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A FUNÇÃO INTERPESSOAL EM TEXTOS DE OPINIÃO

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A FUNÇÃO INTERPESSOAL EM TEXTOS DE OPINIÃO

Tarcianny Cavalcante BRITO

Resumo: Esse artigo baseia-se na Teoria da Valoração, de Martin e White, e busca verificar através da linguagem como se dá o processo avaliativo em textos de opinião, para assim, visualizar a função interpessoal nesses textos. As bases desse estudo são: as funções Atitudinais: de afeto, de julgamento e apreciação; o Engajamento; e a Gradação, que são propostas na teoria acima citada. Essas funções estão relacionadas a um

afastamento ou aproximação do leitor/autor na avaliação das coisas, pessoas, fatos e também do próprio diálogo estabelecido com o seu ouvinte/leitor. Para a aplicação da Teoria da Valoração, será analisada uma coluna da revista Época que se intitula: O mito e o Troféu, publicado no dia 07 de maio de 2011, de Ruth de Aquino, jornalista, que comenta sobre a morte do fundador e líder da associação terrorista, AL-Qaeda, Osama Bin Laden.

Palavras-chave: valoração; avaliação; atitude; engajamento.

INTRODUÇÃO

A Teoria da Valoração, de Martin e White (2005), tem sido largamente utilizada como base para muitos trabalhos nos quais a avaliação é pertinente para o entendimento das funções interpessoais em textos de opinião. Isso, porque ela investiga o modo como as pessoas utilizam a língua ao adotar posições pessoais, em que os sentimentos, os gostos, os valores (pessoais e sociais) e as emoções estarão diretamente relacionados às posições de crítica, de elogio, de julgamento, de aprovação ou desaprovação de uma ideia.

As colunas jornalísticas, que são extremamente variadas em suas manifestações, constituem um universo de grandes possibilidades para uma análise sob a ótica da valoração, pois, nelas, há uma mistura de informações e opiniões, que algumas vezes, nos são mais visíveis, e em outras, requerem uma análise mais esmiuçada, para perceber o modo como se dão essas manifestações, daí o porquê de tantos estudiosos debruçarem-se nesse tipo de gênero. Elas são definidas, segundo Rystrom

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(1993: 241) apud Cabral e Barros, como: ―artigo interpretativo ou analítico, que pode revelar o ponto de vista do escritor, embora seu primeiro propósito seja dar aos leitores informações e previsões, e talvez levantar questões‖.

O presente trabalho tem por objetivo, ao lançar um olhar sobre a coluna de opinião, verificar o modo como se dá a função interpessoal nestas, ancorando a análise com base na Teoria da Valoração (MARTIN e WHITE, 2005). Será analisada uma coluna da Revista Época, que foi publicada online no dia 07 de maio de 2002, comentando o fato que tinha ocorrido cinco dias antes: a morte do líder e fundador da organização terrorista Al-Qaeda, Osama Bin Laden.

1. TEORIA DA VALORAÇÃO

A Teoria da valoração, proposta por Martin e White (2005) apud White (2002), surgida a partir da linguística funcional, segundo os autores, busca visualizar, através da observação da linguagem, como se dá a valoração em textos.

Ela está dividida em três grandes domínios, de acordo com Martin e White (2005) apud White (2002): Atitude, que por sua vez também se subdivide em: afeto, julgamento e apreciação; Engajamento e Gradação.

1.1 ATITUDE

Positiva ou negativamente, as pessoas posicionam-se a fazer avaliações sobre as coisas, as próprias pessoas, os lugares, os acontecimentos etc. Esse tipo de posicionamento é denominado como Atitude, que pode ser pessoal ou social e ainda ser afetado pelo grau de aproximação ou afastamento de quem está avaliando com aquilo que está sendo avaliado.

Segundo Martin e White (2005, p. 42) apud Pillon (2007): “atitude é sistema de significados que mostra como sentimentos são expressos em textos. Esse sistema trata de três regiões semânticas que se referem aos sentimentos relacionados à emoção, ética e valores estéticos‖.

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1.1.1 Afeto

O afeto é um tipo de atitude que está relacionado à maneira como a pessoa que avalia se coloca afetivamente diante da pessoas e/ou coisas avaliadas. É um posicionamento pessoal, que avalia positiva ou negativamente as coisas segundo seus próprios sentimentos e sensações.

Martin e White, apud Cabral e Barros (2006), agrupam as emoções em três conjuntos: segurança/insegurança, felicidade/infelicidade e satisfação/insatisfação.

Linguisticamente, o afeto pode ser indicado, segundo Cabral e Barros (2006), por: verbos da emoção (‗gostar‘, ‗odiar‘, ‗desanimar‘), advérbios (‗infelizmente‘, ‗amavelmente‘), adjetivos (‗alegre‘, ‗aborrecido‘,

‗satisfeito‘) e nominalizações (‗satisfação ‗, ‗tristeza‘, ‗serenidade‘).

1.1.2 Julgamento

O julgamento é um tipo de avaliação social, em que, um conjunto de valores, compartilhado por determinados grupos, será o norteador da avaliação, visível na posição e/ou fala do falante/autor. Essa avaliação, leva em consideração os conjuntos de normas sociais, os valores morais, as crenças etc, em que está inserido o avaliador e a pessoa e/ou coisa avaliada.

1.1.3 Apreciação

A Apreciação, assim como o Julgamento, também é um tipo de avaliação em conjunto, mas aqui, o norteador será principalmente o valor estético, pois a apreciação avalia as coisas, as composições, as estruturas, os conteúdos, os trabalhos humanos. Também pode avaliar pessoas, mas sob um olhar de objeto estético, de outra maneira seria confundido com o julgamento.

1.2 Engajamento

O engajamento é uma espécie de diálogo existente entre o autor/falante e ouvinte/leitor, que pressupõem conhecimentos de mundo compartilhados e sugere, muitas vezes, a continuidade de temas já

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tratados. Como há essa aproximação do autor/falante com o leitor/ouvinte, o primeiro usa termos e construções linguísticas que serão recuperados e completados pelo segundo. Nesse diálogo, é traçado o perfil do ouvinte/leitor e, a partir desse perfil, é esperado um determinado posicionamento dele diante dos temas abordados.

1.3 Gradação

A gradação refere-se às marcas avaliativas, apresentadas no texto, através das escolhas em uma escala: a gradabilidade dos significados atitudinais, segundo Martin e White (2005) apud Pillon (2002). Essa escala apresenta um grau que varia de menor para maior envolvimento.

2. ENFOQUE METODOLÓGICO: PRINCÍPIO DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS.

O primeiro passo foi procurar em colunas de jornais temas bem atuais em que pudesse ser verificada a função interpessoal do colunista.

Em seguida, foi escolhida uma coluna que tratou, após cinco dias do ocorrido, da morte de um dos maiores terroristas do mundo e responsável pelos atentados às torres gêmeas nos EUA no dia 11 de setembro de 2001: O mito e o troféu, de Ruth Aquino. Nessa coluna foi coletado o corpus, que são frases e/ou palavras que deixam transparecer a posição do autor. As frases coletadas foram organizadas e separadas de acordo com a Teoria da Valoração em: Atitudinais: afeto, julgamento e apreciação; Engajamento e Gradação. Com a análise nos resultados, foi verificado o modo interpessoal como a autora se mostra em seu texto.

3. GÊNEROS JORNALÍSTICOS

Albertos, apud Bertocchi, define os gêneros jornalísticos como:

as diferentes modalidades da criação linguística destinada a serem canalizadas por qualquer meio de difusão coletiva e com ânimo de atender a dois dos grandes objetivos da informação de atualidade: o relato de acontecimentos e o juízo valorativo que provocam tais acontecimentos (ALBERTOS, 1992:213,392).

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São considerados gêneros jornalísticos: a notícia, a crônica, o editorial, a coluna etc. Para esse trabalho será relevante apenas a coluna jornalística.

3.1 COLUNAS JORNALÍSTICAS

É uma das diversas manifestações do gênero jornalístico, que por sua vez é definida, segundo Melo (2002), como: ―sessão especializada de jornal ou revista, publicada com regularidade, geralmente assinada, e redigida em estilo mais livre e pessoal do que o noticiário comum‖.

4. ANÁLISES

A análise, baseada na Teoria da Valoração, será feita em uma coluna da revista Época: O mito e o troféu, publicado on-line no dia 07 de maio de 2011, da jornalista Ruth de Aquino.

4.1 ANÁLISE DA COLUNA: O MITO E O TROFÉU

O mito e o troféu foi escrita pela jornalista e editora da sucursal ÉPOCA no Rio de Janeiro, Ruth de Aquino, que mantém uma coluna semanalmente (aos sábados) nas páginas on-line da revista. O tema tratado nessa coluna diz respeito à morte do fundador e líder da organização terrorista Al-Qaeda e responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, Osama Bin Laden, morto no dia 02 de maio de 2011, em consequência de uma ação de inteligência entre o Exército norte-americano e o governo do Paquistão, segundo o presidente dos EUA Barack Obama.

A avaliação desta coluna será feita através dos parágrafos.

4.1.1 Primeira Parte

07/05/11

O mito e o troféu.

Osama está morto. Viva Obama! O acerto de contas foi americano. O mundo se sentiu vingado num primeiro momento. Todos lembramos o

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O título ―O mito e o troféu‖, evidencia um julgamento negativo por parte da autora em relação a Osama, uma vez que ele se tornou um mito, ou uma lenda, ao praticar atos terroristas, como o do atentado de 11 de setembro de 2011 aos EUA, onde morreram cerca de três mil pessoas. Ao mesmo tempo, faz um julgamento positivo da morte dele ao compará-la a um troféu (algo que merece ser ostentado como vitória).

Ao iniciar o texto afirmando a morte de Osama e logo após louvando o presidente dos EUA, Barack Obama, tido como responsável por essa morte, apresenta um julgamento explícito de contentamento por essa morte, facilmente recuperado em: ‘viva Obama‘, ‘o mundo se sente vingado‘, ‗não choramos agora pelo terrorista‘.

4.1.2 Segunda Parte

No segundo parágrafo, há, ainda mais fortemente, a presença do julgamento explícito, e que parece ser geral, sobre a morte do líder da Al- Qaeda. O julgamento é positivo em relação à morte do terrorista, inclusive, é afirmado explicitamente com o fragmento de outro autor, Ferreira Gullar, em que Ruth Aquino parece concordar: ‗acho ótimo matá- lo‘. Para enfatizar que essa é uma opinião geral, a colunista, expõe as frases: ‗essa foi a reação normal‘, ‗aliviados com o desaparecimento‘.

―Acho ótimo matá-lo. Quer prender para interrogar o quê? E os 3 mil que ele mandou morrer?‖, disse nosso poeta Ferreira Gullar. Essa foi a reação normal. Não só dos ocidentais. Muçulmanos, entrevistados no mundo inteiro, se disseram aliviados com o ―desaparecimento‖ de Osama bin Laden. Por um motivo simples: o terror e o fanatismo distorcem o islã. Osama era o símbolo-mor de uma face cruel e minoritária do islamismo, que prega o sacrifício de civis inocentes e o suicídio de jovens mártires como tática de poder na guerra santa.

Carismático, filho de burgueses, Osama incomodava por comandar a Al-Qaeda nas sombras.

que fazíamos quando, há quase dez anos, um atentado bárbaro matou cerca de 3 mil inocentes nas Torres Gêmeas. Não choramos agora pelo terrorista. Mas o que aconteceu na semana passada não enobrece a democracia. A balbúrdia de contradições oficiais reforça o mito Osama e adia seu sepultamento no inconsciente coletivo.

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4.1.3 Terceira parte

Na continuação da coluna, verificamos que a morte de Osama gerou uma promoção na figura do presidente dos EUA, Obama. Há nesse trecho, um julgamento positivo à atitude do líder americano e ao mesmo tempo um engajamento (declaração) na frase: ‗deixou de ser um líder tíbio‘.

4.1.4 Quarta parte

Nesse parágrafo, mais facilmente se percebe o diálogo presente na relação de autor/falante com o leitor/ouvinte (engajamento), pois a autora introduz o parágrafo com a pergunta: ‗podemos entrar em outro país para capturar um terrorista sem autorização local?‘. Ao responder, ‗talvez sim‘, a colunista apresenta uma posição de engajamento de considerar, pois a proposição se mostra bastante plausível, já que ferir essa regra do Direito Internacional, parece não ser tão ruim aplicada ao terrorista. Isso diz respeito a um julgamento, pois carrega um pensamento moralizador e social.

Barack Obama era candidato quando prometeu encontrar, prender ou matar o inimigo que humilhava seu país. Cumpriu a promessa. Sua popularidade deu um salto. Ele deixou de ser considerado um líder tíbio, relutante. O povo americano é nacionalista, protecionista e imperialista.

Gosta de demonstrações de força, idolatra a bandeira. Pode ser uma generalização – mas ela define a média da população nativa e dos imigrantes naturalizados. Obama foi eleito por uma maré de decepção econômica. Conquistou jovens e velhos, idealistas e desiludidos, de ideologias diversas. Seu ótimo slogan ―Yes, we can‖ era vago o bastante para ser completado da maneira mais conveniente a cada um. Sim, nós podemos tudo?

Podemos entrar em outro país para capturar um terrorista sem

autorização local? Talvez sim, em raras exceções. Violar essa regra do Direito Internacional parece mais aceitável do que abrigar um homicida do porte de Osama bin Laden. Sua fortaleza murada ficava em Abbottabad, uma cidade de classe média habitada por famílias de militares, a apenas 56 quilômetros da capital paquistanesa. Se um país – no caso o Paquistão – posa de aliado, mas é suspeito de proteger um terrorista que prega assassinatos em massa, seria crime ou cautela não alertar o governo de Islamabad?

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4.1.5 Quinta parte

Assim como no parágrafo anterior, a jornalística o inicia com o que seria uma conversa com o seu ouvinte/leitor (engajamento) através de perguntas, que ela mesma responde com base no julgamento moral. O engajamento se mostra claro na voz textual de refutar: ‗moralmente, não‘, ‗eticamente, não‘, ‗claro que não‘. Essas marcações não são em função do terrorista e sim em função de uma moral social que não permitiria isso.

Mas ao mesmo tempo em que nega um posicionamento que a moral não permitiria, afirma outro: ‗ as imagens de Osama morto são de interesse público‘.

4.1.6 Sexta parte

Podemos torturar presos para chegar ao terrorista? Podemos executar o terrorista, mesmo que ele não ameace com uma arma? Podemos jogar o corpo ao mar sem sepultá-lo? Moralmente, não. Podemos censurar a divulgação da foto do morto? Eticamente, não. Podemos confundir a opinião pública com uma mentira diferente a cada dia?

Claro que não. Podemos fingir que o mundo estará mais seguro e melhor a partir de agora? Ninguém acredita nisso. Podemos dizer que

―a justiça foi feita‖? Sim, mas com desvios. As imagens de Osama morto são de interesse público. A censura provoca mais danos que benefícios. E a comunicação do Pentágono precisa ser disciplinada – porque nem eles mesmos se entendem sobre o que realmente aconteceu.

Entende-se a preocupação dos Estados Unidos em não acirrar a ira de fanáticos ao exibir Osama morto. Não se entende por que os exímios atiradores da tropa secreta da Marinha, conhecida como Seal Team 6, precisaram desfigurar seu rosto a curta distância – ele poderia continuar um cadáver apresentável, não? Entende-se que tenham preferido matá-lo a prendê-lo para evitar que, detrás das grades, continuasse a exercer uma liderança maligna. Entende-se que era melhor matar sem plateia do que transformar em espetáculo a execução pública de um Osama condenado à morte pela Justiça. Entende-se que era melhor não criar, com seu túmulo, um local de culto, peregrinação e manifestações de ódio aos dois lados.

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Inicia com um engajamento de declaração: ‘ entende-se a preocupação‘, e depois afirma essa declaração com uma negação (engajamento de refutar): ‘não acirrar a ira‘.

Carrega um julgamento (opinião social) ao longo do parágrafo ao explicar que se entende o porquê te o terem matado ao invés de prendê- lo, e de no terem feito sem plateia.

4.1.7 Sétima parte

Por fim a autora, Ruth de Aquino, se coloca contrária à opinião (afeto) de Obama, quando esse diz que Osama não é troféu e nem querem transformá-lo em mito, afirmando (engajamento de declarar) que Osama Bin Laden já é um troféu e um mito.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base na Teoria da Valoração, foi possível concluir que, em todas as partes do texto, O mito e o troféu, há uma maior frequência dos recursos da Atitude, principalmente o julgamento, e o Engajamento.

Há a presença de verbos de afetividade, na voz do autor Ferreira Gullar: ‗acho ótimo‘, usado para reforçar um julgamento de que a morte de Osama foi boa para todos.

As personas textuais construídas no texto envolvem a autora de coluna, que avalia eticamente a situação e a julga de acordo com esse senso comum, o leitor, que parece partilhar da mesma opinião da autora, o autor Ferreira Gullar, que se posiciona afetivamente feliz com a morte de Osama e o presidente dos EUA, Obama, que mesmo tendo sofrido uma promoção com a morte do maior inimigo dos EUA, nega que se deve ostentar essa morte como um troféu.

―Osama não é um troféu. Não queremos transformá-lo num mito‖, afirmou Obama, ao justificar a morte sem corpo. Osama bin Laden é um mito e um troféu, não importa o que se diga agora. E seu desaparecimento no mar, sem fotos, cercado de sigilo e contradições, só reforça a dupla aura que Obama deseja evitar.

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REFERÊNCIAS

AQUINO, Ruth. O mito e o troféu. Época online. Fortaleza, 07 de maio de 2001.

Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI231344- 15230,00.html. Acesso em: maio e junho de 2011.

BERTOCCHI, Daniela. Gêneros Jornalísticos em espaços digitais. Universidade de Minho. Portugal, 2002. Acessado em maio e junho de 2011 no endereço:

<http://www.bocc.ubi.pt/pag/bertocchi-daniela-generos-jornalisticos-espacos- digitais.pdf>

MELO, J. M. Jornalismo Opinativo. Campos do Jordão: Editora Mantiqueira, 2002.

CABRAL, S.R.S;BARROS, N.C.A. Linguagem e Avaliação : uma análise de texto opinativo.

Disponível em: <http://www.pucsp.br/isfc/proceedings/Artigos%20pdf/34ev_cabral_72 2a734.pdf.> Acesso em : maio e junho de 2011.

PILLON, Sameriene Lúcia Lopes. A formação de uma comunidade de leitores. 2007.

Dissertação (Mestrado em Letras-Área de Concentração de estudos linguísticos) Universidade de Santa Maria, Santa Maria-RS, 2007.

WHITE, P. The handbook of pragmatics. Amsterdan; Filadephia: Jonh Benjamins Publishing,2002.[ tradução de Débora de Carvalho Figueiredo].

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Anexo

O quadro a seguir esquematiza a análise realizada:

Atitude Engajamento Gradação

O mito e o troféu. Julgamento negativo implícito

Osama está morto.

Viva Obama! Afeto e Julgamento

explícito Afirmação Não choramos pelo

terrorista. Mas o que aconteceu semana passada não enobrece

a democracia.

Afeto e Julgamento

explícito Afirmação

“Acho ótimo mata- lo”.

Afeto não autoral positivo

Maior envolvimento Essa foi a reação

normal.

Julgamento positivo

Maior envolvimento ...”aliviados com o

desaparecimento”.

Julgamento explícito positivo

Maior envolvimento.

Ele deixou de ser considerado um líder

tíbio, relutante. Julgamento Engajamento por declaração

Gosta de demontração de força, idolatra a

bandeira.

Apreciação

Talvez sim

Engajamento de consideração

Menor envolvimento Moralmente, não.

Eticamente, não

Julgamento de negativo

Engajamento de

consideração Maior envolvimento

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Claro que não. Julgamento positivo

Osama não é um

troféu. Afeto não autoral negativo.

Maior envolvimento Osama é um mito e um

troféu. Afeto autoral positivo

Maior envolvimento

Referências

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