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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA MODALIDADE À DISTÂNCIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA MODALIDADE À DISTÂNCIA

ROBÉRIA DAYSE DA SILVA

BULLYNG E O PAPEL DO PEDAGOGO NO MUNICÍPIO DA ALAGOA GRANDE

ALAGOA GRANDE – PB 2016

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ROBÉRIA DAYSE DA SILVA

BULLYNG E O PAPEL DO PEDAGOGO NO MUNICÍPIO DE ALAGOA GRANDE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia na Modalidade à Distância, do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba, como requisito institucional para obtenção do título de Licenciada em Pedagogia.

Orientador: Prof. Ms. Carlos da Silva Cirino.

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ALAGOA GRANDE- PB 2016

BULLYNG E O PAPEL DO PEDAGOGO NO MUNICÍPIO DE ALAGOA GRANDE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia na Modalidade a Distância, do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba, como requisito institucional para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.

Aprovada em: ____/_____/2016

BANCA EXAMINADORA

Prof. Ms. Carlos da Silva Cirino - Orientador Universidade Estadual da Paraíba - UEPB Prof.ª Ms. Giovanna Barroca de Moura - Examinadora

Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Prof. Dr. Magno Alexon Bezerra Seabra – Examinador Universidade Federal da Paraíba – UFPB

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S586b Silva, Robéria Dayse da.

Bullying e o papel do pedagogo no município de Alagoa Grande-PB / Robéria Dayse da Silva.– João Pessoa: UFPB, 2016.

27f.

Orientador: Carlos da Silva Cirino

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação em Pedagogia – modalidade à distância) – UFPB/CE

1. Bullying. 2. Pedagogo. 3. Ambiente escolar. I. Título.

UFPB/CE/BS CDU: 37.06(043.2)

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus filhos e aos meus familiares pela compreensão e a todos que acreditaram direta e indiretamente no meu sucesso.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela vida, pela capacidade de aprender e pela persistência para continuar acreditando nos nossos desejos.

Ao meu orientador Prof. Carlos da Silva Cirino pela paciência, ensino e persistência durante todos esses dias.

A minha família por sempre acreditar em mim.

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“Amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo.” (Martin Luther King).

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RESUMO

Este trabalho tem o propósito de analisar e discutir sobre a questão do bullyng nas escolas e refletir sobre o papel do pedagogo diante das situações no ambiente educacional. Quando confrontados com situações que são humilhantes e constrangedoras no ambiente estudantil, local, que em sua gênese, pressupõe aprendizagem, o desconhecimento das pessoas, incluindo profissionais da educação, poderia conduzir a uma abordagem insatisfatória para essa questão. Bullying não é o fruto de imaginação da vítima, tanto que vem ganhando os meios de comunicação de maneira consistente, despertando a família e a sociedade, bem como educadores, para discutirem o tema. Apontam os psicólogos que na sociedade contemporânea, muitas crianças e jovens desconhecem as diferenças exatas entre o bem e mal, o certo e errado. Esse trabalho tem por objetivos: analisar quais posturas adotadas pelos educadores, em especial os Pedagogos, dentro das instituições de ensino; estudar o que é bullying e analisar o conhecimento dos professores sobre o bullying. Surge assim, a importância de entender o papel do pedagogo mediante a esse fenômeno, por meio de entrevistas realizadas com profissionais na escola, pode-se confirmar que o bullying é muito presente. As medidas adotadas se resumem em informações e debates realizados com alunos, pais, administradores e demais profissionais da escola. O objeto de estudo deste trabalho é na realidade uma forma de violência que acontece com frequência no ambiente escolar. Cabe a escola pensar na importância da articulação dos professores e pais que algumas vezes nem percebem que seus alunos ou filhos são alvos de algum tipo de bullying.

PALAVRAS-CHAVE: Bullying. Papel do pedagogo. Ambiente escolar. Pais.

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ABSTRACT

This paper aims to analyze and discuss the issue of bullyng in schools and to reflect on the role of the pedagogue in the face of situations in the educational environment. When confronted with situations that are humiliating and embarrassing in the local student environment, which in its genesis presupposes learning, ignorance of people, including education professionals, could lead to an unsatisfactory approach to this issue. Bullying is not the victim's imagination, so much so that it has been consistently winning the media, awakening the family and society, as well as educators, to discuss the issue. Psychologists point out that in contemporary society, many children and young people are unaware of the exact differences between right and wrong, right and wrong. The purpose of this work is to analyze the positions adopted by educators, especially Pedagogues, within educational institutions; Study what is bullying and analyze the teachers' knowledge about bullying. Thus, the importance of understanding the role of the pedagogue through this phenomenon, through interviews with professionals in the school, can confirm that bullying is very present. The measures adopted are summarized in information and discussions with students, parents, administrators and other professionals of the school. The object of study of this work is in fact a form of violence that frequently occurs in the school environment. It is up to the school to think about the importance of the articulation of teachers and parents who sometimes do not even realize that their students or children are targets of some type of bullying.

KEY WORDS: Bullying. Role of the pedagogue. School environment. Parents.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 10

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13

2.1 A ORIGEM DO BULLYNG 13

3. BULLYING: SERÁ UMA REALIDADE? 16

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 20

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS 22

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 25

7. REFERÊNCIAS 27

8 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 28

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1. INTRODUÇÃO

A questão do bullying nas escolas tem sido um problema constante para os educadores, tema escolhido para defesa de Trabalho de Conclusão de Curso, na busca de identificar e compreender as repercussões dessa prática na vida dos alunos. Este fenômeno vem sendo objeto de discussão no meio educacional. E, como inúmeras pesquisas salientam, produzem consequências negativas para o autor, a vítima e testemunha, afetando sua formação psicológica, emocional e sócio educacional.

O bullying ocorre em todas as dependências das escolas, como dentro das salas de aulas, no pátio, nos banheiros. Não escolhe etnia, raça, cor, classe social ou econômica. Ocorre em escolas públicas ou privadas, áreas urbanas ou rurais, ensino infantil ou médio e pode atingir a todos em diferentes culturas e países. No Brasil, a maior frequência é na sala de aula, inclusive com os próprios professores presentes.

Mas o que leva crianças e adolescentes a prática de atos de crueldade com seus próprios colegas? Para Psicólogos e Psicanalistas estamos num momento em que a adolescência, principalmente de classe média, vive um conflito grave sobre o certo e o errado. Surge então a escola, com seu papel fundamental na formação intelectual e moral da pessoa, para fazer a interação com a família e sociedade e, juntas construírem ferramentas para enfrentar essa barbárie que destrói pessoas ainda em formação - crianças e adolescentes.

Há ainda um grande número de profissionais da educação que não sabem distinguir entre condutas de bullying ou outros tipos de violência, por não ter um preparo para identificar e desenvolver estratégias pedagógicas para enfrentar os problemas no ambiente escolar. O pedagogo precisa ser um investigador do fenômeno para descobrir as causas, pois só assim poderão traçar metas que levem ao êxito. Deve haver também o compromisso e entender que não adianta conscientizar apenas os alunos, como também a instituição, precisa assumir de forma clara que o problema existe e é necessária uma nova conduta frente a esse fenômeno.

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Estudos levam a crer que o bullying é um mal que acontece em todos os níveis sociais, independente de qual seja o padrão cultural predominante naquele ambiente. Partindo do pressuposto do que vem a ser atos de violência repetitiva, muitas vezes são confundidas por profissionais da área educacional, e até mesmo pelos familiares, que tendem a compreender a situação como algo inocente e sem relevância, mas que poderá repercutir na vida adulta do indivíduo, bem como na sua vida profissional, sua saúde psicológica e relação social. Daí a importância do papel do Pedagogo para identificar, analisar, discutir e pesquisar formas de prevenção ou amenização dos atos de violência dentro do ambiente escolar.

Portanto, foi a partir da realização desta pesquisa somada as leituras do material bibliográfico que se pode perceber como é imprescindível que se tenha consciência da importância da escola em buscar soluções plausíveis no enfrentamento do problema, assim como um entendimento do espaço educacional em adquirir conhecimento acerca do fenômeno para poder fazer a distinção entre agressões causais ou atos de indisciplina do bullying, e assim interferir propiciando um ambiente real de aprendizado.

Levanta-se com esta pesquisa a seguinte questão: O bullying e o papel do pedagogo? A realidade de nossas escolas atualmente vem nos mostrando os grandes desafios encontrados pelos pedagogos em relação a esta questão. A elaboração dessa pesquisa partiu da tentativa de procurar conhecer e entender qual o verdadeiro papel do profissional da pedagogia. Nos dias atuais, problemas como indisciplina, agressão física e verbal dentro das salas de aula, estão sendo estudados como conceitos relacionados à falta de afetividade docente. O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não se deixa confundir com outras formas de violência. Isso se justifica pelo fato de apresentar características próprias, dentre elas talvez a mais grave a de causar traumas às vítimas envolvidas.

O problema tem atingido dimensões cada vez mais ascendentes que já se fala até mesmo em depressão infantil. Muitos alunos que se sentem afetados querem até desistir e não ir mais a escola. E se justifica, por ser o bullying um problema mundial, como uma brincadeira própria do

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amadurecimento da criança, porém, com interpretação equivocada. A prática vem se alastrando cada vez mais no ambiente escolar, trazendo como consequência o desrespeito, o preconceito pelo próximo, causando uma extrema dificuldade na aprendizagem, diante disso se pesquisa qual o papel do pedagogo nesse processo.

O objetivo geral da pesquisa é conhecer como o Pedagogo pode atuar para prevenir, minimizar e erradicar situações de bullying no ambiente escolar.

Os objetivos específicos são:

- Analisar quais posturasadotadas pelos educadores, em especial os Pedagogos, dentro das instituições de ensino;

- Estudar o que é bullying;

- Analisar o conhecimento dos professores sobre o bullying

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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2.1 A ORIGEM DO BULLUNG

Esse fenômeno começou a ser pesquisado cerca de dez anos na Europa, quando se descobriu o que estava por trás de muitas tentativas de suicídio entre adolescentes. Sem receber a atenção da escola ou dos pais, que geralmente achavam as ofensas bobas demais para terem maiores consequências, o jovem recorria a uma medida desesperada. (HANSON, 2012).

Embora a denominação seja recente, o fenômeno é mais antigo que a própria escola e se repete continuamente em todo o mundo. Não é restrito a uma instituição específica. Pode ocorrer em escolas de todo o tipo: primárias, secundárias, rurais, públicas ou privadas. Onde há uma criança ou um jovem sofrendo qualquer tipo de pressão psicológica, atitude agressiva intencional e repetida, sem motivação evidente, o fenômeno está presente e precisa ser tratado com a seriedade que merece.

O bullying pode parecer uma brincadeira de amigos pela sutileza com que é conduzido pelos agressores. O que o distingue das brincadeiras próprias do desenvolvimento infanto-juvenil e regras de boa convivência é a crueldade com que é exercido. Dentre os autores que estudam essa questão é importante citar Cléo Fante, (2005) que define o bullying como qualquer conduta abusiva, praticada de forma repetitiva no ambiente escolar por colegas ou educadores.

Neste ponto, esse conceito se assemelha com da autora Ana Beatriz Barbosa Silva (2010, p. 22), que conceitua como “termo para explicar todo tipo de comportamento agressivo, cruel, proposital e sistemático inerente às relações interpessoais”.

No entanto, na visão de Silva passa dos muros da escola. Em sua análise ela afirma que este fenômeno acontece em todos os espaços, onde se dá as relações sociais. E, este ponto de vista, também é citado por Marie-France Hirigoien (2002, p. 79) que define como:

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Forma de descrever as humilhações, os vexames ou as ameaças que certas crianças ou grupos de crianças infligem as outras. Depois o termo se estendeu as agressões observadas no exército, nas atividades esportivas, na vida familiar, em particular com relação à pessoa de idade, e evidentemente, no mundo do trabalho.

Esta análise nos leva ao conceito de Chalita (2008, p. 109), que define bullying como uma violência que cresce com a cumplicidade de alguns, com a tolerância de outros e com a omissão de muitos.

No ano de 1982, “os jornais noruegueses noticiam o suicídio de três crianças com grandes probabilidades de terem sido motivados por situações de maus-tratos a que eram submetidas pelos seus companheiros de escola”

(PEREIRA, 2009, p. 32), o que se compara com Chalita (2008, p. 103) que relata um fato espantoso acontecido em 1993 na Noruega, onde “três meninos, com idades entre 10 e 14 anos, cometeram suicídio; tudo indicava que haviam sido pressionados por situações graves de bullying”.

Na atualidade, com bastante frequência somos alertados para situações de violência que ocorrem nas escolas. Este fato não é novo, mas tem despertado a atenção e interesse por parte dos próprios alunos, pais, profissionais da educação e da saúde, e da comunidade em geral.

Segundo (ABRAMOVAY & RUA, 2004, p. 92):

Mesmo que a violência nas escolas não se expresse em grandes números e apesar de não ser no ambiente escolar que acontecem os eventos mais violentos da sociedade ainda assim, este é um fenômeno preocupante tanto pelas sequelas que diretamente inflige aos atores participantes e testemunhas como pelo que contribui para rupturas. Com a ideia da escola como lugar de conhecimento, de formação do ser e da educação, como veículo por excelência do exercício e aprendizagem, da ética e da comunicação por diálogo e, portanto, antítese da violência.

Neste contexto, se chama a atenção para um modo de violência não menos cruel, nem menos incidente – que está presente em todas as escolas sejam elas da rede pública ou privada e envolve significante número de alunos.

Trata-se do Fenômeno bullying, que é o conjunto de atitudes agressivas repetitivas, que não tem motivação aparente, perpetuadas por um aluno ou grupo

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contra outro, causando sofrimento e angústia e dor. É toda a forma de violência através de atitudes agressivas e está presente em todas as escolas.

Crianças e adolescentes com o perfil provocador costumam realizar intimidações (assédio psicológico) contra pessoas pertencentes aos seus grupos sociais. E quando isso ocorre no ambiente escolar, pode caracterizar a ocorrência do fenômeno denominado bullying.

Segundo (Silva, 2010, p. 35).

Bullying pode ser definido como um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente adotada por um ou mais alunos contra outros. Os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão e prazer, cujas “brincadeiras” têm como propósito maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar, causando dor, angústia e sofrimento às suas vítimas. O líder do grupo agressor costuma ser o indivíduo que apresenta características compatíveis com a personalidade psicopática.

3. BULLYING: SERÁ UMA REALIDADE?

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Os comportamentos agressivos, psicológicos e físicos dos atores envolvidos em situações de perseguição no ambiente escolar não é obra do imaginário da vítima. A discussão conceitual que aqui se busca aprofundar evidenciará este aspecto, bem como o próprio conceito do instituto objeto de investigação, o bullying. Esta relação de perversidade é um problema que existe em muitas escolas, no entanto, nem todas têm consciência desse fenômeno, representadas por atitudes agressivas, repetitivas, intencionais e travestidas de brincadeiras, mas que, na verdade, trata-se de violência, que pode inclusive conduzir a vítima à morte. Neste sentido, primorosa é a lição de Pereira (2002, p. 31), que define:

[...] Bullying é uma forma séria de comportamento antissocial que, pela sua duração, pode prejudicar o desenvolvimento da criança, tanto imediatamente como em longo prazo, sendo contribuinte para o maior envolvimento dos “bullies activos” em comportamentos criminais na vida adulta.

Esse ato é uma realidade e não ocorre só nas escolas, mais também em outros lugares como nas famílias, locais de trabalho, asilos, igrejas, condomínios residenciais. Sendo um conceito definido é impossível confundi-lo com outras formas de violência, devido as graves consequências deixadas por ele ao psicológico das vítimas e de todos os envolvidos. Envolvendo crianças e adolescentes, restando para estas consequências que marcarão toda sua fase adulta. Considerado uma realidade e não só imaginação como muitos querem que seja.

É Necessário entender e aceitar que esse ciclo é composto por vítimas, agressores e expectadores, onde cada um desenvolve um papel, incitando ainda mais os atos de maldade. Cada um exerce uma função, para esse ciclo ser mantido é preciso que cada um dos envolvidos faça a sua parte, mas a partir do momento em que um quebre o funcionamento desse ciclo, pode- se ter uma esperança para que as mudanças aconteçam, dando uma nova oportunidade de mudança para o envolvido.

A pessoa causadora do ato é sempre o mais popular, valente e temido da escola, não segue regras, e só se socializa com pessoas que aceitam e concordam com suas atitudes, além de gostar e admirar o causador. O agressor

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é dono de um forte temperamento e personalidade, em muitos casos os atos de delitos vêm de muito pequeno, e com o passar dos anos vai aumentando e piorando.

Desde pequeno o agressor tem um mal comportamento em casa, maltratando, respondendo seus familiares e pessoas do seu meio de convívio.

Em muitos dos casos essas atitudes são abafadas pela própria família e pela escola. Na maioria dos casos esses tipos de pessoas possuem uma inteligência e são bem sucedidos na escola, o que na verdade falta a eles são bons sentimentos como amor, afeto pelo próximo, sendo que hoje estão em sala de aula, mais no futuro chegarão a ser pais, maridos, cidadãos altamente violentos, se tornando um perigo até para a sociedade. Infelizmente por onde eles passam ganham admiradores de seus atos, fazendo plateia, aumentando o ego do agressor e nada fazem para impedir as agressões.

Sem correspondência no idioma português, o Brasil, utiliza o termo em inglês bullying, na França é chamado de harcélement quotidien, na Itália prepotenza e/ou bullismo, ijime no Japão, de agressionen unter Schuler na Alemanha e em Portugal de maus-tratos entre pares, e para alguns estudiosos o bullying é determinado como violência moral que vem da adequação do francês assédio moral.

Silva (2010, p. 25) comenta:

Além de os bullies escolherem um aluno alvo que se encontra em franca desigualdade de poder, geralmente este também já apresenta uma baixa autoestima. A prática de bullying agrava o problema preexistente, assim como pode abrir quadros graves de transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas vezes, trazem prejuízos irreversíveis.

O bullying não atinge apenas uma ou duas pessoas mais o grupo, ou seja, estende a toda a escola. Fante (2005, p. 71) relata que as vítimas têm tais características:

[...] ‘vítima típica’, como aquele que serve de bode expiatório para um grupo; ‘vítima provocadora’, como aquele que provoca determinadas reações contra as quais não possui habilidades para lidar; ‘vítima agressora’, como aquele que reproduz os maus-tratos sofridos.

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Os pais detectando que a criança ou adolescente encontra-se em estado de isolamento, devem escutá-los, dar atenção e, conforme o caso, procurar acompanhamento com Especialistas - Psicólogos ou Psiquiatras.

Normalmente esse tipo de pessoa é agressiva e não obedecem nenhum tipo de regra com os pais, eles fazem o possível para escapar dos castigos da melhor forma. As vítimas são pessoas difíceis de descobrir, pois geralmente vivem caladas, coagidas pelo agressor e por medo não se manifestam. É muito importante que os pais participem, acompanhem a vida dos seus filhos, para que no momento em que ele estiver passando por esse tipo ou até outro tipo de problema, possam receber ajuda e tomem as devidas medidas de resolução do problema.

Alguns até relatam questões quando indagado, porém nem sempre de forma clara. O que justifica a afirmação da autora Cléo Fante (2005), de que

“o Bullying tem como característica principal a violência oculta” e por estar camuflada é que para sociedade pode parecer algo novo, e nos dias atuais está se tornando realidade na vida de algumas pessoas. Este fato, causado pela intolerância e preconceito, se amplia na sociedade atual, ultrapassando os muros da escola. Para Silva:

Para algumas vítimas, mesmo após a interrupção do bullying, as consequências advindas dessa violência tendem a se propagar por toda uma existência, em decorrência das experiências traumáticas difíceis de serem removidas da memória. Em casos mais graves, quando a violência é intensa e continua, a vítima pode chegar a cometer suicídio ou praticar atos desesperados de heteroagressão e autoagressão (homicídio, seguido de suicídio) (SILVA, 2010p. 156).

Desde modo é possível entender que o bullying é causado pela falta de tolerância com as diferenças e que a sua existência tem criado uma geração de pessoas que visa o estético, o belo e a igualdade. Quem não se adequa neste modelo são os menos favorecidos e os mais vitimados. Portanto este fenômeno não é algo que está apenas nas mentes das pessoas, ou fatos que acontecem com apenas pequenos grupos, mas sim tem estado no dia a dia de cada um, começando dentro das escolas e acompanhando suas vítimas, agressores e expectadores por toda vida.

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4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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Caracterizada como pesquisa de campo sob uma abordagem qualitativa teve a possibilidade de descrever e interpretar como se dá a relação entre os profissionais educadores e as crianças, cabendo uma familiaridade no contexto que está sendo investigado, além de permitir ao pesquisador uma fotografia da realidade vivida - análise, identificação e descrição. Para que isso possa acontecer, o cuidado e atenção em investigar através da observação torna-se um elemento de grande valia.

Dá-se, desse modo, corpo à pesquisa qualitativa a qual se caracteriza por ultrapassar os limites de um olhar meramente estatístico para um olhar observador que, por sua multiplicidade, privilegia o processo, a dinâmica e a complexidade do objeto em análise.

Corroborando com essa perspectiva, Neves (1996, p.1) define esse tipo de pesquisa como “um conjunto de diferentes técnicas interpretativas que visam a descrever e a decodificar os componentes de um sistema complexo de significados”.

O instrumento utilizado para coleta de dados foi à aplicação de um questionário (Apêndice A) no qual abordou questões, todas voltadas para a análise do tema.

As professoras responderam aos questionários individualmente, dentro da própria instituição em que trabalham e em um lugar reservado, tendo suas respostas transcritas de forma fiel.

Os participantes da pesquisa foram quatro professores pertencentes ao quadro efetivo da Educação Infantil, atuando diretamente com crianças entre 6 a 8 anos. Todas as professoras, de faixa etária entre 34 e 46 anos, possuem graduação em Pedagogia e experiência no exercício profissional de 3 a 18 anos.

Participaram da pesquisa de quatro professoras que atuam com crianças de dois a três anos e as outras duas professoras que atuam com crianças de três a quatro anos.

Os dados coletados foram analisados segundo a abordagem qualitativa, procurando realizar o contraponto entre os dados colhidos e a revisão de literatura desenvolvida.

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5. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Discute-se, neste capítulo, de forma crítica a pesquisa realizada no município de Alagoa Grande em uma instituição municipal de ensino. As

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seguintes informações foram organizadas a partir das respostas obtidas na entrevista. Priorizou-se observar as falas e, ao mesmo tempo, fazer uma ponte com a literatura pesquisada.

Durante a entrevista as pedagogas confirmaram que já presenciaram vários casos de violência na escola e que acontecem constantemente tanto no ambiente escolar quanto em outros lugares. Um problema que está generalizado, sendo encontrado em toda e qualquer escola, seja ela pública, privada, rural, urbana, primária ou secundária.

Quando questionados como deveria ser a atitude do pedagogo diante dos casos de bullying, as quatro foram iguais em suas opiniões: disseram que o diálogo é a melhor atitude, ter uma conversa amigável com a turma, mostrando que ser diferente é bom e tem suas vantagens, sempre contando com ajuda de toda a coordenação da escola, já que este problema não é levado a outras instâncias da escola.

As entrevistadas mostraram que o bullying é uma prática perversa de humilhações sistemáticas de crianças e adolescentes no ambiente escolar, pode ser caracterizado como: colocar apelidos, ofender, sacanear, humilhar, fazer sofrer, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, agredir, quebrar pertence entre outros. Segundo Fante (2005): O bullying é uma forma de violência que ocorre na relação entre pares, sendo sua incidência maior entre os estudantes, no espaço escolar. É caracterizado pela intencionalidade e continuidade das ações agressivas contra a mesma vítima, sem motivos evidentes, resultando danos e sofrimentos e dentro de uma relação desigual de poder, o que possibilita a vitimação.

Todas as pedagogas relataram que já presenciaram vários casos de bullying na escola, principalmente contra homossexuais, negros e gordos, e que os casos são frequentes com esses tipos de pessoas no ambiente escolar. Uma delas contou o caso de um garoto de 10 anos que foi agredido ao sair da escola, violência está motivada pelo simples fato do menino usar óculos, e por ele ser gordinho, depois do ocorrido a criança sofreu algumas lesões e machucados pelo corpo e não quis mais voltar pra escola por um bom tempo. A família do

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garoto ficou muito abalada e depois decidiram matricula-lo em outra escola. Atos de violência podem marcar a vida do ser humano durante toda a sua existência, contudo segundo Fante (2005, p. 157):

É comum que as vítimas do comportamento violento ou agressivo vivenciem sentimentos de medo, vergonha, raiva e impotência que rebaixam a auto–estima; e, sendo por um prolongado período de tempo expostas à ação dos seus agressores e aos olhares indiferentes, omissos ou desdenhosos dos seus “espectadores”, é natural que mobilizem cadeias de construções de pensamentos, que estimulam reações como ansiedade, irritação, angústia, tristeza, melancolia, além de pensamentos de vingança e suicídio.

Quando questionadas se foram abordadas pelos familiares das vítimas as pedagogas afirmaram que sim e que o que puderam fazer foi aconselhar os pais a trabalhar em casa com seus filhos noções de respeito e ética, e os fazer entenderem que o ser humano adquire essas noções no convívio familiar, mas elas devem ser também ensinadas na escola. De acordo com os parâmetros, o professor deve trabalhar em seu cotidiano os conteúdos de ética, respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade (BRASIL, 1998).

Em relação a pergunta se elas como educadoras já fez algum tipo de projeto para prevenir que práticas de violência entre alunos, uma das pedagogas afirmou que sim. Foi criado na escola um projeto chamado “Xô Preconceito”. Um projeto que já vem sendo desenvolvido há dois anos, no qual o objetivo principal é trabalhar o amor, a verdade, a paz e a não violência com as crianças, utilizando atividades em sala de aula, palestra entre outros meios, o intuito de trabalhar esses conceitos justamente para minimizar a violência, tanto na escola bem como na família.

Surge a obrigatoriedade de as escolas públicas e privadas adotarem medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying escolar. Tais medidas devem ser incorporadas no projeto pedagógico da escola das unidades escolares e ao planejamento escolar, para que se saiba até que ponto o fato ocorrido é bullyng.

Segundo Fante (2005), enfrentar a violência não é tarefa fácil. A violência é um fenômeno social, complexo e multifatorial. A escola sozinha não

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consegue conter as violências sem a participação, envolvimento e compromisso da família, sem o apoio de instituições que asseguram os direitos de crianças e adolescentes, sem o comprometimento efetivo de governos na criação de políticas públicas e aplicação de investimentos em projetos concretos que ofereçam oportunidades de mudanças significativas na vida de crianças e adolescentes , na capacitação de profissionais de educação, saúde, assistência social, operadores do direito, dentre outros, para o desenvolvimento de programas preventivo eficazes.

Quando perguntado sobre como os alunos tem reagido ao tema elas falaram que para alguns o bullyng é uma atitude normal, algo divertido e prazeroso para muitos, mas que eles devem ser orientados do devido significado dessa prática e de suas consequências para vida de cada um. Esse problema existe há muito tempo no ambiente escolar, todavia era visto pela escola e pelos pais apenas como brincadeira de criança, porém, essa brincadeira de criança trouxe ultimamente enormes preocupações pelo fato de serem violentas em todos os sentidos, seja moral, físico ou psicológico.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos constatar que o objeto de estudo deste trabalho é na realidade uma forma de violência que acontece com frequência no ambiente

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escolar e em outros ambientes da sociedade, causando grandes danos às vítimas, com seus atos de perversidade.

Durante a pesquisa de campo, foi percebido que o bullying é um problema que deve ser enfrentado por todos, tanto no ambiente escolar pelos professores, diretores, pedagogos, mais que para que isso aconteça de uma maneira correta é necessário que aconteça uma reciclagem nas práticas educacionais da escola e uma formação continuada para que o corpo escolar venha se aperfeiçoar e se preparar para saber quais as decisões cabíveis a tomar diante do caso. Desse modo, também, é preciso ser criado para a sociedade politicas publicas eficazes e que realmente venham a ser desenvolvidas. Apesar de que se não houver uma reestruturação de valores primeiramente dentro das famílias e depois no ambiente escolar, nada surtira efeito nenhum.

Foi possível concluir pela pesquisa a ausência dos pais na vida escolar dos seus filhos, deixando toda a responsabilidade para a escola, como se a escola pudesse suprir a ausência dos pais. É preciso que todos se conscientizem do tamanho dos estragos que esse fenômeno causa a vida de tantos inocentes que só querem viver a vida da sua própria maneira, e por isso causam tanta fúria nos agressores, causando danos psicológicos e levando algumas vítimas ao isolamento e até ao suicídio, por não suportarem a pressão.

O pedagogo está em meio a um problema do qual ele precisa se apoiar nos conhecimentos da psicologia para tentar amenizar a questão, entretanto esse profissional não faz parte do quadro de professores.Algumas medidas sociais poderiam reduzir os fatores de risco e prevenir o comportamento agressivo entre crianças e adolescentes.As crianças precisam aprender que a violência não faz e não pode fazer parte de seu cotidiano, ela não é obrigada a conviver com esse tipo de manifestação. Cabe a escola pensar na importância da articulação dos professores e pais que algumas vezes nem percebem que seus alunos ou filhos são alvos de algum tipo de bullying.

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7. REFERÊNCIAS

ABRAMOVAY, Miriam; RUA, Maria das Graças. Violência nas Escolas.

Brasília:

UNIESCO. Instituto Ayrton Senna. UNDIME, 2004.

ALBINO, Priscilla Linhares; TERÊNCIA, Marlos Gonçalves: Considerações crítica sobre o fenômeno do Bullying: do conceito ao combate e à prevenção.

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BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e Quarto Ciclos: Apresentação dos temas Transversais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CHALITA, Gabriel. Pedagogia da Amizade: Bullying o sofrimento das vítimas e dos agressores. 3. ed. São Paulo: Gente, 2008.

FANTE, Cléo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e Fontanar, 2010. Educar para a paz. 2. ed. São Paulo: Verus, 2005.

HANSON, K. (20 de setembro de 2012). A origem do bullying. Fonte: Blogspot:

http://katarinyelizabeth2012.blogspot.com.br/2012/09/a-origem.html

HIRIGOYEN, Marie France. Assédio moral: a violência perversa do cotidiano São Paulo: Bertrand do Brasil, 2002.

NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa – características, uso e possibilidades.

Cadernos de pesquisa em adminsitração, São Paulo. V. 1, nº 3, 2ºsem. 1996 PEREIRA, Sônia Maria de Souza. Bullying e suas implicações no ambiente escolar. 1. ed. São Paulo: Paulus, 2002.

SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: Mentes Perigosas na Escola. São Paulo:

Fontanar, 2010.

8. APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

a) Você já presenciou algum tipo de violência dentro da escola? Descreva.

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28

b) Qual a sua atitude mediante a um ato de violência dentro da escola?

c) Você sabe o que é o Bullying?

d) Você já presenciou algum caso de Bullying? Descreva.

e) Você já foi abordada por familiares para conversar sobre o Bullying?

f) Você como educadora já fez algum tipo de projeto para prevenir que práticas de violência entre alunos, como o Bullying, por exemplo, aconteça? Descreva.

g) Como os alunos têm reagido em relação ao tema?

Referências

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