entre o ser humano e o ambiente. Também, uma definição aceita é que o conforto é a ausência de dor e de desconforto (SLATER, 1997).

Conforme Li (1998) o desenvolvimento do vestuário para os PCDIs desportistas, deve ser considerado em função dos aspectos do conforto sensorial ou tátil, termofisiológico, psicológico e do conforto ergonômico.

Para Pires (2008) no vestuário os aspectos sensorial ou tátil, termo fisiológicos e psicológicos se interagem. Os aspectos sensorial ou tátil são as sensações provocadas pelo contato do tecido com a pele e do ajuste da confecção com o corpo, que corresponde à modelagem, montagem e acabamento do produto. De acordo com Sousa (2008) tais sensações estão diretamente relacionadas às respostas do organismo aos estímulos físicos causados pelo contato da roupa com o corpo. No desenvolvimento de vestuário para deficientes motores, é muito importante, considerar as propriedades do material têxtil como a flexibilidade do tecido, maciez e rigidez. A preferência, na escolha do material deve ser por um tipo macio ao contacto com a pele, para evitar a formação de zonas de pressão.

Aspectos termofisiológicos se referem à interferência do vestuário nos mecanismos do corpo, sobretudo como termo-regulador. O vestuário não apenas tem o papel de cobrir a pele, ele participa dinamicamente na interação com o corpo, sendo capaz de fazer a manutenção do balanço térmico, por que modifica a dissipação do calor e da umidade a partir da pele (CUNHA, 2006).

Um tecido adequado para pessoas com deficiências motoras deve permitir a respirabilidade da pele e manter em equilíbrio a temperatura do corpo.

No que diz respeito aos aspectos psicológicos e estéticos Barnad (2003) faz menção aos fatores: ambientais, sociais, econômico cultural e de estilo. A mensagem que o vestuário transmite está relacionada às questões como a cultura, a condição econômica, a idade, o sexo e gênero, o status social, o estilo próprio e a atividade que desenvolve, assim como os fatores estéticos

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15 como a cor, o design, a aderência, a modelagem e o tamanho compatíveis, bom corte e caimento, são igualmente importantes, porque podem ser adaptados às várias exigências e estilos, dentre outros.

De acordo com Alves e Ball (2004) as deficiências físicas são inconsistentes com o padrão social de beleza, a sua presença pode, facilmente, causar interações constrangedoras entre pessoas com algum tipo de deficiência e as não portadoras de deficiência. Em função disso, deve-se procurar adaptar o vestuário as condições físicas do deficiente, preocupando- se com questões sobre aparência, aspectos psicológicos e estéticos, considerando, pois, que uma das necessidades básicas deles, também, é o bem vestir.

O conforto ergonômico de acordo com Li (1998) é uma situação de harmonia física e mental. O físico diz respeito às sensações despertadas pelo contato do tecido com a pele e do ajuste da confecção ao corpo, sem dificultar os seus movimentos. Se a roupa restringe os movimentos, ou no caso do deficiente físico motor, não é planejado para ser anatômica e ergonômica à posição de sentado, ela se torna inadequada. Além disso, se a montagem da peça não é feita com costuras apropriadas que diminuam os atritos e as zonas de pressão nas pernas, nádegas e joelhos, e tenham folgas em áreas que causam desconforto tais como: cintura, gancho e braguilha, podem resultar em desconforto, devido à pressão exercida sobre o corpo, pela peça, e o vestuário pode não atender ao objetivo que é proporcionar conforto.

3 METODOLOGIA

A metodologia, do trabalho iniciamente foi de natureza exploratória descritiva, na aproximação com o técnico, a psicóloga e os jogadores participantes da equipe de basquetebol, em cadeira de rodas, da APD – Associação Portuguesa de Deficientes – Delegação Distrital de Braga, o objetivo foi perceber a história da equipe e as dificuldades relacionadas com o uso de vestuário adequadas à prática do basquetebol, em cadeiras de rodas.

No segundo momento, foi iniciada a fase denominada pesquisa de campo. A aproximação com a equipe deu-se, inicialmente, através de participação nos treinos, em seguida foi aplicado um inquérito que teve como objetivo, a

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16 identificação do perfil da equipe, preocupação com imagem e estilo pessoal e a satisfação das necessidades e das situações desfavoráveis do seu vestuário.

Foram, também, consideradas sugestões para melhoria das camisas e das calças utilizadas nos jogos.

4 RESULTADOS E DISCURSÃO

Os resultados levam em conta as repostas da aplicação dos inquéritos aos integrantes da equipe de basquetebol, em cadeiras de rodas. Quanto ao perfil da população da amostra os atletas têm idade variável entre 17 e 48.

Relativamente à posição que ocupam 58,33% estão na posição extrema, 8,33% atuam como base, e 33,33% atuam como poste. Quanto à escolaridade, 41,67% possui o 9º ano concluído, e 33,33% o curso superior incompleto, o curso superior completo, pós- graduação e o 4º ano são 8,33%, respectivamente. Quanto ao estado civil, 66,67 % são solteiros e 33,33%

casados. O tipo de deficiência física entre eles: paraplegia 41,67%; Spina bífida 25%; deficiência decorrente de poliomielite 16,67%; amputação traumáticas 8,33%; distrofia dos membros inferiores 8, 33%.

As questões que caracterizam a população alvo quanto ao vestuário, demonstram dados que relacionam preocupação com imagem e estilo pessoal, satisfação das necessidades e situações desfavoráveis do seu vestuário.

• Quando se efetuou a pergunta, se eles se preocupavam com a sua imagem pessoal quanto ao vestuário que usam, 100% afirmaram que sim. Relativamente ao estilo pessoal, 50% afirmaram que o seu estilo é o casual, 16,67% responderam que o estilo é desportivo, 8,33%

responderam usar o que é habitual para uma pessoa “normal” e 8,33%

afirmam que usam o que os façam sentir-se bem.

• Toda a equipe, 100%, respondeu que tem preocupação com o aspecto visual do vestuário desportivo.

• As preocupações que apresentam quando compram vestuário desportivo, a funcionalidade e a relação qualidade/preço tiveram o mesmo número de respostas, 50%. No entanto, para 33,33% dos inquéritos, a marca é uma preocupação quando compram, e 25%

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17 consideram o estilo uma das principais preocupações. A moda, também, é motivo de preocupação para 16,67% dos inquiridos e 8,33% tem preocupação com o tipo de tecido com o qual o vestuário é confeccionado.

• Relativamente ao fato de terem preocupações com a qualidade do vestuário que compram ao nível dos materiais usados, 88,33%

responderam que sim, e 16,67% responderam que não. Quanto a sentirem-se satisfeitos com a oferta de modelos de vestuário desportivo, 66,67% dizem que sim, e 33,33% dizem que não.

• No entanto mesmo afirmando se sentirem satisfeitos com a oferta de modelos, todavia, 58,33%, respondeu que faz adaptações no vestuário para vesti-lo, e apenas, 41,67% afirmam que não o fazem.

• Os tipos de adaptações mais comuns realizados são: fazer bainha, ajustar o comprimento e a largura das calças e das camisas, apertar e alargar a cintura nas calças, cortar as pernas das calças, disfarçar o problema, por exemplo, de ter uma perna mais curta que a outra, com o próprio comprimento das pernas das calças.

Quanto à análise subjetiva das sugestões efetuadas pela equipe, no que se refere às características ideais para um vestuário desportivo, verificou que as maiores preocupações relacionam com a ergonomia, conforto e os materiais. Quanto à ergonomia o grupo respondeu que as calças e os demais componentes do vestuário desportivos devem se feitas considerando os seguintes aspectos:

• facilidade de utilizar;

• não deve haver forro nas calças;

• deve ser oferecido tamanho adequado aos vários jogadores;

• deve ser mais ajustado ao corpo considerando o tipo comprometimento físico;

• deve oferecido tamanho diferente para a parte superior e inferior do corpo;

• deve ter folga para facilitar o vestir, mas que caia bem ao corpo;

• as camisas devem ser mais curtas;

• as camisas e as calças devem ser feitas sob medida para alguns;

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18

• na região da cintura, gancho a modelagem deve ser feita com uma folga para não ocorrer compressão, evitando úlcera de pressão.

Quanto às sugestões relativamente às propriedades dos materiais, de acordo com as respostas, as calças e a camisa devem ser constituídos de um material que:

• proporcione maior durabilidade;

• absorva o suor;

• proporcione mais aderência para não escorregarem da cadeira;

• mantenha em equilíbrio a temperatura do corpo e que seja respirável;

• que possibilite que as calças sejam mais frescas.

5 CONCLUSÕES

Os resultados obtidos com o desenvolvimento do trabalho demonstram, a partir da análise dos inquéritos, que a equipe de basquetebol, em cadeiras de rodas, da APD de Braga-PT considera importante na concepção do vestuário desportivo haver a preocupação com imagem e estilo pessoal e, 100%

consideram o aspecto visual do vestuário desportivo. Quando compram vestuário desportivo, existe preocupação com funcionalidade, relação qualidade/preço, marca, moda, o tipo e a qualidade de tecido. Relativo à ergonomia, a grande maioria faz adaptações no vestuário antes de vesti-lo pela primeira vez e, as questões primordiais consideradas por grande parte deles é que, na concepção do vestuário sejam atendidas: a facilidade no vestir e despir, ajuste e tamanho adequado ao corpo e ao tipo de deficiência, folga em zonas especificas que comprimem e podem causar úlcera de pressão. Além disso, o resultado do estudo demonstra preocupações quanto à sensação de conforto que o material lhes vai proporcionar.

Ao se concluir o estudo, verifica-se que no desenvolvimento do vestuário desportivo para PCDIs, devem ser planejados: o tipo de material, ajustes necessários a cada tipo de desporto e às necessidades individuais de acordo com os tipos de lesões, atrofias e amputações dentre outros problemas apresentadas no corpo, para atender as suas necessidades de design ergonômico, de conforto e o seu estilo pessoal, e assim, potencializar maior satisfação e desempenho profissional na execução da atividade desportiva.

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19 6 REFERENCIAS

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