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Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.12 número3

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Academic year: 2018

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R Dental Press Ortodon Ortop Facial 5 Maringá, v. 12, n. 3, p. 5, maio/jun. 2007

Freqüentar congressos e cursos e ler artigos científicos é fundamental para a atualização do cirurgião-dentista. Esses dois meios diferem em sua essência e são complementares, não excludentes. Nenhum profissional deveria optar por apenas um deles, apesar da possível tentação de deixar de lado a leitura constante.

As duas formas demandam atitudes diferentes, que foram descritas há cerca de 40 anos por Mar-shall McLuhan como o “meio frio” e o “meio quen-te”. O conceito original, na verdade, é uma visão de como se enquadram, respectivamente, televisão e mídia impressa na sociedade e pode ser transposto para a obtenção de informação em nossa área. A fonte de calor nesta metáfora é a atividade mental requerida na alquimia da leitura, que se contrapõe àquela de assistir a um curso.

O meio quente - ou seja, a leitura de artigos científicos - requer disciplina para a transposição de uma barreira imaginária, que é capacidade de entender um artigo e levá-lo para a prática clínica. A barreira só é vencida após a leitura esmerada de muitos artigos científicos e, a partir desse momento, o ato de ler se torna muito agradável e relativamen-te simples. A leitura é a obrelativamen-tenção da informação em primeira mão, nela reside o acesso ao estado da arte na ciência; e revistas científicas deveriam ser consumidas como outras mídias impressas, tendo lugar, por exemplo, na cabeceira da cama ou na mesa do consultório - ler é sempre prazeroso.

Em contrapartida, o meio frio - tal como cursos e conferências - oferece o calor do contato direto com autores e professores. Nele absorvemos parte da vivência de experts, entramos em suas vidas e tiramos delas sutilezas do conhecimento que somente o contato pessoal, a mímica facial e o olhar podem passar. Nesses encontros podemos confrontar diretamente os diversos conceitos de tratamento e trocar opiniões, com nossos pares, sobre os problemas que enfrentamos. Isso tudo com suavidade e pouca energia.

Um excepcional exemplo da importância desses encontros foi o 5º Congresso Internacional de Or-todontia Dental Press. O encontro permitiu que os mais de 800 congressistas pudessem testemunhar um momento raro: alguns dos mais respeitados profissionais da Ortodontia brasileira apresentando seus trabalhos e debatendo sobre o tratamento da Classe II. O evento ainda foi abrilhantado pelo curso do Prof. James McNamara, que é responsável direto por procedimentos clínicos que muitos de nós executamos em nossos consultórios no trata-mento dessa má oclusão.

O confronto entre as duas formas de atuali-zação sublinha uma das evoluções que a Revista tem sofrido: o esfriamento da informação - sem

perder a qualidade - para tornar mais agradável sua leitura. Leitores e autores poderão perceber que os artigos têm migrado para estilos redatoriais mais modernos. Temos diminuído a citação de autores no texto nos artigos - um velho hábito proveniente do argumento da autoridade - a fim de valorizar a evidência, a informação de qualidade. Apenas au-tores de estudos muito relevantes para o tópico do artigo devem ser citados. Nosso objetivo é otimizar o tempo dos leitores e diminuir a energia necessária para uma adequada leitura crítica.

O estilo moderno de se apresentar informações de qualidade pode ser amostrado, por exemplo, no Insight Ortodôntico, escrito pelo Prof. Consolaro, que apresenta uma excelente análise sobre os es-tudos a respeito da prescrição de analgésicos para pacientes em tratamento ortodôntico, e também na seção “O que há de novo”, de autoria do Dr. Bósio.

A mesma tônica, informação de qualidade apresentada de forma agradável, pode ser conferi-da na entrevista com o Dr. Sarver, que teve como entrevistador o Dr. Gianelly, e também em outros artigos.

Como desgastar as superfícies proximais dos incisivos para solucionar apinhamentos e a estabili-dade após a correção desse problema são mostrados em dois estudos que proporcionarão informações clínicas relevantes para os ortodontistas.

Quatro artigos tratam de problemas transver-sais de formas completamente diferentes e todos merecem ser lidos na íntegra. Os temas abordados se iniciam em uma nova proposta para a expansão maxilar na dentadura permanente, passam pela distração osteogênica sinfisária e terminam em dois estudos sobre o comportamento da sutura palatina mediana em diferentes métodos de ex-pansão maxilar.

Trabalhos na área de materiais dentários tratam da força adesiva em diferentes protocolos de cola-gem (técnicas direta e indireta), dando informações para aplicação clínica direta.

Por fim, o Tópico Especial cobre um dos mais básicos exames complementares na Ortodontia: modelos de gesso. Básico tem como sinônimos fundamental, necessário, ou o que serve de base. Acredito que esse artigo poderá ser utilizado como referência por muitas clínicas radiológicas e clínicos, e ajudará a elevar a qualidade dos modelos produ-zidos em nosso país.

Boa leitura. Jorge Faber Editor

ED I T O R I A L

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