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1 1. Todo homem de bom juízo, depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens.

Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um sentimento de a) gosto pela aventura.

b) fascínio pelo fantástico.

c) temor do desconhecido.

d) interesse pela natureza.

e) purgação dos pecados.

2. A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos.

K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: "Diversidade na educação: reflexões e experiências". Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.

Com relação ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que

a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente.

b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente.

c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil.

d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna.

e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa.

3. No final do século XV, Espanha e Portugal foram os primeiros países europeus a promoverem a expansão marítima europeia, chamada também de as Grandes Navegações. As razões desse pioneirismo estão relacionadas

a) à enorme quantidade de capitais acumulados nesses dois países através do renascimento comercial no século XIV.

b) ao processo de fortalecimento da burguesia comercial que estava ocupando o poder tanto na Espanha quanto em Portugal.

c) ao desenvolvimento industrial dos dois países, que os forçou a buscar novos mercados consumidores e fornecedores de matéria-prima.

d) ao espírito aventureiro de portugueses e espanhóis desenvolvido durante a Guerra de Reconquista contra os mouros.

e) à centralização monárquica e ao fato de a nobreza desses dois países estar fortalecida, ao contrário de outras nobrezas europeias, conseguindo, assim, financiar o projeto de expansão marítima.

4. No início do século XIV, a China era a maior potência mundial e empenhava-se intensamente na expansão marítima e comercial, chegando à Índia, quase um século antes de Cabral. Os chineses estiveram no sul da África Oriental e no Mar Vermelho, enquanto os portugueses mal iniciavam sua exploração na costa norte da África. Entretanto, antes de 1440, a expansão marítima chinesa estagnou. Aponte, dentre as opções abaixo, aquela que apresenta a causa para o sucesso da exploração marítima portuguesa.

a) O fato de os portugueses não terem desenvolvido tecnologias relacionadas à navegação ultramarina não afetou suas ações exploratórias.

b) Em Portugal, a centralização monárquica só ocorreria no final do Século XIII, sendo este fato de pouca influência no processo exploratório dos portugueses além-mar.

c) As finanças portuguesas não estavam estabilizadas e dificultaram os investimentos necessários para os projetos relacionados às navegações, o que fez com que D. Henrique procurasse financiamento público com os soberanos espanhóis.

d) Portugal, apesar da guerra de emancipação política com a Espanha, manteve a busca por conhecimento para a consecução das grandes navegações.

e) Em Portugal, as explorações foram conduzidas com recursos de empresas comerciais privadas e apoio governamental.

5. Ao observamos mapas ou relatos de viajantes dos séculos XV e XVI, é comum encontrarmos referências a seres fantásticos, descritos, muitas vezes, como monstros sem olhos ou nariz, com uma perna ou com corpo desproporcional.

A existência destes seres na África, Ásia e América foram relatados por diversos navegadores da época.

Tais relatos são considerados indicativos do(a):

(2)

2 a) intenção explícita dos cartógrafos que, ao fazerem os mapas, desenhavam seres monstruosos para desencorajar

novos exploradores.

b) movimento iluminista, que se estabelecia especialmente a partir do contato com novos povos e sociedades.

c) visão de mundo da sociedade europeia da época, que ainda não era pautada pela observação científica e analítica da natureza e da cultura.

d) influência da mitologia céltica, cujo legado pode ser fortemente observado nos vitrais que ornamentavam as igrejas e catedrais ao longo de toda a baixa Idade Média.

e) versão evolucionista, que demarcava a especificidade da civilização europeia em relação à americana ou à africana.

6. A nação europeia que, na Idade Moderna, estabeleceu o primeiro império colonial foi a) Espanha.

b) Inglaterra.

c) Itália.

d) Portugal.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.

A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.

(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)

7. A afirmação de que os primeiros traços da presença europeia na América foram “o prelúdio da ocidentalização” e

“uma das primeiras etapas da globalização” é correta porque a conquista do continente americano representou a) a definição da superioridade militar e religiosa do Ocidente cristão e o início da perseguição sistemática a judeus e

muçulmanos.

b) a demonstração da teoria de Cristóvão Colombo sobre a esfericidade da Terra e o fracasso dos novos instrumentos de navegação.

c) o encerramento das relações comerciais da Europa com o Oriente e o imediato declínio da venda das especiarias produzidas na Índia.

d) o encontro e o choque entre culturas e o gradual deslocamento do eixo do comércio mundial para o Oceano Atlântico.

e) o avanço da monetarização da economia e o lançamento de projetos de regulação e controle centralizado do comércio internacional.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.

As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando a geografia, as condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas, os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam pessoas que chegavam às praias, levando-as para os navios para serem vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, seguidores das leis de Maomé, considerados inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os povos encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos, mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no entender dos portugueses da época também podiam ser escravizados, pois ao se converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas na vida além desta.

(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

8. O texto caracteriza

a) o mercado atlântico de africanos escravizados em seu período de maior intensidade e o controle do tráfico pelas Companhias de Comércio.

(3)

3 b) o avanço gradual da presença europeia na África e a conformação de um modelo de exploração da natureza e do

trabalho.

c) as estratégias da colonização europeia e a sua busca por uma exploração sustentável do continente africano.

d) o caráter laico do Estado português e as suas ações diplomáticas junto aos reinos e às sociedades organizadas da África.

e) o pioneirismo português na expansão marítima e a concentração de sua atividade exploradora nas áreas centrais do continente africano.

9. A colonização do Novo Mundo na época moderna apresenta-se como peça de um sistema, instrumento da acumulação primitiva, da época do capitalismo mercantil. Na realidade, nem toda colonização se desenrola dentro das travas do sistema colonial, pois a colonização inglesa na América do Norte, colônias de povoamento, deu-se fora dos mecanismos definidores do sistema colonial mercantilista.

Fernando Novais. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial, 1989. Adaptado.

A partir do texto, é correto afirmar que

a) coexistem, no processo de colonização na Idade Moderna, dois tipos de colônias: as de exploração e as de povoamento, sendo estas as mais encontradas, uma vez que se baseiam em pequena propriedade, trabalho livre e mercado interno; além disso, o Antigo Sistema Colonial garantia superlucros às respectivas metrópoles.

b) dois tipos de colonização significam a coexistência de dois processos históricos diferentes, um ligado à Idade Média e outro ligado à Idade Moderna, com características semelhantes, como o comércio triangular, a grande e a pequena propriedades, o autogoverno e o exclusivo metropolitano.

c) a colonização de povoamento, típica do Sistema Colonial Mercantilista, baseia-se em grande propriedade, trabalho escravo e produção voltada para o mercado externo, o que implica o exclusivo metropolitano como base das relações entre Metrópole e Colônia.

d) os dois tipos de colonização, de exploração e de povoamento, explicam-se por processos diferentes: a de exploração está ligada à acumulação de riqueza para a Metrópole moderna, com grande propriedade e trabalho escravo, enquanto a colonização de povoamento liga-se à Metrópole industrializada.

e) o sentido profundo da colonização moderna é comercial e capitalista, pois as colônias de exploração, típicas do Antigo Sistema Colonial, nasceram para as Metrópoles acumularem riqueza; e é dentro desse processo de análise de conjunto que se torna inteligível a existência do outro tipo, a colonização de povoamento.

10.

Considerando o mapa e o contexto histórico, é correto constatar que essas viagens

a) estabeleceram as bases de uma economia planetária, com plena integração comercial entre as diversas partes do mundo.

b) contribuíram para a globalização, ao conectar partes do mundo que até então se ignoravam ou não se ligavam diretamente.

c) resultaram de equívocos e erros de navegação, mais do que de cálculos ou de um projeto expansionista organizado.

d) representaram a ampliação da hegemonia romana sobre o planeta, iniciada na Antiguidade Clássica.

e) tiveram por objetivo a aquisição de escravos, daí privilegiarem rotas na direção da África e da Ásia.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

(4)

4

“O Descobrimento da América, no quadro da expansão marítima europeia, deu lugar à unificação microbiana do mundo.

No troca-troca de vírus, bactérias e bacilos com a Europa, África e Ásia, os nativos da América levaram a pior. Dentre as doenças que maior mortandade causaram nos ameríndios estão as 'bexigas', isto é, a varíola, a varicela e a rubéola (vindas da Europa), a febre amarela (da África) e os tipos mais letais de malária (da Europa mediterrânica e da África).

Já a América estava infectada pela hepatite, certos tipos de tuberculose, encefalite e pólio. Mas o melhor 'troco' patogênico que os ameríndios deram nos europeus foi a sífilis venérea, verdadeira vingança que os vencidos da América injetaram no sangue dos conquistadores. Traços do trauma provocado por essas doenças parecem ter-se cristalizado na mitologia indígena. Quatro entidades maléficas se destacavam na religião tupi no final do Quinhentos:

Taguaigba ('Fantasma ruim'), Macacheira ou Mocácher ('O que faz a gente se perder'), Anhanga ('O que encesta a gente') e Curupira ('O coberto de pústulas'). É razoável supor que o curupira tenha surgido no imaginário tupi após o choque microbiano das primeiras décadas da descoberta.”

Luiz Felipe de Alencastro. “Índios perderam a guerra Bacteriológica”.

Folha de S. Paulo, 12.10.1991, p. 7. Adaptado.

11. O texto expõe uma das características mais importantes da expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI, a) seu esforço saneador, que garantiu o acesso das populações americana, asiática e africana aos avanços técnicos

europeus.

b) sua dimensão eurocêntrica, que assegurou uma dominação pacífica da América e da África pelos conquistadores europeus.

c) seu caráter globalizador, que permitiu articular os continentes, estabelecendo maior circulação de pessoas e mercadorias.

d) sua concepção lógica, que orientou o planejamento minucioso da conquista, evitando que os europeus enfrentassem imprevistos.

12. “Mas Colombo não estava tão longe de certas concepções correntes durante a Idade Média acerca da realidade física do Éden, que descresse de sua existência em algum lugar do globo. E nada o desprendia da ideia, verdadeiramente obsessiva em seus escritos, de que precisamente as novas Índias, para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na orla do Paraíso Terreal.”

Sergio Buarque de Holanda. Visão do Paraíso. São Paulo: Editora Nacional, 1985, p. 15.

A partir do texto, é possível afirmar que Colombo

a) simbolizava o conquistador moderno, marcado pela valorização da razão, da aventura e do sucesso individual.

b) demonstrava a persistência, durante o período da expansão marítima, de traços de uma mentalidade mística e fabulosa.

c) simbolizava o conquistador moderno, movido pela ganância financeira e pela busca incessante de novos mercados.

d) demonstrava a persistência, em meio à conquista europeia do Atlântico, da lógica maniqueísta do pensamento medieval.

13. Sobre a conquista espanhola da América nos séculos XV e XVI, assinale a afirmativa CORRETA.

a) Da conquista participaram soldados, clérigos, cronistas, marinheiros, artesãos e aventureiros, motivados pelo desejo de encontrar riquezas como o ouro e a prata e também de expandir a fé católica expulsando os muçulmanos da América.

b) O ano de 1492 foi crucial não só pela chegada de Colombo à América, como também pela conclusão da unidade da monarquia espanhola levada adiante pelos reis católicos com a conquista de Granada, último reduto muçulmano na península.

c) Hernán Cortés conquistou facilmente o império Asteca, na região do alto Peru, à época governado por Montezuma, com quem se aliou para derrotar outros povos indígenas que resistiram à dominação espanhola.

d) Desde o início da conquista, os indígenas contaram com a proteção da Igreja católica que os reconhecia como seres humanos que possuíam alma e, portanto, não deveriam ser subjugados.

e) O Império Inca, no México, foi conquistado por Francisco Pizarro, que enfrentou uma longa resistência dos exércitos indígenas, militarmente superiores e profundos conhecedores do território em que viviam.

14. Luís Vaz de Camões, um dos maiores nomes do Renascimento Cultural português, imortalizou, em sua principal obra, a viagem de Vasco da Gama às Índias.

“Já no largo Oceano navegavam, As inquietas ondas apartando;

Os ventos brandamente respiravam, Das naus as velas côncavas inchando;

Da branca escuma os mares se mostravam

(5)

5 Cobertos, onde as proas vão cortando

As marítimas águas consagradas, Que do gado de Próteo são cortadas.”

(CAMÕES. Os Lusíadas. Verso 19)

Assinale a alternativa que apresenta corretamente elementos relativos à participação de Portugal na expansão marítima europeia nos séculos XV e XVI.

a) O total apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei português, visando à expansão econômica e religiosa que a expansão marítima iria concretizar.

b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século XV; para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, trazia cargos e pensões; e, para a Igreja Católica, representava maior cristianização dos "povos bárbaros".

c) O pioneirismo português se deveu mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásticas, do que a fatores próprios do processo histórico, econômico, político e social de Portugal.

d) A expansão marítima, embora contasse com o apoio entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários.

e) A burguesia, ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, conseguiu manter a independência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na expansão.

15. As viagens mercantis e os descobrimentos de rotas marítimas e de terras além-mar ocorridas no que conhecemos por expansão europeia, mudou o mundo conhecido até então. Foram etapas na conquista dos novos caminhos, rotas e descobrimentos os seguintes eventos:

1. Bartolomeu Dias atingiu a extremidade sul do continente africano, nomeando-a de Cabo das Tormentas.

2. Fernão de Magalhães, português, deu início à primeira viagem ao redor da Terra.

3. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.

4. Conquista de Ceuta pelos portugueses.

5. Cristóvão Colombo descobriu o que julgou ser o caminho para as Índias, mas na verdade havia aportado em terras desconhecidas.

A sequência cronológica correta dos fatos listados é a) 1, 2, 3, 4 e 5.

b) 3, 5, 4, 1 e 2.

c) 5, 2, 1, 4 e 3.

d) 2, 4, 1, 5 e 3.

e) 4, 1, 5, 3 e 2.

16. Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações oceânicas dos séculos XV e XVI, podem-se citar a) a influência árabe na Península Ibérica e a parceria com os comerciantes genoveses e venezianos.

b) a centralização monárquica e o desenvolvimento de conhecimentos cartográficos e astronômicos.

c) a superação do mito do abismo do mar e o apoio financeiro e tecnológico britânico.

d) o avanço das ideias iluministas e a defesa do livre-comércio entre as nações.

e) o fim do interesse europeu pelas especiarias e a busca de formas de conservação dos alimentos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Para responder à(s) quest(ões) a seguir, considere o texto abaixo.

(...) os mitos e o imaginário fantástico medieval não foram subitamente subtraídos da mentalidade coletiva europeia durante o século XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sousa, “parece lícito considerar que, conhecido o Índico e desmitificado o seu universo fantástico, o Atlântico passará a ocupar papel análogo no imaginário do europeu quatrocentista”.

(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, projeções e descobertas portuguesas no Índico (1498- 1554). São Paulo: Annablume, 2010, p. 197)

17. O imaginário que povoou as crenças dos viajantes no contexto da expansão marítima europeia pressupunha a a) presença de perigos mortais advindos de forças sobrenaturais no então denominado Mar Sangrento ou Vermelho

em função do número de tragédias que ocorriam durante sua travessia.

b) certeza de que o chamado Mar Oceano se conectava ao Pacífico, por meio de uma passagem que posteriormente seria nomeada como Estreito de Gibraltar.

(6)

6 c) existência de monstros marinhos, ondas gigantescas e outros tipos de ameaça no chamado Mar Tenebroso, como

era conhecido o Atlântico.

d) dúvida em relação à possibilidade de circunavegação da terra, pois a primeira volta completa ao mundo só ocorreu no final do século XVI, quando Colombo prosseguiu em sua busca de uma rota para as Índias.

e) necessidade de que em toda expedição houvesse um padre e um grande crucifixo, artifícios que impediriam qualquer ameaça durante a travessia, inclusive epidemias como o escorbuto, causadas pela falta de higiene.

(7)

7 Gabarito:

Resposta da questão 1:

[C]

As viagens ultramarinas do século XV foram rodeadas de expectativas com relação aos perigos que podiam ser encontrados no mar. Monstros marinhos, rodamoinhos gigantescos que “engoliam” embarcações, pontos de tempestades que nenhum navio atravessaria e a queda profunda ao se alcançar a linha do horizonte eram alguns dos medos dos navegantes.

Resposta da questão 2:

[D]

O texto retrata os primórdios da exploração europeia da África, realizada pelos portugueses à época das grandes navegações e da colonização do Brasil. A exploração através de feitorias não se caracterizou como um processo de colonização, apesar de garantir grandes lucros à Portugal responsável pelo tráfico negreiro. A colonização africana pelos europeus ocorreu durante a segunda metade do século XIX e estendeu-se até o período subsequente à Segunda Guerra Mundial.

Resposta da questão 3:

[E]

Somente a proposição [E] está correta. Os países ibéricos foram os primeiros a investir nas Grandes Navegações.

Portugal foi o primeiro Estado Moderno a surgir, nasceu no ano de 1139 no contexto das Guerras de Reconquista. A Espanha surgiu no ano de 1492, logo após a expulsão dos últimos árabes da região de Granada no Sul da Espanha.

A precoce centralização do poder e a aliança entre rei e burguesia favoreceram a Península Ibérica no projeto marítimo- comercial.

Resposta da questão 4:

[E]

Alguns fatores explicam o pioneirismo e o sucesso das navegações portuguesas na transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. Dentre esses fatores podemos citar a aliança entre a Monarquia recém instaurada e a burguesia marítima portuguesa. Tal aliança apoiou e financiou o projeto de expansão marítima em Portugal.

Resposta da questão 5:

[C]

Somente a alternativa [C] está correta. Havia no imaginário do homem europeu medieval, a existência de monstros marinhos, animais estranhos, dragões, entre outros. Esse imaginário aparece no relato dos viajantes europeus nos séculos XV e XVI no contexto das Grandes Navegações. Na Idade Moderna com o avanço da ciência, essa mentalidade foi superada.

Resposta da questão 6:

[D]

No ano de 1139 surgia na Europa o primeiro Estado Nacional Moderno, a nação portuguesa governada pela dinastia de Borgonha. Em 1415, Portugal deu início às Grandes Navegações com a tomada de Ceuta, em 1498 Vasco da Gama chegou às Índias e em 1500 Cabral “descobriu” o Brasil.

Resposta da questão 7:

[D]

As Grandes Navegações podem ser consideradas uma etapa da Globalização devido ao (1) fato de que proporcionou um encontro entre diferentes etnias e povos, ainda que tenha ocorrido o massacre dos americanos pelos europeus e (2) ao aumento da circulação de produtos no eixo do Oceano Atlântico, inaugurando o que podemos chamar de comércio global.

Resposta da questão 8:

[B]

O texto faz dois destaques: (1) o início e a ampliação da relação entre o branco europeu e o negro africano e (2) as consequências para os africanos desse contato, em especial o desrespeito à liberdade religiosa e a prática do escravismo comercial.

(8)

8

Resposta da questão 9:

[E]

Durante o processo de colonização iniciado no século XV, surgiram dois tipos de colônia: as de exploração, voltadas para o enriquecimento da Metrópole, e as de povoamento, onde existia relativo afrouxamento do Pacto Colonial.

Resposta da questão 10:

[B]

Somente a proposição [B] está correta. O mapa representa o contexto das Grandes Navegações no século XV quando os europeus realizaram diversas viagens e, através delas, ampliaram seus conhecimentos sobre o mundo, aperfeiçoaram os mapas, aproximaram regiões do ponto de vista do comércio e da cultura contribuindo para o processo de globalização.

Resposta da questão 11:

[C]

Somente a alternativa [C] está correta. O texto do historiador Luiz Felipe de Alencastro faz referência as Grandes Navegações que ocorreram nos séculos XV e XVI dando início ao processo denominado “Globalização”. Estas viagens partiram do continente Europeu em direção ao Oriente e Ocidente aproximando Europa, América, Ásia e África. Quase sempre os textos sobre esta temática mencionam o contato entre estas civilizações no âmbito da economia e da cultura.

O excerto de Luiz Felipe Alencastro aponta para a guerra bacteriológica na qual os ameríndios também levaram a pior.

Resposta da questão 12:

[B]

O texto deixa claro que mentalidades da época da Idade Média, que versavam sobre tormentas, monstros e eldorados, sempre de maneira mística, ainda tinham corpo e voz na Idade Moderna, na época das Grandes Navegações, quando navegadores como Colombo temiam monstros nos oceanos e apostavam na existência de paraísos no além-mar.

Resposta da questão 13:

[B]

A Guerra de Reconquista possibilitou a unificação da Monarquia Espanhola. Essa unificação consolidou o absolutismo espanhol e, assim, houve a aplicação dos esforços da Coroa nas Grandes Navegações, que acabou por levar os europeus à América.

Resposta da questão 14:

[B]

A questão remete às Grandes Navegações que ocorreram no século XV, sendo Portugal o pioneiro neste processo histórico. Ocorreu uma aliança entre rei e burguesia em Portugal durante a dinastia de Avis. Em 1415 começaram as Grandes Navegações com a tomada de Ceuta, no norte da África. A expansão marítima comercial se deu a partir de vários interesses de distintos grupos sociais. O objetivo deste empreendimento era a busca de metais preciosos e um caminho alternativo para chegar até as Índias. Para o rei representava mais recursos para o Estado Nacional. Para a burguesia, comércio e lucro. Para a nobreza, terras, rendas e pensões. Para a Igreja, expandir a fé católica.

Resposta da questão 15:

[E]

A questão remete às Grandes Navegações que ocorreram nos séculos XV e XVI. A sequência correta é:

- Tomada de Ceuta, em 1415.

- Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperança em 1488.

- Colombo chegou na América em 1492.

- Cabral chegou ao Brasil em 1500.

- Viagem de Fernão de Magalhães em 1519-1522.

Resposta da questão 16:

[B]

A precoce formação monárquica (século XII) e as aptidões marítimas da dinastia dos Avis (conhecimentos cartográficos e astronômicos) são algumas as explicações para o pioneirismo português nas Grandes Navegações.

Resposta da questão 17:

(9)

9 [C]

No imaginário coletivo que rodeava os navegantes durante a Expansão Marítima, o oceano Atlântico, conhecido como Mar Tenebroso, seria um lugar com ondas gigantescas que engoliam os barcos, precipícios sem fim por onde os barcos desapareciam e monstros marinhos que assombravam os navegantes.

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