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PROCESSO Nº TST-ARR A C Ó R D Ã O (6ª Turma) GMACC/coa/ils/mrl/m

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Academic year: 2021

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(1)Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. A C Ó R D Ã O (6ª Turma) GMACC/coa/ils/mrl/m. I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. NULIDADE. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. REQUISITOS DO ART. 896, § 1º-A, DA CLT, NÃO ATENDIDOS. Confirmada a ordem de obstaculização do recurso de revista, na medida em que não demonstrada a satisfação dos requisitos de admissibilidade, insculpidos no art. 896 da CLT. Agravo de instrumento não provido. II - AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. TRANSPORTE DE VALORES. Agravo de instrumento provido ante possível violação do art. 5º, V, da Constituição Federal. III - RECURSO DE REVISTA SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. BANCÁRIO. TRANSPORTE DE VALORES. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. MAJORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. A jurisprudência desta Corte vem admitindo a interferência na valoração do dano moral com a finalidade de ajustar a decisão aos parâmetros da razoabilidade e da proporcionalidade contidos no art. 5º, V, da Constituição Federal. De fato, diversos são os critérios adotados para fixar a indenização por danos morais, afinal ela não tem como único objetivo a compensação do dano moral sofrido pelo trabalhador, mas também de servir como uma razoável carga pedagógica a fim de inibir a reiteração de atos do empregador que afrontem a dignidade humana. Na fixação da compensação pecuniária do dano moral, devem ser observados os princípios da razoabilidade, proporcionalidade e equidade. Para tanto, devem ser adotados critérios e parâmetros que considerem o ambiente cultural, as Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131.

(2) fls.2. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 circunstâncias em que ocorreu o ato ilícito, a situação econômica do ofensor e do ofendido, a gravidade do ato, a extensão do dano no lesado e a reincidência do ofensor. Por outro lado, deve-se ficar atento para o enriquecimento do ofendido e a capacidade econômica do ofensor, a fim de que o valor estabelecido não seja tão grande que se converta em fonte de enriquecimento, nem tão pequena que se torne inexpressiva. No caso em tela, ante o contexto de se tratar de transporte de valores por empregado bancário, no que tange ao quantum indenizatório, a jurisprudência desta Sexta Turma, em casos semelhantes, é no sentido de fixar como indenização por danos morais o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido.. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista com Agravo n° TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131, em que é Agravante e Recorrente BANCO BRADESCO S.A. e Agravado e Recorrido LUANA MACEDO RAFAEL DANTAS. Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão mediante a qual se denegou seguimento ao recurso de revista. Procura-se demonstrar a satisfação dos pressupostos para o processamento do recurso obstado. Contraminuta ao agravo de instrumento e contrarrazões ao recurso de revista foram apresentadas às fls. 1.588-1.596 e 1.600-1.607 (numeração de fls. verificada na visualização geral do processo eletrônico – “todos os PDFs” – assim como todas as indicações subsequentes). Os autos não foram enviados ao Ministério Público do Trabalho, por força do artigo 95 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho. Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(3) fls.3. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 É o relatório. V O T O I – AGRAVO DE INSTRUMENTO 1 – CONHECIMENTO O agravo de instrumento é tempestivo, está subscrito por advogado habilitado nos autos, bem como apresenta regularidade de traslado. Conheço. Convém destacar que o apelo obstaculizado rege-se pela Lei 13.015/2014, tendo em vista haver sido interposto contra decisão publicada em 10/10/2017, após o início de eficácia da aludida norma, em 22/09/2014. 2 – MÉRITO O reclamado interpôs recurso de revista às fls. 1.462-1.491. Por meio da decisão de fls. 1.524-1.529, o Tribunal a quo denegou seguimento ao recurso de revista. Ficou consignado na decisão agravada, in verbis: “RECURSO DE: BANCO BRADESCO SA Preliminarmente, defiro o requerimento de fl. 740v, a fim de que as publicações sejam realizadas exclusivamente em nome da advogada Carla Elisângela Ferreira Alves Teixeira, OAB-BA 18.855, constituída mediante procuração nos autos. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Tempestivo o Recurso (Decisão publicada em 11/10/2017 fl./Seq./Id. 715; protocolado em 19/10/2017 - fl./Seq./Id. 726). Regular a representação processual, fl./Seq./Id. 750v/751v. Satisfeito o preparo - fls./Seqs./Ids. 579, 612v, 613v, 714, 749v e 749. Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(4) fls.4. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / ATOS PROCESSUAIS / NULIDADE / NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. No que tange à nulidade processual ora arguida, verifico que o Apelo, no particular, não preenche os pressupostos formais do Recurso de Revista, notadamente o disposto no inciso I do §1º-A do artigo 896 da CLT, incluído pela Lei nº 13.015 de 2014, uma vez que a Parte Recorrente deixou de indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista, requisito este, mesmo antes da Reforma Trabalhista, interpretado pelo TST como uma necessidade de transcrever (e não apenas indicar) o trecho da petição dos Embargos de Declaração, por si opostos, passível de comprovar que, de fato, suscitou as omissões que ora alega. Registre-se, inclusive, o entendimento recente da SBDI-1 sobre a questão no seguinte precedente: RECURSO DE EMBARGOS. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014. PRELIMINAR DE NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ART. 896, § 1º-A, INCS. I, II E III, DA CLT. Consoante os termos do art. 896, § 1º-A, incs. I, II e III, da CLT, introduzido pela Lei 13.015/2014, afigura-se imprescindível à parte que arguir a nulidade da decisão recorrida por negativa de prestação jurisdicional demonstrar, nas razões do recurso de revista, mediante a transcrição do trecho da petição dos Embargos de Declaração e do trecho do acórdão respectivo, a recusa do Tribunal Regional em apreciar a questão objeto do recurso ou a apreciação de forma incompleta. A fim de observar o princípio da impugnação específica e de se desincumbir do ônus de comprovar a recusa do Tribunal em prestar a jurisdição completa, a parte deverá demonstrar, objetivamente, que exigiu dele a apreciação da questão mediante a oposição dos indispensáveis embargos de declaração alusivos ao tema objeto da arguição de nulidade. Do contrário, estar-se-á diante da impugnação genérica da decisão proferida pelo Tribunal Regional, inviabilizando o exame das violações a que faz referência a Súmula 459 desta Corte. Recurso de Embargos de que se conhece e a que se nega provimento. (...) ( E-ED-RR - 543-70.2013.5.23.0005 , Relator Ministro: João Batista Brito Pereira, Data de Julgamento: 04/05/2017, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 12/05/2017). Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(5) fls.5. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / ATOS PROCESSUAIS / NULIDADE / JULGAMENTO EXTRA/ULTRA/CITRA PETITA. Alegação(ões): - violação do artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal. - divergência jurisprudencial. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. Foram cumpridos os ditames inseridos pela Lei nº 13.015/2014 (§§3º, 4º e 5º, art. 896 da CLT), no que se refere à uniformização de jurisprudência no âmbito deste Tribunal Regional do Trabalho, conforme se infere da Súmula TRT5 21: SENTENÇA CITRA PETITA AUSÊNCIA DE OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA PRIMEIRA INSTÂNCIA. INEXISTÊNCIA DE PRECLUSÃO. Não se opera a preclusão em relação às matérias não analisadas na sentença e que são objeto de recurso, ainda que não impugnadas via embargos de declaração, pois revelam julgamento infra petita cuja decretação de nulidade se impõe até mesmo de ofício. Não se conforma o Reclamado com a ausência de declaração de nulidade da decisão de base em razão de ser citra petita . Afirma que a Sentença não tratou do tema de indenização por danos morais decorrentes de transporte de valores nem a Reclamante embargou, o que ensejaria a preclusão. Sustenta que a decisão da Turma sobre o tema acaba por ocasionar a Supressão de Instância. Consta do Acórdão - RO (destacado): ‘Nulidade da sentença O reclamado pugna pelo não conhecimento do recurso obreiro, em relação ao pedido de indenização por danos morais decorrente de transporte de valores; argumenta que o juízo sentenciante não teria tratado dessa matéria e que a reclamante tampouco buscou sua integração por meio de embargos de declaração, daí a preclusão que envolveria a questão recorrida. Em que pese a omissão efetivamente ocorrida, não incide preclusão em relação às questões não analisadas na sentença, objeto de recurso, ainda que não suscitada a omissão via embargos de declaração; a este egrégio Tribunal cumpre corrigir o julgamento citra petita , conforme sua Súmula n° 21, oriunda do julgamento do Incidente de Uniformização de Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(6) Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 Jurisprudência sobre (IUJ-0000340-56.2015.5.05.0000).’. o. tema. Consta do Acórdão - ED: ‘EMBARGOS DO RECLAMADO (...) Já em relação à indenização por danos morais decorrentes da prática de assédio moral, bem como em face de transporte de valores, o colegiado se posicionou expressamente no sentido de que a prova testemunhal produzida nos autos corroborou a conduta dos prepostos da empresa que implicou em grave ofensa à honra objetiva da autora que, inclusive, praticou transporte de valores sob precárias condições de segurança, fatos que ensejariam o pagamento de respectiva indenização. Enfim, afigura-se nítido o propósito do embargante em obter a reformulação do julgado que não lhe satisfaz, intento a que a presente via processual não se destina, nos termos do art. 1.022 do NCPC, até porque o mero intuito de pré-questionamento não autoriza sua interposição, na forma do art. 897-A da CLT. Não há, assim, omissão a se declarar, posto que as matérias embargadas foram exaustivamente examinadas. Se erro de julgamento houve, como insinua o embargante, não são os embargos de declaração o meio processual apropriado para a sua correção. Nego provimento. ‘ Verifica-se que o entendimento da Turma Regional não traduz qualquer violação dos dispositivos constitucionais invocados, inviabilizando a admissibilidade do Recurso de Revista. Ademais, o Julgado Regional encontra-se lastreado no item I da Súmula nº 393, do TST, verbis (destacado): SUM-393 RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. ART. 1.013, § 1º, do CPC DE 2015. ART. 515, § 1º, DO CPC de 1973. I - O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado. Portanto, em perfeita sintonia com a sua jurisprudência notória, iterativa e atual, aspecto que obsta o seguimento do Apelo, sob qualquer alegação, consoante a regra insculpida no §7º do art. 896 da CLT e tratado na Súmula nº 333, também daquela Corte. Destaque-se, ademais: Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. fls.6.

(7) fls.7. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 (...) RECURSO DE EMBARGOS DO RECLAMADO JULGAMENTO CITRA PETITA. EXAME DA PETIÇÃO INICIAL. CONTRARIEDADE À SÚMULA N.º 126 DESTE TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO NÃO CONFIGURADA. A leitura da petição inicial com o escopo de extrair o objeto da lide não implica revolvimento de fatos e provas. Tal investigação, situada no campo do direito, revela-se fundamental à definição da litiscontestatio, cujas balizas se encontram na petição inicial e na contestação. Não se trata, portanto, de perquirir fatos e provas em ordem a verificar o acerto da procedência ou não do pedido, mas a definição da própria pretensão deduzida em juízo. Legítimo, portanto, o exame do pedido inicial, ainda que em instância extraordinária. Some-se a isso a circunstância de que o Recurso de Revista teve por objeto a ocorrência de julgamento citra petita, o que, por razões de ordem lógica-jurídica, impõe ao julgador o cotejo do pedido inicial com o alcance da decisão recorrida. Hipótese em que a Súmula n.º 126 desta Corte uniformizada não tem incidência no caso concreto. Embargos não conhecidos. (E-ED-RR - 635669-11.2000.5.02.5555 , Relatora Ministra: Maria de Assis Calsing, Data de Julgamento: 25/08/2008, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DJ 05/09/2008) RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR/EMPREGADO / INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR/EMPREGADO / INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL / VALOR ARBITRADO. Alegação(ões): - violação do artigo 5º, inciso V e X, da Constituição Federal. - violação: Código Civil, artigo 186 e 927; artigo 944; Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 8º; Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (antiga LICC), artigo 4º, 5, inciso V, XXXIX. - divergência jurisprudencial. Insurge-se o Recorrente contra o Acórdão Regional que deferiu à Reclamante indenização por dano moral decorrente de transporte de valores. Alega que não há provas de que a Recorrida tenha sofrido dano efetivo em razão do transporte de valores. Aduz também que teria havido violação aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade quando do arbitramento do valor indenizatório.. Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(8) fls.8. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 Conforme já transcrito supra, quando da análise do Recurso da Reclamante, verifica-se que o entendimento da Turma Regional não traduz qualquer violação dos dispositivos constitucionais e legais invocados, inviabilizando a admissibilidade do Recurso de Revista. Por fim, os fundamentos revelados no provimento jurisdicional impugnado estão em sintonia com iterativa, notória e atual jurisprudência da Alta Corte Trabalhista, mormente quando traduz o entendimento da SDI-1 do TST, como se vê nos seguintes precedentes (grifou-se): RECURSO DE EMBARGOS. REGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. TRANSPORTE DE VALORES. EMPRESA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS. EMPREGADO NÃO HABILITADO. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. 1. A eg. Quinta Turma deu provimento ao recurso de revista interposto pelo reclamante, sob o fundamento de que, tratando-se de empresa de outro setor econômico, que não o de segurança e transporte de valores, a realização habitual dessa atividade pelo empregado, sem a necessária habilitação técnico-profissional, enseja o pagamento de indenização por dano moral, em razão do descumprimento, pela empregadora, da exigência expressa no art. 10, § 4º, da Lei nº 7.102/1983. 2. Demonstrado o dissenso pretoriano válido e específico, no tocante à hipótese de motorista de empresa distribuidora de bebidas, o recurso não logra êxito quanto ao mérito. A jurisprudência iterativa, notória e atual desta Corte é firme no sentido de que o direito à redução dos riscos inerentes ao trabalho, assegurado no art. 7º, XXII, da Constituição Federal e disciplinado na legislação específica dos serviços de transporte de valores, impõe reconhecer a ilicitude da conduta da empresa que atribui essa atividade a empregado sem o devido treinamento, o que autoriza a manutenção da condenação ao pagamento da indenização por dano moral, configurado ‘in re ipsa’. 3. O transporte de valores em veículos da empresa, contendo cofre, evidencia o risco potencial a que estava submetido o empregado responsável pela guarda do dinheiro recebido pelas vendas, sem o necessário treinamento para a função, não tendo relevância, para esse fim, a discussão em torno do montante do numerário existente no cofre. Recurso de embargos de que se conhece e a que se nega provimento. (E-RR - 514-11.2013.5.23.0008, Relator Ministro: Walmir Oliveira da Costa, Data de Julgamento: 23/06/2016, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 01/07/2016) Assim, a revisão do julgado em sede extraordinária é inviável, incidindo a hipótese prevista na Súmula 333 do TST. Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(9) fls.9. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 Desatendidos, nessas circunstâncias, os requisitos de admissibilidade, encontra-se desaparelhada a Revista, nos termos do art. 896 da CLT. CONCLUSÃO DENEGO seguimento A AMBOS os Recursos de Revista” (fls. 1.524-1.529). Assim está consignado no acórdão regional: “Nulidade da sentença O reclamado pugna pelo não conhecimento do recurso obreiro, em relação ao pedido de indenização por danos morais decorrente de transporte de valores; argumenta que o juízo sentenciante não teria tratado dessa matéria e que a reclamante tampouco buscou sua integração por meio de embargos de declaração, daí a preclusão que envolveria a questão recorrida. Em que pese a omissão efetivamente ocorrida, não incide preclusão em relação às questões não analisadas na sentença, objeto de recurso, ainda que não suscitada a omissão via embargos de declaração; a este egrégio Tribunal cumpre corrigir o julgamento citra petita, conforme sua Súmula nº 21, oriunda do julgamento do Incidente de Uniformização de Jurisprudência sobre o tema (IUJ-0000340-56.2015.5.05.0000). (...) Transporte de valores A reclamante pugna, ainda, pelo pagamento de indenização por danos morais decorrentes de transporte impróprio de valores, atividade que teria realizado ao longo do vínculo, inclusive quando diagnosticada com gravidez de risco. In casu, a prova testemunhal evidenciou a prática de transporte de valores pela acionante sob precárias condições de segurança. Declarou a testemunha Jamile de Freitas Lopes Santos: „a depoente se lembra de a reclamante ter tido problemas na gestação, chegando a transportar valores neste estado gravídico; que pelo se lembra, a reclamante só se afastou pelo problema da gestação; (...) o transporte de numerário era diário, às vezes mais de uma vez por dia; nenhum segurança ou policial acompanhava a Sra. Cristiane; havia uma empresa de transporte de numerários, mas só fazia transportes de numerários maiores, que Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(10) fls.10. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 abasteciam a agência da reclamada, mas não faziam os serviços de transporte do e para o banco postal (Correios) (...)’. E a testemunha trazida pela reclamante (Sr. Jailton) afirmou: ‘que a reclamante fazia esse transporte de valores e ocorria diariamente; que não via a quantidade de dinheiro que a reclamante recolhia para transportar; que a autora não tinha segurança para fazer esse transporte; que a demandante colocava o numerário em malote (...) que não é autorizado aos vigilantes saírem da agência para acompanhamento de transporte de valores; que ninguém acompanhava a reclamante no transporte de valores e ocorria quando o shopping estava aberto‟. Tal atividade, como é curial, deve ser realizada por empresas especializadas que dispõem de instrumentos e logística adequados à sua execução, ao invés de sujeitar-se o empregado a infortúnios mais do que previsíveis em situações desse jaez. Evidenciada, assim, a execução de transporte pessoal de valores pela reclamante, sem que o empregador lhe assegurasse mínimas condições de segurança, mormente quando estava grávida, entendo que tal circunstância enseja o pagamento da indenização, haja vista o injusto gravame de ordem moral infligido à trabalhadora, em consonância com o que já decidiu o TST (processo nº TST-AIRR-299/2002-006-08-00.7), verbis: ‘O artigo 159 do CC diz respeito ao dano decorrente da prática de ato ilícito, cuja verificação da culpa e avaliação de responsabilidade são requisitos que se impõem, o que no caso, pelo quadro fático-probatório traçado pelo Regional, ficou configurado. A indenização por danos morais foi deferida como consequência da prática de ato ilícito do Reclamado, qual seja, atribuir ao Reclamante a responsabilidade pelo Jt;:transporte de valores sem qualquer esquema de segurança, colocando em risco a sua integridade física. Uma vez atestada pelo Regional a ocorrência do dano moral, qualquer alteração encontra óbice na Súmula n° 126/TST. Não há que se falar em violação do inciso V do artigo 5° da Constituição da República, visto que o dano material e moral previsto neste dispositivo diz respeito ás hipóteses em que o dano é consequência da manifestação do pensamento. Tampouco se constata ofensa direta e literal ao inciso X do referido dispositivo constitucional, que trata de indenização por dano moral e material em virtude de violação à intimidade, à vida privada, à honra e à Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(11) fls.11. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 imagem, sendo certo que no presente caso a indenização foi deferida em decorrência de exposição desnecessária da integridade física do Reclamante, ante a ausência de sistema de segurança’. No tocante ao valor da indenização devida a esse título, entendo que a quantia de R$20.000,00 (vinte mil reais) atende a natureza e à gravidade da lesão de ordem moral, bem como aos parâmetros de tarifação adotados por este egrégio colegiado em hipóteses similares, valor que será corrigido a partir da publicação do presente decisum. Não obstante, prevaleceu o voto divergente do Desembargador Edilton Meireles, arbitrando o valor da indenização em R$100.000,00 (cem mil reais), por entender, também aqui, mais compatível com a gravidade da lesão” (fls. 1.363-1.368). Quando da decisão dos embargos de declaração, o Tribunal consignou o seguinte: “EMBARGOS DO RECLAMADO O reclamado aponta vícios no julgado no ponto em que manteve a decisão de primeiro grau, que acolheu a jornada de trabalho indicada na exordial em relação aos períodos em que não vieram aos autos os controles de frequência. Afirma que, a despeito dos registros faltantes, consta nos contracheques o pagamento de todas as horas extras laboradas, não sendo possível desconsiderar tais documentos como meio de prova para a correspondente dedução. Aduz, ainda, inexistir fundamentos fáticos e jurídicos para sua condenação em indenização por danos morais decorrente de assédio moral, bem como transporte de valores. Ao exame dos embargos opostos, não se constata os apontados vícios. O embargante se valeu dos declaratórios apenas para manifestar sua irresignação diante do decisum impugnado, com o indisfarçável escopo de alcançar novo pronunciamento deste Tribunal derredor de questão já decidida. No que concerne às diferenças de horas extras, a turma julgadora acolheu a jornada declinada na inicial, tão somente em relação aos períodos em que não foram juntados os controles de frequência, consignando expressamente que, nesses períodos, presume-se verdadeira a jornada de Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(12) fls.12. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 trabalho alegada na inicial, operada a inversão do ônus de sua prova em desfavor das empresas, que não produziram prova em sentido contrário, por força do que dispõe a Súmula nº 338 do TST. Ressalte-se, ademais, que o juízo de primeiro grau, em decisão de fls. 603/604, determinou a dedução das parcelas pagas sob a mesma rubrica, daí porque também não haveria porque falar em omissão nesse aspecto. Já em relação à indenização por danos morais decorrentes da prática de assédio moral, bem como em face de transporte de valores, o colegiado se posicionou expressamente no sentido de que a prova testemunhal produzida nos autos corroborou a conduta dos prepostos da empresa que implicou em grave ofensa à honra objetiva da autora que, inclusive, praticou transporte de valores sob precárias condições de segurança, fatos que ensejariam o pagamento de respectiva indenização. Enfim, afigura-se nítido o propósito do embargante em obter a reformulação do julgado que não lhe satisfaz, intento a que a presente via processual não se destina, nos termos do art. 1.022 do NCPC, até porque o mero intuito de pré-questionamento não autoriza sua interposição, na forma do art. 897-A da CLT. Não há, assim, omissão a se declarar, posto que as matérias embargadas foram exaustivamente examinadas. Se erro de julgamento houve, como insinua o embargante, não são os embargos de declaração o meio processual apropriado para a sua correção. Nego provimento. EMBARGOS DA RECLAMANTE A embargante sustenta que houve contradição no acórdão embargado, isto porque a Corte, por maioria, adotou o entendimento de que seria devida indenização por danos morais, em razão de transporte de valores, no valor de R$100.000,00 (cem mil reais), mas na conclusão constou o valor correspondente a R$50.000,00 (cinquenta mil reais). Também aponta contradição em relação ao valor da causa, que foi fixado em R$140.000,00 (cento e quarenta mil reais), determinando-se novas custas processuais em R$3.200,00 (três mil e duzentos reais), mas na conclusão constou a atribuição do valor da causa em R$90.000,00 (noventa mil reais) e custas em R$1600,00 (mil e seiscentos reais). Aponta, ainda, omissão no julgado no tocante à fixação do quantum indenizatório decorrente da prática de assédio Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(13) fls.13. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 moral, na medida em que teria o colegiado deixado de considerar a sua condição de gestante no momento da prática ilícita, para fins de definição do valor da indenização, razão pela qual pugna pela sua majoração. Por fim, afirma que, no momento da fixação do acréscimo salarial decorrente de acúmulo de funções, não foi observado o percentual mínimo estabelecido na Lei nº 6.615/78 (40%). No que concerne à diferença entre os valores fixados no corpo do voto e certidão de julgamento, existiu, de fato, o alegado vício. Constou o seguinte no acórdão embargado: „Dá-se provimento parcial ao recurso da reclamante, para acrescer à condenação o pagamento de indenização por danos morais, em razão de transporte de valores, no valor de R$100.000,00 (cem mil reais); diferenças salariais e seus reflexos, por acúmulo de função; e majorar a indenização arbitrada em primeiro grau por danos morais decorrentes de assédio moral para R$40.000,00 (quarenta mil reais). Custas majoradas para R$3.200,00 pelo Banco reclamado, em razão do novo valor atribuído à condenação para este fim (R$140.000,00)‟. Já na certidão de julgamento, constou a seguinte conclusão: „Acordam os Desembargadores da 1ª. TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, à unanimidade, negar provimento ao recurso do reclamado, e, por maioria, dar provimento parcial ao recurso da reclamante, para acrescer à condenação o pagamento de indenização por danos morais em razão de transporte de valores, arbitrada em R$50.000,00(cinquenta mil reais), diferenças salariais e seus reflexos, por acúmulo de função; e para majorar a indenização arbitrada em primeiro grau a título de danos morais por assédio moral, para R$40.000,00(quarenta mil reais) nos termos e limites do voto, vencida a Ex.ma Des. Ivana Magaldi na parte em que majorava a indenização por dano moral para R$10.000,00(dez mil reais). Custas majoradas para R$1.600, 00 pela reclamada, em razão do novo valor atribuído à condenação apenas para este fim (R$90.000,00)‟. Dessa forma, urge sanar o aludido erro, para definir que é devida indenização por danos morais, em razão de transporte de valores no importe de R$100.000,00 (cem mil reais), e para fixar o valor da causa em R$140.000,00 (cento e quarenta mil reais) e as custas processuais em R$3.200,00 (três mil e duzentos reais). Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(14) fls.14. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 No que toca ao quantum indenizatório decorrente da prática de assédio moral, inexistiu a apontada omissão. A turma julgadora definiu montante com fundamento nos critérios de quantificação sedimentados na jurisprudência trabalhista. Já em relação ao percentual decorrente de acúmulo de função, houve determinação expressa no pagamento de um plus salarial no percentual de 20% sobre o salário-base da reclamante, não havendo qualquer contradição ou omissão na apreciação da matéria. Ressalte-se que a lei a que se refere a embargante em seu recurso horizontal não lhe é aplicável, uma vez que se destina àqueles que exercem a profissão de radialista. Não há, assim, omissão ou contradição a se declarar em relação a esses pontos, posto que as matérias embargadas foram exaustivamente examinadas. Se erro de julgamento houve, como insinua a embargante, não são os embargos de declaração o meio processual apropriado para a sua correção. Dou provimento parcial aos embargos para, sanando o erro existente na certidão de julgamento, definir que é devida indenização por danos morais, em razão de transporte de valores no importe de R$100.000,00 (cem mil reais), bem como para fixar o valor da causa em R$140.000,00 (cento e quarenta mil reais), e as custas processuais em R$3.200,00 (três mil e duzentos reais)” (fls. 1.434-1.438). Inconformado, o recorrente interpõe o presente agravo de instrumento às fls. 1.536-1.552, em que ataca os fundamentos da decisão denegatória quanto à “nulidade por negativa de prestação jurisdicional” e também quanto ao tema “indenização por dano moral – quantum indenizatório”. À análise. Primeiramente, cumpre ressaltar ser insubsistente a suscitada nulidade da decisão denegatória por negativa de prestação jurisdicional, visto terem constado da decisão agravada todos os fundamentos de fato e de direito que formaram o convencimento do julgador. Os presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho, no exercício do juízo de admissibilidade do recurso de revista, estão cumprindo expressa determinação legal, de jurisdição inafastável, Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(15) fls.15. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 conforme dispõe o § 1º do art. 896 da CLT, que abrange tanto os pressupostos extrínsecos quanto os intrínsecos (alíneas do próprio art. 896), sem que isso implique usurpação de competência do TST ou cerceamento ao direito de defesa e de amplo acesso à jurisdição. Tampouco há falar em nulidade por negativa de prestação jurisdicional. Vale lembrar que o ato encerra juízo provisório quanto à admissibilidade recursal, não vinculando esta Corte, conforme se infere da diretriz da OJ 282 da SBDI-1 do TST. Logo, irrelevante perquirir a respeito da ilegalidade ou equívoco da decisão agravada quanto a esse aspecto, ficando patente que eventual ausência de manifestação acerca de aspecto considerado relevante pelo recorrente será suprida pela decisão do TST. No caso dos presentes autos, observe-se que a decisão agravada, ao denegar seguimento ao recurso de revista interposto, apresentou fundamentação condizente com a exigência estabelecida no § 1º do art. 896 da CLT. Registre-se, em respeito ao princípio da delimitação recursal, que o agravante não renovou, no presente agravo de instrumento, as razões recursais apresentadas no recurso de revista, relativas ao tema “julgamento citra petita/supressão de instância”, ficando preclusa a análise respectiva. Como já referido linhas acima, o recurso de revista que se pretende processar foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014, a qual, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da CLT, com a seguinte redação: “§ 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(16) fls.16. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte” (sem grifos no original). No caso em tela, quanto ao tema “nulidade/negativa de prestação jurisdicional”, o recorrente não atentou para o novo requisito, deixando de indicar em sua petição recursal o trecho da decisão de embargos que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista. No que se refere à arguição de nulidade por negativa de prestação jurisdicional, a meu sentir, não haveria de se exigir o cumprimento dos requisitos previstos nos aludidos incisos I e III, relativos à indicação do trecho da decisão recorrida que substancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista e ao cotejo analítico, pois o que se alega é a inexistência de tese na decisão recorrida. Todavia, a Subseção 1 Especializada em dissídios Individuais, em 16/03/2017, no julgamento do E-RR-1522-62.2013.5.15.0067 (relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão), decidiu que o cumprimento da exigência do artigo 896, § 1º-A, I, da CLT, para os casos em que a parte busca o reconhecimento da negativa de prestação jurisdicional torna necessária, além da transcrição da decisão que julgou os embargos de declaração, a demonstração de provocação da Corte de origem no que se refere à matéria desprovida de fundamentação. Ou seja, a parte deverá também transcrever o trecho dos embargos de declaração que comprove a oportuna invocação e delimitação dos pontos sobre os quais o Tribunal Regional, supostamente, teria deixado de se manifestar. Importante ressaltar que para configurar a negativa de prestação jurisdicional deve ser observada a Súmula 297, II, do TST, litteris: “PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(17) fls.17. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração” (grifei). No caso concreto, muito embora tenham sido opostos embargos de declaração requerendo a manifestação da Corte a quo, o recorrente não trouxe a transcrição do trecho da decisão de embargos de declaração que consubstanciaria o prequestionamento quanto à alegada negativa. Evidenciada a ausência de tal requisito, desnecessário perquirir a respeito do acerto ou desacerto da decisão agravada no que se refere às questões de fundo tratadas no recurso de revista, pois mantida, por fundamento diverso, a ordem de obstaculização quanto ao tema. Já quanto ao tema "indenização por dano moral – quantum indenizatório", o recorrente indicou os trechos do acórdão regional que consubstanciam o prequestionamento das controvérsias quanto ao tema; bem como apresentou aresto para demonstrar divergência jurisprudencial. Satisfeitos, portanto, os requisitos do art. 896, §1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei 13.015/2014. O artigo 944 do Código Civil Brasileiro dispõe: “Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.” O art. 5º, V, da CF, dispõe: “V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;” A jurisprudência desta Corte vem admitindo a interferência na valoração do dano moral com a finalidade de ajustar a decisão aos parâmetros da razoabilidade e da proporcionalidade contidos no art. 5º, V, da Constituição Federal. Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(18) fls.18. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 De fato, diversos são os critérios adotados para fixar a indenização por danos morais, afinal ela não tem como único objetivo a compensação do dano moral sofrido pelo trabalhador, mas também de servir como uma razoável carga pedagógica, a fim de inibir a reiteração de atos do empregador que afrontem a dignidade humana. Na fixação da compensação pecuniária do dano moral, devem ser observados os princípios da razoabilidade, proporcionalidade e equidade. Para tanto, devem ser adotados critérios e parâmetros que considerem o ambiente cultural, as circunstâncias em que ocorreu o ato ilícito, a situação econômica do ofensor e do ofendido, a gravidade do ato, a extensão do dano no lesado e a reincidência do ofensor. Por outro lado, deve-se ficar atento para o enriquecimento do ofendido e a capacidade econômica do ofensor, a fim de que o valor estabelecido não seja tão grande que se converta em fonte de enriquecimento, nem tão pequena que se torne inexpressiva. No caso em tela, ante o contexto de se tratar de transporte de valores por empregado bancário, no que tange ao quantum indenizatório, a jurisprudência desta Sexta Turma, em casos semelhantes, é no sentido de fixar como indenização por danos morais o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Nesse sentido, os seguintes precedentes desta Sexta Turma: “RECURSO DE REVISTA. RECLAMADO. RECURSO ANTERIOR À LEI Nº 13.015/2014. (...) INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. TRANSPORTE DE VALORES. QUANTUM INDENIZATÓRIO. 1 - O reclamado não nega o transporte de valores, apenas argumenta que para fixação da indenização é necessária a prova cabal do prejuízo sofrido. 2 - Na Sessão de 13/5/2015, no julgamento do RR-374-74.2013.5.05.0461, a Sexta Turma adotou o posicionamento majoritário de que o ponto central para decidir a matéria (ratio decidendi) é a conduta abusiva do empregador, ao expor o empregado a risco acentuado no exercício de atividade para a qual não foi contratado, quando na realidade é da empresa a obrigação de contratar pessoal especializado, ressaltando-se que nos casos em que o empregado não seja bancário, esse aspecto deverá ser levado em conta apenas para o fim de fixação do montante da indenização por danos morais, Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(19) fls.19. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 conforme a capacidade econômica da empregadora. 3 - Conforme a jurisprudência mais recente desta Corte Superior, é devido o pagamento de indenização quando o empregado desempenha a atividade de transporte de valores, que não é inerente à função normal para a qual foi contratado, em razão de ser exposto a risco acentuado. 4 - No que se refere ao quantum indenizatório, não há critério legal para a fixação do valor da condenação por danos morais na legislação trabalhista, de modo que deve ser estabelecida com base no princípio da equidade. No caso, a reclamante fazia o transporte de numerários sem segurança (Súmula nº 126 do TST), atividade que a expunha a risco acentuado. 5 - Considerando tais parâmetros, bem como a jurisprudência da Sexta Turma em casos semelhantes, o montante da indenização tem sido fixado em R$ 50.000,00, porém, em razão da proibição da non reformatio in pejus, mantém-se a decisão do TRT que fixou a indenização em R$ 30.000,00. 6 - Recurso de revista de que não se conhece. (...)” ( RR - 177200-91.2006.5.09.0071, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento: 28/06/2017, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 30/06/2017.) “INDENIZAÇÃO. TRANSPORTE DE VALORES POR BANCÁRIO. Segundo a Lei nº 7.102/83, a atividade relativa a transporte de valores só pode ser desempenhada por profissional habilitado, de modo que o reclamado expunha a reclamante a risco quando impunha a obrigação à empregada bancária de transportar valores (e, portanto, praticava ato ilícito). Cabível o ressarcimento pelo dano causado, mediante indenização, ante o que dispõe o art. 927 do Código Civil. Recurso de revista a que se nega provimento. DANO MORAL. VALOR DA INDENIZAÇÃO. 1 - Na fixação do montante da indenização por danos morais, levam-se em consideração os critérios da proporcionalidade, da razoabilidade, da justiça e da equidade, e não há norma legal que estabeleça a forma de cálculo a ser utilizada para resolver a controvérsia. Assim, o montante da indenização varia de acordo com o caso examinado e a sensibilidade do julgador, e ocorre de maneira necessariamente subjetiva. Nesse contexto é que, nas Cortes Superiores, especialmente no TST e no STJ, o montante fixado nas instâncias ordinárias somente tem sido alterado, em princípio, quando seja irrisório (evitando-se a ineficácia pedagógica da condenação ou a frustração na reparação do dano) Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(20) fls.20. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 ou, pelo contrário, quando exorbitante (evitando-se o enriquecimento sem causa do demandante ou o comprometimento temerário das finanças da demandada). Na aferição do que seja valor irrisório ou excessivo não é levada em conta a expressão monetária considerada em si mesma, mas, sim, o critério de proporcionalidade entre o montante fixado e a gravidade dos fatos ocorridos em cada caso concreto. 2 - Considerando tais parâmetros, e em atenção ao quadro fático descrito no acórdão, bem como o curto tempo de duração do contrato de trabalho (2 anos e 9 meses), a afirmativa do reclamante de que transportou valores em quase sua totalidade, a sua remuneração (R$ 2.125,10), o montante da indenização por danos morais, fixado pelo TRT em R$ 200.000,00, deve ser reduzido para R$ 50.000,00. Precedentes. 3 - Recurso de revista a que se dá provimento.” (RR 135-11.2013.5.14.0141, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento: 25/03/2015, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 04/05/2015.) “II - RECURSO DE REVISTA. DANO MORAL. EMPREGADO BANCÁRIO. TRANSPORTE DE VALORES. VALOR DA INDENIZAÇÃO. 1. O caso é de empregado bancário que exerce tarefa de transporte de valores durante a jornada de trabalho, atividade que somente pode ser desempenhada por profissional habilitado, conforme dispõe a Lei n.º 7.102/83. 2. Na jurisprudência mais recente desta Corte Superior, entende-se que é devido o pagamento de indenização quando o empregado bancário desempenha a atividade de transporte de valores, que não é inerente à função normal para a qual foi contratado. O empregador, ao descumprir a lei (e, portanto, praticar ato ilícito), expôs o empregado a risco, sendo cabível o ressarcimento pelo dano causado, mediante indenização, ante o que dispõe o art. 927 do Código Civil, caput. 3. É irrelevante que não haja prova de abalo psíquico ou físico e relato de violência praticada por terceiros, sendo suficiente para a indenização por dano moral o aspecto de que a inequívoca exposição ao risco configurou afronta à honra subjetiva (sentimento da própria dignidade moral), a qual se presume in re ipsa, independentemente de prova do dano imaterial. O abalo psíquico e a ocorrência de violência, em razão da atividade, seriam considerados apenas como elementos agravantes para o fim de elevar o montante da indenização. 4. Ademais, não foi considerada a notória capacidade financeira da instituição bancária Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(21) fls.21. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 (reclamado) e a gravidade da conduta praticada, ao expor, ilicitamente, a reclamante a situações de extremo risco, contrária aos ditames da Lei nº 7.102/83. Portanto, é inadequada a redução pelo TRT do valor da indenização de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) para R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Fica restabelecido o montante de R$50.000,00 (cinquenta mil reais), que havia sido fixado na sentença. Recurso de revista a que se dá provimento.” (ARR - 1785-80.2011.5.10.0010, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento: 11/02/2015, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 20/02/2015.) “INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. TRANSPORTE DE VALORES. DESVIO DE FUNÇÃO. R$ 50.000,00. A defesa do patrimônio do banco não pode ser realizada em desrespeito aos princípios que orientam a defesa do meio ambiente do trabalho. Importa em dano moral a exposição de empregado a potencial risco quando realiza atividade perigosa, para a qual não foi contratado, no caso, transporte de valores, em ofensa aos dispositivos que tratam sobre a segurança no transporte de numerário. Retrata o ato ilícito a contratação para função diversa da contratada; o dano moral o desgaste psicológico e o abuso do poder diretivo, restando verificado o nexo de causalidade pela determinação advir do empregador. Recurso de revista conhecido e provido.” (RR - 8364-46.2010.5.12.0035, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, Data de Julgamento: 23/09/2015, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 25/09/2015.) “INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. TRANSPORTE DE VALORES. BANCÁRIO. DESVIO DE FUNÇÃO. A defesa do patrimônio do banco não pode ser realizada em desrespeito aos princípios que orientam a defesa do meio ambiente do trabalho. Importa em dano moral a exposição de empregado a potencial risco quando realiza atividade perigosa, para a qual não foi contratado, no caso, transporte de valores, em ofensa aos dispositivos que tratam sobre a segurança no transporte de numerário. Retrata o ato ilícito a contratação para função diversa da contratada; o dano moral o desgaste psicológico e o abuso do poder diretivo, restando verificado o nexo de causalidade pela determinação advir do empregador. Recurso de revista não conhecido. DANO MORAL. VALOR DA INDENIZAÇÃO. A fixação do Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(22) fls.22. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 valor da indenização por dano moral deve se pautar na razoabilidade e proporcionalidade, pelo que se deve evitar um valor exorbitante ou irrisório, a ponto de levar a uma situação de enriquecimento sem causa ou a de não cumprir a função inibitória. Observadas as circunstâncias do caso concreto, o valor da reparação deve ser reduzido de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), por traduzir prudência e proporcionalidade ao dano sofrido, pois não consagra a impunidade do empregador ante a reiteração da conduta ilícita e serve de desestímulo a práticas que possam retirar do trabalhador a sua dignidade, ofendendo-lhe a honra e a imagem. Recurso de revista conhecido e provido.” (RR 10014-91.2014.5.14.0081, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, Data de Julgamento: 20/05/2015, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 22/05/2015.) Indico ainda julgados de outras turmas desta Corte: “AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. TRANSPORTE DE VALORES. BANCÁRIO. INOBSERVÂNCIA DA LEI Nº 7.102/83. VALOR ATRIBUÍDO ÀINDENIZAÇÃO PORDANOS MORAIS. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE OBSERVADOS. O agravante não apresenta argumentos novos capazes de desconstituir a juridicidade da decisão agravada. Na hipótese vertente, o Tribunal Regional registrou que o reclamante realizava transporte de valores, sem qualquer preparação e habilitação específica, com a utilização de veículo próprio, sem vigilante e em inobservância ao sistema de segurança aprovado pelo Ministério da Justiça, nos termos da Lei nº 7.102/83. Nesse contexto, reduziu o valor da indenização por danos morais, fixado na sentença, de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Desse modo, a decisão da Corte de origem observou os princípios do arbitramento equitativo, da proporcionalidade e da razoabilidade, insertos no art. 5º, V e X, da CF/1988. Ressalte-se que a jurisprudência desta Corte Superior, no tocante ao -quantum- indenizatório fixado pelas instâncias ordinárias, vem consolidando orientação de que a revisão do valor somente é possível quando exorbitante ou insignificante a importância arbitrada a título de reparação de Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(23) fls.23. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 dano moral, o que não ocorreu, na espécie, pena de revolvimento dos fatos e provas na via extraordinária (Súmula nº 126/TST). Agravo a que se nega provimento." (Processo: Ag-AIRR - 45400-23.2009.5.05.0401, Data de Julgamento: 17/12/2014, Relator Ministro: Walmir Oliveira da Costa, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 23/12/2014.) “RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014. BANCÁRIO. TRANSPORTE DE VALORES. DESVIO DE FUNÇÃO. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. Esta Corte já pacificou o entendimento de que o bancário que realiza transporte de valores está exposto a risco, considerando que não foi contratado nem treinado para isso. Assim, a conduta do banco, ao exigir do empregado o desempenho de atividade para a qual não foi contratado, com exposição indevida a situação de risco, enseja o pagamento da indenização por dano moral, independentemente, portanto, da demonstração de ocorrência de qualquer assalto ou roubo. O dano moral, neste caso ora em exame, indenizado é pelo grave risco a que foi o empregado exposto pela conduta antijurídica de seu empregador. Registra-se que, no caso, conforme consignou expressamente a Corte a quo, ao contrário dos argumentos apresentados pelo banco reclamado, o transporte de valores dava-se no carro do reclamante, sem nenhum aparato de escolta policial, e tal atividade era realizada frequentemente, como alegado na exordial, o que revela a constante exposição ao risco, capaz de causar angústia e temor ao empregado, o que enseja o dever do recorrente de indenizar o dano de natureza moral. Assim, o Regional, ao manter a decisão do Juízo de origem, em que se deferiu o pagamento da verba indenizatória, decidiu em consonância com o entendimento desta Corte superior. Precedente. Recurso de revista não conhecido. DANO MORAL. QUANTUM INDENIZATÓRIO. INDENIZAÇÃO FIXADA EM R$ 200.000,00 (DUZENTOS MIL REAIS). REDUÇÃO PARA R$ 50.000,00. A jurisprudência desta Corte vem reiteradamente decidindo que, quanto ao valor da indenização fixada a título de danos morais, se impõe esclarecer que os artigos 5º, inciso V, da Constituição da República e 944 do Código Civil determinam seja calculado levando em consideração a extensão do dano. O Tribunal a quo concluiu pela redução do valor da indenização, por considerar Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(24) fls.24. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 a quantia de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais) excessiva, motivo pelo qual fixou a indenização em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). O dano moral tem por finalidade ressarcir o empregado do temor e da angústia sofridos pela exposição ao risco. Assim, em que pese a redução do quantum indenizatório pela Corte de origem, o valor de R$ 200.000,00 ainda revela-se manifestamente excessivo e desproporcional ao dano sofrido pelo reclamante, uma vez que este não sofreu danos à sua integridade física. Precedentes desta Corte. Recurso de revista conhecido e provido.” (RR 10547-51.2014.5.14.0404, Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 24/02/2016, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 04/03/2016.) Assim, o TRT, ao estipular a quantia de R$ 100.000,00, não observou os princípios da proporcionalidade e razoabilidade que norteiam a matéria, ante a demonstração de violação do art. 5º, V, da Constituição Federal. Dou provimento ao agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista. Conforme previsão do artigo 897, § 7º, da CLT, e da Resolução Administrativa do TST 928/2003, em seu artigo 3º, § 2º, e do art. 229 do RITST, proceder-se-á de imediato à análise do recurso de revista na primeira sessão ordinária subsequente. II – RECURSO DE REVISTA O recurso é tempestivo, subscrito por procurador regularmente constituído nos autos, e é satisfeito o preparo. 1 - TRANSPORTE DE VALORES. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS Conhecimento. Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(25) Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. PROCESSO Nº TST-ARR-1621-13.2013.5.05.0131 Conforme analisado na fundamentação correspondente ao agravo de instrumento, ficou demonstrada a alegada violação do art. 5º, V, da Constituição Federal. Conheço, por violação do art. 5º, V, da Constituição Federal. Mérito Conhecido o recurso, por violação art. 5º, V, da Constituição Federal, seu provimento é consectário lógico. Portanto, dou provimento ao recurso de revista para reduzir a indenização por dano moral para R$ 50.000,00. ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade: a)negar provimento ao agravo de instrumento quanto ao tema nulidade por negativa de prestação jurisdicional; b) dar provimento ao agravo de instrumento somente quanto ao tema "indenização por dano moral - transporte de valores – quantum indenizatório" para o processamento do recurso de revista; c) conhecer do recurso de revista, por violação do art. 5º, V, da Constituição Federal, e, no mérito, dar-lhe provimento para reduzir a indenização por dano moral para R$ 50.000,00. Brasília, 2 de outubro de 2019. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001). AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO Ministro Relator. Firmado por assinatura digital em 02/10/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100295ACD70D3BBCAD.. fls.25.

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