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Acampamento Romano de Antanhol

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Academic year: 2022

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Acampamento Romano de Antanhol Autor(es): [s. n.]

Publicado por: Imprensa da Universidade de Coimbra URL

persistente: http://hdl.handle.net/10316.2/46884 Accessed : 14-Oct-2022 04:31:10

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e até a inexistência de catalogação no que respeita a algumas colecções (

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). Daí que Edgar Prest-age tenha comparado o Arquivo a um mare ignotum (

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) e F. Mauro a um labirinto.

c) A falta de serviço próprio de microfilmagem, — incompreen­

sível num arquivo que é o primeiro do país pela vastidão e importância dos seus núcleos documentais.

Embora as deficiências do Arquivo Nacional já tenham sido

«debatidlas longamente», não só no 3.° Colóquio Luso-Brasileiro, mas também fora e antes dele, não parece que os resultados, até agora, tenham sido muito animadores.

O que mais surpreende neste caso não é a existência de defeitos, próprios de todas as obras humanas, mas a sua teimosa duração, como se já fossem parte integrante da sólida estrutura da Torre.

Até quando ?

L. F. A.

Acampamento Romano de Antanhol

Em sessão de 23 de Abril de 195<8, o Conselho da Faculdade de Letras aprovou por unanimidade a seguinte moção, depois apre­

sentada ao 'Senado Universitário e por ele aprovada, também por unanimidade:

«Tendo sido .publicada notícia de que a ¡Comissão Cultural do Município -de Coimbra, na sua primeira reunião, resolvera por unanimidade considerar necessário o alargamento da pista do campo de aviação de Coimbra e por maioria pedir à Câmara Municipal que desse os passos indispensáveis nesse sentido, ainda que, para o conseguir, se tivesse de sacrificar o terreno oficial­

mente classificado como acampamiento romano, contíguo ao adtual aeródromo, o Conselho da Faculdade de Letras de Coimbra, escola onde existe um Insti­

tuto de Arqueologia e omdle se estudam as ciências e as técnicas arqueológi-

(5) «O mais antigo arquivo de Portugal não tem todas as suas colecções catalogadas ou inventariadas; portanto, o seu acervo não esltá inteiramente à disposição dos leitores» /(J. A. Gonsalves de Mello, ob. cit., p. 16).

(6) As duas embaixadas do 1° Marquês de Nisa a França, Coimbra, 1919, p. '84, nota.

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Vária

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cas, julga do seu dever chamar a atenção do ISenado Universitário e das ins­

tâncias superiores para a gravidade de tais propósitos.

Segundo parecer apresentado à Junta 'Nacional de Educação, larga­

mente fundamentado pelo insigne arqueólogo e saudoso professor desta Facul­

dade Doutor 'Vergilio fCorreia, foi o acampamento romano de Antanhol classi­

ficado de ¡Monumento Nacional, pelo decreto n.° '32.9713 de 18 de Agosto .de 1943. 'Sobre o fundamento da classificação desse monumento como notável exemplar de acampamento romano não pOdiem hoje levantar-se dúvidas que não revelem lamentável desconhecimento de tais assuntos. .Sobre o seu valor arqueológico basta lembrar que, sendo numerosos os vestígios de acampa­

mentos militares nos territórios a que se estendeu a romanização, o campo fortificado de Antanhol, pelo seu estado de conservação, deve considerar-se um exemplar raro e precioso, único em Portugal, visto que, dos outros dois já identificados, um se encontra profundamente alterado pela erosão e outro na sua maior parte destruído pela acção multissecular dos homens. O interesse científico deste monumento é ainda acrescentado pelo facto de o acampamento apresentar nítidas características morfológicas que o localizam em época ante­

rior ao Império, quase seguramente no período das campanhas de pacificação, no século II a 'C., e com a maior probabilidade durante a célebre campanha de Decimus Junius ¡Brutus, denominado «Callaicus». Portanto, esta grandiosa obra humana que ise estende por cerca 'de dez hectares, com suas muralhas de terra batida e seu duplo fosso, não pode considerar-se senão como um dos mais curiosos e importantes monumentos militares romanos da Península Ibé­

rica ainda existentes e um dos mais antigos padrões das raízes latinas da nossa cultura.

Dada a importância arqueológica deste monumento, o que verdadeiramente importa não é proceder a escavações que o ¡déstruam, pois um dos seus mais notáveis aspectos está precisamente na sua estrutura, mas sim empreender trabalhos que científicamente o valorizem, segundo técnicas de sondagem delicadas e morosas, que não se compadecem com as técnicas utilitárias de uma vasta terraplanagem.

Assim, a Paculdladie de Uetras, consciente da sua integração no corpo universitário e, por conseguinte, dos seus deveres na defesa dos interesses culturais de Coimbra, assodia-se com entusiasmo ao desejo expresso pela Comissão Cultural do Município e pela Câmara ¡Municipal no sentido de a cidade ser dotada de um novo e mais vasto aeródromo, mas também formula o voto de que, pela sua grandeza, essa obra seja definitiva e não apenas obra condenada a tomar-se insuficiente dentro de poucos anos, e veementemente manifesta a sua discordância com a ideia de que para tal fim seja vandalizado um dos monumentos nacionais que mais enriqueceu o património arqueológico de 'Coimbra».

Não se limitou a Faculdade de Letras a aprovar esta moção.

Por intermédio dos Institutos de Arqueologia e de Estudos Histó­

ricos, com a colaboração do Instituto de Estudos Geográficos e

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Revista Portuguesa de História

também do Instituto Botânico da Faculdade de Ciências, elaborou um trabalho ique mostra com toda a clareza a importância do acampamento romano de Antanhol C

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).

O monumento é minuciosamente estudado nos seus aspectos arqueológicos e históricos, concluindo-se que tem para o país «um grande valor como complemento das ruinas de Conimbriga e do extraordinário criptopórtico de Aeminium». A fechar o volume publica-se um Parecer sobre a vegetação do acampamento romano de Antanhol, da autoria ¡dos Doutores Abílio Fernandes, Director do Instituto Botánico, e J. Barros Neves, 'Professor do Curso de Ecologia Vegetal e Fitogeografia, que verificaram, na área abran­

gida pela muralha, a persistencia dos «elementos que deveriam formar a vegetação primitiva da região».

ilmpõe-se, portanto, a conservação, protecção e valorização deste notável monumento, único no país — segundo a opinião auto­

rizada de Vergilio Carreia—- que pode comparar-se ao «formidável acampamento romano que é conhecido pelo nome de Cava de Viriato» i(

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).

IV Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros

Sob o patrocínio da Universidade da Baía e da Unesco reali­

zou-se na cidade do Salvador, durante o mês de Agosto de 1959, o IV Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros.

Destinado, como os anteriores, «ao estudo da civilização de

(x) Faculdade de 'Letras da Universidade de Coimbra, Subsídios para o estudo do Acampamento Romano de Aittanhol, Coimbra, 195'8. 54 pp., c. foto­

grafias, desenhos e mapas.

<2) «Nada de superior a essa imponente fortificação existe hoje no País, podendo sòmente comparar-se-The o recinto da «'Cidade da Mata» de Anitanhoï, nos arredores de ICoimbra, como a ¡Cava, de altos e extensos muros de terra ladeados de um amplo fcteso, e também, possivelmente, remontando ao século II a. C., a uma época em que Emínio e Conimbriga acabavam de sujeitar-se ao domínio romano» '(¡Vergilio 'Correia, Viseu, in Excursões no Centro de Portugal, Ed. do Curso de Férias da Faculdade de Letras, Coimbra, 1939, p. 119).

Referências

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