de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal
Direcção de Serviços de Actividades Desportivas
Índice
Nota de apresentação………. 4
1. Introdução………... 8
2. Resumo………... 10
3. As federações desportivas presentes e ausentes dos Jogos Olímpicos de Atenas……… 18
4. Os praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos……… 19
4.1. Análise dos resultados obtidos pelos praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos………..…. 22
4.2. Apreciação do mérito das classificações……….… 26
5. Os praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas………..……… 27
5.1. Análise dos resultados obtidos pelos praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas………...……….. 30
5.2. Cumprimento dos objectivos por praticante desportivo e por modalidade……..………….. 33
6. Os praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas……….… 37
6.1. Os praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas e participaram nos Jogos Olímpico. Análise dos resultados obtidos……….……….…. 41
6.2. Praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas e não participaram nos Jogos Olímpicos……….…...……… 43
6.3. Os custos do Projecto Atenas……..……….……… ……… 49
7. Os praticantes desportivos que não integraram o Projecto Atenas e participaram nos Jogos Olímpicos………..………..…….… 56
7.1. Análise dos resultados dos praticantes desportivos que não integraram o Projecto Atenas e participaram nos Jogos Olímpicos………..…………. 58
8. Análise financeira da participação de Portugal nos Jogos Olímpicos……… 61
8.1. O custo das medalhas…………..………. 61
8.2. O custo das classificações obtidas até ao 8.º lugar……..……… 61
8.3. O custo das classificações obtidas até ao 16.º lugar……… 62
8.4. Os apoios financeiros concedidos e as classificações obtidas…..………. 63
8.5. O apoio financeiro concedido ao Comité Olímpico de Portugal…….……… ……. 65
8.6. Os apoios financeiros concedidos aos projectos de preparação olímpica, Atlanta 1996, Sydney 2000 e Atenas 2004……….……… 67
9. Conclusões e recomendações………...……… 76
10. Anexos……….………... 81
Ficha Técnica:
Gestão do Projecto Atenas 2004 Vitor Pataco Helena Leal Frederico Santos Alfredo Silva
Relatório do Projecto Atenas 2004 Alfredo Silva João Campos
Nota de Apresentação
I
Os Jogos Olímpicos são quadrienalmente um assunto dimensionado à escala mundial e objecto de avaliação pelos mais diferentes intervenientes e pelas mais distintas perspectivas.
Razão dos tempos que vivemos, é também um assunto de natureza prioritária da comunicação social, a qual através das análises e comentários que produz, nem sempre com a profundidade desejável, induz muitas vezes a reacções intempestivas por parte, quer dos organismos desportivos, quer da administração pública desportiva.
Avaliar os resultados de uma participação nacional nuns Jogos Olímpicos requer por isso, distanciamento, sobriedade e rigor, respeitadores da necessidade de reduzir subjectividades, e sobretudo ajudar à definição das escolhas futuras, no âmbito da nossa organização desportiva.
A defesa de uma melhoria qualitativa da actual cultura desportiva nacional e dos valores e princípios formativos que devem nortear o desporto português em geral e o desporto de alto rendimento em particular, apresentam-se como prioridades a respeitar e cujo cumprimento ou não, condicionará tudo o resto.
Qualquer que seja a decisão de orientação estratégica para o desporto nacional, qualquer que seja a perspectiva que se venha a ter quanto ao futuro, importa desde já, sermos capazes de avaliar bem o ciclo olímpico que agora terminou.
II
Por razões atávicas e de atraso significativo no domínio dos aspectos das diferentes variáveis que condicionam o rendimento desportivo, existe no país, um entendimento simplista e redutor do sucesso desportivo. Quando ele ocorre é mérito exclusivo de talento dos seus autores. Inversamente, quando existe insucesso, a culpa é do país, da ausência de vontade política e da sempre reconhecida “falta de condições”.
A declaração ganha mesmo lugar de relevo, sempre que é preciso explicar algo e perante o qual se não tem outra explicação.
As “condições” (ou melhor a falta delas) explicariam assim, a fraca competitividade externa do desporto nacional. Nessas “condições” ocupa lugar invariável o problema do “financiamento público” (ou da sua insuficiência).
Não é este o espaço próprio para avaliar tão ingente questão. Mas são hoje já muitos, os que entendem que os “factores críticos”, para o aumento da competitividade desportiva no plano internacional estão a montante do “financiamento”, e que residem sobretudo na ausência de orientação estratégica, convergência entre os vários subsistemas e liderança organizacional.
A ser assim, devemos reflectir sobre se um simples aumento de “financiamento público” é a chave para o aumento de competitividade externa, ou se pelo contrário é o modo mais simples de “financiar” os constrangimentos, ficando sem o dinheiro, mas continuando com os problemas.
Se outras razões não houvessem, o facto de as necessidades serem infinitas e os recursos finitos, obriga-nos a todos, a sermos mais selectivos, mais rigorosos e mais exigentes.
III
Esta nota introdutória a um relatório que procura avaliar os resultados de apoios contratualizados entre a administração pública desportiva e as organizações desportivas responsáveis pela presença nacional olímpica em Atenas (Comité Olímpico de Portugal e Federações Desportivas) deve-se ao facto de a natureza destes contratos ter subjacente objectivos de natureza desportiva e apoios financeiros. E por isso a avaliação que é feita compreende apenas esses dois parâmetros. Qualquer outra extrapolação é abusiva porque não corresponderá ao objectivo deste trabalho. Este relatório não esgota por isso as avaliações a fazer.
As Federações Desportivas envolvidas seguramente que também o farão, permitindo um grau de especialização em cada modalidade, e por via desse facto valorizar a avaliação global da participação portuguesa.
Um e outras com parâmetros de avaliação distintos dos da administração pública desportiva, porque distinta é também a sua vocação e missão e o respectivo grau de envolvimento organizacional.
O Instituto do Desporto de Portugal cumpre, aqui e desta forma, aquela que entende ser a sua obrigação face às competências que lhe estão atribuídas. Apenas isso.
IV
A actual Direcção do Instituto do Desporto de Portugal assumiu responsabilidades do Projecto Atenas 2004, estavam já decorridos os dois primeiros anos do ciclo olímpico (2001 e 2002). Não os comentaremos.
No entanto, reconhecemos que à data, persistiam factores de relacionamento institucional entre o Comité Olímpico de Portugal e o então Instituto Nacional do Desporto, que justificavam a necessidade de aumentar níveis de confiança institucional recíprocos desejáveis a um clima distendido, convergente e cooperante.
Nesse sentido, o Instituto do Desporto de Portugal, acordou com o Comité Olímpico de Portugal um procedimento de acompanhamento do Projecto Atenas 2004, assente nos seguintes pressupostos:
§ garantir um nível de interlocução institucional exclusivo dos presidentes dos dois organismos (COP e IDP) em todas as matérias respeitantes ao Projecto Olímpico.
§ manter informadas as federações desportivas envolvidas, de todas as decisões adoptadas em sede de concertação entre os dois organismos.
§ reconhecer ao Comité Olímpico de Portugal, as suas totais competências em matéria de organização e preparação da delegação olímpica e nesse sentido seu interlocutor único.
Os resultados alcançados confirmaram a justeza desta orientação.
De igual modo é de elementar justiça reconhecer o papel meritório das federações desportivas envolvidas, as quais, através dos respectivos Presidentes mantiveram sempre com o Instituto do Desporto de Portugal um relacionamento exemplar, pautado pela defesa dos legítimos interesses e necessidades das modalidades que representam, mas também com elevado sentido de responsabilidade pública, perante uma administração pública desportiva nem sempre dispondo dos meios e dos recursos susceptíveis de corresponder na totalidade às suas expectativas.
Uma palavra final para louvar a Direcção de Serviços das Actividades Desportivas , na pessoa do seu Director, Dr. Alfredo Silva, pelo rigor, competência e sentido de serviço público com que sempre conduziu este trabalho à frente de uma equipa de poucos mas excelentes técnicos, e que com este relatório dão por concluído este projecto.
Lisboa, 8 de Novembro de 2004
1. Introdução
O valor desporto de rendimento de cada nação é aferido, entre outros acontecimentos, no maior evento desportivo do mundo, os Jogos Olímpicos.
A preparação dos praticantes desportivos de Portugal para os Jogos Olímpicos decorreu no âmbito do designado Projecto Atenas , com a finalidade de aí obterem classificações relevantes, e desse modo afirmarem o valor do desporto de Portugal.
O Projecto Atenas tinha por principal função assegurar especiais condições de preparação aos praticantes desportivos e selecções nacionais que iriam tomar parte nos Jogos Olímpicos.
Com essa função realizada, o objectivo desportivo para os praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas era claro, e sempre evidenciado, mediante inscrição nos contratos-programa celebrados com as federações desportivas, a saber: Obter classificações para as finais, meias-finais ou posições equivalentes nos Jogos Olímpicos de Atenas.
Terminado o Projecto Atenas, com a participação dos praticantes desportivos nos Jogos Olímpicos, importa agora avaliar, o grau de concretização dos objectivos pelos vários praticantes desportivos que o integraram.
O Projecto Atenas teve início em Janeiro de 2001 e a sua conclusão em Agosto de 2004. Durante 44 meses foram asseguradas especiais condições de preparação aos praticantes desportivos e selecções nacionais que reuniam condição desportiva para obterem classificações correspondentes ao objectivo acima referido.
Durante 4 anos, para garantir a função do Projecto, o Estado Português através do Instituto do Desporto de Portugal disponibilizou do Orçamento de Estado (PIDDAC), um apreciável volume de meios financeiros, que ultrapassou os 11 milhões e 900 mil euros, mais 2 milhões de euros do que o concedido ao Projecto Sydney.
Esta avaliação não compreende a avaliação do processo de preparação olímpica, que poderia apreciar o desempenho de outros factores, tais como: a qualidade dos serviços médicos disponibilizados, as instalações e equipamentos disponíveis para preparação dos praticantes desportivos, a quantidade e qualidade de estágios de preparação, a participação em competições internacionais ou a gestão do projecto ao longo do seu ciclo de vida.
A avaliação que agora se efectua teve como preocupação principal avaliar a prestação dos praticantes desportivos e das modalidades nos Jogos Olímpicos , confrontando os resultados alcançados com os objectivos que se encontravam estabelecidos.
Este relatório é composto por 7 partes principais. Uma primeira diz respeito às federações desportivas presentes e ausentes dos Jogos Olímpicos de Atenas, uma segunda corresponde à análise dos resultados e mérito desportivos de todos os praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos, uma terceira compreende a análise dos resultados e do cumprimento dos objectivos pelos praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas, seguidamente tratamos da apreciação do desempenho dos praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas, bem como dos custos com o Projecto. A análise dos resultados dos praticantes desportivos que não integraram o Projecto Atenas e participaram nos Jogos Olímpicos é realizada noutro capítulo. Na parte final será abordada a análise financeira da participação de Portugal nos Jogos Olímpicos, comparando classificações e financiamentos concedidos no âmbito dos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996, Sydney 2000 e Atenas 2004 e por fim traçamos algumas conclusões e recomendações.
2. Resumo
Das 29 federações desportivas que integram disciplinas olímpicas, 17 estiveram representadas nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, o que corresponde a 58% das federações desportivas, enquanto 12 (42%) federações desportivas não tiveram praticantes desportivos nos Jogos Olímpicos.
Os praticantes desportivos que integraram a missão de Portugal aos Jogos Olímpicos foram em número de 82. A federação desportiva que maior número de praticantes desportivos levou aos Jogos Olímpicos foi a de Atletismo com 26 praticantes, que corresponde a cerca de 1/3
dos praticantes na missão. Se considerarmos apenas as modalidades individuais o Atletismo contou com 40% dos praticantes da missão olímpica
Relativamente ao género, 80% dos praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos eram do sexo masculino. Se considerarmos apenas as modalidades individuais 73% dos praticantes desportivos pertencem ao sexo masculino e 27% ao sexo feminino.
Em termos de idades dos praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos, nas modalidades individuais o segmento que maior número de praticantes levou foi o dos 26-30 anos com 23 praticantes, que corresponde a 36% dos praticantes desportivos, seguido do segmento dos 21-25 anos com 15 praticantes, que corresponde a 23%. O segmento mais jovem, até aos 20 anos levou 10 praticantes desportivos, o que corresponde a 16% dos praticantes das modalidades individuais.
Os resultados desportivos registaram 29% de classificações obtidas até ao 16.º lugar e 71% correspondem a classificações obtidas acima do 16.º lugar, incluindo as desistências de 4 praticantes.
As três federações que obtiveram maior mérito desportivo, segundo a tabela de pontuação adoptada, foram o Atletismo, o Ciclismo e a Vela.
Dos 82 praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos, 53 integravam o Projecto Atenas nesse momento. Estes 53 praticantes desportivos eram aqueles que estavam em melhores condições desportivas para atingir classificações superiores nos Jogos Olímpicos. Apesar de serem considerados os melhores praticantes desportivos de Portugal nas diversas modalidades que participaram nos Jogos Olímpicos, estes 53 praticantes correspondem apenas a 55% dos praticantes desportivos das modalidades individuais da missão olímpica. Ou seja, 45% dos praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos nas modalidades individuais não estavam integrados no Projecto Atenas e, por isso, deles não se podia esperar uma prestação desportiva relevante.
Os custos totais com os apoios concedidos aos 53 praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas foram de 4.836.102,00€. Este valor representou 44% do valor total dos apoios concedidos às federações desportivas no âmbito do Projecto Atenas. Constata-se assim, que 56% do valor do financiamento concedido às federações desportivas não serviu o objectivo prévio do Projecto Atenas que era levar esses praticantes desportivos aos Jogos Olímpicos, uma vez que esse valor foi aplicado na preparação de praticantes desportivos que não integraram o Projecto Atenas no momento dos Jogos Olímpicos.
Em termos absolutos das 15 modalidades que tinham praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas, 8 atingiram classificações até ao 16.º lugar, foram o Atletismo, a Vela, o Judo, a Canoagem, os Trampolins, o Triatlo, o Voleibol de Praia e o Tiro.
A concretização dos objectivos do Projecto Atenas foi conseguida por 53% das modalidades. As restantes 7 modalidades, que correspondem a 47%, não conseguiram concretizar o objectivo mínimo do Projecto, revelando-se incapazes de obter classificações até ao 16.º lugar.
O Projecto Atenas, durante os 44 meses da sua vigência (Janeiro de 2001 a Agosto de 2004), integrou 156 praticantes desportivos, no entanto, apenas 62, o que corresponde a 40%, tiveram a capacidade para obter resultados conducentes à sua participação nos Jogos Olímpicos. E destes 62, 53 praticantes desportivos (34%) estavam integrados no Projecto Atenas no momento dos Jogos Olímpicos.
Constata-se que para apurar 35 praticantes de modalidades individuais e 1 equipa de modalidades colectivas foi necessário conceder apoios para a preparação desportiva a 156 praticantes, facto que manifesta uma taxa de ineficiência, em termos de número de praticantes de 78%. Ou seja, 78% dos praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas não chegaram a participar nos Jogos Olímpicos, integrados nesse Projecto.
O conjunto de praticantes desportivos que esteve integrado no Projecto Atenas e não participou nos Jogos Olímpicos foi composto por 94 praticantes desportivos, sendo 42 praticantes de 12 modalidades individuais e 47 de 2 modalidades colectivas. Apesar de terem beneficiado das medidas de apoio do Projecto Atenas, estes 94 praticantes desportivos, acabaram por não obter resultados susceptíveis de participarem nos Jogos Olímpicos. O custo com as medidas de apoio do Projecto Atenas a eles destinadas foi de 4.766.933€.
As modalidades que maiores custos absorveram com os praticantes desportivos que estiveram integrados no Projecto Atenas e não participaram nos jogos Olímpicos foram o Judo com 1.257.421€ para 9 praticantes desportivos e o Atletismo com 797.630€ para 10 praticantes desportivos.
Nas modalidades individuais a taxa de ineficiência foi de 37%. Para um valor de apoio concedido de 8.952.475€, verifica-se que o custo com os praticantes que não obtiveram qualificação para os Jogos Olímpicos foi de 3.336.320€.
No âmbito das modalidades colectivas a taxa de ineficiência foi de 89%. O valor de apoios concedidos foi de 1.940.613€ e as modalidades de Voleibol e Andebol não atingiram o objectivo primário da qualificação para os Jogos Olímpicos e tiveram um custo de 1.400.613€. Enquanto o Futebol com um apoio de 540.000€ conseguiu atingir esse objectivo.
No plano dos praticantes desportivos a taxa de ineficiência do Projecto Atenas, nas modalidades individuais foi de 59%, ou seja dos 86 praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas, apenas 35 participaram nos Jogos Olímpicos integrados no Projecto, o que manifesta uma perda de 51 praticantes desportivos. Pode afirmar-se mesmo que em cada 10 praticantes que integraram o Projecto Atenas, apenas 4 conseguiu a qualificação para os Jogos Olímpicos.
De entre as 14 modalidades que tiveram praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas, 5 acabaram mesmo por não participar com qualquer dos seus praticantes desportivos nos Jogos Olímpicos, a saber: o Pentatlo Moderno, o Remo, o Taekwondo, o Voleibol Indoor e o Andebol.
As modalidades com maior taxa de exclusão de praticantes desportivos do Projecto Atenas, em termos relativos, foram o Remo, Ciclismo, Pentatlo Moderno, Taekwondo, Andebol e o Voleibol Indoor. Em termos absolutos foram o Atletismo, a Vela e o Judo que em conjunto registaram a exclusão de 31 praticantes, que correspondem a 60% do total de exclusões das modalidades individuais.
O custo total do Projecto Atenas foi de 11.931.912,50€ e compreendeu os financiamentos concedidos às federações desportivas e ao Comité Olímpico de Portugal.
As 3 federações desportivas que maiores valores receberam no âmbito do Projecto Atenas foram, de forma destacada, as de Atletismo, Vela e Judo.
A modalidade com maior custo médio da preparação por praticante foi a Vela com o valor de 171.624€, seguida pela Esgrima com 146.945€ e pelo Judo 136.403€.
Nas modalidades colectivas foi o Andebol que teve maior custo com 40.192,88€ por praticante, seguida pelo Futebol com 23.478€. O Voleibol foi a que teve menores custos por praticante com 21.406€.
Para a preparação desportiva, destinada à componente das bolsas, as modalidades que maior apoio receberam foram o Atletismo, a Vela e o Judo. Salienta-se que a Esgrima foi a 4.ª modalidade que maior apoio recebeu, quer para a preparação, quer para as bolsas, apesar de só ter levado um praticante aos Jogos Olímpicos.
O peso da componente das bolsas relativamente à componente das actividades de preparação é muito variado de modalidade para modalidade. Em média as bolsas representam 31% do valor das actividades de preparação.
Abaixo da média encontram-se um conjunto de modalidades que percentualmente recebeu maior valor para as actividades de preparação do que para as bolsas, casos da Esgrima, Vela, Lutas Amadoras, Ginástica e Pentatlo Moderno. Isto pode ser explicado pelo nível de bolsas dos praticantes ser baixo e como tal os valores de bolsas também o são.
Existem mesmo modalidades cujo valor das bolsas foi superior ao valor das actividades de preparação, tais como o Tiro e a Canoagem. O Ciclismo, o Tiro com Armas de Caça e o Remo também registaram valores elevados de bolsas face às actividades.
Nas modalidades individuais o valor destinado a bolsas de praticantes desportivos e treinadores absorveu 31% dos apoios concedidos no âmbito do Projecto Atenas. O apoio para as actividades de preparação é de 69% do total. As bolsas dos praticantes são a maior componente do total das bolsas com um valor de 1.942.847€, enquanto o valor das bolsas dos treinadores corresponde a 44% do valor das bolsas dos praticantes desportivos.
Estes 20 praticantes desportivos e aqueles que não estavam integrados no Projecto Atenas no momento do Jogos Olímpicos beneficiaram de um apoio financeiro no valor de 79.672€, destinado a bolsas para treinadores e praticantes desportivos qualificados.
Destes 20 praticantes 2, 10%, conseguiram obter classificações até ao 16.º lugar, designadamente no Ciclismo, prova de estrada, Sérgio Paulinho, 2.º lugar, medalha de prata e no Atletismo, 1.500 metros, Manuel Damião, que foi semifinalista (entre o 9.º e 16.º lugar).
Comparando a natureza da preparação desportiva e as classificações obtidas, verificamos que os praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas foram aqueles que, como era expectável, melhores classificações obtiveram, enquanto os praticantes que tinham integrado o Projecto não obtiveram qualquer classificação até ao 16.º lugar e os praticantes que nunca estiveram integrados no Projecto obtiveram 2 classificações até ao 16.º lugar.
Tendo em conta as 3 medalhas alcançadas e o custo do Projecto Atenas, o valor necessário despender para ser obtida uma medalha foi de 3.977.304€. O custo de cada classificação até ao 8.º lugar foi de 917.839€ e até ao 16.º lugar foi de 627.995€.
Nas 3 modalidades com maior volume de apoios verificamos a existência de uma relação directa entre o financiamento concedido e o número de classificações obtidas.
O Atletismo, a Vela e o Judo foram as modalidades que receberam maiores apoios, mas também as que obtiveram maior número de classificações até ao 16.º lugar.
Encontramos uma relação inversa nas modalidades de Esgrima, que foi a 4.ª federação que maior apoio recebeu, na Natação e na Ginástica, as quais não obtiveram qualquer classificação até ao 16.º lugar.
A taxa de “medalhamento” de Portugal é de 1 medalha por 3,452 milhões de habitantes.
Em termos médios, para Portugal obter uma medalha é necessário participarem nos Jogos Olímpicos 21 praticantes desportivos de modalidades individuais.
Relativamente aos custos da missão de Portugal foi concedido o apoio de 650.000€, para um total de 82 praticantes desportivos, o que corresponde a um custo de 7.927€ por praticante. O valor dos apoios concedidos ao Comité Olímpico de Portugal representou 9% dos apoios concedidos às federações desportivas, no âmbito do Projecto Atenas.
Especificamente para a missão aos Jogos Olímpicos de Atenas, relativamente aos apoios concedidos para as missões a Atlanta e a Sydney verificou-se um aumento de 100,5% e 86,1% respectivamente.
O custo por praticante da missão, apesar de Atenas ser um destino mais próximo de Portugal, teve um aumento de 40,7%. Ou seja, teve um custo de 3.210€ para Atlanta, 5.632€ para Sydney (aumentou de 75%) e 7.927€ para Atenas (aumentou 40,7%).
Em termos dos apoios totais concedidos ao Comité Olímpico de Portugal registou-se um aumento de Atlanta para Sydney de 19,0% e de Sydney para Atenas de 54,7%.
Em termos de variação dos apoios financeiros concedidos às federações desportivas, do Projecto Sydney para Atenas, os maiores aumentos registados foram na modalidade de Esgrima (+320%), a qual não obteve classificações até ao 16.º lugar, no Andebol (+160%), que não se qualificou para os Jogos Olímpicos e no Judo (+58%) que baixou o mérito das classificações obtidas até ao 16.º lugar, com 17 pontos em Sydney e 7 pontos em Atenas. Apesar de nestas modalidades ter ocorrido um aumento do financiamento tal não correspondeu a uma melhoria nos resultados.
No ciclo olímpico de Atenas, em termos globais o apoio concedido às federações desportivas para a preparação olímpica, face a Sydney, cresceu 22,9%, tendo também os resultados obtidos em termos da pontuação de mérito desportivo aumentado 15%. Relativamente a Atlanta o apoio concedido cresceu 91%, mas os resultados obtidos em termos da pontuação de mérito desportivo foram iguais.
O Atletismo, o Judo e a Vela foram as modalidades que obtiveram o mais elevado mérito desportivo no conjunto destes 3 Jogos Olímpicos, pois foram aquelas que obtiveram maior número de classificações até ao 16.º lugar.
Em termos da pontuação de mérito desportivo que reflecte o número de classificações até ao 16.º lugar, verificamos que as prestações nos Jogos Olímpicos de Atenas foram iguais às obtidas em Atlanta e melhores que as obtidas em Sydney.
Atendendo às categorias do mérito desportivo, a participação de Portugal nos Jogos Olímpicos de Atenas registou uma melhoria do mérito desportivo relativamente a Sydney e até relativamente a Atlanta.
Apesar do número de classificações obtidas até ao 16.º lugar ter registado uma redução desde Atlanta até Atenas, a tendência a que se assiste é de uma transferência das classificações para um nível superior de resultados, designadamente do 9.º ao 16.º lugar para o 4.º ao 8.º lugar.
Observando o número de classificações obtidas nos últimos 3 Jogos Olímpicos, verificamos que, para algumas modalidades o financiamento concedido não tem correspondência directa com o mérito desportivo alcançado.
Enquanto no grupo 1 que integra o Atletismo, o Judo e a Vela se regista uma correspondência directa, nos grupos 3 e 4 os resultados obtidos não têm acompanhado os apoios financeiros concedidos. No grupo 2 regista-se um mérito desportivo assinalável, apesar dos apoios concedidos serem menores.
3. As federações desportivas presentes e ausentes dos Jogos
Olímpicos
Das 29 federações desportivas que integram disciplinas olímpicas, 17 estiveram representadas nos Jogos Olímpicos de Atenas , o que corresponde a 58% das federações desportivas, enquanto 12 (42%) federações desportivas não tiveram praticantes desportivos nos Jogos Olímpicos.
Destas 12 federações, 4 estiveram integradas no Projecto Atenas, mas acabaram por não qualificar os seus praticantes desportivos para os Jogos Olímpicos.
Federações que participaram nos JO
Federações que integraram o Projecto Atenas, mas não participaram nos JO
Federações que não participaram nos JO
1 Atletismo 1 Andebol 1 Andebol
2 Badminton 2 Pentatlo Moderno 2 Basebol
3 Canoagem 3 Remo 3 Basquetebol
4 Ciclismo 4 Taekwondo 4 Boxe
5 Equestre 5 Halterofilismo
6 Esgrima 6 Hóquei
7 Futebol 7 Pentatlo Moderno
8 Ginástica 8 Remo
9 Judo 9 Taekwondo
10 Lutas Amadoras 10 Ténis
11 Natação 11 Ténis de Mesa
12 Tiro 12 Tiro com Arco
13 Tiro com Armas de Caça
14 Trampolins
15 Triatlo
16 Vela
4. Os praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos
Os praticantes desportivos que integraram a missão de Portugal aos Jogos Olímpicos foram em número de 82. Distribuídos pelas federações desportivas que abaixo se indicam:Praticantes desportivos que participarem nos Jogos Olímpicos
Praticantes desportivos Federação
Masc. Fem. Total
1 Atletismo 14 12 26 2 Natação 9 2 11 3 Vela 6 1 7 4 Ciclismo 4 4 5 Judo 3 1 4 6 Voleibol de Praia 2 2 7 Badminton 1 1 8 Canoagem 1 1 9 Equestre 1 1 10 Esgrima 1 1 11 Ginástica 1 1 12 Lutas Amadoras 1 1 13 Tiro 1 1
14 Tiro com Armas de Caça 1 1
15 Trampolins 1 1 16 Triatlo 1 1 Total modalidades individuais 47 17 64 17 Futebol 18 18 Total modalidades colectivas 18 18 Total de praticantes desportivos 65 17 82
Das 17 modalidades participantes, 16 modalidades eram individuais e 1 colectiva. Nas modalidades colectivas apenas o futebol participou.
A federação desportiva que maior número de praticantes desportivos levou aos Jogos Olímpicos foi a de Atletismo com 26 praticantes, que corresponde a cerca de 1/3 dos
maior número de praticantes desportivos foi a Natação com 11, o que corresponde a 17% dos praticantes das modalidades individuais.
Outro facto de relevo é que 10 federações levaram apenas 1 praticante desportivo. Ou seja, 10 federações desportivas integraram 12% dos praticantes desportivos, enquanto 6 federações desportivas levaram 70 praticantes desportivos, que corresponde a 85% dos praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos.
Relativamente ao género, 80% dos praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos eram do sexo mas culino. Se considerarmos apenas as modalidades individuais 73% dos praticantes desportivos pertencem ao sexo masculino e 27% ao sexo feminino. Em termos de federações, das 17 modalidades desportivas, só 5 levaram aos Jogos Olímpicos praticantes do sexo feminino, que corresponde a 30% das modalidades. Pelo contrário 12 federações que correspondem a 70% só levaram praticantes do sexo masculino.
Em termos de idades dos praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos, nas modalidades individuais o segmento que maior número de praticantes levou foi o dos 26-30 anos com 23 praticantes, que correspondem a 36% dos praticantes desportivos, seguido do segmento dos 21-25 anos com 15 praticantes, que correspondem a 23% e o segmento dos 31-35 anos com 11 praticantes, que correspondem a 17%.
Os 82 praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos tiveram percursos diferenciados. Uns estavam integrados no Projecto Atenas, enquanto outros não beneficiaram dos apoios do Projecto. Outros apesar de terem integrado o Projecto Atenas, não estavam integrados no momento do Jogos Olímpicos, conforme se pode observar na figura abaixo.
82
praticantes desportivos participaram nos Jogos Olímpicos
18
de 1 modalidade colectiva integrados no
Projecto Atenas
35
de 14 modalidades individuais integrados no Projecto Atenas 9 integraram o Projecto Atenas, mas não estavam integrados no momento dos Jogos Olímpicos 20 nunca integraram o Projecto Atenas 53
4.1. Análise dos resultados obtidos pelos praticantes desportivos que
participaram nos Jogos Olímpicos
Pelos 82 praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos era possível obter 65 classificações.
Até ao 16.º lugar foram obtidas 19 classificações o que corresponde a 29% das classificações e acima do 16.º lugar foram obtidas 46 classificações, o que corresponde a 71%, incluindo as desistências de 4 praticantes desportivos, Fernanda Ribeiro na prova de 10.000m e Pedro Martins nos 50Km Marcha, no Atletismo e Cândido Barbosa e Gonçalo Amorim na prova de estrada no Ciclismo. Estas desistências correspondem a 6% das classificações.
Classificações obtidas pelos praticantes desportivos
Classificações Modalidades N.º de praticantes desportivos que participaram nos JO Medalha do 4.º ao 8.º lugar do 9.º ao 16.º lugar totais até ao 16.º lugar Classific. acima do 16.º/ Desist. N.º de classific. possíveis de obter 1 Atletismo 26 2 2 3 7 20 27 2 Ciclismo 4 1 1 4 5 3 Vela 7 3 3 2 5 4 Judo 4 2 1 3 1 4 5 Canoagem 1 1 1 1 2 6 Trampolins 1 1 1 1 7 Triatlo 1 1 1 1 8 Voleibol de Praia 2 1 1 1 9 Tiro 1 1 1 1 2 10 Natação 11 10 10 11 Badminton 1 1 1 12 Esgrima 1 1 1 13 Ginástica 1 1 1 14 Lutas Amadoras 1 1 1
15 Tiro com Armas de Caça 1 1 1
16 Equestre 1 1 1
17 Futebol 18 1 1
Total 82 3 10 6 19 46 65
NOTA: Não foram consideradas as classificações até ao 16.º lugar das modalidades de Vela (16.º lugar,
Das 17 modalidades que estiveram nos Jogos Olímpicos, 9 (53%) conseguiram obter classificações até ao 16.º lugar.
A modalidade que obteve maior sucesso, em termos absolutos, ou seja, maior número de classificações até ao 16.º lugar, foi o Atletismo, com 7 lugares, seguida da Vela com 3 e do Judo também com 3 classificações.
Classificações obtidas até ao 16.º lugar
Modalidades obtidas até ao 16.º lugar N.º de classificações
Percentagem das classificações obtidas 1 Atletismo 7 35% 2 Vela 3 15% 3 Judo 3 15% 4 Canoagem 1 5% 5 Ciclismo 1 5% 6 Voleibol de Praia 1 5% 7 Tiro 1 5% 8 Trampolins 1 5% 9 Triatlo 1 5% Total 19 100%
Conseguiram obter classificações até ao 8.º lugar 7 modalidades, o que corresponde a 39% das modalidades.
As modalidades que obtiveram maior sucesso, em termos absolutos, ou seja, maior número de classificações até ao 8.º lugar foram o Atletismo e a Vela com 3 lugares, seguidas do Judo com 2 classificações.
Classificações obtidas até ao 8.º lugar
Modalidades obtidas até ao 8.º lugar N.º de classificações
Das 17 modalidades que estiveram nos Jogos Olímpicos, 2 (12%) conseguiram obter classificações correspondentes a medalhas. A modalidade com maior número de medalhas foi o Atletismo com 2 e o Ciclismo com 1.
Classificações obtidas correspondentes a medalhas
Modalidades N.º de praticantes que obtiveram medalhas
Percentagem das classificações
obtidas 1 Atletismo 2 (Prata e Bronze) 67%
2 Ciclismo 1 (Prata) 33%
Total 3 100%
Das 17 modalidades que estiveram nos Jogos Olímpicos, 8 (47%) não conseguiram obter classificações até ao 16.º lugar.
Modalidades que não obtiveram classificações até ao 16.º lugar
Modalidades N.º de praticantes desportivos que participaram nos JO N.º de classific. possíveis de obter
Melhor classificação obtida pelo praticante
1 Natação 11 10 20.º
2 Badminton 1 1 Eliminado na 1.ª eliminatória
3 Equestre 1 1 49.º
4 Esgrima 1 1 Eliminado na 1.ª eliminatória
5 Ginástica 1 1 43.º
6 Lutas Amadoras 1 1 Eliminado na 1.ª eliminatória
7 Tiro com Armas de Caça 1 1 21.º
8 Futebol 18 1 Eliminado na 1.ª fase
Percentagem de classificações obtidas acima do 16.º lugar Modalidades N.º de praticantes desportivos que participaram nos JO N.º de classific. possíveis de obter N.º de classificações obtidas acima do 16.º lugar/ Desist. Percentagem das classific. obtidas acima do 16.º lugar/ Desist. 1 Natação 11 10 10 100% 2 Badminton 1 1 1 100% 3 Esgrima 1 1 1 100% 4 Ginástica 1 1 1 100% 5 Lutas Amadoras 1 1 1 100%
6 Tiro com Armas de Caça 1 1 1 100%
4.2. Apreciação do mérito das cla ssificações
Para apreciação do mérito das classificações obtidas foi adoptada uma tabela de pontuação, que vem sendo utilizada desde os Jogos de Atlanta 1996, e permite avaliar as várias modalidades, em função das classificações obtidas pelos praticantes desportivos nas respectivas competições.
A tabela de mérito adoptada atribui pontos a cada classificação obtida, conforme abaixo indicado.
Tabela de pontuação
Classificação obtida Pontos
Medalha de ouro 36 Medalha de prata 18 Medalha de bronze 12 4.º Lugar 6 5.º Lugar 5 6.º Lugar 4 7.º Lugar 3 8.º Lugar 2 do 9.º ao 16.º Lugar 1
5. Os praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas
Dos 82 praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos, 53 integravam o Projecto Atenas nesse momento.
Estes 53 praticantes desportivos eram aqueles que estavam em melhores condições desportivas para atingir classificações superiores nos Jogos Olímpicos, na medida em que lhe tinham sido asseguradas especiais condições de preparação através das medidas de apoio do Projecto Atenas. Eram os melhores praticantes desportivos de Portugal nas diversas modalidades que participaram nos Jogos Olímpicos.
82
praticantes desportivos participaram nos Jogos Olímpicos
18
de 1 modalidade colectiva integrados no
Projecto Atenas
35
de 14 modalidades individuais integrados no Projecto Atenas 9 integraram o Projecto Atenas, mas não estavam integrados no momento dos Jogos Olímpicos 20 nunca integraram o Projecto Atenas 2004 53
Estes 53 praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas estavam distribuídos por 15 federações desportivas, sendo 35 de 14 de modalidades individuais e 18 de 1 modalidade colectiva.
Praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos integrados no Projecto Atenas
Sexo Modalidades
Masc. Fem. Total
1 Atletismo 4 8 12 2 Vela 6 6 3 Judo 3 1 4 4 Natação 2 2 5 Voleibol de Praia 2 2 6 Canoagem 1 1 7 Ginástica 1 1 8 Badminton 1 1
9 Tiro com Armas de Caça 1 1
10 Lutas Amadoras 1 1 11 Trampolins 1 1 12 Esgrima 1 1 13 Tiro 1 1 14 Triatlo 1 1 Total modalidades individuais 25 10 35 15 Futebol 18 18 Total modalidades colectivas 18 18 Total 43 10 53 Total de praticantes desportivos que participaram nos JO 65 17 82
Saliente-se que, apesar de serem considerados os melhores praticantes desportivos de Portugal nas diversas modalidades, estes 53 praticantes correspondem apenas a 55% dos praticantes desportivos das modalidades individuais da missão olímpica.
Em termos de apoios concedidos aos praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas foi o Atletismo que beneficiou de maior volume de apoios.
Apoios financeiros concedidos às modalidades para os praticantes desportivos que participaram nos Jogos
Olímpicos integrados no Projecto Atenas
Modalidades Apoio N.º de praticantes desportivos 1 Atletismo 1.507.583 € 12 2 Vela 1.257.663 € 6 3 Judo 515.814 € 4 4 Voleibol de Praia 381.039 € 2 5 Esgrima 180.416 € 1 6 Tiro 95.419 € 1 7 Trampolins 82.630 € 1 8 Triatlo 80.087 € 1 9 Natação 63.456 € 2
10 Tiro com Armas de Caça 47.220 € 1 11 Lutas Amadoras 35.000 € 1 12 Badminton 23.150 € 1 13 Ginástica 18.775 € 1 14 Canoagem 7.750 € 1 Total modalidades individuais 4.296.102 € 35 15 Futebol 540.000 € 18 Total modalidades colectivas 540.000 € 18 Total 4.836.102 € 53 Total de praticantes desportivos que integraram o PA 10.967.117 € 156
Os custos totais com os apoios concedidos a estes 53 praticantes desportivos foram de 4.836.102€.
Este valor representou 44% do valor total dos apoios concedidos às federações desportivas no âmbito do Projecto Atenas.
5.1. Análise dos resultados obtidos pelos praticantes desportivos
integrados no Projecto Atenas
O objectivo desportivo mínimo para os praticantes integrados no Projecto Atenas era bem conhecido e consistia na obtenção de classificações até ao limite superior de 16.º lugar.
A expectativa da concretização dos objectivos nos Jogos Olímpicos residia nestes 35 praticantes individuais e na equipa de Futebol, pois no momento de constituição da missão olímpica foram considerados os melhores praticantes desportivos de Portugal nas diversas modalidades para atingirem os mais elevados resultados nos Jogos Olímpicos e aí concretizarem os objectivos que foram fixados.
Classificações obtidas pelos praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas
Classificações Modalidades N.º de praticantes desportivos que participaram nos JO Medalha do 4.º ao 8.º lugar do 9.º ao 16.º lugar totais até ao 16.º lugar Class. acima de 16.º lugar /Desist N.º de class. possíveis de obter 1 Atletismo 12 2 2 2 6 7 13 2 Vela 6 3 3 1 4 3 Judo 4 2 1 3 1 4 4 Canoagem 1 1 1 1 2 5 Trampolins 1 1 1 1 6 Triatlo 1 1 1 1 7 Voleibol de Praia 2 1 1 1 8 Tiro 1 1 1 1 2 9 Natação 2 0 2 2 10 Badminton 1 0 1 1 11 Esgrima 1 0 1 1 12 Ginástica 1 0 1 1 13 Lutas Amadoras 1 0 1 1
14 Tiro com Armas de Caça 1 0 1 1
Total 35 2 10 5 17 18 35
15 Futebol 18 0 1 1
Total 53 2 10 5 17 19 36
No plano das modalidades, a concretização dos objectivos do Projecto Atenas foi apenas conseguida por 53% das modalidades. As restantes 7 modalidades que correspondem a 47% não conseguiram concretizar o objectivo mínimo do Projecto, revelando-se incapazes de obter classificações até ao 16.º lugar.
Nas modalidades individuais 18 dos 35 praticantes, ao terem obtido 17 classificações até ao 16.º lugar, atingiram os objectivos do Projecto Atenas, isto é 51% dos praticantes concretizaram o objectivo mínimo. Cerca de metade dos praticantes desportivos atingiu o objectivo do Projecto Atenas.
Nas modalidades colectivas o futebol não atingiu o objectivo.
Grau de concretização dos objectivos desportivos
Modalidades N.º de praticantes N.º de class. possíveis de obter Total de class. até 16.º lugar Class. acima do 16.º lugar /Desist % de objectivos atingidos % de objectivos não atingidos 1 Trampolins 1 1 1 100% 0% 2 Triatlo 1 1 1 100% 0% 3 Judo 4 4 3 1 75% 25% 4 Vela 6 4 3 1 75% 25% 5 Canoagem 1 2 1 1 50% 50% 6 Tiro 1 2 1 1 50% 50% 7 Voleibol de Praia 2 1 1 50% 50% 8 Atletismo 12 13 6 7 42% 58% 9 Badminton 1 1 0 1 0% 100% 10 Esgrima 1 1 0 1 0% 100% 11 Ginástica 1 1 0 1 0% 100% 12 Lutas Amadoras 1 1 0 1 0% 100% 13 Natação 2 2 0 2 0% 100%
14 Tiro com Armas de Caça 1 1 0 1 0% 100%
Total 35 35 17 18 39% 61%
15 Futebol 18 1 0 1 0% 100%
Total 53 36 17 19 36% 64%
Considerando as modalidades individuais, dos 35 praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas, 17 praticantes, que corresponde a 49% não conseguiram atingir o objectivo que presidiu à sua integração no Projecto.
Em termos relativos as modalidades que maior grau de cumprimento dos objectivos conseguiram foram os Trampolins, o Triatlo, o Judo e a Vela, pois foram aquelas em que maior número de praticantes concretizou o objectivo do Projecto Atenas.
Grau de concretização dos objectivos desportivos
Modalidades % de objectivos atingidos 1 Trampolins 100% 2 Triatlo 100% 3 Judo 75% 4 Vela 75% 5 Canoagem 50% 6 Tiro 50% 7 Voleibol de Praia 50% 8 Atletismo 42% 9 Badminton 0% 10 Esgrima 0% 11 Ginástica 0% 12 Lutas Amadoras 0% 13 Natação 0%
14 Tiro com Armas de Caça 0%
Total 39%
15 Futebol 0%
5.2. Cumprimento dos objectivos por praticante desportivo e por
modalidade
Os critérios utilizados para verificar o cumprimento do objectivo desportivo por cada praticante e por cada modalidade foram a classificação obtida e o nível em que o praticante se encontrava no Projecto Atenas, como abaixo se indica.
Critérios de verificação do cumprimento dos objectivos desportivos
Nível do Praticante desportivo no Pojecto Atenas Classificação obtida nos Jogos Olímpicos N.º de pontos face à concretização do objectivo
Grau de concretização do objectivo
Até 8.º lugar 1 Atingiu o objectivo
Do 9.º ao 16.º lugar 0,5 Atingiu parcialmente o objectivo
1
Acima do 16.º lugar 0 Não atingiu o objectivo
Até 16.º lugar 1 Atingiu o objectivo
2 e 3
Acima do 16.º lugar 0 Não atingiu o objectivo
Para análise mais pormenorizada por praticante desportivo deve ser consultado o Anexo I.
Atletismo
Dos 12 praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas, 4 atingiram os seus objectivos e um atingiu parcialmente, o que corresponde, em termos da modalidade a 42,3% dos objectivos concretizados.
Badminton
Canoagem
Apenas teve um praticante desportivo integrado no Projecto Atenas que participou em 2 provas, tendo numa delas atingido o seu objectivo, por isso a modalidade concretizou 50% dos objectivos.
Ciclismo
Esta modalidade não tinha qualquer praticante desportivo integrado no Projecto Atenas, no entanto, um praticante excedeu as expectativas ao obter uma medalha.
Equestre
Esta modalidade não tinha qualquer praticante desportivo integrado no Projecto Atenas, pelo que o 49.º lugar da classificação obtida pelo praticante desportivo que participou nos Jogos Olímpicos não pode ser avaliado face aos objectivos fixados no Projecto Atenas.
Esgrima
Apenas teve um praticante desportivo integrado no Projecto Atenas que não atingiu o seu objectivo, por isso a modalidade também não concretizou qualquer objectivo.
Futebol
Ginástica
Apenas teve um praticante desportivo integrado no Projecto Atenas que não atingiu o seu objectivo, por isso a modalidade também não concretizou qualquer objectivo.
Judo
Esta modalidade participou com 4 praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas, dos quais 3 atingiram o seu objectivo, o que corresponde em termos da modalidade a 75% dos objectivos concretizados.
Lutas Amadoras
Apenas teve um praticante desportivo integrado no Projecto Atenas que não atingiu o seu objectivo, por isso a modalidade também não concretizou qualquer objectivo.
Natação
Teve 2 praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas que não atingiram o seu objectivo, por isso a modalidade também não concretizou qualquer objectivo.
Tiro
Tiro com Armas de Caça
Apenas teve um praticante desportivo integrado no Projecto Atenas que não atingiu o seu objectivo, por isso a modalidade também não concretizou qualquer objectivo.
Trampolins
Apenas teve um praticante desportivo integrado no Projecto Atenas que atingiu o seu objectivo, fazendo com a modalidade cumprisse 100% dos objectivos.
Triatlo
Apenas teve um praticante desportivo integrado no Projecto Atenas que atingiu o seu objectivo, fazendo com a modalidade cumprisse 100% dos objectivos.
Voleibol de Praia
6. Os praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas
Os 82 praticantes desportivos que participaram nos Jogos Olímpicos tiveram percursos diferenciados. Uns es tavam integrados no Projecto Atenas, enquanto outros não beneficiaram dos apoios do Projecto. Outros apesar de terem integrado o Projecto Atenas, não estavam integrados no momento do Jogos Olímpicos. E ainda outros que integraram o Projecto Atenas, mas não participaram nos Jogos Olímpicos
O Projecto Atenas, durante os 44 meses da sua vigência (Janeiro de 2001 a Agosto de 2004), integrou 156 praticantes desportivos, no entanto, apenas 62, o que corresponde a 40% tiveram a capacidade para obter resultados conducentes à sua participação nos Jogos Olímpicos. E destes 62, 53 praticantes desportivos (34%) estavam integrados no Projecto Atenas no momento dos Jogos Olímpicos.
Para apurar 35 praticantes de modalidades individuais e 1 equipa de modalidades colectivas foi necessário conceder apoios para a preparação desportiva a 156 praticantes, facto que manifesta uma taxa de ineficiência, em termos de número de praticantes de 78%. Ou seja 78%
156
praticantes desportivos integraram o Projecto Atenas
53
integrados no Projecto Atenas participaram nos
Jogos Olímpicos
94
não participaram nos Jogos Olímpicos
20 não integraram o Projecto Atenas e participaram nos Jogos Olímpicos 82
participaram nos Jogos Olímpicos
dos praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas não chegaram a participar nos Jogos Olímpicos, ainda integrados nesse Projecto.
Dos 156 praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas, 86 foram de 19 modalidades individuais, representativas de 19 federações desportivas e 70 de 3 modalidades colectivas representativas de 3 federações desportivas.
Praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas
Praticantes desportivos Federação
Masc. Fem. Total
1 Atletismo 15 11 26 2 Vela 13 1 14 3 Judo 7 6 13 4 Natação 6 2 8 5 Esgrima 4 1 5 6 Voleibol de Praia 2 2 4 7 Remo 3 3 8 Ginástica 2 2 9 Triatlo 1 1 2 10 Badminton 1 1 11 Canoagem 1 1 12 Ciclismo 1 1 13 Lutas Amadoras 1 1 15 Pentatlo Moderno 1 1 16 Taekwondo 1 1 17 Tiro 1 1
18 Tiro com Armas de Caça 1 1
19 Trampolins 1 1 Total modalidades individuais 62 24 86 1 Voleibol 26 26 2 Futebol 23 23 3 Andebol 21 21 Total modalidades colectivas 70 70 Total de praticantes desportivos 132 24 156
Dos 156 praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas, 24 pertenciam ao sexo feminino (15%) e 132 ao sexo masculino (85%).
Nas modalidades individuais o período de permanência no qual praticantes desportivos estiveram integrados no Projecto Atenas variou desde 1 praticante que esteve integrado 3 meses, até 17 praticantes desportivos que estiveram integrados durante toda a duração do projecto, ou seja, 44 meses.
A média de permanência por praticante desportivo foi de 23,7 meses.
A modalidade com maior número médio de meses foi o Tiro (1 praticante durante 44 meses)
N.º de meses de permanência no Projecto Atenas – modalidades individuais
N.º de praticantes que integraram o Projecto Atenas N.º total de meses no Projecto Atenas N.º médio de meses no Projecto Atenas
Sexo Sexo Sexo
Modalidades
Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total
1 Atletismo 15 11 26 377 299 676 25,1 27,2 26,0 2 Vela 13 1 14 380 19 399 29,2 19,0 28,5 3 Judo 7 6 13 239 143 382 34,1 23,8 29,4 4 Esgrima 4 1 5 118 24 142 29,5 24,0 28,4 5 Voleibol de Praia 2 2 4 88 24 112 44,0 12,0 28,0 6 Natação 6 2 8 89 12 101 12,7 12,0 12,6 7 Tiro 1 1 44 0 44 44,0 44,0 8 Triatlo 1 1 2 8 20 28 8,0 20,0 14,0 9 Ginástica 2 2 27 0 27 13,5 13,5 10 Remo 3 3 20 0 20 6,7 6,7 11 Trampolins 1 1 20 0 20 20,0 20,0 12 Pentatlo Moderno 1 1 17 0 17 17,0 17,0 13 Lutas Amadoras 1 1 16 0 16 16,0 16,0 14 Taekwondo 1 1 14 0 14 14,0 14,0
15 Tiro com Armas de Caça 1 1 14 0 14 14,0 14,0
16 Badminton 1 1 13 0 13 13,0 13,0
17 Ciclismo 1 1 9 0 9 9,0 9,0
18 Canoagem 1 1 3 0 3 3,0 3,0
Total modalidades
Nas modalidades colectivas o período de permanência das equipas variou desde 20 meses para o Futebol, até 37 meses para o Andebol.
A média de permanência por modalidade colectiva no Projecto Atenas 2004 foi de 29,7 meses.
N.º de meses de permanência no Projecto Atenas – modalidades colectivas
N.º de praticantes que integraram o Projecto Atenas N.º total de meses no Projecto Atenas N.º médio de meses no Projecto Atenas Modalidades Sexo
Masc. Fem. Total Total Total
1 Andebol 21 21 37
2 Futebol 23 23 20
3 Voleibol 26 26 32
Total modalidades
6.1. Os praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas e
participaram nos Jogos Olímpicos
Para além dos 53 praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas no momento dos Jogos Olímpicos , 9 praticantes estiveram integrados no Projecto Atenas, mas não no momento dos Jogos Olímpicos.
Estes 9 praticantes desportivos que estiveram integrados no Projecto Atenas, não obtiveram qualquer classificação abaixo do 16.º lugar. Este desempenho está concordante com o facto de terem sido excluídos, em devido tempo, do Projecto Atenas.
82
Praticantes desportivos participaram nos Jogos Olímpicos
18
de 1 modalidade colectiva integrados no
Projecto Atenas
35
de 14 modalidades individuais integrados no Projecto Atenas 9 que integraram o Projecto Atenas, mas não estavam integrados no momento dos Jogos Olímpicos 20
que nunca integraram o Projecto Atenas 2004
53
Classificações obtidas pelos praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas, mas não estavam integrados no momento dos Jogos Olímpicos
6.2. Praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas e não
participaram nos Jogos Olímpicos
Outro segmento que é necessário analisar corresponde aos praticantes desportivos que apesar de terem integrado o Projecto Atenas, não participaram nos Jogos Olímpicos.
Este conjunto foi composto por 94 praticantes desportivos, sendo 42 praticantes de 12 modalidades individuais e 47 de 2 modalidades colectivas. Apesar de terem beneficiado das medidas de apoio do Projecto Atenas, acabaram por não obter resultados susceptíveis de participarem nos Jogos Olímpicos.
156
praticantes desportivos integraram o Projecto Atenas
53
integrados no Projecto Atenas participaram nos
Jogos Olímpicos
94
não participaram nos Jogos Olímpicos
20 não integraram o Projecto Atenas e participaram nos Jogos Olímpicos 82
participaram nos Jogos Olímpicos
De entre as 14 modalidades que tiveram praticantes desportivos integrados no Projecto Atenas, 5 acabaram mesmo por não participar com qualquer dos seus praticantes desportivos nos Jogos Olímpicos, a saber: o Pentatlo Moderno, o Remo, o Taekwondo, o Voleibol Indoor e o Andebol.
Modalidades que integraram o Projecto Atenas e não participaram nos Jogos Olímpicos
Modalidades
N.º de praticantes que integraram o
Projecto Atenas
Custo por modalidade que não participou
nos JO 1 Pentatlo Moderno 1 35.000 € 2 Remo 3 27.600 € 3 Taekwondo 1 25.000 € Total modalidades individuais 5 87.600 € 4 Andebol 21 844.050 € 5 Voleibol 26 556.563 € Total modalidades colectivas 47 1.400.613 € Total 52 1.488.213 €
O custo com estas 5 modalidades foi de 1.488.213€ repartidos, 87.600€ pelas modalidades individuais e 1.400.613€ pelas modalidades colectivas. Este valor representou 14% dos apoios concedidos às federações desportivas no âmbito do Projecto Atenas.
N.º de praticantes que integraram o Projecto Atenas e não participaram nos Jogos Olímpicos N.º de praticantes Sexo Modalidades
Masc. Fem. Total
N.º de meses no Projecto Custo 1 Judo 4 5 9 264 1.257.421 € 2 Atletismo 8 2 10 232 797.630 € 3 Esgrima 3 1 4 98 554.311 € 4 Vela 7 7 116 359.810 € 5 Ginástica 1 1 22 95.991 € 6 Natação 2 2 27 89.984 € 7 Voleibol de Praia 2 2 24 67.779 € 8 Pentatlo Moderno 1 1 17 35.000 € 9 Ciclismo 1 1 9 32.850 € 10 Remo 3 3 20 27.600 € 11 Taekwondo 1 1 14 25.000 € 12 Triatlo 1 1 8 22.944 € Total modalidades individuais 32 10 42 851 3.366.320 € 13 Andebol 21 21 37 844.050 € 14 Voleibol 26 26 32 556.563 € Total modalidades colectivas 47 0 47 69 1.400.613 € Total 79 10 89* 920 4.766.933 €
*valor ao qual terá de adicionar-se os 5 praticantes de Futebol que integraram o Projecto e não participaram nos Jogos Olímpicos, (89+5=94)
As modalidades que maiores custos absorveram com os praticantes desportivos que estiveram integrados no Projecto Atenas e não participaram nos jogos Olímpicos foram o Judo com 1.257.421€ para 9 praticantes desportivos , o Atletismo com 797.630€ para 10 praticantes desportivos e a Esgrima com 554.311€ para 4 praticantes desportivos.
Tendo em conta que os valores concedidos no Projecto Atenas para apoio às federações desportivas foram de 10.967.117€, o custo com os praticantes desportivos que integraram o Projecto Atenas e não participaram nos Jogos Olímpicos corresponde a 43%.
primário de se qualificarem para os Jogos Olímpicos, o que no plano financeiro manifesta uma taxa de ineficiência de 43%.
Taxa de ineficiência dos apoios concedidos às modalidades cujos praticantes desportivos não participaram nos Jogos Olímpicos
Modalidades que integraram o Projecto Atenas e não participaram
nos JO N.º de Praticantes que não participaram nos JO Apoios concedidos aos Praticantes que não participaram nos JO
Total dos apoios concedidos às federações Taxa de ineficiência Modalidades individuais 42 3.336.320 € 9.026. 504 € 37% Modalidades colectivas 52 1.400. 613 € 1.940.613 € 72% Total 94 4.766.933 € 10.967.117 € 43%
Estamos perante um investimento que não teve os efeitos visados, ou seja, foram concedidos os apoios necessários à preparação deste conjunto de praticantes desportivos, mas acabaram por não obter resultados desportivos susceptíveis de participarem nos Jogos Olímpicos.
Nas modalidades individuais a taxa de ineficiência foi de 37%. Para um valor de apoio concedido de 9.026.504€ verifica-se que o custo com os praticantes que não obtiveram qualificação para os Jogos Olímpicos foi de 3.336.320€.
No âmbito das modalidades colectivas a taxa de ineficiência foi de 72%. O valor de apoios concedidos foi de 1.940.613€ e as modalidades de Voleibol e Andebol não atingiram o objectivo primário da qualificação para os Jogos Olímpicos e tiveram um custo de 1.400.613€. Enquanto o Futebol conseguiu atingir esse objectivo.
Em 3 modalidades colectivas que integraram o Projecto Atenas, só uma conseguiu o objectivo de participar nos Jogos Olímpicos, o que manifesta uma perda de 66%.
Integraram o Projecto Atenas 70 praticantes mas apenas 18 participaram nos Jogos Olímpicos na modalidade de Futebol. A perda foi de 52 praticantes desportivos, ou seja 74% dos praticantes que integraram o Projecto Atenas não participaram nos Jogos Olímpicos.
156 Praticantes desportivos integraram o Projecto Atenas 70 Praticantes desportivos de 3 modalidades colectivas 18 Praticantes desportivos de 1 modalidade participaram nos
Jogos Olímpicos PERDA 52 Praticantes desportivos - 2 modalidades 86 Praticantes desportivos de 19 modalidades individuais 35 Praticantes desportivos de 14 modalidades participaram
nos Jogos Olímpicos
PERDA 51 Praticantes desportivos PERDA TOTAL 103 Praticantes desportivos Praticantes desportivos que integraram o
Projecto Atenas PERDA
Praticantes desportivos integrados Projecto Atenas no
Taxa de exclusão de praticantes desportivos do Projecto Atenas Modalidades N.º de praticantes desportivos que integrou o Projecto Atenas N.º de praticantes que foi excluído do Projecto Atenas N.º de praticantes integrados no Projecto Atenas no momento dos JO Taxa de exclusão 1 Remo 3 3 0 100% 2 Ciclismo 1 1 0 100% 3 Pentatlo Moderno 1 1 0 100% 4 Taekwondo 1 1 0 100% 5 Esgrima 5 4 1 80% 6 Natação 8 6 2 75% 7 Judo 13 9 4 69% 8 Vela 14 8 6 57% 9 Atletismo 26 14 12 54% 10 Voleibol de Praia 4 2 2 50% 11 Ginástica 2 1 1 50% 12 Triatlo 2 1 1 50% 13 Badminton 1 0 1 0% 15 Canoagem 1 0 1 0% 16 Lutas Amadoras 1 0 1 0% 17 Tiro 1 0 1 0%
18 Tiro com Armas de Caça 1 0 1 0%
19 Trampolins 1 0 1 0% Total modalidades individuais 86 51 35 59% 1 Voleibol 26 26 0 100% 2 Andebol 21 21 0 100% 3 Futebol 23 5 18 22% Total modalidades colectivas 70 52 18 74% Total de praticantes desportivos 156 103 53 66%
6.3. Os custos do Projecto Atenas
O custo total do Projecto Atenas compreendeu os financiamentos concedidos às federações desportivas e ao Comité Olímpico de Portugal.
Em termos globais o financiamento concedido foi de 11.931.912,50€.
As 3 federações desportivas que maiores valores receberam no âmbito do Projecto Atenas foram o Atletismo, a Vela e o Judo.
Nas modalidades colectivas as que maiores valores receberam foram o Andebol e o Voleibol.
Valores dos apoios contratualizados com as modalidades desportivas 2001-2004 Modalidades Valores dos Contratos-Programa 2001 - 2004 1 Atletismo 2.600.955,69 € 2 Vela 2.402.729,98 € 3 Judo 1.773.235,43 € 4 Esgrima 734.727,43 € 5 Voleibol de Praia 448.818,12 € 6 Natação 436.620,96 € 7 Ginástica 114.766,00 € 8 Triatlo 103.031,00 € 9 Tiro 95.418,92 € 10 Trampolins 82.630,00 €
11 Tiro com Armas de Caça 47.220,00 € 12 Pentatlo Moderno 35.000,00 € 13 Lutas Amadoras 35.000,00 € 14 Ciclismo 32.850,00 € 15 Remo 27.600,00 € 16 Taekwondo 25.000,00 € 17 Badminton 23.150,00 € 18 Canoagem 7.750,00 €
Total modalidades individuais 9.026.503,53 €
19 Andebol 844.050,47 €
20 Voleibol Indoor 556.562,50 €
21 Futebol 540.000,00 €
Total modalidades colectivas 1.940.612,97 €
Total 10.967.116,50 €
22 Comité Olímpico de Portugal 964.796,00 €
A modalidade com maior custo médio da preparação por praticante foi a Vela com o valor de 171.623.57€, seguida pela Esgrima com 146.945,49€ e pelo Judo 136.400.42€.
As modalidades com menores custos médios de preparação por praticante foram a Canoagem com 7.750,00€, o Remo com 9.200.00€ e o Badminton com 23.150.00€, devido ao número de praticantes integrados e ao número de meses de permanência.
Nas modalidades colectivas foi o Andebol que teve maior custo com 40.192,88€ por praticante, seguida pelo Futebol com 23.478€. O Voleibol foi a que teve menores custos por praticante com 21.406€.
Custo de preparação por modalidade desportiva
Modalidades
N.º de praticantes que integraram o Projecto
Atenas
N.º total de praticantes
integrados no
Projecto Atenas no moment
o dos JO N.º total de meses no Projecto Atenas Valores dos Contratos-Programa 2001 - 2004 Custo por praticante que integrou o Projecto Atenas Custo por praticante integrado no Projecto Atenas no momento dos JO Custo por modalid. que não participou nos JO 1 Vela 14 6 399 2.402.730 € 171.624 € 400.455 € 2 Esgrima 5 1 142 734.727 € 146.945 € 734.727 € 3 Judo 13 4 382 1.773.235 € 136.403 € 443.309 € 4 Voleibol de Praia 4 2 112 448.818 € 112.205 € 224.409 € 5 Atletismo 26 12 676 2.600.956 € 100.037 € 216.746 € 6 Tiro 1 1 44 95.419 € 95.419 € 95.419 € 7 Trampolins 1 1 20 82.630 € 82.630 € 82.630 € 8 Ginástica 2 1 27 114.766 € 57.383 € 114.766 € 9 Natação 8 2 101 436.621 € 54.578 € 218.310 € 10 Triatlo 2 1 28 103.031 € 51.516 € 103.031 €
11 Tiro com Armas de Caça 1 1 14 47.220 € 47.220 € 47.220 €
Para uma análise mais profunda torna-se necessário desagregar os valores destinados à preparação desportiva nas 3 componentes que a constituíram:
§ As bolsas destinadas aos praticantes desportivos ;
§ As bolsas destinadas aos treinadores;
§ Os apoios destinados às actividades de preparação.
Os valores das bolsas destinadas aos praticantes desportivos e respectivos treinadores no âmbito do Projecto Atenas, foram os constantes no quadro abaixo:
Valor das bolsas destinadas a praticantes desportivos e treinadores Modalidades
Individuais Classificação Mensal
Nível da bolsa Praticante
desportivo Treinador (1.º praticante) Treinador (2.º e 3.º praticantes) 1 medalhado 1.250,00 € 938,00 € 250€ 2 finalista 1.000,00 € 750,00 € 200€ 3 semifinalista 750,00 € 563,00 € 150€ 4 360,00 € 270,00 € Modalidades Colectivas Classificação
Por praticante desportivo e corpo técnico, por dia de estágio ou competição, no máximo de 60 dias / ano
Nível único
Possibilidade de apuramento para os JO