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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS MEDICINA VETERINÁRIA

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS

MEDICINA VETERINÁRIA

TÉCNICAS CIRÚRGICAS REPARADORAS PARA DEFEITOS CUTÂNEOS EM REGIÃO DE COTOVELO

CAIO XAVIER DE OLIVEIRA VERDELONE

OURINHOS- SP

2017

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CAIO XAVIER DE OLIVEIRA VERDELONE

TÉCNICAS CIRÚRGICAS REPARADORAS PARA DEFEITOS CUTÂNEOS EM REGIÃO DE COTOVELO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina Veterináriadas Faculdades Integradas de Ourinhos como pré-requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Médica Veterinária.

Orientador: Profº. Me.Nazilton de Paula ReisFilho

OURINHOS – SP

2017

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VERDELONE, Caio Xavier de Olveira

Técnicas cirúrgicas reparadoras para defeitos cutâneos em região de cotovelo. / Caio Xavier de Oliveira Verdelone. – Ourinhos, SP: FIO, 2017.

45 f; 30 cm.

Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso de Medicina Veterinária) – Faculdades Integradas de Ourinhos, 2017.

Orientador: Prof. Me. Nazilton de Paula Reis Filho 1. Cirurgia. 2. Reconstrutiva. 3. Cotovelo. I. Título

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CAIO XAVIER DE OLIVEIRA VERDELONE

TÉCNICAS CIRÚRGICAS REPARADORAS PARA DEFEITOS CUTÂNEOS EM REGIÃO DE COTOVELO

Esta monografia foi julgada e aprovada para obtenção do título de Médica Veterinária, no curso de Medicina Veterinária, das Faculdades Integradas de Ourinhos.

Ourinhos, 11 de dezembro de 2017.

Prof. Dra. Claudia YumiMatsubara Rodrigues Ferreira  Coordenador do Curso de Medicina Veterinária

BANCA EXAMINADORA _________________________________

Prof. Me. Nazilton de Paula Reis Filho ORIENTADOR

_________________________________ _______________________________

Profa. Me. Renata Bello Rossetti Tortorello M. V. Sandra Lúcia Bordolini

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus e também a minha família. Em especial minha esposa Carolina pela força e confiança depositada em mim, meus filhos João Pedro e Larissa e aos meus pais Cleso e Ana Maria, que me estruturaram e se dedicaram muito para a realização deste sonho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por toda a capacidade, sabedoria e força em todos os momentos da minha vida e no decorrer dessa trajetória.

A toda minha família que sempre me incentivou a estudar, me formar e correr atrás dos meus objetivos com coragem, determinação e fé.

A minha esposa Carolina e aos meus filhos João Pedro e Larissa que sempre me apoiaram e auxiliaram nos momentos difíceis, sendo sempre companheiros nessa árdua jornada.

A meus pais Ana Maria e Cleso que propiciaram toda a estrutura para a realização desse sonho.

A meu Orientador Prof. Me. Nazilton de Paula Reis Filho, pela generosidade com que ministra seus conhecimentos, por toda assistência e disponibilidade para a realização deste trabalho.

Ao amigo Rodrigo Guidio Dalio e toda equipe da clínica veterinária Rovet, pela oportunidade de aprendizado e total disponibilidade durante todo o período de estágio curricular.

Agradeço também a todos os professores e amigos; que juntos compartilhamos conhecimentos e desafios durante esta jornada.

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“A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.”

Arthur Schopenhauer

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RESUMO

A possibilidade de se reconstruir feridas extensas de pele, que podem ser geradas pelos mais diversos meios faz com que as cirurgias reconstrutivas passem a ter um papel de destaque na Medicina Veterinária. Esse tipo de técnica faz referência ao emprego de técnicas de reconstrução tecidual; por meio da utilização de flaps ou enxertos; a fim de se corrigir lesões de pele onde o fechamento convencional não é possível. Os benefícios deste tipo de cirurgia estão relacionados à diminuição do tempo de cicatrização da ferida; propiciando a redução da susceptibilidade ao risco de infecções oportunistas. Diante da existência de diversas técnicas de cirurgias reconstrutivas de pele;

as que envolvem a região de cotovelo são extremamente delicadas; dessa forma o conhecimento das técnicas e o planejamento cirúrgico são de suma importância para o sucesso da cirurgia. Em razão da carência de estudos relacionados a esse tema específico, a presente revisão de literatura tem a intenção de elucidar os pontos mais relevantes frente à utilização dessas técnicas a fim de que possa servir de base para estudos futuros relacionados a esse tema.

Palavras-chave: cirurgia – reconstrutiva – cotovelo

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ABSTRACT

The possibility of reconstructing extensive skin wounds; which can be generated by the most diverse means makes the reconstructive surgeries come to play a prominent role in Veterinary Medicine. This type of technique refers to the use of tissue reconstruction techniques; by the use of flaps or grafts; in order to correct skin lesions where conventional closure is not possible. The benefits of this type of surgery are related to the reduction of wound healing time; reducing the susceptibility to the risk of opportunistic infections. Faced with the existence of various techniques of reconstructive surgeries of skin; those involving the elbow region are extremely delicate; in this way the knowledge of the techniques and the surgical planning are of paramount importance for the success of the surgery. Due to the lack of studies related to this specific topic; the present literature review intends to elucidate the most relevant points regarding the use of these techniques in order to serve as a basis for future studies related to this topic.

Keywords: reconstructive surgery - elbow

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SUMÁRIO

PARTE I: RELATÓRIO OBRIGATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 13

1 – INTRODUÇÃO... 13

2 – DESCRIÇÃO DOS LOCAIS DE ESTÁGIO... 13

2.1 – CLÍNICA VETERINÁRIA ROVET... 13

2.3 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS... 21

2.4 QUADRO DE CASUÍSTICA... 21

2.5 GRÁFICOS... 25

3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS... 28

PARTE II: TÉCNICAS CIRÚRGICAS REPARADORAS PARA DEFEITOS CUTÂNEOS EM REGIÃO DE COTOVELO... 29

1 – INTRODUÇÃO... 29

2 – REVISÃO DE LITERATURA... 30

2.1 – PELE... 30

2.2 – ANATOMIA... 31

2.1.2 – VASCULARIZAÇÃO... 31

2.1.3 – LINHAS DE TENSÃO... 32

3 – PRINCIPAIS AFECÇÕES CUTÂNEAS NA REGIÃO DO COTOVELO... 32

3.1 – HIGROMA ... 3333 3.2 – NEOPLASIAS... 34

3.3 – TRAUMAS ... 3636 4 – TÉCNICAS RECONSTRUTIVAS NA REGIÃO DO COTOVELO... 36

4.1 – RETALHO EM PADRÃO AXIAL DA ARTÉRIA TORACODORSAL... 37

4.2 – RETALHO EM PADRÃO AXIAL DA ARTÉRIA TORÁCICA LATERAL... 38

4.3 – RETALHO EM PADRÃO AXIAL DA ARTÉRIA BRAQUIAL SUPERFICIAL... 39

4.4 – RETALHO DE PADRÃO SUBDÉRMICO DA PREGA AXILAR... 39

3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS... 41

4 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA... 42

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vista da fachada da Clínica Veterinária Rovet... 14

Figura 2: Vista da recepção da clínica veterinária Rovet... 15

Figura 3: Vista do setor de espera da recepção da clínica veterinária Rovet... 15

Figura 4: Vista do Aparelho de raio-x da clínica veterinária Rovet... 16

Figura 5: Vista do Aparelho de ultrassom da clínica veterinária Rovet ... 16

Figura 6: Vista do pet shop localizado na clínica veterinária Rovet... 17

Figura 7: Vista frontal do pet shop da clínica veterinária Rovet... 17

Figura 8: Vista do consultório da clínica veterinária Rovet... 18

Figura 9: Sala de preparação e recuperação anestésica da clínica veterinária Rovet... 18

Figura 10: Sala de preparo e recuperação anestésica da clínica veterinária Rovet... 19

Figura 11: Vista do centro cirúrgico da clínica veterinária Rovet... 19

Figuras 12: Vista frontal da ala de doenças infecciosas da clínica veterinária Rovet... 20

Figura 13: Vista lateral da ala de doenças infecciosas da clínica veterinária Rovet... 20

Figura 14: Vista frontal da ala de internação da clínica veterinária Rovet... 21

Figura 15 : imagem de um cão com higroma... 34

Figura 16 : imagem cirurgia do higroma ... 34

Figura 17: Neoplasia em região de cotovelo... 35

Figura 18: Retalho em padrão axial da artéria toracodorsal... 38

Figura 19: retalho de padrão axial de artéria torácica lateral... 39

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Número de casos clínicos acompanhados em cães durante o estágio supervisionado realizado na Clínica Veterinária Rovet no período de 01 de agosto de 2017 a 30 de novembro de 2017, divididos por enfermidades em percentual, casuística e sexo...

22

Quadro 2: Número de casos clínicos acompanhados em gatos durante o estágio supervisionado realizado na Clínica Veterinária Rovet no período de 01 de agosto de 2017 a 30 de novembro de 2017, divididos por enfermidades em percentual, casuística e sexo...

23

Quadro 3: Número de procedimento cirúrgicos em tecido mole;

acompanhados durante o estágio supervisionado realizado na Clínica Veterinária Rovet no período de 01 de agosto de 2017 a 30 de novembro de 2017; divididos por enfermidades em espécie; percentual; casuística e sexo...

24

Quadro 4: Número de procedimentos ortopédicos acompanhados durante o estágio supervisionado realizado na Clínica Veterinária Rovet no período de 01 de agosto de 2017 a 30 de novembro de 2017, divididos por enfermidades em espécie percentual, casuística e sexo...

25

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Casos clínicos em gatos... 25

Gráfico 2: Casos clínicos em cães... 26

Gráfico 3: Osteossíntese em cães... 26

Gráfico 4: Osteossíntese em gatos... 27

Gráfico 5: Cirurgia de tecidos moles cães... 27

Gráfico 6: Cirurgia de tecidos moles gatos... 28

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

F.I. O Faculdades integradas de Ourinhos S.P São Paulo

Prof. Professor Me Mestre D.r Doutor

C.R.M. V Conselho regional de medicina veterinária.

D.A.P. P Dermatite alérgica a picada de pulga I.R.C Insuficiência renal crônica

T.V.T Tumor venéreo transmissível F.I.V Vírus da imunodeficiência felina F.E.L.V Vírus da leucemia felina

O.H.E Ovariohisterectomia

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13

PARTE I: RELATÓRIO OBRIGATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

1 – INTRODUÇÃO

O desenvolvimento do presente relatório de estágio supervisionado, tem por finalidade descrever o local em que este fora realizado e todas as atividades desempenhadas pela minha pessoa durante este período. Ressaltando que o presente relatório foi realizado sob a orientação do Prof. Me. Nazilton de Paula Reis Filho.

O referido estágio curricular foi realizado na Clínica Veterinária Rovet localizada no município de Ipaussu-SP, região sudoeste do estado, nas áreas de clínica médica e cirúrgica de pequenos animais. No período de 01-08-2017 a 30-11- 2017, totalizando uma carga de 640 horas semanais; sob a supervisão do Dr.

Rodrigo Guidio Dalio, CRMV 26891.

Durante o estágio supervisionado foi possível acompanhar a rotina intensa da clínica, uma vez que está oferece suporte a outras clínicas da região nas áreas de cirurgia de tecidos moles e ortopédica. Além da realização de exames de imagem, por meio de raio-x e ultrassonografia

A opção em realizar todo o período do estágio supervisionado na Clínica Veterinária Rovet se deu em razão da alta casuística de procedimentos cirúrgicos que são realizados diariamente no local. Pois para mim que pretendo me especializar na área de cirurgia de pequenos animais foi a melhor escolha que poderia ser feita em razão da gama de conhecimentos que foram adquiridos neste período.

2 – DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

2.1 – Clínica Veterinária Rovet

A clínica veterinária Rovet, é localizada na cidade de Ipaussu-SP, com endereço na Praça Dr. Breno Noronha, nº 51, centro (Figura 1).

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14

A referida clínica possui horário de atendimento de segunda a sexta-feira dividido em dois turnos, das 08h00min às 13h30min e da 13h30min as 18h00min, com intervalo de almoço de uma hora e meia. Já aos sábados o atendimento ocorre entre as 08:00 até o 12:00.

Figura 1: Vista da fachada da Clínica Veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

Importante observar que são realizados atendimentos e intervenções cirúrgicas fora do horário comercial, em formato de plantão.

A clínica conta com um Medico Veterinário Rodrigo Guidio Dalio, uma secretaria, dois estagiários e uma faxineira, sua área de atuação se baseia na clínica médica e cirúrgica de pequenos animais.

Nesta clínica são realizados consultas, internações, cirurgias de tecido mole e ortopédicas, exames de imagem (raio-x e ultrassom) e acupuntura.

Os exames laboratoriais são colhidos e enviados para um laboratório veterinário terceirizado.

A estrutura física da clínica é constituída de: estacionamento; recepção (Figura 2 e 3), sala de consulta, sala de preparação para procedimento cirúrgico, sala de revelação de raio-x, sala de esterilização de material, banheiro, centro- cirúrgico, lojinha, cozinha, lavanderia, salas de internação (divididas em 2 alas sendo uma especifica para doenças infecciosas) e um amplo quintal.

A clinica veterinária Rovet esta localizada na cidade de Ipaussu-SP, com endereço na Praça Dr. Breno Noronha, centro (Figura 1). Teve suas atividades iniciadas há 6 anos, com início em outubro de 2011. E a partir daí com muita

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15

dedicação e empenho do Dr. Rodrigo G. Dalio, que sempre foi um profissional que busca se atualizar por meio de cursos, ela se tornou nos dias de hoje uma referência na região.

O Dr. Rodrigo G. Dalio é da primeira turma de formandos de Medicina Veterinária das faculdades FIO de Ourinhos; se formando em 2009. Desde então trabalhou no hospital veterinário Bicho da Gente em Ourinhos-SP no período de janeiro de 2009 a outubro de 2011. E a partir daí já inaugurou a Clínica Veterinária Rovet onde segue trabalhando até o momento.

Figura 2: Vista da recepção da clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

Figura 3: Vista do setor de espera da recepção da clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

O estacionamento possui capacidade para quatro carros. A recepção divide parte do seu espaço com o petshop (figuras 6 e 7) onde é possível encontrar rações

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secas e úmidas, coleiras, guias, colares elisabetanos, roupinhas cirúrgicas, brinquedos e outros diversos tipos de acessórios para pequenos animais.

A clínica conta com aparelhos próprios para a realização de exames de imagem, sendo que os mesmos são realizados pelo Dr. Rodrigo Guidio Dalio que além de ser proprietário é também o Médico Veterinário responsável pelo local. O aparelho de ultrassom é da marca SonoScape e o aparelho de raio-x são da marca Vetmax Astex, sendo que ambos propiciam um excelente apoio para o diagnóstico.

Figura 4: Vista do Aparelho de raio-x da clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

Figura 5: Vista do Aparelho de ultrassom da clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

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Figura 6: Vista do pet shop localizado na clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

Figura 7: Vista frontal do pet shop da clínica veterinária Rovet.

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

O consultório (Figura 8) é o local onde são realizados todos os procedimentos relativos à consulta dos pacientes; independente de sua espécie animal.

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18

Figura 8: Vista do consultório da clínica veterinária Rovet.

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

A próxima sala é dividida em três partes: sala de preparo, sala de revelação de raio-x e sala de esterilização.

A sala de preparo (Figura 9 e 10) é composta por uma mesa de granito; uma gaiola grande com dois lugares separados. A sala de revelação de raio-x possui um armário e o recipiente de revelação com os fluidos. A sala de esterilização conta com uma pia com gabinete, janela; autoclave, estufa e armários.

Figura 9: Sala de preparação e recuperação anestésica da clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

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19

Figura 10: Sala de preparo e recuperação anestésica da clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

Saindo da sala de preparação na próxima porta encontra-se o banheiro e mais adiante fica o centro cirúrgico (Figura 11). O centro cirúrgico é equipado com um aparelho de anestesia inalatória, um cilindro de oxigênio, aparelho de raio-x, foco, um balcão onde ficam o sugador; ultrassom dentário, bisturi elétrico, o aparelho de eletrocardiograma que é conectado a um computador e algumas medicações, possui também outro armário onde ficam mais medicações e outros matérias como cateteres, fios de sutura, sondas, tubos dentre outros matérias e uma mesa cirúrgica em inox com regulagem de altura.

Figura 11: Vista do centro cirúrgico da clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

(22)

20

A ala de internação de doenças infecciosas (Figura 12 e 13) conta com quatro baias, sendo duas de aço e uma gaiola grande com divisória para dois lugares além de uma mesa.

Já a internação comum (Figura 14) é composta por seis gaiolas todas de ferro sendo duas delas em um tamanho maior; possui também uma pia além de matérias de uso da internação.

Figuras 12: Vista frontal da ala de doenças infecciosas da clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

Figura 13: Vista lateral da ala de doenças infecciosas da clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

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Figura 14: Vista frontal da ala de internação da clínica veterinária Rovet

Fonte: Fotografia, arquivo pessoal, 2017.

2.3 Atividades desenvolvidas

As atividades acompanhadas durante o período de estágio curricular obrigatório incluíram atendimentos clínicos, procedimentos odontológicos, cirúrgicos e anestésicos, exames radiográficos e de ultrassom, coleta de matérias para exames laboratoriais e consequentemente sua interpretação.

Todos os animais que chegam para uma consulta são pesados e posteriormente é realizada a anamnese, exame físico, coleta de matérias, possível diagnóstico e tratamento indicado para cada caso.

Quando existe a necessidade de internação, é feito um prontuário onde o médico veterinário prescreve o tratamento indicado para o animal em questão e esta ficha fica arquivada no computador e uma cópia fica anexada em uma pasta junto das demais fichas de internação.

Ao longo de todo o período de estágio supervisionado na clínica Rovet, foi possível acompanhar 263 casos clínicos envolvendo canídeos e 70 casos clínicos em felinos. Além disso, foi possível acompanhar 216 cirurgias de tecido mole envolvendo cães e gatos e 19 procedimentos ortopédicos, conforme demonstrado nas tabelas abaixo.

2.4 Quadro de casuística

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22

Quadro 1: Número de casos clínicos acompanhados em cães durante o estágio supervisionado realizado na Clínica Veterinária Rovet no período de 01 de agosto de 2017 a 30 de novembro de 2017, divididos por enfermidades em percentual, casuística e sexo.

CASOS CLÍNICOS DE CÃES

MACHOS TOTAIS

MACHOS

%

FÊMEAS TOTAIS

FÊMEAS

% TOTAL TOTAL

%

Erliquiose 45 46% 54 54% 99 37,64%

Hepatopatias 12 57,15% 9 42,85% 21 7,98%

Gastroenterite 11 64,70% 6 35,30% 17 6,46%

Otite 8 47,05% 9 52,94% 17 6,46%

Parvovirose 6 42,85% 8 57,14% 14 5,32%

Piordemite 2 22,22% 7 77,77% 9 3,43%

I.R.C 5 62,50% 3 37,50% 8 3,04%

T.V.T 2 28,57% 5 71,42% 7 2,67%

Inflamação da glândula ad

anal 3 42,85% 4 57,14% 7 2,67%

Cinomose 4 66,67% 2 33,33% 6 2,28%

DAPP 3 60% 2 40% 5 1,90%

Isospora 2 40% 3 60% 5 1,90%

Bordetela 3 60% 2 40% 5 1,90%

Miiase 2 40% 3 60% 5 1,90%

Vaginite 0 0% 4 100% 4 1,52%

Sarna demodécica 1 25% 3 75% 4 1,52%

Cardiopatia 2 66,67% 1 33,33% 3 1,14%

Sindrome da cauda eqüina 1 33,33% 2 66,67% 3 1,14%

Bufotoxina 2 100% 1 0% 3 1,14%

Ferimentos por mordedura 3 100% 0 0% 3 1,14%

Diabetes Mellitus 1 50% 1 50% 2 0,76%

Erliquiose + babesiose 1 50% 1 50% 2 0,76%

Intoxicação por

medicamentos 1 50% 1 50% 2 0,76%

Cistite 0 0% 2 100% 2 0,76%

Úlcera de córnea 1 50% 1 50% 2 0,76%

Epilepsia 1 50% 1 50% 2 0,76%

Hipotireoidismo 0 0% 1 100% 1 0,38%

Hiperadrenocorticismo 1 100% 0 0% 1 0,38%

Glaucoma 0 0% 1 100% 1 0,38%

Dermatite atópica 0 0% 1 100% 1 0,38%

Botulismo 0 0% 1 100% 1 0,38%

TOTAL 123 140 263 100%

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

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Quadro 2: Número de casos clínicos acompanhados em gatos durante o estágio supervisionado realizado na Clínica Veterinária Rovet no período de 01 de agosto de 2017 a 30 de novembro de 2017, divididos por enfermidades em percentual, casuística e sexo.

CASOS CLÍNICOS FELINOS

MACHOS

TOTAIS MACHOS % FÊMEAS TOTAIS

FÊMEAS

% TOTAL TOTAL

%

Obstrução uretral 17 100% 0 0% 17 24,28%

Rinotraqueite 4 44,44% 5 55,55% 9 12,85%

Sarna otodécica 3 33,33% 6 66,67% 9 12,85%

I.R.C 3 42,85% 4 57,14% 7 10%

Cistite 0 0% 6 100% 6 8,57%

Ferimento por

mordedura 2 40% 3 60% 5 7,14%

Envenenamento 2 40% 3 60% 5 7,14%

FIV/FELV 2 66,67% 1 33,33% 3 4,28%

Colangio-hepatite 0 0% 3 100% 3 4,28%

Hemobartonelose 0 0% 2 100% 2 2,85%

Lipidose hepática 1 50% 1 50% 2 2,85%

Úlcera de córnea 0 0% 1 100% 1 1,42%

Fecaloma 0 0% 1 100% 1 1,42%

TOTAL 34 36 70 100%

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

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Quadro 3: Número de procedimento cirúrgicos em tecido mole; acompanhados durante o estágio supervisionado realizado na Clínica Veterinária Rovet no período de 01 de agosto de 2017 a 30 de novembro de 2017; divididos por enfermidades em espécie; percentual; casuística e sexo.

CIRURGIA DE TECIDOS MOLES CÃO TOTAL GATO TOTAL MACHOS % CADELAS TOTAL GATAS TOTAL FÊMEA % TOTAL TOTAL %

Ovariohisterectomia 0 0 0% 42 22 100% 64 29,63%

Procedimentos

Odontológicos 22 0 39,28% 34 0 60,71% 56 25,92%

Orquiectomia 13 19 100% 0 0 0% 32 14,81%

Cistotomia 0 12 66,67% 0 6 33,33% 18 8,34%

Excisão de nódulo 4 0 36,36% 7 0 63,63% 11 5,09%

Mastectomia 0 0 0% 7 2 100% 9 4,16%

Corpo estranho 5 0 62,50% 3 0 37,50% 8 3,70%

Cesária 0 0 0% 6 0 100% 6 2,78%

Penectomia 0 3 100% 0 0 0% 3 1,39%

Enucleação 0 1 33,33% 1 1 66,67% 3 1,39%

Hérnia perineal 2 0 100% 0 0 0% 2 0,92%

Ruptura de diafragma 0 0 0% 0 2 100% 2 0,92%

Colopexia 0 0 0% 0 1 100% 1 0,46%

Nefrectomia 1 0 100% 0 0 0% 1 0,46%

TOTAL 47 35 100 34 216 100%

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

(27)

25

Quadro 4: Número de procedimentos ortopédicos acompanhados durante o estágio supervisionado realizado na Clínica Veterinária Rovet no período de 01 de agosto de 2017 a 30 de novembro de 2017, divididos por enfermidades em espécie percentual, casuística e sexo.

Cirurgias Ortopédicas Cães totais

Gatos totais

Machos

%

Cadelas totais

Gatas Totais

Fêmeas

% Total Total

% Osteossíntese de radio

e ulna 3 0 60% 2 0 40% 5 26,31%

Osteossíntese de fêmur 1 0 33,33% 0 0 66,67% 3 15,78%

Ressecção de cabeça

de fêmur 3 0 100% 0 2 0% 3 15,78%

Osteossíntese de pelve 1 1 33,33% 0 0 66,67% 3 15,78%

Osteossíntese de

mandíbula 0 1 50% 0 1 50% 2 10,52%

Osteossíntese de

coluna lombo sacra 0 0 0% 0 2

100,00

% 2 10,52%

Osteossíntese de tíbia e

fíbula 0 0 100% 2 0 0% 1 5,26%

TOTAL 8 2 4 5 19

Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

2.5 Gráficos

Gráfico 1: Casos clínicos em gatos

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26

Gráfico 2: Casos clínicos em cães

Gráfico 3: Osteossíntese em cães

(29)

27

Gráfico 4: Osteossíntese em gatos

Gráfico 5: Cirurgia de tecidos moles cães

(30)

28

Gráfico 6: Cirurgia de tecidos moles gatos

3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a execução do presente estágio supervisionado; fica claro que o mesmo é de suma importância para determinar o direcionamento do acadêmico à vida profissional. Uma vez que este passa a conviver com situações reais que fazem parte do cotidiano do médico veterinário de pequenos animais.

O estágio supervisionado foi realizado exclusivamente na clínica veterinária Rovet, em função da alta demanda de procedimentos cirúrgicos que são realizados no local. Foi uma experiência ótima e enriquecedora do ponto de vista profissional, pois foi possível observar de forma bem próxima diversos procedimentos cirúrgicos que até então só havia obtido contato por meio de livros e artigos.

A parte de ortopedia foi o que mais me marcou devido à complexidade dos procedimentos e durante o período de estágio supervisionado foram acompanhados 263 casos clínicos em cães, 70 casos clínicos em gatos, 216 cirurgias de tecido mole em envolvendo cães e gatos além de 19 procedimentos ortopédicos.

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PARTE II: TÉCNICAS CIRÚRGICAS REPARADORAS PARA DEFEITOS CUTÂNEOS EM REGIÃO DE COTOVELO

1 – INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos as cirurgias reconstrutivas passaram a assumir um papel de destaque na medicina veterinária. Em função da alta incidência de lesões de pele abertas e de grande extensão em cães podendo estas serem geradas através de traumas locais; anomalias congênitas ou neoplasias (MINTO, 2013).

Porém para a realização deste tipo de cirurgia é necessário algumas ponderações frente à situação a ser encontrada. Como verificar o local da lesão;

elasticidade tecidual da região afetada; suporte sanguíneo do local e qualidade do leito da ferida; a fim de se estabelecer qual a técnica mais apropriada para cada caso. (FOSSUM 2008, NETO et al. 2010, PAVLETIC 2010)

O higroma de cotovelo, seroma cotovelar ou bursite olecraniana, ocorre por meio do preenchimento de liquido na cavidade; onde esta é circundada por um tecido conjuntivo fibroso e denso, que aparece na lateral do olecrano. Este tipo de lesão ocorre por traumas crônicos na região e normalmente surge de forma bilateral como uma edemaciação sem apresentação de dor. (FOSSUM,2002).

As neoplasias cutâneas também são complicações que afetam o cotovelo dos cães sendo que elas possuem o maior índice de diagnostico em cães.

A pele através de sua estrutura complexa e de grande variação tecidual e celular propicia ao surgimento de diversas neoplasias e assim como ocorre em outros órgãos de forma geral os agentes físicos e químicos externos são os principais causadores do câncer de pele. (DALEK, 2008)

Outras lesões podem ocorrer na região do cotovelo canino; como lacerações; cortes; queimaduras dentre outros que acabam gerando inúmeras complicações frente o seu tratamento nesta região devido as suas particularidades anatômicas. Diante dessa gama de afecções que podem acometer o cotovelo

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canino; e as dificuldades encontradas no tratamento por meio dos métodos conservadores a cirurgia reconstrutiva apesar de sua complexidade se apresenta como a melhor abordagem a ser realizada nestas situações (TRINDADE 2009).

O objetivo principal da presente revisão de literatura é demonstrar em quais situações podem ser utilizadas as cirurgias reconstrutivas de cotovelo; além de elucidar as principais técnicas que podem ser empregadas nestes casos. Além de servir como base de estudo do referido tema frente a pouca literatura que existe sobre o tema em questão.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Pele

Dentro do campo de cirurgias de pequenos animais é importante ressaltar que a cirurgia reconstrutiva é uma das especialidades que vem sido bastante discutido nos últimos anos. A cirurgia reconstrutiva é uma das especialidades dentro das cirurgias de pequenos animais que vem ganhando importância e evidencia nas duas ultimas décadas, deve devido ao manejo das feridas traumáticas e a reconstrução após exérese de neoplasias, enfim, pelo tratamento estético que se faz necessário em algumas afecções cirúrgicas (CASTRO, 2015).

A cirurgia reparadora tem sido utilizada pelos profissionais da área, geralmente é realizada para fechar deformidades que acontecem devido a algum trauma, para corrigir ou melhorar algumas anomalias congênitas e ate mesmo após a ressecção de neoplasias. Mas para realizar a cirurgia e preciso um diagnóstico, pois um bom entendimento da patologia é fundamental para a compreensão de como as doenças atuam e consecutivamente, como pode ser diagnosticadas e tratadas, sendo assim vale conhecer as técnicas de reconstrução de pele (MCGAVIN, 2009).

Ao longo do corpo do animal existem algumas regiões cobertas de pelos e outras sem a presença dos mesmos. Sendo que a área coberta por pelos é mais grossa na face dorsal do corpo e membros e mais fina na face ventral do corpo e medial dos membros posteriores (SLATTER, 2007).

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A pele é um órgão complicado e amplo e com inúmeras funções, entre elas a de proteção do organismo. Sendo assim a grande extensão da pele implica frequentes exibições aos agentes carcinogênicos isto ocorre por ser um órgão de fácil visualização onde as neoplasias de pele são as mais diagnosticadas (DALEK, NARDI, RODASKI, 2008).

A estrutura da pele subdivide-se em três partes denominadas de epiderme, derme e hipoderme, sendo que a epiderme que é originária do ectoderma, já a derme e a hipoderme derivam do mesoderma. A epiderme é formada por, varias camadas celulares, que se apresentam da camada superficial para a mais profunda na seguinte ordem, camada córnea, lucida, granulosa, espinhosa e basal. Já a derme é constituída por folículos pilosos, glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, músculos lisos, vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos, colágeno e fibras elásticas. E por fim a hipoderme que é localizada abaixo da derme e é formada por tecido adiposo e feixes de colágeno (RASKIN E MEYER, 2003).

2.2 . Anatomia

Cada espécie de animal apresenta uma característica histológica da pele diferente da outra, e diante dessa informação pode-se ressaltar que o uso da medicina humana comparada frente às espécies animais não é vista com bons olhos. Segundo (CASTRO, 2015) “A pele de cães e gatos é diferente da pele humana, a espessura da pele, o crescimento do cabelo/pelo e a circulação variam regionalmente” Assim o conhecimento de particularidades histológicas da pele do cão, frente às diversas espécies de animais é de suma importância para o Médico Veterinário de pequenos animais. Desta forma vale lembrar que as modificações na composição estão presentes em diversos e diferentes lugares na superfície do corpo do animal (SOUZA, 2009).

2.1.2. Vascularização

A vascularização da pele dos cães se dá por meio de vasos cutâneos diretos que são formados por artérias e veias terminais que se aproximam e passam paralela a derme. É através deles que se formam os plexos subdermicos, plexo cutâneo e o plexo subpapilar. O plexo subdérmico é responsável pela nutrição de

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glândulas, folículos pilosos e músculos eretores, o plexo cutâneo irriga as glândulas sebáceas, as redes de capilares do folículo; glândulas tubulares e músculos e por fim o plexo subpapilar que irriga a epiderme por meio de alças capilares. (FOSSUM 2001). O plexo profundo, subdérmico ou subcutâneo é fundamental para a vascularização da pele sobrejacente. Portanto a conservação desta estrutura é de extrema importância para que o tecido continue vivo. O plexo percorre toda a extensão da parte superficial da gordura subcutânea além do tecido areolar na face profunda da derme. Sendo possível afirmar que aonde existir uma porção músculo cutânea o plexo profundo se encontrará na forma superficial e profunda do mesmo (LUCAS, 2004).

Os pericítos são um grupo celular que se apresentam de forma paralela ao vaso e possui função junto à regulação do fluxo sanguíneo no capilar (BAl,1996).

2.1.3. Linhas de tensão

A avaliação frente às linhas de tensão da pele do cão pode ser mensurada utilizando-se de um método prático; que se faz segurando a pele do animal com os dedos em formato de pinça e assim que esta é liberada verifica-se a retração espontânea da mesma. Essas linhas estão relacionadas às forças de tensão que existem na pele do animal e são geradas por meio do tecido fibroso cutâneo.

(MORAES, 2012). O aspecto elástico da pele dos pequenos animais se dá em razão da inexistência de uma fixação mais rígida do tecido subcutâneo em relação à fáscia, o musculo e o osso (MORAES 2012).

Assim pode-se notar que em determinadas regiões do corpo do animal como no pescoço e no tronco a pele é mais solta e farta; porém em outras regiões como é o caso da cabeça, membros e cauda esta se encontra mais pregueada e em menor quantidade devido à existência de um alinhamento linear dos tecidos fibrosos nestas regiões (CASTRO, 2015).

3. PRINCIPAIS AFECÇÕES CUTÂNEAS NA REGIÃO DO COTOVELO

As técnicas cirúrgicas reparadoras são extremamente desafiadoras justamente por possuírem um caráter inovador na medicina veterinária. Somado a

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esse fato, ressalta-se o estímulo frente o desafio para o cirurgião de reconstituir uma região do corpo do animal que se encontra lesionada ou inutilizada (PAVLETIC, 1999).

A região do cotovelo é um lugar de difícil acesso e pode ocasionar alguns problemas, pois, é estruturada a partir de cinco cernes de ossificação, ou seja, côndilo medial e lateral, epicôndilo medial, epífise e do processo proximal anconeal, apesar de este último ser um centro de ossificação que pode ser considerado secundário em todas as raças (PAVLETIC, 1999).

Devido à ossificação somada à baixa cobertura muscular do local e o frequente contato com o solo, faz com essa região seja alvo de algumas afecções (CASTRO 2015).

Os retalhos cutâneos, normalmente são empregados para a correção de extensas feridas de pele que podem ser em decorrência de anomalias congênitas, traumas ou neoplasias. O grande diferencial para utilização dos retalhos cutâneos é gama de locais no corpo do paciente, onde estas reconstruções podem ser desenvolvidas (CASTRO, 2015).

3.1 Higroma

É um aumento de volume tecidual de natureza crônica que possui líquido seroso. Costumeiramente surgem através de lesões recorrentes nos tecidos moles que se sobressaem sobre protuberâncias ósseas e normalmente estão localizados.

Sobre o olecrano, calcâneo, tuberosidade isquiática, trocanter maior, carpo e crista nucal geralmente atinge em maior número cães jovens de raças grandes (SLATTER, 2007).

No cotovelo os higromas costumam ter tamanhos variados e vão aumentando seu volume e sua espessura conforme a incidência de traumas no local. Geralmente são indolores e estéreis, porém podem ser contaminados por meio de algum procedimento iatrogênico, gerando assim um quadro de dor no local, nesse caso é necessário cuidar da dor para continuar os procedimentos (FOSSUM, 2002).

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Figura 15: Imagem de um cão com higroma

Fonte: Google imagens

Figura 16: Imagem cirurgia do higroma

Fonte: Google imagens

3.2 Neoplasias

As neoplasias de pele em cães possuem uma incidência significativa que fica entre 9.5% a 51%; frente todos os outros tipos de neoplasias que podem acometer canídeos “Diversos tipos de neoplasias podem acometer a pele ou seus anexos”, e diante dessa gama de possibilidades é necessário ressaltar que o tratamento e o prognóstico irão diferir a depender de cada caso (BRONDEN, 2010).

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Devido à diversidade de sua composição; a pele dos cães é altamente suscetível ao surgimento de formações neoplásicas em qualquer parte de sua estrutura. Dessa forma existem alguns tipos de tumores que são mais frequentes quando se trata de tegumento que são eles, tumores de queratinócitos, papiloma escamoso e viral, acantoma infundibular ceratinizante, placa viral pigmentada canina e felina, tumores melanociticos, pólipo fibroepitelial (DALECK 2008).

Os anexos da pele que incidem sobre as glândulas sudoríparas, sebáceas, ceruminosas e os folículos, também podem ser atingidos por algum tipo de neoplasias (DALECK, 2008).

É necessário ressaltar que qualquer tipo de neoplasia cutânea pode ocorrer de cotovelo, sendo que em cães as mais encontradas são: mastocitoma, carcinomas de células escamosas, melanomas, sarcomas de tecidos moles e até mesmo neoplasias ósseas, que mesmo sendo de rara incidência pode acometer a região (DALECK, 2008).

Figura 17: Neoplasia em região de cotovelo

Fonte: Google imagens

Além das neoplasias de seus anexos que incidem sobre as glândulas sudoríparas, sebáceas, ceruminosas e os folículos (DALECK, 2008).

É necessário ressaltar que qualquer tipo de neoplasia cutânea pode ocorrer de cotovelo sendo que em cães as mais encontradas são: mastocitoma, carcinomas de células escamosas, melanomas, sarcomas de tecidos moles e até mesmo

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neoplasias ósseas, que mesmo sendo de rara incidência pode acometer a região.

(SLATTER, 2007) 3.3 Traumas

As feridas de pele na região do cotovelo, também são complicações que podem ocorrer nesta região podendo ser geradas por meio de mordidas, atropelamentos; cortes, queimaduras ou qualquer outro tipo de injuria tecidual. Para um tratamento adequado é necessária à classificação da ferida em face de ser contaminado ou infectado e se este se deu por meio de abrasão, laceração, avulsão, perfuração, esmagamento ou queimadura entre outros (TRINDADE, 2009).

A ferida de pele que pode ocorrer na região do cotovelo tem prognostico reservados, pois se trata de uma localização delicada devido à ausência de pele adjacente (dobra). Essas feridas tem etiologia variada e podem ser gerados por meio de mordidas, atropelamentos, cortes, queimaduras ou qualquer outro tipo de injuria tecidual (FOSSUM, 2001).

A realização da cirurgia reconstrutiva, utilizando os retalhos e enxertos requer planejamento adequado e cuidadoso, sendo recomendado fazer marcações previas antes de incisar o tecido. Atribuindo tais cuidados durante o procedimento.

(CASTRO, 2015). Mesmo com planejamento antecipado após a cirurgia pode aparecer alguns problemas tais como: drenagem de secreção purulenta pela ferida, deiscência parcial da sutura, necrose, infecções e formação de seroma (CASTRO, 2015).

4. TÉCNICAS RECONSTRUTIVAS NA REGIÃO DO COTOVELO

O padrão de sutura ideal para esses retalhos, a fim de se evitar complicações deve obedecer a alguns requisitos. As bordas da ferida e do retalho são suturadas em padrão simples separado e também não pode realizar suturas redutivas de espaço morto na região do retalho. Porém o leito doador é fechado com padrão

“walking suture” e a pele com padrão Wolf ou simples separado (CASTRO, 2015) O planejamento para a aplicação destes tipos de retalhos requer muita atenção, pois envolve medições e marcações na pele, a fim de minimizar possíveis erros (HEDLUND, 2007, PAVLETIC, 1999). É necessário o correto posicionamento

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do paciente para a realização do desenho do retalho, pois caso a pele encontra-se distorcida em relação às referências anatómicas, o resultado pode ser a não inclusão dos vasos que irrigam determinada região (PAVLETIC, 2003).

Em se tratando de cirurgia reconstrutiva de pele, eventuais complicações podem ocorrer no pós-operatório; mesmo quando todas as precauções são tomadas. As principais complicações que podem surgir são: falta de aporte sanguíneo, deiscência, necrose, infecção e seroma. Em relação ao surgimento de seroma em muitos casos podem ser utilizados drenos a fim de escoar esse líquido ou até mesmo colocação de bandagens compressivas a depender de cada caso específico. Sendo que durante esse período deve ser realizada a limpeza da ferida e troca de curativos a cada 48 horas (CASTRO 2015)

É necessário ressaltar que além do domínio da técnica a ser utilizada é necessário um planejamento minucioso do local onde será realizada a intervenção, a fim de se evitar complicações. Mas em se tratando de uma região delicada elas podem ocorrer devido à falha na drenagem da lesão, deiscência de sutura, infecções, processos necróticos e surgimento de seroma. São diversas as técnicas reconstrutivas que podem ser usada na região do cotovelo. Dentre elas as mais comuns estão descritas abaixo (CASTRO, 2015).

4.1 Retalho em padrão axial da artéria toracodorsal

O retalho de padrão axial da artéria toracodorsal é arquitetado por meio de um ramo cutâneo da referida artéria, que se localiza ao nível do bordo dorsal do acrómio, e ramifica-se dorsalmente, através a escápula (LEONATTI & TOBIAS, 2005, PAVLETIC, 1999).

Retalho em padrão axial da artéria toracodorsal este tipo de retalho é indicado em alguns casos em geral é utilizado para corrigir anomalias que envolvem escápulas, membros torácico, cotovelo, axilas e tórax” é necessário localizar a artéria, as veia toracodorsais caudais e articulação escapulo umeral (CASTRO, 2015).

A borda cranial do retalho se define através da espinha acromiana, já a borda caudal é localizada caudalmente à depressão caudal do ombro. Após a definição do local da incisão, são realizadas duas incisões paralelas, que se estendem de forma dorsal até a linha média dorsal. Importante ressaltar que os retalhos podem ser

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prolongados além da articulação escápulo-umeral contralateral (LEONATTI &

TOBIAS, 2005, PAVLETIC, 1999).

Figura 18: Retalho em padrão axial da artéria toracodorsal

Fonte: Castro, (2015, p.166)

4.2 Retalho em padrão axial da artéria torácica lateral

Retalho em padrão axial da artéria torácica lateral e utilizado para corrigir defeitos que envolvem os membros torácicos da região da axilas, escápulas e tórax esse tipo de retalho é composto a partir de um ramo cutâneo da artéria torácica lateral (CASTRO,2015).

Para se realizar este tipo de retalho é necessário que se faça duas incisões uma ventral e outra dorsal. A incisão ventral é realizada pela borda dorsal do músculo peitoral profundo. A incisão dorsal é realizada dorsal e paralela à primeira incisão; com um alcance que propicie posicionar a artéria torácica lateral ao centro do flap. Estas incisões chegam de forma caudal à segunda mama torácica; surgindo assim a borda caudal do retalho. É importante salientar que no momento de elevar o retalho é necessário atentar-se para a preservação do músculo cutâneo do tronco.

(Hedlund, 2007).

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Figura 19: retalho de padrão axial de artéria torácica lateral

Fonte: Google imagens

4.3. Retalho em padrão axial da artéria braquial superficial

É importante destacar que esse retalho é usado para corrigir defeitos de antebraço e cotovelo, desse modo carece muita atenção, pois a irrigação desse retalho depende absolutamente da artéria branquial superficial e a mesma está localizada de um a três centímetros próximos ao cotovelo. Para confecção desse retalho convém que, o paciente esteja posicionado em decúbito dorsal com a parte superior suspenso para se obter resultado melhor é preciso muita atenção desde o desenho (CASTRO, 2015).

Esse retalho é desenhado com duas linhas paralelas ao corpo do úmero que se estendam dorsalmente e concentre abaixo do tubérculo maior. “A base do retalho deve estar centralizada a superfície flexora cranial do cotovelo”. É importante ressaltar o cuidado que demanda no momento da preservação do plexo subdermico, e dos vasos branquiais superficiais devido ao calibre diminuído quando comparado com vasos presentes em outros retalhos de padrão axial (PAVLETIC, 1999).

4.4. Retalho de padrão subdérmico da prega axilar

Retalho de padrão subdérmico da prega auxiliar geralmente é aproveitado para correções de defeitos que estão na região do tórax ventral, no externo, ou seja, é apropriada para defeitos de ombro e na parede torácica lateral. Vale ressaltar a existência de quatro ligações na dobra da pele auxiliar com o corpo. Ao corrigir defeitos no tórax ventral ou no externo é aconselhado cortar as ligações laterais e medial da dobra seguindo pela ligação distal do tronco proximal do cotovelo, é bom

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saber que a pele mais grossa do cotovelo não pode fazer parte do retalho entre 90°

e 180° e arrumar no defeito a melhor opção (CASTRO, 2015).

O retalho da dobra axilar deve ser divulsionado abaixo do plexo subdermico na posição para recobrir o defeito, destacando ainda que independente do lugar a ser realizado a correção de deformidade com a prega axilar o retalho deve ser suturado em padrão simples e separado. E às vezes dependo do tamanho da lesão pode precisar dreno ou bandagem, para ajudar no pós-operatório (CASTRO, 2015).

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto no presente trabalho, fica demonstrado que a região de cotovelo é extremamente delicada quando é necessário ser submetida a algum tipo de intervenção cirúrgica, devido a pouca cobertura muscular e de pele nesse local.

Dessa forma para se obter um prognóstico favorável frente às patologias de cotovelo, é necessário o pleno conhecimento anatômico e das técnicas corretivas que podem ser utilizadas nessa região.

O que fica claro após a pesquisa que a cirurgia reconstrutiva pode ser utilizada como uma ferramenta na Medicina Veterinária, devido à elevada constância de atendimentos em pequenos animais.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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