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O OYSTER: NASCIMENTO DO PRIMEIRO RELÓGIO DE PULSO

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Academic year: 2022

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A HISTÓRIA DA ROLEX

A posição alcançada pela Rolex, bem como sua identidade, são o reflexo de uma história que gira em torno da paixão pela inovação e da busca pela excelência.

Mesclando uma sucessão de realizações pioneiras a uma aventura relojoeira, industrial e

humana, a história da Rolex se confunde com a do Oyster, primeiro relógio de pulso

impermeável lançado em 1926, que deu origem a toda uma linha de relógios legendários.

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O sucesso da Rolex está intimamente associado ao extraordinário espírito empreendedor de seu fundador, Hans Wilsdorf (1881-1960). Com seu espírito visionário e sua capacidade ímpar de atuar em todos os setores de atividades da empresa – técnica, comunicação, organização, comercialização – Hans Wilsdorf erigiu, ao longo de mais de 50 anos à frente da empresa, as bases de uma aventura que deu origem a relógios excepcionais e a uma marca de inigualável prestígio.

Ainda hoje, sua personalidade e sua obra inspiram a empresa e nutrem a cultura da companhia.

Esse brilhante empreendedor deixou sua marca tanto na estética e nas características fundamentais de relógios fiéis ao Oyster original como na capacidade da Rolex de buscar em sua rica tradição a inspiração para que sempre possa projetar-se rumo a novos horizontes.

HANS WILSDORF, UM VISIONÁRIO

A aventura da marca Rolex teve início nos anos 1900. Originário da Baviera, Hans Wilsdorf ensaiou seus primeiros passos no universo da relojoaria em La Chaux-de-Fonds, na Suíça. Embora no início do século XX os relógios de bolso fossem a norma, Wilsdorf já vislumbrava as vantagens de usá-los no pulso, mesmo sabendo que não eram suficientemente precisos e que ainda eram vistos como joias essencialmente femininas.

Hans Wilsdorf estava convencido de que o relógio de pulso se tornaria um objeto indispensável no dia a dia de homens e mulheres, mas para isso precisava provar que era um instrumento preciso, impermeável, robusto e confiável. Sua capacidade de prever essa evolução, hoje considerada natural, revelou-se uma verdadeira expressão de gênio.

PRECISÃO CRONOMÉTRICA E IMPERMEABILIDADE

Depois de mudar-se para Londres – na época capital econômica e financeira do mundo –, Hans Wilsdorf fundou com um sócio, em 1905, Wilsdorf & Davis. Especializada na comercialização de relógios de pulso na Grã-Bretanha e em todo o império britânico, a empresa encomendava os componentes a fabricantes suíços selecionados por sua expertise. Entre eles estava a Maison Aegler, sediada em Bienne, que mais tarde se tornaria a Manufacture des Montres Rolex S.A. Para Hans Wilsdorf, a Maison Aegler era, na época, a única manufatura capaz de fornecer mecanismos ao mesmo tempo pequenos e precisos, exatamente o que ele precisava para seus relógios de pulso.

Observando o crescimento promissor de atividades de lazer e esportes, Hans Wilsdorf decidiu provar ao público – ainda não plenamente convencido – que os relógios de pulso podiam oferecer precisão cronométrica.

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Já em 1908, Hans Wilsdorf criou o nome “Rolex” para assinar suas criações. Em 1910, um relógio de pulso Rolex conquistou o primeiro certificado de cronometria nunca antes concedido a esse tipo de relógio pelo Bureau de Contrôle de la Marche des Montres, sediado em Bienne (Suíça). Quatro anos mais tarde, em 1914, um outro Rolex foi o primeiro relógio de pulso do mundo a obter, do prestigioso Kew Observatory (Grã-Bretanha), o primeiro certificado de precisão “classe A”, distinção até então reservada a cronômetros da Marinha. A conquista desses dois certificados foi a prova de que um relógio de pulso podia oferecer um alto nível de precisão cronométrica. Restava o desafio da impermeabilidade: a precisão de um relógio de pulso ficaria comprometida se a caixa não fosse capaz de proteger o mecanismo contra água e poeira. Por esta razão, Hans Wilsdorf mobilizou todo o seu espírito de empreendimento e sua energia para fabricar um relógio de pulso impermeável.

NASCE O NOME “ROLEX”

Se desde logo Hans Wilsdorf decidiu escolher um nome para assinar seus relógios, foi porque pressentiu a importância do conceito de marca. Os critérios definidos por ele revelam uma surpreendente modernidade. Ele buscava um nome:

▪ curto, com cinco letras no máximo;

▪ que fosse fácil de pronunciar em qualquer idioma;

▪ com sonoridade agradável;

▪ fácil de memorizar;

▪ que pudesse ser gravado de forma harmônica no mostrador e no mecanismo de seus relógios.

UM ESPÍRITO EMPREENDEDOR SEM FRONTEIRAS

Hans Wilsdorf deixou a Inglaterra em 1919 para se instalar em Genebra, na Suíça, onde fundou, em 1920, a empresa Montres Rolex S.A. Com a mudança, ficou mais próximo de seu fornecedor de Bienne, otimizando a colaboração entre os dois. A notoriedade internacional de Genebra e sua longa tradição na indústria de relógios também influíram consideravelmente nessa decisão.

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O OYSTER: NASCIMENTO DO PRIMEIRO RELÓGIO DE PULSO IMPERMEÁVEL

Em 1926, os esforços de Hans Wilsdorf para desenvolver um relógio impermeável foram coroados de sucesso: ele apresenta o Oyster, primeiro relógio de pulso impermeável no mundo. Graças a um engenhoso sistema patenteado de luneta, fundo e coroa rosqueados, sua caixa fica hermeticamente selada, garantindo assim uma proteção otimizada para o mecanismo que ela abriga.

As caneluras da luneta e do fundo da caixa atendem desse modo a critérios funcionais, servindo para rosquear os elementos na carrura com o auxílio de uma ferramenta específica desenvolvida pela Rolex. Ao mesmo tempo, as caneluras conferem ao relógio sua identidade visual e sua personalidade exclusiva. Atualmente, a luneta dos relógios da coleção Oyster Perpetual não é mais rosqueada na caixa, mas alguns modelos e algumas modalidades continuam a apresentar essas caneluras características, que se tornaram uma assinatura estética da Rolex.

Graças ao Oyster e à sua caixa impermeável totalmente inovadora, a Rolex entrou para a história da indústria relojoeira. Ao know-how de Hans Wilsdorf somou-se seu agudo senso de comunicação, que deram à marca um impulso formidável.

ORIGEM DO CONCEITO DE EMBAIXADORES

Em 1927, a criatividade de Hans Wilsdorf em matéria de comunicação manifestou-se de forma espetacular. Sua ideia: submeter o Oyster a uma prova mais exigente do que a norma-padrão, a fim de atestar sua robustez e demonstrar sua impermeabilidade. Naquele mesmo ano, uma jovem inglesa chamada Mercedes Gleitze atravessou o Canal da Mancha a nado, usando um relógio Oyster. Após mais de dez horas, o relógio alcançou a outra margem em perfeito estado. Para comemorar o resultado da experiência, e somando o saber fazer com o fazer saber, Hans Wilsdorf mandou publicar no jornal inglês Daily Mail um anúncio que ocupava toda a primeira página, proclamando o sucesso do relógio impermeável e prevendo “a marcha triunfal do Rolex Oyster pelo mundo”.

O evento marcou a criação do conceito de Embaixadores, bem como o início de uma longa e fértil associação entre a Rolex e personalidades excepcionais, cujas realizações comprovam a excelência dos relógios Rolex. Esses sólidos laços, que têm como base a inabalável relação de confiança entre a marca e seus Embaixadores, se desenvolveram em diversas áreas – exploração, esportes e cultura.

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ROTOR PERPETUAL

Como era preciso dar corda manualmente no relógio de pulso, e isso tinha que ser feito diariamente, o fato de a coroa ser desrosqueada comprometia a impermeabilidade, e, por conseguinte, a precisão. Para resolver esse problema, a Rolex desenvolveu o rotor Perpetual, um mecanismo de corda automática por rotor livre para relógios de pulso, patenteado pela marca em 1931, que foi o precursor dos sistemas contemporâneos de corda automática.

O rotor Perpetual comporta uma massa em forma de meia-lua que oscila nos dois sentidos ao menor gesto do pulso, armando assim a mola do tambor. Esta inovação proporciona ao relógio uma energia constante e estável, garantindo que a precisão seja mantida. A partir disso, a coroa não é mais solicitada a não ser para a regulagem das funções – ou para dar corda manualmente, apenas no caso de o mecanismo haver parado; portanto, ela permanece rosqueada a maior parte do tempo.

O rotor Perpetual contribui, dessa maneira, para a impermeabilidade do relógio

e se torna, assim, um sinônimo de

conforto para o usuário, que não precisa mais dar corda manualmente no mecanismo.

COROA ROLEX E ROLESOR

Nos anos 1930, ganharam forma dois outros alicerces da identidade da marca: a coroa Rolex e o Rolesor.

A coroa Rolex, ao mesmo tempo logotipo e símbolo da marca, foi registrada em 1931. Presente pela primeira vez no mostrador dos relógios em meados dessa mesma década, ela surgiu na coroa de rosquear no início dos anos 1950, época em que passou a substituir o marcador às 12 h no mostrador.

Em 1933, foi registrado o nome “Rolesor”, que designa a associação, num relógio Rolex, de dois materiais: o ouro e o aço. Essa combinação, usada desde os anos 1920 pela Rolex, tornou-se desde então um dos padrões estéticos da marca.

RELÓGIOS EMBLEMÁTICOS

Nos anos 1940 e 1950, a Rolex lançou relógios que se tornariam rapidamente clássicos atemporais da coleção Oyster Perpetual.

O ano 1945 marcou o lançamento do Oyster Perpetual Datejust, primeiro relógio de pulso cronômetro, automático e impermeável a exibir a data em uma abertura no mostrador. Equipado

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então com uma pulseira Jubilee criada especialmente para ele, o Datejust se distinguia e podia ser reconhecido imediatamente graças à sua luneta canelada. Inicialmente concebido para os homens, a partir da década seguinte o modelo ganhou diversas versões femininas.

Em 1956, foi lançado o Oyster Perpetual Day-Date, primeiro relógio de pulso com calendário a indicar, em complemento à data, o dia da semana por extenso em uma abertura no mostrador.

Disponível unicamente em ouro 18 quilates ou em platina 950, ele é dotado da lente de aumento Cyclops sobreposta ao vidro, uma inovação que facilita a leitura da data. Estendida a seguir a outros modelos com calendário da coleção Oyster Perpetual, a lente de aumento Cyclops figura entre os símbolos distintivos da Rolex. Facilmente reconhecível, graças à sua pulseira President, criada especificamente para ele e contribuindo para seu status notável, o Day-Date vem sendo usado, ao longo do tempo, por personalidades políticas, líderes e visionários do mundo inteiro.

O MUNDO COMO LABORATÓRIO

Com a invenção do Oyster, em 1926, o mundo passou a funcionar para a Rolex como um campo de testes que lhe permitia comprovar, em condições reais, as qualidades intrínsecas de seus relógios. Seja no mar ou nas profundezas do oceano, no pico das mais altas montanhas ou nos confins polares do planeta, em quaisquer cenários caracterizados por condições extremas, a Rolex comprova a precisão, a impermeabilidade, a robustez e a confiabilidade de seus relógios confiando- os a homens e mulheres que se aventuram nesses lugares.

A velocidade também é um campo de experimentação para a marca. Em 1935, ao volante do Bluebird e com um relógio Oyster no pulso, Sir Malcolm Campbell foi o primeiro piloto automobilístico a ultrapassar a barreira mítica de 300 milhas por hora (483 km/h). Em 1947, Charles Elwood "Chuck" Yeager, também usando um Oyster, foi o primeiro homem a romper a barreira do som ao comando de um avião-foguete. Em ambos os casos, o relógio foi submetido a forte aceleração e a vibrações de extrema intensidade, suportando-as sem que suas qualidades fossem alteradas.

A partir da década de 1930, os relógios Rolex integraram o equipamento de várias expedições para as montanhas do Himalaia. Em 1953, Sir Edmund Hillary e Tensing Norgay, membros de uma expedição britânica chefiada por Sir John Hunt e equipada com relógios da marca, foram os primeiros a chegar ao pico do Everest. Com essa vitória, ambos entraram para a lista de personalidades excepcionais que, graças a uma inabalável perseverança e à busca de grandes realizações, comprovam as qualidades que a Rolex promove acima de tudo.

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DESENVOLVIMENTO DOS RELÓGIOS PROFISSIONAIS

Numa estreita relação com o mundo que a cerca e a partir da expansão de novos setores, como a aviação civil e a exploração subaquática, a Rolex desenvolveu ao longo dos anos 1950 uma linha de relógios-ferramentas chamados de “Profissionais”. Esses relógios são dotados de funções particularmente úteis durante atividades que, por serem praticadas em ambientes frequentemente desafiadores, ou mesmo extremos, requerem equipamentos específicos e que sejam robustos e confiáveis.

Em 1953, foram lançados o Oyster Perpetual Explorer, criado logo após a primeira escalada ao pico do Everest, e o relógio de mergulho Oyster Perpetual Submariner, com impermeabilidade garantida até 100 metros de profundidade – ampliada para 200 metros em 1954 – e equipado com uma luneta giratória graduada que permite aos mergulhadores a leitura de seus tempos de imersão.

Apresentado em 1955, o Oyster Perpetual GMT-Master é um relógio com duplo fuso horário que pode exibir, além da hora local, a hora de diversos pontos do planeta graças ao seu ponteiro adicional 24 horas e à sua luneta giratória graduada 24 horas. Tornou-se o relógio oficial da Pan American World Airways, a famosa companhia aérea estadunidense, mais conhecida como Pan Am.

Em 1956, foi a vez do lançamento do Oyster Perpetual Milgauss, projetado para resistir a campos magnéticos. O modelo ganhou destaque principalmente ao ser usado por cientistas da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN), situado em Genebra.

Os relógios Rolex continuam sendo associados a grandes conquistas. Em 1960, no Oceano Pacífico, na Ilha de Guam, o batiscafo Trieste, pilotado pelo oceanógrafo suíço Jacques Piccard e o tenente da marinha norte-americana Don Walsh, mergulhou até –10.916 metros na Fossa das Marianas, a parte mais profunda dos oceanos. Fixado na parte externa do Trieste, um relógio Rolex experimental, o Deep Sea Special, foi submetido à pressão colossal das regiões abissais, equivalente a um peso de mais de uma tonelada por centímetro quadrado. Quando o batiscafo retornou à superfície, o relógio ainda exibia a hora exata, comprovando que esteve em perfeito funcionamento durante todo o mergulho.

Em 1963, a Rolex apresentou o Oyster Perpetual Cosmograph Daytona. Equipado com um mecanismo cronógrafo mecânico, esse relógio permite medir intervalos de tempo ou, graças à escala taquimétrica sobre a luneta, determinar uma velocidade média.

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Em 1967, foi lançado o Oyster Perpetual Sea-Dweller. Impermeável até 610 metros, esse relógio foi concebido para profissionais de mergulho em grande profundidade. Sua caixa é equipada com uma válvula de hélio patenteada pela Rolex no mesmo ano, uma inovação que permite, durante as fases de descompressão em câmara hiperbárica, o escape do excesso de pressão acumulado dentro da caixa.

MATURIDADE E CONSOLIDAÇÃO

O ano de 1960 foi marcado pelo falecimento de Hans Wilsdorf, que deixou atrás de si uma obra considerável. Em 1945, ele criou em Genebra a Fundação Hans Wilsdorf, que se tornou a proprietária da empresa. Com essa estrutura, a Rolex pôde dar prosseguimento à sua expansão com toda independência e dentro do respeito pelos valores de seu fundador.

André J. Heiniger, que sucedeu a Hans Wilsdorf em 1963, assumiu o comando da Rolex, preservando essa herança. Com o respaldo de uma sólida experiência de mercado, esse habilidoso estrategista comercial deu impulso ao desenvolvimento da empresa e consolidou a presença da Rolex no mundo, transformando-a em uma marca relojoeira internacional de renome.

Em 1968, a Rolex cria a coleção Cellini, que agrupa todos os relógios elegantes que não pertencem à coleção Oyster Perpetual propostos há muito tempo pela marca. O nome Cellini, que se inspira no grande artista do Renascimento Benvenuto Cellini, escultor e ourives dos papas, sublinha o caráter clássico e refinado desses relógios.

No final dos anos 1960, com o início do uso do quartzo, a Rolex participou ativamente do desenvolvimento do primeiro mecanismo suíço a quartzo, o Bêta 21. Em 1977, a marca lançou o modelo Oysterquartz, equipado com um mecanismo a quartzo 100% Rolex. Mas, ignorando as promessas dessa nova tecnologia, a Rolex optou pela estratégia de permanecer fiel ao relógio mecânico, seu domínio de excelência.

As décadas de 1970 e 1980 marcaram a chegada da segunda geração dos Oyster Perpetual Profissionais. Em 1971, foi lançado o Oyster Perpetual Explorer II. Especialmente projetado para exploradores de regiões polares e para espeleólogos, esse relógio permite distinguir entre as horas do dia e as da noite, graças ao seu ponteiro adicional 24 horas e à sua luneta fixa graduada 24 horas. Em 1978, a Rolex apresentou uma nova versão do Sea-Dweller – o Sea-Dweller 4000, impermeável até 1.220 metros (4.000 pés) de profundidade. Em 1982, foi lançado o GMT-Master II,

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que se distingue do GMT-Master por seu calibre, que permite ajustar o ponteiro das horas de forma independente do ponteiro de minutos e do ponteiro 24 horas.

PARCERIAS PIONEIRAS E COMPROMISSO PELO BEM COMUM

Nos anos 1960-1970 a Rolex estabeleceu parcerias pioneiras com instituições, esportistas excepcionais e artistas de renome internacional. Esses sólidos laços contribuíram para a criação de programas de patrocínio esportivo e cultural.

Em 1976, para comemorar os 50 anos do Oyster, André J. Heiniger criou os Prêmios Rolex de Empreendedorismo. Até hoje, o objetivo dessa premiação é oferecer auxílio financeiro a pessoas que busquem novos caminhos no sentido de ampliar o conhecimento do homem e promover maior bem-estar para a humanidade.

INTEGRAÇÃO VERTICAL

Em 1992, foi lançado o Oyster Perpetual Yacht-Master, um relógio que personifica os laços privilegiados entre a Rolex e o universo do iatismo desde os anos 1950. No mesmo ano, foi apresentado também o Oyster Perpetual Pearlmaster, especialmente dedicado para as mulheres.

Ainda em 1992, Patrick Heiniger sucedeu a seu pai à frente da Rolex. Em meados dos anos 1990, sob sua direção, a Rolex mudou radicalmente sua estrutura e adotou a estratégia de integração vertical, mediante a aquisição de seus principais fornecedores a fim de conservar sua independência e sua liberdade empresarial. Essa decisão foi reforçada pelo agrupamento de todas as atividades da empresa nas cidades de Genebra e Bienne, em quatro unidades industriais especialmente construídas ou remanejadas para esse projeto. Com dimensões impressionantes, essas instalações constituem autênticos tesouros tecnológicos de relojoaria. Dessa forma, a Rolex passou a controlar a fabricação de todos os principais elementos do relógio – mecanismo, caixa, pulseira e mostrador – dispondo, ao mesmo tempo, dos recursos necessários para levar ainda mais longe suas exigências pela qualidade, graças especialmente a equipamentos exclusivos.

Empresa independente e verticalizada, a Rolex conta com um parque industrial ímpar, no âmbito do qual designers, engenheiros, relojoeiros e outros profissionais especializados cultivam uma estreita colaboração para a concepção e a fabricação dos relógios. Foi nesse cenário que a empresa decidiu também dispor de sua própria fundição, onde forja as ligas de ouro usadas em seus produtos.

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UM COMPROMISSO COM A TRANSMISSÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Em 2002, por iniciativa de Patrick Heiniger, a Rolex criou o Programa Rolex de Mestres e Discípulos, a fim de favorecer a expansão cultural no mundo todo. Essa iniciativa visa a incentivar jovens talentos promissores colocando-os em contato com artistas renomados para um período de orientação e colaboração criativa. Por meio desse diálogo enriquecedor entre artistas de diferentes gerações, culturas e disciplinas, a marca encoraja a transmissão do legado artístico mundial.

UMA NOVA ERA PARA O OYSTER

A partir do início dos anos 2000, a reorganização espetacular dos parques de produção projeta os relógios Oyster Perpetual rumo a uma nova era. As inovações, que combinam mais do que nunca o know-how relojoeiro tradicional a tecnologias de ponta, surgem tanto no domínio da criação relojoeira quanto naqueles dos materiais e dos processos de fabricação.

Em 2000, a Rolex apresenta um novo Oyster Perpetual Cosmograph Daytona, autêntica confluência de know-how. O modelo, desde então, é munido de um novo mecanismo cronógrafo que, inteiramente desenvolvido e montado internamente, é equipado com a espiral Parachrom, fabricada pela Rolex. Composta por nióbio, zircônio e oxigênio, essa espiral apresenta a vantagem de ser até dez vezes mais precisa do que uma espiral tradicional em caso de choques, além de ser insensível a campos magnéticos. A espiral Parachrom foi progressivamente integrada aos mecanismos da maioria dos relógios de grande diâmetro da coleção Oyster Perpetual.

Em 2005, a Rolex lança o novo Oyster Perpetual GMT-Master II. Sutilmente redesenhado, esse relógio é dotado igualmente de um mecanismo com a espiral Parachrom, e também apresenta uma luneta com disco Cerachrom em cerâmica preta, outra inovação patenteada pela Rolex.

Inteiramente desenvolvido e fabricado internamente, esse disco Cerachrom é produzido com uma cerâmica extremamente rígida, praticamente à prova de arranhões e cuja cor não sofre alterações quando exposta à radiação ultravioleta. Além disso, pela natureza de sua composição química, essa cerâmica de alta tecnologia é inerte e não sofre corrosão.

Em 2007, foi relançado o Oyster Perpetual Milgauss, concebido para resistir a campos magnéticos.

O novo Milgauss vem equipado com um mecanismo que, protegido por um escudo magnético como na versão de 1956, contém uma espiral Parachrom, além de uma roda de escape paramagnética fabricada em níquel-fósforo. As modalidades apresentadas se distinguem, no plano estético, por

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um ponteiro de segundos cor de laranja em forma de raio, diretamente inspirado no modelo original.

Uma dessas novas modalidades é, além disso, equipada com um vidro de safira na cor verde, uma novidade na indústria relojoeira.

A Rolex inovou também nas funções oferecidas pelos relógios. Apresentado ainda em 2007, o cronógrafo de regata Oyster Perpetual Yacht-Master II foi o primeiro relógio do mundo equipado com uma contagem regressiva programável com memória mecânica e sincronização on the fly. O acesso à função de programação da contagem regressiva e seus correspondentes ajustes são feitos por intermédio da luneta giratória e da coroa, graças ao Ring Command, um sistema de interação entre o exterior do relógio e o mecanismo desenvolvido e patenteado pela marca.

Apresentado em 2008, o Oyster Perpetual Rolex Deepsea, impermeável mesmo em profundidades extremas (3.900 metros), ilustra a perícia da Rolex em matéria de impermeabilidade. Esse relógio de mergulho extremamente resistente se beneficia do sistema Ringlock, uma arquitetura de caixa desenvolvida e patenteada pela Rolex: um anel de compressão de alta resistência, posicionado no núcleo da caixa, suporta a pressão colossal exercida em grandes profundidades sobre o vidro – com espessura de 5,5 mm – e o fundo em liga de titânio. O Rolex Deepsea é o primeiro relógio Rolex dotado de uma exibição de alto desempenho Chromalight: os indicadores, os ponteiros e também a garra localizada às 12 h sobre a luneta giratória são preenchidos ou cobertos com um exclusivo material luminescente de longa duração (cor de emissão azul), que se mantém por até duas vezes mais tempo do que os materiais fosforescentes clássicos.

CAPITALIZAÇÃO DO SUCESSO

Entre 2009 e 2011, Bruno Meier assumiu a direção da empresa durante um período de transição até Gian Riccardo Marini assumir as rédeas da empresa. Administrador responsável pela filial italiana da Rolex desde 2000 e grande conhecedor da marca e de seus produtos, Marini conta com uma experiência de aproximadamente 40 anos na empresa.

O SKY-DWELLER E O CALENDÁRIO ANUAL

Em 2012, a marca apresentou um modelo inédito particularmente inovador: o Oyster Perpetual Sky-Dweller. Concentrado de tecnologia que resultou em vários depósitos de patentes, esse relógio de linhas clássicas apresenta, numa majestosa caixa de 42 mm, dois fusos horários de utilização simples e intuitiva, bem como um calendário anual inovador, denominado Saros – por alusão ao fenômeno astronômico de mesmo nome –, que só necessita uma correção de data por ano, na passagem de fevereiro a março. Ele se beneficia, assim como o Yacht-Master II, do sistema Ring

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Command. Esse sistema de interação entre a parte externa do relógio e o mecanismo, desenvolvido e patenteado pela Rolex, permite ao usuário do Sky-Dweller selecionar a função que deseja ajustar – calendário (dia e mês), hora local ou hora de referência – girando a luneta canelada, e depois usando a coroa para os ajustes.

AVENTURA E TECNOLOGIA

Nesse mesmo ano de 2012, fiel à sua paixão pela exploração submarina, a Rolex participou da expedição DEEPSEA CHALLENGE, do cineasta e explorador James Cameron (Titanic, Avatar), em parceria com a National Geographic Society. Em 26 de março, desceu sozinho, a bordo de um submersível, até 10.908 metros de profundidade na Fossa das Marianas, a parte mais profunda dos oceanos, situada a sudoeste da Ilha de Guam, no Oceano Pacífico.

Um relógio Rolex experimental fixado ao braço articulado do submersível acompanhou James Cameron: um Rolex Deepsea Challenge, modelo de mergulho especialmente criado e produzido para a expedição que confirmou a expertise da Rolex em matéria de impermeabilidade.

Tanto a proeza de James Cameron como o Rolex Deepsea Challenge remetem à expedição submarina realizada pelo oceanógrafo suíço Jacques Piccard e o tenente da marinha norte- americana Don Walsh em 1960. A bordo do batiscafo Trieste, de concepção suíça – já equipado com um relógio Rolex experimental, o Deep Sea Special –, os dois homens atingiram, em 23 de janeiro 1960, a profundidade extrema de 10.916 metros na Fossa das Marianas.

A NOVA COLEÇÃO CELLINI

Em 2014, a Rolex apresenta a nova coleção Cellini, celebração da elegância eterna dos relógios tradicionais com um toque contemporâneo. Esta coleção combina o know-how e as exigências da Rolex com uma abordagem que engrandece a herança da relojoaria em sua forma mais atemporal.

MECANISMOS MECÂNICOS DE NOVA GERAÇÃO

Desde 2014, a Rolex revela mecanismos mecânicos de nova geração na vanguarda da tecnologia relojoeira.

A marca apresenta, nesse mesmo ano, o calibre 2236 (com exibição da data), equipado com a espiral Syloxi, uma espiral em silício desenvolvida internamente. Esse mecanismo implementa novas soluções inovadoras procedentes da tecnologia do silício, com uma geometria otimizada da

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espiral e uma concepção eficiente dos sistemas de fixação. O calibre 2236 possui uma reserva de corda de aproximadamente 55 horas.

O calibre 3235 (com exibição da data) e o calibre 3255 (com exibição do dia e da data) foram lançados em 2015, e o calibre 3285 (com exibição da data e segundo fuso horário) foi apresentado em 2018. Equipados com uma espiral Parachrom, esses mecanismos contam com o escape Chronergy, patenteado pela Rolex, que combina um alto desempenho energético com uma grande segurança de funcionamento, e se beneficiam da nova arquitetura do tambor. A autonomia dos calibres 3235, 3255 e 3285 alcança aproximadamente 70 horas.

Em 2020, a Rolex apresentou dois novos mecanismos, destinados a seus relógios sem calendário:

o calibre 3230, com espiral Parachrom e escape Chronergy, e o calibre 2232, dotado da espiral Syloxi. Estes mecanismos garantem uma reserva de corda de aproximadamente 70 horas e 55 horas, respectivamente.

Concentrados de tecnologia, esses mecanismos mecânicos de corda automática de nova geração, inteiramente desenvolvidos e manufaturados pela Rolex, foram objeto de vários depósitos de patentes. Eles oferecem altos desempenhos em matéria de precisão, autonomia, resistência a impactos e a campos magnéticos, confiabilidade e conforto durante o uso.

CERTIFICAÇÃO CRONÔMETRO SUPERLATIVO

Em 2015, a Rolex redefiniu a certificação Cronômetro Superlativo, sua emblemática certificação interna para todos seus relógios, com critérios de desempenho mais rigorosos.

Essa certificação, própria da marca, é realizada no relógio completo, com o mecanismo já encaixado, para garantir um desempenho superlativo no pulso em matéria de precisão, impermeabilidade, corda automática e autonomia. A precisão de um Cronômetro Superlativo Rolex é, assim, da ordem de −2/+2 segundos por dia – o desvio tolerado pela marca para um relógio finalizado é muito inferior àquele admitido pelo Contrôle Officiel Suisse des Chronomètres (COSC) para a certificação oficial apenas do mecanismo. O status de Cronômetro Superlativo é simbolizado pelo selo verde presente em cada relógio Rolex, e é acompanhado de uma garantia internacional de cinco anos.

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BUSCA CONSTANTE PELA PERFEIÇÃO

A Rolex é um fabricante de relógios com total independência e integração vertical, que se apoia em valores fortes, herdados de seu fundador, Hans Wilsdorf, e em recursos inigualáveis para perpetuar, através de seus relógios Oyster Perpetual e Cellini, sua busca pela perfeição. Uma missão sob a responsabilidade de Jean-Frédéric Dufour desde junho de 2015, data em que o novo Diretor Geral sucedeu a Gian Riccardo Marini.

Figura respeitada no mundo da relojoaria, Jean-Frédéric Dufour é o sexto Diretor Geral a presidir os destinos da marca. Diplomado em Ciências Econômicas pela Universidade de Genebra, ele trabalhou na área bancária de Hong Kong, antes de retornar à Suíça onde deu início a uma carreira notável a serviço de marcas relojoeiras de prestígio. Seu percurso lhe permitiu familiarizar-se com todos os aspectos do relógio, da produção à venda, passando pelo marketing e pelo desenvolvimento.

Assim como seus predecessores, Jean-Frédéric Dufour tem como meta reforçar ainda mais a posição da marca no mundo inteiro e perpetuar uma história que une tradição, prestígio e tecnologia.

Assim, a Rolex e os relógios das coleções Oyster Perpetual e Cellini continuam a escrever algumas das mais fascinantes páginas da história da indústria relojoeira.

Referências

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