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ANAIS DO SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PRÁTICAS RELIGIOSAS NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

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ANAIS DO SEMINÁRIO

INTERNACIONAL DE PRÁTICAS RELIGIOSAS NO MUNDO

CONTEMPORÂNEO

Laboratório de

Estudos sobre Religiões e Religiosidades (LERR)

Universidade Estadual de Londrina (UEL)

20 a 22 de setembro

2016

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In: Seminário Internacional de Práticas Religiosas No Mundo Contemporâneo (LERR/UEL), 4, 2016, Londrina. Anais... Londrina: UEL, 2016.

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REFLEXÕES SOBRE A RELIGIÃO A PARTIR DA COMPREENSÃO DE JOVENS UNIVERSITÁRIOS

Ada Otoni Ferreira Fontanella (Unespar/PG)1 Laiza Suelen Barroso Campos (Unespar/G)2 Cristina Satiê de Oliveira Pátaro (Unespar/PQ)3 Frank Antonio Mezzomo (Unespar/PQ)4

Resumo: O presente artigo propõe discutir o papel da religião na constituição das identidades de jovens estudantes da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), através das análises das respostas obtidas pela aplicação de questionário online aos ingressantes dos cursos de licenciatura e bacharelado da instituição no ano de 2014. Buscamos identificar como esses jovens compreendem a dimensão religiosa e o mundo ao seu redor, destacando a importância da compreensão do perfil, representações e trajetórias dessa parcela de jovens universitários brasileiros, Apresentamos a “juventude” como um conceito passível de diversas perspectivas (FERNANDES, 2013; RIBEIRO, 2016) que, em grande parte, não os afastou das práticas e vivências do universo religioso. Jovens que buscam o protagonismo de suas vidas através da possibilidade de fazer escolhas (OLIVEIRA; PANASIEWICZ, 2014), inclusive as de cunho espiritual, e da construção de identidades

“flexíveis” num contexto da modernidade avançada (GIDDENS, 1991). Identificamos pela amostra de dados de nossa pesquisa maior valorização da experiência religiosa individual, em uma vivência não necessariamente vinculada a instituições religiosas. Constatamos, ainda, que, a maior parte desses estudantes é do sexo feminino, de etnia branca, religiosa e de denominação cristã.

Palavras-Chaves: Jovens. Religiosidade. Universidade.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende elaborar reflexões sobre as concepções religiosas dos universitários da Unespar5, com o intuito de compreender suas percepções sobre o campo religioso e as possíveis interlocuções de tal dimensão com suas vivências, escolhas pessoais e constituição de identidades. As considerações apresentadas partem de dados de pesquisa que pretendeu dar voz aos próprios jovens, utilizando, como ferramenta metodológica, um questionário online aplicado aos acadêmicos ingressantes na universidade no ano de 2014.

A estrutura deste texto está dividida da seguinte maneira: na primeira parte,

1 Graduação em Ciências Sociais (UFF). Mestranda do PPGSeD (Unespar/Campo Mourão). E-mail de contato:

adinhaferreira@yahoo.com.br

2 Graduanda em História (Unespar/Campo Mourão). Bolsita PIC/CAPES. E-mail de contato:

laizacamposHistoria@outlook.com

3 Doutorado em Educação (USP). Professora do PPGSeD (Unespar/Campo Mourão). E-mail de contato:

crispataro@gmail.com

4 Doutorado em História (UFSC). Professor do PPGSeD (Unespar/Campo Mourão). E-mail de contato:

frankmezzzomo@gmail.com

5 É pertinente ressaltar que a pesquisa aqui relatada tem caráter complementar dentro dos estudos realizados pelo grupo de pesquisa Cultura e Relação de Poder, da supracitada instituição de ensino. O grupo possui uma

perspectiva interdisciplinar, produzindo estudos na área de cultura e identidades, além da organização de acervos documentais, relacionando-os as estruturas de poder presentes na sociedade.

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112 fazemos um breve histórico sobre o espaço da ciência e da religião na modernidade; em um segundo momento, buscamos apresentar algumas considerações acerca das concepções de juventude e da religiosidade de jovens universitários, a partir da discussão de outras pesquisas já realizadas acerca da temática. Na sequência, apresentamos o perfil socioeconômico do grupo investigado (jovens estudantes da Universidade Estadual do Paraná, ingressantes em 2014) e, por último, analisamos alguns dados obtidos com o referido trabalho de campo que se propõem a compreender as representações juvenis acerca da constituição de suas identidades.

A CONSTRUÇÃO DA MODERNIDADE E O LUGAR DA RELIGIÃO

O “homem moderno” é produto de um processo histórico caracterizado por dois eventos cruciais: a Reforma Protestante e o iluminismo, que são responsáveis por delinear as distâncias entre a Religião e a Ciência a partir do século XVI (BELLOTTI, 2011). De um lado, o iluminismo instaura o “reino da crítica”, em que tudo passa a ser submetido pela razão, promovendo ainda a crítica à chamada “cidade de Deus, para em seu lugar edificarem a cidade dos homens, natural, secular, ou, quem sabe, a cidade celestial dos filósofos”

(FALCON, 1994, p. 38). De outro lado, a Reforma Protestante abala as estruturas do poderio religioso Cristão como o “único sistema explicativo aceito na sociedade europeia”

(BELLOTTI, 2011, p. 16). Ainda sobre a reforma Protestante, no livro intitulado “Nascimento e Afirmação da Reforma”, Jean Delumeau busca entender as causas da Reforma para além da convencionada ideia de descontentamento com os abusos da Igreja Católica, demonstrando que as causas foram mais profundas do que as devassidões e impurezas às quais a Igreja e, principalmente, os padres, cônegos, monges e freiras, estavam submetidos (DELUMEAU, 1989).

A modernidade se caracteriza, portanto, por um novo pensar, o “pensar racionalmente”, advindo das ideias iluministas, que consiste em criticar, duvidar e permitir que a razão tudo permeie (FALCON, 1994, p. 37). A ciência, a partir de tais pressupostos, acaba por convencer o então “homem moderno” de que as respostas para seus questionamentos e problemas, de todas as espécies, estariam no exercício de investigar e testar hipóteses, sem a interferência do transcendente. Com a crença de que entenderia

“melhor” sua realidade e o que passasse à sua volta, esse homem se afastou das explicações religiosas (ZEPEDA, 2010). A verdade passou a ser privilégio dessa ciência moderna, através

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In: Seminário Internacional de Práticas Religiosas No Mundo Contemporâneo (LERR/UEL), 4, 2016, Londrina. Anais... Londrina: UEL, 2016.

113 da sua forma de interpretar e agir no mundo (ORTIZ, 2001; COSTA, 2002). Nesse período, passou-se a acreditar que as superstições, incluindo as crenças religiosas, traziam infelicidade ao sujeito, na medida em que limitavam sua visão racional (COSTA, 2002, p. 147).

A Revolução Francesa e o período napoleônico, herdeiros das ideias iluministas, são considerados os expoentes que marcam a “secularização irreversível”, contribuindo para a separação entre a Religião e a Ciência, tornando, inclusive, a própria religião um objeto de estudo para a ciência e culminando na perda de privilégios e propriedades para a Igreja Católica, dando-se prioridade ao sistema educacional (BELLOTTI, 2011). Segundo Falcon, apesar de o anticlericalismo ser um elemento fortemente vinculado ao iluminismo francês, isso não é regra para o restante da Europa, por isso mesmo, a própria concepção de secularização, que são impulsionadas a partir do desenvolvimento do período da ilustração, não pode ser entendida como um processo linear e homogêneo. Para Falcon, seria mais exato concebermos várias secularizações, “cada qual com seu próprio ritmo, formando um conjunto diacrônico e desigual, não raro contraditório” (FALCON, 1994, p. 34).

No Brasil, a Constituição de 1891, a primeira da República, veio no caminhar desse processo. Ela estabeleceu a separação entre Igreja e Estado, ou seja, o catolicismo, religião hegemônica nesse período, não poderia mais definir suas premissas como base legal para a sociedade. Assim, acontecimentos da vida cotidiana como nascer, votar, casar, morrer, estudar, não precisariam mais passar pelo seu controle.

Além dessa ruptura, o Estado laico, recém-instituído, preconizou a igualdade entre as religiões e o direito à liberdade religiosa, o que possivelmente facilitou o crescimento de diferentes religiões, colocando o Brasil no mesmo patamar político de outros países comprometidos com ideais semelhantes (GIUMBELLI, 2008).

A temática do pluralismo religioso é discutida na crítica de Pierucci aos sociólogos que estudam o tema da religião, por estarem chegando a conclusões errôneas sobre os “fatos sociais” (no sentido Durkheimiano) oriundos do processo de secularização, como a afirmação de que “a religião não morreu” por conta de novas possibilidades de práticas religiosas surgidas, principalmente, no último quartel do século XX. O autor defende que o

“desencantamento” em Weber seria a religião como supressão da magia, e não seu desaparecimento, “trata-se mesmo é de declínio da religião” (PIERUCCI, 1997, p. 104). Ao perceberem o forte pluralismo religioso presente na sociedade moderna, os sociólogos da religião seriam categóricos ao afirmar que o processo de desencantamento pensado por Weber não ocorreu, porém, para Pierucci, quanto maior a expansão religiosa (pluralismo) maior o

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114 sinal de secularização na sociedade, devido, principalmente, a possibilidade dos indivíduos escolherem como vivenciar sua espiritualidade.

é preciso que entendamos que, por maior que seja a magnitude demográfica dessa mobilização religiosa, por mais que se intensifiquem a adesão e a prática religiosas de pessoas até então desinteressadas e desmobilizadas, por mais que novos grupos religiosos e novas igrejas se formem e agitem o campo com novas energias de combate e conquista, isto não significa de modo algum o fim do processo de secularização. Antes, pelo contrário, ajuda-o, acelera-o. Secularização, para mim, tem que ser vista como desenraizamento dos indivíduos (PIERUCCI, 1997, p. 114).

No caminhar do mesmo raciocínio, contrariando a previsão de que o processo de secularização colaboraria com o arrefecimento da religião, Novaes (2006) destaca que a religião continua “presente na esfera pública e na biografia concreta de milhões de jovens que buscam um sentido religioso, fora, à margem, ou dentro da religião de origem” (NOVAES, 2006, p. 24). A autora reconhece que, apesar do processo de secularização ter ocorrido, não houve homogeneidade em relação a todos os povos, grupos e classes nesse trajeto, pois ele não atingiu da mesma maneira e com a mesma intensidade os diversos segmentos sociais, nem mesmo o espaço acadêmico.

Desse modo, o processo de secularização e a desregulamentação das instituições religiosas, acabariam por permitir aos indivíduos modernos a prática de uma religiosidade

“humana”, possibilitando a vivência de uma “religiosidade crente” ou uma “religiosidade secular” (RIBEIRO, 2004, p.81). Assim, a prática religiosa no ambiente acadêmico deve ser pensada através da prática do pensamento racional pelos indivíduos, com seus métodos e técnicas (JUNQUEIRA, 2013, p. 152).

Ao compartilhar os três tipos de cientistas sociais pensados por Pierucci: o

“religioso praticante”, o “religioso praticante/profissional da religião” e o “puramente acadêmico” (PIERUCCI, 1997, apud NOVAES, 2012, p. 186), Novaes (2012) propõe mais um tipo, apontando a importância de problematizá-lo: “o puramente acadêmico”, aquele

sem vínculos com instituições religiosas – mas que não faz a “objetivação sem complacência” de sua inabalável crença na “secularização” como um

“valor” para o estabelecimento das modernas sociedades republicanas, tal como foi formulado no início do século XX. (NOVAES, 2012, p. 187).

A partir dessas reflexões, podemos perceber a porosidade existente entre o campo religioso e academia (meio científico), possibilitando que muitas das motivações políticas e sociais desses jovens, por exemplo, sejam permeadas pela influência de aspectos religiosos.

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In: Seminário Internacional de Práticas Religiosas No Mundo Contemporâneo (LERR/UEL), 4, 2016, Londrina. Anais... Londrina: UEL, 2016.

115 Consequentemente, teríamos a construção de suas identidades marcadas por esse mesmo processo, levando em consideração suas particularidades, o que os difere em suas subjetividades e a existência de diferentes linhas ideológicas presentes em muitos cursos de ensino superior. É a religião ainda presente no espaço público, sendo parte integrante da construção da história de vida desses jovens (NOVAES, 2006).

JUVENTUDE UNIVERSITÁRIA E COMPREENSÕES RELIGIOSAS

Para que possamos refletir acerca das compreensões religiosas dos jovens universitários da Unespar, é necessário que tenhamos noção de algumas concepções acerca do conceito de “juventude” e suas compreensões religiosas, por meio da literatura disponível.

Interessa analisar os jovens não somente por ocuparem em maior número as universidades, mas, também, por constituírem um grupo marcado por critérios culturais, sociais e históricos específicos, destacados por posicionamentos que pretendem construir

“identidades” no contexto da contemporaneidade. Entendemos que esses jovens são sujeitos sociais que constroem um determinado modo de “ser jovem” e, portanto, não podem ser interpretados sob uma perspectiva de transitoriedade em que a passagem para a vida adulta daria sentido em suas ações presentes (DAYRELL, 2003).

Junqueira (2013), em seu estudo sobre as concepções religiosas de alunos de uma universidade paranaense, entrevistou um grupo de 72 alunos com o intuito de subsidiar a formulação de uma disciplina sobre o assunto. A entrevista revelou percentual de 6% que entendem a religião como uma resposta aos anseios humanos, aos quais outros tipos de conhecimento não conseguem oferecer soluções. Em outra pergunta, 35% dos jovens universitários responderam que se consideravam religiosos, porém através de um modo próprio de experienciar a religião.

Para esse autor, considerar a religião no ambiente da universidade é pensar a religião no ambiente da cultura, por isso buscou observar a especificidade do sentido da experiência religiosa e da fé nesse ambiente. Para ele, a religião compõe o ambiente cultural na medida em que os preceitos religiosos judaico-cristãos serviram de base para a construção da sociedade moderna ocidental (JUNQUEIRA, 2013, p. 150). E vendo a fé como uma consequência subjetiva para o que se apreende pela tradição cumulativa (religião), ela pode ser vista como algo dinâmico, passível de mudanças e transformações.

Analisar as aspirações e práticas religiosas de jovens universitários é importante

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116 porque a Universidade é “ponto de chegada da ascensão social das novas gerações provenientes de suas distintas classes e futuros executores de intervenções públicas, técnicas, sociais e culturais sobre o habitat urbano em foco” (CAMURÇA, 2001, p. 40).

Nessa perspectiva, Ribeiro (2004), realizando uma pesquisa sobre o perfil dos jovens universitários do departamento de Teologia e Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, concluiu que a personalidade dos jovens é “intensa e fluida, e encontra dificuldades em se traduzir em linguagens e ações” (RIBEIRO, 2004, p.

80), se não dispuserem de meios para expressá-la.

Em outro estudo realizado com alunos do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), que objetivava tratar das características religiosas e políticas do grupo, na pergunta: “você tem religião?”, 59,7% dos estudantes responderam que “sim” e 40,3% “não” (CAMURÇA, 2001). Tais declarações intrigaram o autor, na medida em que esses jovens universitários (em sua maioria branca e de classe média) representam a faixa de idade e condição econômica onde “floresce o ideal do individualismo moderno, em que o indivíduo como sujeito autônomo diante de várias opções religiosas, pode exercer sua escolha e decisão de adesão ou rejeição de uma religião por outra” (CAMURÇA, 2001, p. 43), referindo-se nessa parte final a percepção de um crescente pluralismo religioso, defendido por alguns autores.

Steil at al. (2001) também interessou saber de que forma os alunos do curso de Ciências Sociais percebiam a religião e como lidavam com as alternativas religiosas existentes no espaço acadêmico. Dentre outros aspectos, os autores constataram que a manifestação de diferentes religiosidades nesse universo pode causar certo desconforto dentro do grupo.

METODOLOGIA DESENVOLVIDA PARA A PESQUISA

Reconhecendo o recurso metodológico como o conhecimento crítico dos caminhos possíveis do fazer científico (MARTINS, 2004), e que o uso das perspectivas quantitativos ou qualitativos depende diretamente do problema de pesquisa (RAMOS, 2013), nossa pesquisa utilizou de ambas abordagens devido à natureza complexa do tema abordado.

Partimos do pressuposto do paradigma da complexidade para tratar de assuntos que necessitam acessar diversas áreas do conhecimento como a História, Sociologia, Psicologia e Filosofia (MORIN, 1991; ALVARENGA et al., 2011)..

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In: Seminário Internacional de Práticas Religiosas No Mundo Contemporâneo (LERR/UEL), 4, 2016, Londrina. Anais... Londrina: UEL, 2016.

117 A Universidade Estadual do Paraná (Unespar), nosso campo de pesquisa, é uma instituição pública de Ensino Superior, credenciada em dezembro de 2013 e que conta com Câmpus em Apucarana, Campo Mourão, Curitiba, Paranaguá, Paranavaí e União da Vitória, consideradas antes faculdades isoladas. Possui um total de 67 cursos em nível de graduação e quatro cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu.

Por enxergarmos a universidade como uma comunidade intelectual inserida na sociedade e com ela interagindo (FURTADO, 1984), tal instituição se tornou um dos componentes do nosso recorte. Acreditamos que este espaço nos possibilita uma melhor análise do comportamento complexo. Tendo em vista o fato de que os cursos de graduação, contemplados com disciplinas que tratam de diversos contextos/momentos históricos, podem trazer indivíduos com perspectivas interessantes sobre a compreensão de aspectos religiosos.

A pesquisa de campo consistiu na aplicação de um questionário online, por meio da plataforma survey online junto aos alunos ingressantes de todos os cursos de graduação em todos os Câmpus da Unespar, no ano de 2014. No total, 1313 jovens6 ingressantes dos cursos de graduação da Unespar responderam ao referido questionário. Por se tratar de uma ferramenta metodológica que permite atingir grande número de pessoas, construindo amostras representativas do ponto de vista estatístico (VASCONCELOS,2007), o survey online foi utilizado com o intuito de obter informações mais específicas sobre características e opiniões do grupo pesquisado.

PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS JOVENS DA UNESPAR

Do total de ingressantes que responderam ao questionário em 2014, que corresponde à 1313 acadêmicos, 24,82% pertencem ao Câmpus de Paranavaí; 21,47%

Câmpus de Campo Mourão; 16,45% Câmpus de Apucarana; 15,5% Câmpus de União da Vitória; 11,72% Câmpus de Paranaguá, 7,15% Câmpus de Curitiba II e 2,81% Câmpus de Curitiba I.

De todos os respondentes, a maior parte tem idades entre dezoito e vinte anos, sendo 30,69% nascidos em 1996; 19,04% nascidos no ano de 1995 e 11,80% nascidos no ano de 1994, e ainda, 64,20% são do sexo feminino e 35,79% do sexo masculino.

A cor/etnia predominante é branca, correspondendo à 70,60% dos participantes,

6 A idade considerada foi a definida pelo Estatuto da Juventude (2013) em seu Art. 1o, parágrafo 1o, delimitada entre 15 e 29 anos.

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118 logo depois vem a cor/etnia parda com 21,09%, a cor/etnia negra com 5,33% e, por último, a cor/etnia amarela com 2,20% dos respondentes.

Quanto ao perfil socioeconômico dos universitários da Unespar, destacamos que, na questão “Quem sustenta financeiramente a sua casa?”, 32,76% assinalaram a opção “Eu”;

o “Pai” (59,93%) e a “Mãe” (54,53%) como responsável financeiramente pela casa. Ainda, sobre a questão “Quem mora na sua casa? ”, 70,14% afirmaram morar com a Mãe; 53,16%

com o Pai e apenas 4,79% moram sozinhos. Quanto à renda total assinalada pelos participantes, 44,55% afirmaram receber entre R$ 1448,01 e R$ 3620,00 (2 a 5 salários mínimos); 24,75% entre R$ 724,01 e R$ 1448,00 (1 a 2 salários mínimos) e 20,25% que recebem entre R$ 3620,01 e R$ 7.240,00 (5 a 10 salários mínimos)7.

ANÁLISE DOS DADOS: JUVENTUDE, RELIGIOSIDADE E UNIVERSIDADE EM PERSPECTIVA

Entendendo a juventude como uma fase da vida em que as mudanças acontecem mais rapidamente, onde muitos processos que ocorrem com a maior parte dos indivíduos ao longo de suas vidas podem ser observados mais facilmente nesse período (RIBEIRO, 2016), questões como anseios pessoais, preocupação com o futuro, definição de uma identidade e realização pessoal, podem ganhar máxima importância. Esse período seria uma fase de experiências concentradas, uma espécie de “Intensivão para vida adulta”.

Mas, o que é “ser jovem?” Essa é uma pergunta que dificilmente chegaremos a um consenso. Fernandes (2013) adverte para a especificidade dessa definição, ressaltando que:

para estudar os jovens temos que partir de categorias abertas, sem definições rigidamente estabelecidas, mas levando-se em conta, principalmente, a existência de uma materialidade a ser assumida nas abordagens interpretativas. Descobrir seus campos simbólicos representativos e os elementos da realidade social que se apresentam como variáveis mais relevantes em contexto de pluralização constitui-se como um desafio teórico metodológico. (FERNANDES, 2013, p. 27).

Ribeiro (2016) fala em “Juventudes” como um conceito polissêmico, devido à diversidade de perspectivas possíveis do que é “ser jovem” do ponto de vista da sociedade na contemporaneidade e pelos próprios jovens (RIBEIRO, 2016, p.128). Em seu estudo, o autor

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In: Seminário Internacional de Práticas Religiosas No Mundo Contemporâneo (LERR/UEL), 4, 2016, Londrina. Anais... Londrina: UEL, 2016.

119 tenta identificar as motivações para a vivência religiosa entre os jovens universitários da PUC de São Paulo. Com sua pesquisa, percebeu que, ao contrário da suposição de que os jovens se distanciaram da religião na modernidade avançada (GIDDENS, 1991), as práticas religiosas estão fortemente presentes em seus cotidianos, através do desenvolvimento de intensa religiosidade, sendo pano de fundo para a passagem para a vida adulta e dando sentido aos acontecimentos de suas vidas (RIBEIRO, 2016, p.122). O autor destaca, também, que muitos jovens não se renderam ao consumismo desenfreado, como apela o senso comum, e continuaram a valorizar preceitos religiosos, desenvolvendo intensa espiritualidade (RIBEIRO, 2016, p.121). Variante que precisa continuar a ser tratada, pois, afinal, não nos parece duas coisas excludentes: a espiritualidade eliminaria o consumismo? E o inverso também ocorria?

Acreditamos ser enriquecedor partir da definição que os próprios jovens dão sobre o que é ser jovem, suas prioridades e aquilo que julgam mais importantes. No questionário aplicado junto aos jovens da Unespar em 2014, por exemplo, em uma das perguntas de resposta múltipla com treze opções (escolha máxima de 3) “Quais são as três melhores coisas de ser jovem?”, 68,3% optaram por “ter um futuro pela frente” e na pergunta seguinte “Quais são as três piores coisas de ser jovem?, a resposta “a preocupação com o futuro” contabilizou 65,6% das escolhas. Percebe-se, aqui, certa insegurança dos jovens sobre o porvir.

Em uma das questões abertas de nosso questionário, perguntamos se “Há alguma questão que não foi abordada que você gostaria de comentar/acrescentar?”, e encontramos respostas do tipo: “Talvez o melhor de ser jovem seja descobrir em fim o que quer ser pro resto da vida. Enfim se encontrar” (Universitário no 27); e “Define [Defina] o que é a vida.

Define [Defina] qual é o teu objetivo na vida/aonde quer chegar e porque. Perguntar se somos felizes e dar [pedir] argumentos” (Universitário no 38). Colocações que, novamente, demonstram preocupação com futuro, com a realização pessoal e com a definição de uma identidade.

A construção de uma identidade fica evidente quando, em uma das perguntas de opção ponderada, onde os universitários do nosso recorte deveriam elencar as afirmações por intensidade, 67,4% deram grau máximo a “Cabe principalmente a mim definir os rumos da minha vida”. No estudo realizado por Oliveira e Panasiewicz (2014) com alunos dos cursos de graduação da PUC de Minas Gerais, quetambém contou com a aplicação de um questionário online com perguntas para o cotidiano na universidade, tendo como principal a análise da dimensão religiosa,os autores destacam que há um embate natural de estilos de vida quando o

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120 jovem entra na universidade, porque está saindo de um período de consolidação de sua imagem pessoal, de valores e comportamentos que conseguiu construir no período de sua adolescência. Esses jovens, com seus costumes e visão de mundo, passam a conviver com outros jovens, com outro nível de acesso a informação e com certa obrigatoriedade para fazer escolhas. “E é evidente que isso inclui a religiosidade – pendor humano para a experiência do transcendente” (OLIVEIRA; PANASIEWICZ, 2014, p. 1161).

Dentre as possibilidades de declarar seu vínculo religioso, os universitários da Unespar disseram ser: 53,1% praticantes do catolicismo, 17%de denominações evangélicas, 1,7% espíritas, 0,5% praticantes das religiões afro-brasileiras e 4,8% afirmaram ser ateus.

Números que vão ao encontro de uma vivência religiosa relevante entre esses jovens, já que 72,3% indicam, de alguma forma, a vinculação a alguma instituição religiosa.

Já nas questões de opções ponderadas, 65,8% dos jovens indicaram concordar totalmente com a afirmação: “Ter fé é mais importante que ter crenças e religiões”, e 77%

com a frase “Percebo Deus como um ser superior”. Nesse ponto percebemos, novamente, a relevância que a crença em algo transcendente tem para esses jovens. Recorrendo novamente a Ribeiro (2016), podemos verificar que “Essas representações [de Deus] também manifestam dinâmicas da religiosidade, o modo como ela processa as principais vivências, aspirações e contradições da juventude. Em meio a isso tudo, cada jovem vive intensamente sua fase e enfrenta desafios decorrentes de sua biografia individual” (RIBEIRO, 2016, p. 126).

Refletindo sobre essa dinâmica religiosa e suas possibilidades de escolha, juntamente com a análise dos dados da nossa pesquisa, observamos coerência com a literatura apresentada, onde os jovens apresentam uma postura de aprovação ao fluxo religioso. Em uma das questões de opção ponderada, onde os universitários deveriam elencar as afirmações por intensidade, 41,2% declararam discordar totalmente da assertiva “As pessoas devem ter só uma religião/crença e seguir suas orientações”, indicando serem/estarem abertos/favoráveis a novas experiências no âmbito religioso. E em outro estilo de pergunta onde os pesquisados deveriam escolher apenas uma das opções indicadas, 16,2% afirmaram ter mudado de religião pelo menos uma vez.

Esse possível trânsito religioso pode ser compreendido pela busca incessante do indivíduo por satisfação e por segurança nas diversas áreas da vida. “Assim, o trânsito religioso vira uma constante, pois a insatisfação e a incerteza são crescentes e a busca pela satisfação e pela segurança sustenta esse movimento” (OLIVEIRA; PANASIEWICZ, 2014, p.

1167). E mesmo ocorrendo essa movimentação, a maior parte dos jovens ainda valoriza a

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In: Seminário Internacional de Práticas Religiosas No Mundo Contemporâneo (LERR/UEL), 4, 2016, Londrina. Anais... Londrina: UEL, 2016.

121 experiência religiosa, como mostram nossos dados, porém, escolhendo como vivenciar sua religiosidade.

CONCLUSÃO

Verificamos que os jovens respondentes de nossa pesquisa se encontravam bem distribuídos entre os Câmpus da Unespar, com ressalva aos de Curitiba I e II que ficaram com porcentagens mais baixas (7,15% e 2,81%). Constatamos, ainda, que, dentre outros aspectos, a maior parte desses estudantes é do sexo feminino, de etnia branca, religiosa e de denominação cristã.

Apresentamos a “juventude” como um conceito passível de diversas perspectivas (FERNANDES, 2013; RIBEIRO, 2016) que, em grande parte, não afastou esses jovens das práticas e vivências do universo religioso. Jovens que buscam o protagonismo de suas vidas através da possibilidade de fazer escolhas (OLIVEIRA; PANASIEWICZ, 2014), inclusive as de cunho espiritual, e da construção de identidades “flexíveis” num contexto da modernidade avançada (GIDDENS, 1991), mas que ainda demonstram preocupação com o futuro e com possibilidade de não serem felizes.

Notamos, também, uma dinâmica religiosa que nos evidencia que 65,8%

acreditam ser mais importante ter fé do que ter crenças e pertencimentos religiosos; já 77%

dos respondentes percebem Deus como um ser Superior. Assim, identificamos pela amostra de dados de nossa pesquisa maior valorização da experiência religiosa individual, em uma vivência que não necessariamente estaria vinculada a instituições religiosas. Para Fernandes (2010), tendo como base o processo de individualização, que se apresenta como característico das religiões nas sociedades ocidentais, “as escolhas religiosas não ocorrem necessariamente pelo intermédio da tradição, mas antes, em função de necessidades individuais, de busca de bem-estar” (FERNANDES, 2010, p. 23).

Assim, ao interpretar as concepções religiosas diversas, ligadas tanto ao mundo objetivo quanto ao mundo subjetivo desses estudantes, percebemos que eles permanecem ligados a preceitos e práticas religiosas que acabam sendo, também, “pano de fundo” na construção de suas narrativas de vida e ferramenta filosófica para superar momentos de incerteza e dificuldades.

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122 REFERÊNCIAS

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