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Geografia. Industrialização no Brasil. Professor Luciano Teixeira.

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Industrialização no Brasil

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INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL

A indústria no Brasil é nova comparada à de outros países, mas teve seus primeiros passos já no período colonial. Levou um certo tempo, porém, para crescer satisfatoriamente no início do século XIX por meio de investimentos autônomos estimulados pelo período monárquico e principalmente para se solidificar e se estruturar a partir da década de 1930, com as medidas políticas dos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Hoje, o país é considerado um dos países subdesenvolvidos mais industrializados do mundo e ocupa o 15º lugar no segmento em escala global.

Os esforços do passado criaram uma intensificação na indústria brasileira, que possui um enorme e variado parque industrial produzindo bens de consumo e até mesmo tecnologia de ponta. Os principais tipos de indústrias no Brasil são automobilísticas, petroquímicas, de produtos químicos, alimentares, de minerais não metálicos, de soja, têxteis, de vestuário, metalúrgica, mecânicas, etc. No Brasil, as áreas de comércio, serviço público, profissionais liberais, educação, serviços bancários, de comunicação, de transporte e outras estão diretamente ligadas à indústria.

A industrialização no Brasil, no entanto, nunca ocorreu a nível nacional. O parque industrial brasileiro atualmente está concentrado sobretudo nos estados do Centro-Sul e nas regiões metropolitanas, embora tenha ocorrido a dispersão da infraestrutura de transportes, energia e comunicação espacialmente nas últimas décadas para diversas outras regiões, inclusive no interior dos estados. Essa desconcentração é uma das características atuais da industrialização brasileira contemporânea: segundo o IBGE, a concentração no Sudeste baixou para 48% das indústrias.

A indústria brasileira encontra-se fortemente no Sudeste, especialmente no Estado de São Paulo, apesar de atualmente muitas novas unidades industriais estarem se instalando nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste.

Breve história

Período colonial

Durante o período colonial, devido às regras da teoria econômica do mercantilismo, nenhuma atividade industrial poderia ter lugar no Brasil. Apenas uma pequena indústria para consumo interno era permitida, das as distâncias entre a metrópole e a colônia, e eram, principalmente, de fiação, calçados e vasilhames. Na segunda metade do século XVIII, em 1785, Portugal proibiu

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fábricas na colônia. O motivo foi que os portugueses não pretendiam criar concorrência com os produtos vendidos no Brasil para Inglaterra.

Origens: décadas de 1800-1840

Fábrica de ferro em Sorocaba, província de São Paulo, 1884.

As origens industriais no Brasil datam do início do século XIX, marcadas por oficinas de trabalho. A maioria dos estabelecimentos surgiram no Sudeste brasileiro (sobretudo nas províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e, mais tarde, em São Paulo) e cerca de 77 estabelecimentos foram registrados entre 1808 e 1840 foram classificados como "fábricas" ou "manufaturadas". Contudo, a maioria (cerca de 56 estabelecimentos), seriam consideradas apenas como oficinas pelos padrões de hoje e eram voltadas para a produção de sabão e velas de sebo, rapé, fiação, tecelagem, alimentos,derretimento de ferro, derretimento de metal, lã, seda, entre outros. Na época, esses estabelecimentos utilizavam tanto escravos quanto trabalhadores livres.

Existiam cerca de 20 estabelecimentos que hoje seriam considerados como manufaturados de fato. Desse total, 13 foram criados entre os anos de 1831 e 1840. Todos, no entanto eram de porte pequeno e se assemelhavam mais a grandes oficinas do que a fábricas próprias. Ainda assim, os produtos manufaturados eram bastante diversificados e de uso comum: chapéus, pentes, ferração e serrarias, fiação, tecelagem, sabão e velas, vidros, tapetes, óleo, etc. Segundo estudiosos, provavelmente por causa da instabilidade do período regencial, apenas nove desses estabelecimentos ainda estavam em funcionamento pelos idos de 1841, mas eram de grande tamanho e hoje poderiam ser considerados como um "presságio de uma nova era para a fábrica" brasileira.

O advento da real produção manufaturada antes da década de 1840 era extremamente limitado, devido à autossuficiência das regiões do país (sobretudo as fazendas produtoras de café e cana-de-açúcar, que produziam seus próprios alimentos, roupas, equipamentos, etc.), e também à falta de capital e aos altos custos de produção, que tornaram impossível para a fábrica nacional competir com produtos estrangeiros à época. Segundo estudiosos, os custos eram altos porque a maioria das matérias-primas eram importadas, apesar de algumas plantas já utilizarem máquinas.

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Avanços: décadas de 1840 e 1860

Estaleiro na cidade do Rio de Janeiro, cerca de 1862.

A promulgação da tarifa de Alves Branco modificou esse quadro. A tarifa conseguiu aumentar as receitas do Estado e estimular o crescimento da indústria nacional. A proliferação repentina de capital foi direcionada para investimentos nas áreas de serviços urbanos, transportes, comércio, bancos, indústrias, etc. A maior parte do capital investido em indústrias foi direcionada para as têxteis. Com o crescimento industrial sem precedentes, vários estabelecimentos manufaturados dedicados a produtos diversos surgiram: fusão de ferro e metal, maquinários, sabão e velas, vidros, cerveja, vinagre, galões de ouro e prata, sapatos, chapéus, algodão e tecido.

Um dos principais estabelecimentos criados neste período foi a Ponta da Areia, fábrica metalúrgica na cidade de Niterói que também construía barcos a vapor. É provável que a indústria têxtil fosse a mais beneficiada pelo fato de ser a mais antiga do país. Ela surgiu pela primeira vez em 1830, com a fundação de Santo Antônio do Queimado na cidade de Salvador, Bahia. O setor têxtil foi bastante dinâmico durante o período monárquico brasileiro e recebeu grandes investimentos até 1890, quando entrou em declínio. Várias modernizações ocorreram, principalmente entre 1840 e 1860, quando foram criadas fábricas de alto nível tecnológico capazes de competir com outros grandes centros internacionais. Vieram outras melhorias com a estabilização das fábricas e forjas voltadas para a produção de equipamentos e peças para a manufatura têxtil. A concentração da indústria que emergia na província da Bahia expandiu consideravelmente o seu alcance econômico e acabou atingindo o sul do Ceará, Piauí e até mesmo Minas Gerais.

Figuras empreendedoras como Irineu Evangelista de Sousa (Visconde de Mauá) contribuíram significativamente para o crescimento da indústria no Brasil.

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De acordo com Ronaldo Vainfas, não há qualquer base documental que comprove a crença comum de que a extinção do tráfico de escravos africanos em 1850 "liberou" créditos para o desenvolvimento industrial. Ao contrário, o capital empregado no comércio já havia sido utilizado em setores como empresas de serviços urbanos, transportes, bancos e comércio. No entanto, é possível que tenha ocorrido um contributo indireto para o crescimento do setor industrial mediante empréstimos bancários. Em 1850, haviam cerca de 50 fábricas no Brasil com um capital de pelo menos R$ 7.000.000.000.

O governo imperial criou vários incentivos para a industrialização do país. O mais antigo data do reinado de Pedro I do Brasil, através de prêmios de subsídios governamentais. O primeiro estabelecimento a receber tal concessão foi a Fábrica das Chitas, devotada ao papel e à impressão, por um decreto de 26 de junho de 1826. A prática foi retomada na década de 1840, quando os novos estabelecimentos industriais receberam tais subsídios. Em 1857, sete fábricas foram beneficiadas pela prática de incentivos, entre elas a Ponta da Areia mencionada anteriormente, cujo proprietário foi Irineu Evangelista de Sousa (mais tarde conhecido como Visconde de Mauá). Um dos critérios para a concessão desses subsídios era o emprego exclusivo de trabalhadores livres, o que marcava um novo modo de se investir e trabalhar no país.

Conflitos armados: a Guerra Civil Americana e a Guerra do Paraguai. Por causa da primeira das duas, a produção de algodão dos EUA foi interrompida pelo bloqueio das forças da União contra a Confederação. A segunda, por sua vez, resultou na emissão de moeda e no aumento das tarifas de importação para cobrir os custos da guerra. Isso acarretou grande estímulo não só para a indústria têxtil, mas também para outros setores, tais como o de produtos químicos, charutos, vidro, papel, couro e instrumentos óticos e náuticos.

Interior de uma fábrica no Brasil, 1880.

Durante a década de 1870, graças ao declínio da região cafeeira do Vale do Paraíba e algumas áreas de produção de açúcar, muitos proprietários de plantações investiram não só na indústria têxtil de algodão, mas também em outros setores industrias. A implantação de uma rede ferroviária em todo o território nacional também estimulou o surgimento de novas atividades industriais, principalmente em São Paulo. A indústria brasileira também experimentou um grande impulso nesse período. A partir da década de 1870, a grande expansão da industrialização tornou-se uma constante no Brasil. Em 1866, por exemplo, havia nove fábricas têxteis com cerca de 795 trabalhadores. Em 1881, havia 46 fábricas têxteis através do país: doze na Bahia, onze no Rio de Janeiro, nove em São Paulo, nove em Minas Gerais e cinco em outras províncias. O número de estabelecimentos diminuiu um pouco em 1885, para 42 fábricas

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têxteis com 3 mil e 172 trabalhadores. Contudo, isso não prejudicou o crescimento global no setor até 1889.

A Associação apoiou novos incentivos industriais e propagandeou contra os defensores de um Brasil essencialmente agrícola. Do capital da economia do Brasil, 9,6% era direcionada para a indústria, em 1884, e, em 1885, chegou a 11,2%. Esse número, no entanto, caiu drasticamente durante o período republicano: baixou para 5% entre 1895 e 1899, e chegou a aumentar um pouco entre 1900 e 1904. Ainda assim, levariam muitos anos para voltar ao nível que prevaleceu durante o Império. No momento de sua queda, em 1889, o Brasil monárquico tinha 636 fábricas (representando um aumento anual de 6,74% a partir de 1850) com um capital de R$ 401.630.600.000 (taxa de crescimento anual de 10,94% desde 1850). Desse montante, 60% eram empregado no setor têxtil, 15% no de alimentos, 10% no de química, 4% no de madeira, 3,5% no de roupas e 3% no de metalurgia.

Primeiro Período Republicano

A expansão industrial, que os economistas Aníbal Vilanova Vilela e Wilson Suzigan do Instituto de Planejamento Econômico e Social (atual Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA) escreveram ser um primeiro "surto industrial" da República, teria sido interrompida com as políticas de contenção a partir de 1898. Para eles, os principais surtos de industrialização antes de 1945 ocorreram nos períodos de 1903 a 1913, de 1920 a 1929 e de 1933 a 1939. O primeiro e o segundo surto (com financiamentos oriundos dos lucros do café e da participação do capital estrangeiro) tiveram interrupções coincidentes com as crises externas da I Guerra Mundial e da Crise da Bolsa de Nova Iorque, respectivamente, ambas ruinosas para o comércio internacional. Além dos fatores externos, internamente também houve a Crise da Agricultura no início da República, a Seca no Nordeste e a Revolução Paulista em 1932, que impactaram negativamente o orçamento governamental, prejudicando o fluxo de investimentos .

Década de 1930 e 1960: solidificação nacional

Até a metade do século XX, o Brasil dependeu exclusivamente da economia agrícola. Até então, a organização das atividades econômicas era dispersa e as economias regionais se estruturavam praticamente de forma autônoma. Os inícios da industrialização tratados na seção anterior e a crise do café em cerca de 1929 foram fatores importantes para que o governo federal passasse a promover a integração dos "arquipélagos naturais". A estrutura da indústria no Brasil cresceu e solidificou-se consideravelmente a partir da década de 1930. O governo de Getúlio Vargas (1930 – 1945) encarregou-se dessa tarefa instalando um sistema de transportes que ligasse os estados brasileiros, o que terminou aumentando o fluxo de mercadorias e pessoas. Os produtos industriais produzidos sobretudos na região Sudeste alcançaram outras regiões do Brasil, causando a falência de indústrias que não conseguiam competir e estabelecendo um forte centro econômico e industrial em São Paulo e Rio de Janeiro.

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Plataforma petrolífera P-51 da Petrobras, a primeira 100% brasileira.

No surto industrial da década de 1930, houve indicadores crescentes no consumo de cimento e aço e importantes substituições de importações decorrentes da maturação dos investimentos com aquisições de bens de capital da indústria têxtil que haviam sido feitos entre 1921 e 1928, e com o controle cambial instaurado em 1931 e que perdurou até 1937. Esse crescimento foi interrompido pelo aumento das exportações de tecido. O declínio verificado após o último surto só teria um breve período de recuperação durante o biênio 1943-1944, com os investimentos públicos para a instalação da primeira siderúrgica no Brasil. O governo demonstrou preocupação com a atividade industrial e criou a Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil, mas que apenas a partir de 1941 possibilitaria financiamentos importantes.

O presidente Vargas, que representava os conceitos e anseios da Revolução de 1930, passou a investir fortemente na criação da infraestrutura industrial (indústria de base e energia) e criou diversas companhias e instituições decisivas para a industrialização, como o Conselho Nacional do Petróleo (1938), a Companhia Siderúrgica Nacional (1941, energia elétrica para as indústrias e para a população), a Companhia Vale do Rio Doce (1943, exploração do minério de ferro) e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco(1945). Foram as primeiras grandes empresas industriais do país. Além disso, a criação da Petrobrás, em 1953, contribuiu para o aceleramento do crescimento industrial. O governo de Vargas também criou leis trabalhistas para satisfazer os trabalhadores e que terminaram preparando o país para a organização no crescimento das indústrias, como foi o caso da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Companhia Siderúrgica Nacional (Volta Redonda, RJ).

Depois de Vargas, o Governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) também trouxe projetos governamentais em relação ao crescimento industrial, que ganhou maior dimensão com a criação de medidas alfandegárias, propiciando, assim, a vinda de empresas internacionais para

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o Brasil. Seu plano de metas incentivou a produção industrial, que crescia aceleradamente, e o governo de Kubitschek concentrou atenções em investimentos na área de energia e de transportes. Na época, diversas empresas multinacionais investiram no Brasil, entre elas notavelmente a montadora de automóveis Volkswagen. Dessa forma, pode-se dizer que, com medidas políticas, a indústria no Brasil experimentou momentos de grande crescimento, organização e prosperidade.

Atualidade

Nos anos 1970, 1980 e 1990, a indústria no Brasil continuou a crescer, embora tenha estagnado em certos momentos de crise econômica. A década de 1980, por exemplo, ficou conhecida como a "década perdida" para a economia brasileira devido à retração econômica da indústria. O cenário mudou e, estabilizada, a base industrial atual do país passou a produzir diversos produtos: automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos e muitos outros. Embora seja autossuficiente na maioria dos setores, a indústria brasileira ainda é dependente de tecnologia externa em campos como a informática. Além disso, o parque industrial brasileiro continua concentrado sobretudo nos estados do Centro-Sul e nas regiões metropolitanas, apesar da infraestrutura de transportes, energia e comunicação ter se dispersado espacialmente nas últimas décadas para diversas outras regiões, inclusive no interior dos estados.

Os esforços do passado criaram uma intensificação na indústria brasileira que possui um enorme e variado parque industrial produzindo bens de consumo e até mesmo tecnologia de ponta. Após diversas crises econômicas, o país é hoje um dos mais industrializados do mundo e ocupa o 15º lugar em escala global nesse segmento. Na primeira década do século XXI, a privatização de empresas estatais nas áreas de mineração, bancária e de telecomunicações foi uma característica marcante na economia brasileira. A industrialização brasileira ainda não ocorre de maneira homogênea, portanto certas regiões são densamente industrializadas, enquanto outras são totalmente desprovidas desse tipo de atividade econômica. Apesar de diversos problemas sociais, costumeiramente relacionados à maneira da industrialização no país, o Brasil vem ocupando um lugar de destaque no cenário econômico e industrial internacional.

Setor industrial brasileiro

Boa parte da grande indústria está concentrada no Sul e no Sudeste. O Nordeste não é tão industrializado, mas está começando a atrair novos investimentos. O mesmo está acontecendo com as demais regiões do Brasil.

O Brasil tem o terceiro setor industrial mais avançado da América. Calculando um terço do PIB,a indústria brasileira varia de automóveis, aço e petroquímicos para computadores, aeronaves e bens de consumo duráveis. Com a maior estabilidade econômica prevista pelo Plano Real, as empresas brasileiras e multinacionais têm investido pesadamente em novos equipamentos e tecnologia, uma grande parte dos quais foi comprado de empresas EUA.

O Brasil possui uma diversificada e sofisticada indústria de serviços também. Durante a década de 1990, o setor bancário representou tanto como 16% do PIB. Apesar de sofrer uma grande reformulação, a indústria de serviços do Brasil muitos financeiros ofereceram às empresas

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locais, com uma vasta gama de produtos e está atraindo inúmeros novos operadores, incluindo empresas americanas. São Paulo e Rio de Janeiro, as bolsas estão passando por uma consolidação e do setor de resseguros está prestes a ser privatizada.

O governo brasileiro empreendeu um ambicioso programa para reduzir a dependência do petróleo importado. As importações eram responsáveis por mais de 70% das necessidades de petróleo do país, mas em 2006 o Brasil alcançou a autossuficiência de petróleo. O Brasil é um dos principais produtores mundiais de energia hidrelétrica, com capacidade atual de cerca de 58.000 megawatts. As hidrelétricas existentes fornecem 92% da eletricidade do país. Dois grandes projetos hidrelétricos, a Itaipu, no rio Paraná (a maior represa do mundo), e a barragem de Tucuruí no Pará, no Norte do Brasil, estão em operação. Além de contar com reator nuclear, Angra I, localizada perto do Rio de Janeiro, está em operação há mais de 10 anos. Angra II está em construção e, depois de anos de atrasos, está prestes a entrar na linha. Um Angra III é planejado. Os três reatores teria uma capacidade combinada de 3.000 megawatts quando concluído.

Reservas de recursos minerais provadas são extensas. Grandes reservas de ferro e manganês são importantes fontes de matérias-primas industrial e receitas de exportação. Depósitos de níquel, estanho, cromita, bauxita, berílio, cobre, chumbo, tungstênio, zinco, ouro e outros minerais são explorados. Alta qualidade do carvão de coque grau exigido na indústria siderúrgica está em falta.

Importância da indústria no Brasil

A indústria brasileira tem importância crucial no país por ser um microssetor que exige considerável investimento financeiro, por produzir os bens de maior valor da economia e por empregar milhões de brasileiros. Grande parte dos bens produzidos, ou seja, os manufaturados, estão diretamente ligados à urbanização do país, como os produtos eletrodomésticos que a população usa para conforto, trabalho, saúde e bem-estar.

Além disso, as retrações econômicas da indústria, não só no Brasil, provocam uma série de consequências consideravelmente ruins, como o aumento do desemprego devido à demissão de trabalhadores, à elevação dos preços de produtos para compensar as perdas financeiras que pode ocasionar a inflação, à queda da arrecadação de impostos dadao a diminuição das vendas do comércio e, também, e sobretudo no Brasil, à redução da capacidade de funcionamento das três esferas de governos.

Não obstante, a indústria é muito importante na produção de riquezas do Brasil, mensurada no Produto Interno Bruto (PIB). Como exemplo, podemos citar o ano de 2009, em que o PIB brasileiro atingiu cerca de 3,14 trilhões de reais e a indústria havia sido responsável por 25,4% de todo esse valor. O agronegócio, cuja cadeia começa nas fábricas de tratores, de adubos e de ração animal, é responsável por cerca de um quarto do PIB nacional. Por fim, as exportações de produtos industrializados e de produtos básicos ou matérias-primas (commodities) também influem na riqueza de qualquer nação.

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Complexo portuário do PECEM (São Gonçalo do Amarante, Ceará)

Bibliografia

• Graça Filho, Afonso de Alencastro. A economia do Império brasileiro. São Paulo: Atual, 2004.

• Scantimburgo, João de. O Poder Moderador. São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura, 1980.

• Silva, Hélio. 1889 – A república não esperou o amanhecer. Porto Alegre: L&PM, 2005. • Sodré, Nelson Werneck. Panorama do Segundo Império, 2. ed. Rio de Janeiro: GRAPHIA,

2004.

• Szmrecsány, Tamás and Lapa, José Roberto do Amaral. História Econômica da Independência e do Império, 2. ed. São Paulo: USP, 2002.

• Vainfas, Ronaldo. Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. • 15. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1994.

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Slides – Industrialização no Brasil

Revolução Industrial

  1°  Revolução  Industrial  (1750)  –  Origem:  Inglaterra  

(carvão,  Ferro  e  indústria  têxDl).  

  2°   Revolução   Industrial   (1840)   –   Origem:   Europa  

(aço,  petróleo,  eletricidade).  

  3°  Revolução  industrial  ou  Técnico-­‐cienPfica  (1970):  

informáDca,   robóDca,   telecomunicações   e  

biotecnologia.  

  Globalização  

•  Industrialização  Brasileira  (Processo  de  Subs7tuição  de  Importações)   •  A   a7vidade   industrial   teve   início   no   XIX,   com   a   produção   de   bens   de  

consumo   cujo   o   obje7vo   principal   era   o   abastecimento   do   mercado   interno,   mas   que   em   alguns   casos,   como   a   indústria   Têx7l,   7nham   alcance   no   mercado   externo.   Podemos   dividir   o   processo   de   industrialização  do  Brasil  em  4  fases:  

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Brasil indústria

•  Primeira  etapa  (proibição):  essa  ocorreu  entre  1500  e  1808  

quando  o  país  ainda  era  colônia  

•  Período  colonial:  Restrições  para  abertura  do  mercado  

interno.  

•  Não  se  caracteriza  por  uma  evolução  sistemáCca.  

•  ACvidades  agrícolas/extraCvismo:  Absorviam  toda  mão-­‐de-­‐

obra.  

•  Indústrias  caseiras,  agro-­‐indústrias.  

•  Estaleiros  para  embarcações  de  madeiras.  

  1ª  Fase  (1500  –  1808)  

  Restrição  da  metrópole,  durante  o  período  colonial,  

em  relação  às  a@vidades  industriais.  

  Surgimento  de  pequenas  indústrias  domés@cas  

(  fiação,  têx@l,  vasilhames,  etc.)  

  Em  1785,  Dom  Maria  assina  a  Carta  Régia  que  proíbe  

a  indústria  têx@l  no  país.  

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Industrialização Brasileira

•  Segunda  etapa  (implantação):  corresponde  a  uma  fase  que  

se  desenvolveu  entre  1808  a  1930,  que  ficou  marcada  pela  

chegada  da  família  real  portuguesa  em  1808.    

•  Nesse   período   foi   concedida   a   permissão   para   a  

implantação   de   indústria   no   país   a   parBr   de   vários  

requisitos,  dentre  muitos,  a  criação,  em  1828,  de  um  tributo  

com  taxas  de  15%  para  mercadorias  importadas  e,  em  1844,  

a  taxa  tributária  foi  para  60%,  denominada  de  tarifa  Alves  

Branco.  

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•  2ª  fase  (1808  –  1930)  

•  Vinda  da  família  real  para  o  Brasil  e  a  abertura  dos  portos.  

•  Restrições  devido  às  relações  Portuga/Brasil  x  Inglaterra.  

•  Taxação  de  produtos  importados,  

•  Expansão  indústria  têxOl  (Guerra  de  Secessão  EUA)  

•  Ampliação  mercado  interno.  

•  Disponibilidade  de  capitais  antes  imobilizados  na  compra  de  

escravos.  

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Industrialização Brasileira

•  Terceira  etapa  (Revolução  industrial):  período  que  ocorreu  

entre   1930   e   1955,   momento   em   que   a   indústria   recebeu  

muitos   inves:mentos   dos   ex-­‐cafeicultores   e   também   em  

logís:ca,   ou   seja,   construção   de   vias   de   circulação   de  

mercadorias,   matérias-­‐primas   e   pessoas,   isso   proveniente  

das   evoluções   nos   meios   de   transporte   que   facilitou   a  

distribuição  de  produtos  para  várias  regiões  do  país,  muitas  

ferrovias   que   anteriormente   transportavam   café,   nessa  

etapa  passaram  a  servir  os  interesses  industriais.  

•  1953  -­‐  Petrobrás  

•  3ª  fase  (1930-­‐1955)  

•  A  nossa  Revolução  Industrial  (Fortalecimento  do  processo  de  

subs+tuição  de  importações).  

•  Crise  1929  –  enfraquecimento  oligarquias  cafeeiras.  

•  “Oportunidade”  2ª  Guerra  Mundial  

•  CSN  (1942),  Vale  do  Rio  Doce  (1943),  Petrobrás  (1953)  

•  Geração  de  Energia  (Eletrobras;  Centrais  Hidrelétricas  São  

Francisco  –  CHESF;  Furnas  e  Centrais  elétricas  de  Minas  

Gerais  -­‐  CEMIG;  Companhia  EnergéXca  de  São  Paulo  –  CESP)  

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Getúlio Vargas

•  O   presidente   Vargas,   que   representava   os   conceitos   e  

anseios  da  Revolução  de  1930,  passou  a  inves<r  fortemente  

na  criação  da  infra-­‐estrutura  industrial:  indústria  de  base  e  

energia,  e  criou  diversas  companhias  e  ins<tuições  decisivas  

para   a   industrialização,   como   o   Conselho   Nacional   do  

Petróleo   (1938),   a   Companhia   Siderúrgica   Nacional   (1941,  

energia   elétrica   para   as   indústrias   e   para   a   população),  

a   Companhia   Vale   do   Rio   Doce   (1943,   exploração  

do   minério   de   ferro)   e   a   Companhia   Hidrelétrica   do   São  

Francisco  (1945).  

Industrialização Brasileira

•  Quarta  etapa  (internacionalização):  teve  início  em  1955,  e  

segue   até   os   dias   de   hoje.   Essa   fase   foi   promovida  

inicialmente   pelo   presidente   Juscelino   Kubitschek   que  

promoveu   a   abertura   da   economia   e   das   fronteiras  

produBvas,  permiBndo  a  entrada  de  recursos  em  forma  de  

emprésBmos  e  também  em  invesBmentos  com  a  instalação  

de  empresas  mulBnacionais.    

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•  4ª  fase  (1956  –  hj)  

•  Plano  de  Metas  

•  Abertura  Capital  Estrangeiro  (Transnacionais  e  emprésEmos  

financeiros)  

•  Indústria  AutomobilísEca  (ABCD  Paulista)  

•  Prioridade  ao  sistema  rodoviário  

•  64  -­‐  Militares  dão  conEnuidade  

•  80  –  Década  Perdida  

•  90  –  Collor  -­‐  Abertura  Econômica  

•  94  –  Plano  Real  

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