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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA LUCIA VANESSA ROCHA SANTOS

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Academic year: 2021

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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA

LUCIA VANESSA ROCHA SANTOS

DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO DOS CAMARÕES (CRUSTACEA PALAEMONIDAE E ATYIDAE) NO BAIXO RIO SÃO FRANCISCO

(NORDESTE DO BRASIL)

ARAPIRACA-AL 2018

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DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO DOS CAMARÕES (CRUSTACEA PALAEMONIDAE E ATYIDAE) NO BAIXO RIO SÃO FRANCISCO

(NORDESTE DO BRASIL)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Biológicas - Licenciatura, da Universidade Federal de Alagoas – UFAL,

Campus Arapiraca, como requisito parcial para

a obtenção do grau de Licenciado em Ciências Biológicas.

Orientadora: Prof. Dr. Petrônio Alves Coelho Filho

Coorientadora: Profª Drª Taciana Kramer Pinto

ARAPIRACA-AL 2018

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Dedico essa monografia a meus pais Francisco(in memorian) e Lucia, com todo amor e gratidão, por todo o esforço e dedicação a mim, e por terem me ensinado todos os valores da vida.

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que sempre teve comigo, me mostrando os melhores caminhos, e me guiando por eles; Agradeço a meus pais por todo os ensinamentos, carinho, e toda a dedicação que sempre tiveram a mim, e ao Chico, que em todos os momentos esteve ao meu lado e me apoiou em minhas decisões, me dando incentivo e muito carinho;

À Universidade Federal de Alagoas por ter me proporcionado essa graduação;

A todos os professores do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Alagoas – Campus Arapiraca e também a banca avaliadora pelas contribuições realizadas;

Aos meus orientadores Petrônio e Taciana por todos os ensinamentos e contribuições que fizeram com que eu escrevesse essa monografia;

Agradeço a minhas amigas Sylvia e Marília pela amizade, e que mesmo de longe sempre torceram muito por mim, me dando apoio e carinho em diversos momentos;

Agradeço a minhas amigas de turma, Carol, Ellyda, Sirlany, Andreia, Suzy por todos os momentos compartilhados de risadas, segredos, desespero, viagens e por me ensinarem a ser uma pessoa melhor;

Agradeço a minha grande amiga Juliana por todos os conselhos, desabafos, apoio, alegrias, e por aceitar copias diárias desse tcc em seu e-mail para garantir que não houvesse chance que eu o perdesse;

Agradeço ao Professor Alexandre Oliveira e toda a equipe Lapem, por terem sido minha primeira base com crustáceos, principalmente ao Mário e Jackson que dedicaram parte de seu tempo me ensinando;

A gradeço a professora Márcia Silva, pelos 0,2 décimos concedidos a mim com tanto carinho, e que serão sempre lembrados, e a todos os que torceram e intercederam por mim para que este gesto caridoso acontecesse;

Agradeço ao professor Edmilson, que em suas aulas me ensinou não somente o conteúdo da matéria, mas que me mostrou um grande exemplo de índole, caráter, me fazendo muitas vezes repensar meus conceitos e me motivando a ser alguém melhor;

Agradeço a todos que fizeram parte da UFAL no setor administrativo, e que muito me ajudaram, e em especial ao Cícero por quem tenho um enorme carinho, e também a seu Edilson, Wesley, ao pessoal da guarita e todos da UFAL Penedo que torceram por esse TCC;

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moral, e em especial Emanuel que me ensinou boa parte de tudo que aqui registrei, e que é pra mim um grande exemplo de superação, força de vontade, mostrando que mesmo em meio as dificuldades não devemos nos abater com as situações e nem perder a esperança.

Agradeço a minha psicóloga Patrícia por tantos concelhos e incentivos que me deu, me ajudando a pensar e refletir melhor sobre as situações e sobre mim mesma, e me ressaltando sempre o lado bom da vida.

Agradeço a minha Layla, que sempre esteve ao meu lado, compartilhando comigo alegrias e tristezas, me dando carinho, e que apenas com seu olhar tocava meu coração me dando ânimo e motivação para continuar.

Agradeço a Cibelle e sua mãe Lúcia por todas vezes que me deu abrigo quando eu precisei dormir em Arapiraca por motivos da faculdade.

Agradeço a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que eu pudesse estar onde estou e ser a pessoa que sou hoje e que não estão aqui citados, minhas desculpas e sinceros agradecimentos, a todos vocês, obrigada!

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“Sede fortes e corajosos; não temais, nem desanimeis, pois está conosco um maior do que está com ele. Ele tem a força humana, mas nós temos o Senhor, nosso Deus para nos ajudar e lutar por nós.”

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A região do Baixo São Francisco é um importante ecossistema de água doce tanto em aspectos ecológicos, quanto sociais eeconômicos. Apesar disto, essa região possui pouco conhecimento em relação à composição de sua fauna carcinológica. O presente estudo foi realizado com o objetivo de inventariar a fauna de camarões de água doce (Crustacea, Decapoda)do baixo São Francisco verificando variações na estrutura das suas comunidades em relação à distribuição espacial quanto à localidade e tipos de hábitat.. Para tanto, coletas mensais entre dezembro de 2015 e outubro de 2017 foram realizadas em 8 pontos do baixo São Francisco, sendo um cada uma das seguintes cidades: Piranhas, Pão de Açúcar, Belo Monte, Traipú, Porto Real do Colégio, Penedo, Penedinho e Potengi . A carcinofauna foi coletada utilizando covos, puçá, e captura por mergulho como artes de pesca. Foram identificadas 8 espécies de crustáceos sendo 5 pertencentes a Família Palaemonidae, e 3 pertencentes a família Athyidae. O estudo mostrou que a fauna de camarões presente na vegetação, difere da fauna do substrato de pedra e que a diversidade de camarões varia ao longo do rio, sofrendo influência dos fatores abióticos: profundidade, Oxigênio dissolvido, pH e Salinidade. É fornecida uma chave de identificação para as 8 espécies que ocorrem nessa região. Para cada espécie estudada são fornecidos: diagnose, distribuição geográfica e material examinado.

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The region of Baixo São Francisco is an important ecosystem of fresh water in the social, economical and ecological aspects. On the other hand, this region does not have much knowledge regarding the composition of its carcinogenic fauna. The present study was carried out in order to know the fauna of crustaceans of freshwater decapods of Baixo São Francisco, to determine the taxonomic composition of the shrimp (Crustacea, Decapoda) in the Lower São Francisco, their ecological and distributional relations, of Baixo são Francisco, characterize the habitat of these species, determine the spatial and temporal variation and their ecological relations. For this purpose, monthly collections were carried out in 8 cities of lower São Francisco with demarcated points for collection, beginning December 2015 to October 2017, using coves, puçá, and capture by diving as fishing gear. Eight species of crustaceans were identified, 5 belonging to the Family Palaemonidae, and 3 belonging to the Athyidae family. The study showed that the fauna of shrimp present in the vegetation differs from the fauna of the substrate stone and that the diversity of shrimp varies along the river under the influence of the abiotic depth, dissolved oxygen, PH and salinity factors. An identification key is provided for the 8 species of Palaemonideos that occur in that region. For each species studied are provided: diagnosis, geographic distribution and material examined.

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Tabela 1 – Coordenadas dos pontos de coleta 23 Tabela 2 –Dados Abióticos 32

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Figura 2 – Distribuição dos Pontos de Coleta 23

Figura 3 – Meio Flutuante utilizado nas coletas 24

Figura 4 – Automóvel utilizado no deslocamento durante as coletas 24

Figura 5 – Covo utilizado para a captura de camarões 25

Figura 6 – Boia para marcação das grosseiras de covo 25

Figura 7 – Acondicionamento de exemplares de M. carcinus em sacos plásticos com solução formalina a 4% 26

Figura 8 – Exemplar de M. carcinus logo após captura e retirada do covo 26

Figura 9 – Exemplar de M. acanthurus logo após captura e retirada do covo 26

Figura 10 – Utilização de puçá durante as amostragens para captura de exemplares da carcinofauna 27

Figura 11 –Coleta de Mergulho para captura de exemplares da carcinofauna 27

Figura 12 – Coleta de Manual para captura de exemplares da carcinofauna 27

Figura 13 – Exemplar de Atya scabra a) Vista lateral de exemplar b) Vista dorsal de exemplar 35

Figura 14 – Exemplar de Atya gabonenses a) Vista lateral de exemplar b) Vista dorsal de exemplar 36

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Figura 16– Exemplar de Macrobrachium amazonicum a) Vista lateral de exemplar 39

Figura 17 – Exemplar de Macrobrachium carcinus a) Vista lateral de exemplar b) Vista dorsal de exemplar 40

Figura 18 – Exemplar de Macrobrachium jelskii a) Vista lateral de exemplar b) Vista dorsal de exemplar 42

Figura 19– Exemplar de Macrobrachium olfersii a) Vista lateral de exemplar b) Vista dorsal de exemplar 44

Figura 20– Exemplar de Potimirim potimirim a) Vista lateral de exemplar b) Vista dorsal de exemplar 46

Figura 21–Abundância das espécies ao longo das amostragens 47

Figura 22 –Abundância Total por ponto de coleta 50

Figura 23– Distribuição das espécies por localidade 51

Figura 24- Análise de escalonamento multidimensional com divisões dos camarões de vegetação e pedra 53

Figura 25– Ocorrência das espécies no substrato vegetação e pedra 54

Figura 26– Distribuição da comunidade de camarões nos pontos de coleta 55

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 13

2 REVISÃO DE LITERATURA 16

2.1 Histórico do estudo dos Decapoda 16

2.2 Histórico Taxonômico 18 3 MATERIAL E MÉTODOS 21 3.1 Área de estudo 21 3.2 Coleta de Campo 22 3.3 Atividade de laboratório 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Fatores Abióticos 4.2 Análise de Fauna

4.3Análise de distribuição Temporal da comunidade 4.4 Análise espacial da comunidade

4.5 Análises Multivariadas 29 29 33 47 49 52 5 CONCLUSÃO 57 REFERÊNCIAS 58

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1 INTRODUÇÃO

A bacia hidrográfica do Rio São Francisco possui uma área superior a 630.000 km2 e sua exploração econômica se iniciou no século XVI através de atividades como o cultivo da cana-de-açúcar, a pecuária e a extração mineral (ANA, 2010). O Baixo São Francisco vem sofrendo ao longo dos anos grandes impactos devido à ação do homem e sua desenfreada exploração econômica, acarretando assim vários problemas às comunidades biológicas e consequentemente uma diminuição da biodiversidade local (GEE et al 1992; YU et al., 1997).

A pesca é uma das atividades de subsistência mais importantes na região do Baixo São Francisco, no entanto sabe-se que o estoque pesqueiro do rio, assim como em outros corpos hídricos, está em declínio por causa do aumento da pressão de captura e devido barramento do rio com fins de geração de eletricidade, o que dificultou ainda mais a manutenção dos estoques naturais em toda a bacia (RAMOS, 2001).

Dentre as espécies alvos da pesca artesanal, os camarões de água-doce são uma das principais fontes de renda das famílias ribeirinhas. Apesar de existir poucas espécies de camarão que são comercializadas nos rios brasileiros, estas são responsáveis por produzirem anualmente milhares de toneladas de proteína que sustentam populações rurais locais (OVERAL, 2001).

Além do citado, esses crustáceos têm grande importância nos processos ecológicos dos ambientes aquáticos, pois atuam em diferentes níveis da cadeia trófica desses ambientes, quer como herbívoros, predadores, necrófagos ou presas de outros grupos (BENETTON at al., 1990; MAGALHÃES at al., 1999). Algumas espécies têm como função o controle da vegetação aquática, muitos são bons indicadores ambientais para metais, chuva ácida, aquecimento global, etc.

Entende-se como camarões de água-doce os crustáceos decápodos carídeos, pertencentes principalmente as famílias Palaemonidae e Atyiidae, que possuem diversidade e abundancia considerável em suas áreas de ocorrência. A família Atyidae De Haan (1849) engloba 42 gêneros, que incluem 469 espécies de camarões de água doce e estuarinos e não há representantes marinhos (FRYER, 1977; DE GRAVE e FRANSEN, 2011). Mundialmente, são reconhecidas 13 espécies para o gênero Atya (DE GRAVE e FRANSEN, 2011) e 5 espécies para o gênero Potimirim (TORATI e MANTELATTO, 2012), porém há fortes evidências de novas espécies ainda não descritas para ambos os gêneros (F. MANTELATTO, com. pessoal - 2013). Apesar dessa notável diversidade, somente dois desses gêneros, englobando quatro espécies, são reportados para o Brasil (MELO, 2003; TORATI e MANTELATTO, 2012): no

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gênero Atya Leach, 1816, têm-se Atya scabra Leach, (1816) e A. gabonensis Giebel, (1875), enquanto Potimirim Holthuis (1954) inclui Potimirim brasiliana Villalobos, (1959) e P.

potimirim Müller (1881).

A família Palaemonidae Rafinesque, 1815 tem ampla distribuição geográfica, ocupando uma imensa diversidade de ambientes, e inclui espécies com grande interesse econômico (RAMOS-PORTO e COELHO, 1998; MELO, 2003; FERREIRA ET AL., 2010). Mundialmente, é representada por 130 gêneros e cerca de 1000 espécies (MANTELATTO et al., 2016). No território brasileiro são registradas 64 espécies, sendo 38 palemoníneos e 27 pontoníneos (RAMOS-PORTO e COELHO, 1998; MELO, 2003; FERREIRA ET AL., 2010; PILEGGI e MANTELATTO, 2012; VIEIRA ET AL., 2012; ALMEIDA ET AL., 2014; CARVALHO, 2014; CARVALHO ET AL., 2014)

A maioria das espécies de camarões de água doce pertence ao gênero Macrobrachium (BATE, 1868) (Família Palaemonidae), que compreende 210 espécies, com ampla distribuição geográfica, ocorrendo nas regiões tropicais e subtropicais do planeta (SHORT, 2004). No Brasil, são encontradas 18 espécies desse gênero. Algumas dessas apresentam expressiva importância econômica como M. amazonicum, M. achanthurus e M. carcinus (VALENTI, 1998; MANTELATTO e BARBOSA, 2005). Porém outras espécies, como M. jelskii, apresentam uma importância regional sendo utilizado como isca para pescaria e fonte de alimento para a população ribeirinha (CIRILO et al, 2011). A maioria desses organismos vive em tocas ou parcialmente enterrada no sedimento ou na areia (MELO, 2003). Este gênero possui uma ampla distribuição em ecossistemas de água doce, e especialmente no Rio São Francisco, que apresenta significativa importância econômico/social pela intensa atividade pesqueira, onde parte da população depende da exploração desses recursos (MAGALHÃES, 2000).

Porém a diversidade de crustáceos que compõem a carcinofauna do rio são Francisco pode estar comprometida, visto que este rio apresenta uma série de impactos ambientais, os quais são comuns a outros rios que sofreram processos de barramento para geração de energia hidroelétrica. Os primeiros impactos foram oriundos da construção de UHE de Três Marias (Minas Gerais), no final dos anos 50, seguida, na década de 70, da construção da barragem de Sobradinho (Pernambuco/Bahia). De modo geral, verificam-se alterações no fluxo e na qualidade da água, impedimento à migração reprodutiva, alteração do regime lótico para lêntico e modificação da estrutura das comunidades aquáticas. Os represamentos trouxeram diversos impactos ambientais, provocaram uma série de alterações hidrológicas nas áreas represadas e trechos a jusante, bem como a redução da biodiversidade (ANA, 2004). Outro impacto foi a construção da hidrelétrica de Xingó entre os estados de Alagoas e Sergipe,

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situando-se a 12 km do município de Piranhas - AL e a 6 km do município de Canindé do São Francisco - SE. A Usina de Xingó está instalada, tendo como coordenadas 37° 47’ de Longitude Oeste e 9º 37' de Latitude Sul, com capacidade de gerar 3.162.000 kW de energia. Está posicionada com relação ao São Francisco a cerca de 65 km a jusante do Complexo de Paulo Afonso (CHESF, 2010).

Os represamentos trouxeram diversos impactos ambientais, provocaram uma série de alterações hidrológicas nas áreas represadas e trechos a jusante, bem como a redução da biodiversidade (ANA, 2004). Contudo, esses impactos são mais notáveis no Baixo São Francisco (jusante à UHE de XIngó), em razão das barragens em cascata a montante. O Baixo Rio São Francisco sofreu uma redução da magnitude da vazão, além da perda da pulsação sazonal e interanual (MEDEIROS et al. 2014). As ameaças para a diversidade da carcinofauna são consequências dos impactos que sofrem os ambientes do entorno da bacia hidrográfica (BOND BACKUP, 1989). À medida que habitats biologicamente são destruídos sob as pressões do crescimento populacional e das atividades econômicas, os índices de extinção das espécies tornam-se mais acentuados (CALADO, 2002).

Além disso a atividade da pesca desenvolvida ao longo do Baixo São Francisco está em franca decadência por várias razões: ausência de chuvas, o barramento de lagoas marginais, a poluição oriunda de atividades agrícolas, a incompatibilidade entre a operação das barragens e as necessidades ecológicas da vazão, entre outros. Toda essa situação, associada à precariedade em que vive e atua a categoria dos pescadores, tem sido a razão para muitos dos casos de uma extração inadequada do pescado, comprometendo os estoques já vulneráveis (ANA, 2004).

Em vista do citado, o conhecimento de listas faunísticas regionais atualizadas fornecem importantes subsídios para avaliação de biodiversidade (BARROS e PIMENTEL, 2001), e são de fundamental importância para uma melhor compreensão da estrutura, funcionamento e variabilidade natural de um ecossistema, constituindo um requisito fundamental no estabelecimento de programas de monitoramento ambiental, além de servirem como base para a conservação da biodiversidade (BRANCO et al., 2011). Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo determinar a composição taxonômica dos camarões (Crustacea, Decapoda) no Baixo São Francisco, e suas relações ecológicas e distribucionais, caracterizando o habitat e as variações espaço-temporais dessas comunidades.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Histórico do estudo dos Decapoda

Os crustáceos pertencentes a ordem Decapoda LATREILLE, 1803 representam um grupo bastante diversificado, sendo constituído por caranguejos, siris, lagostas, ermitões, camarões, entre outros.

Os decápodes estão classificados na classe Malacostraca, e possuem uma carapaça bem desenvolvida que recobre a câmara branquial (BRUSCA E BRUSCA, 2007) mas eles diferem das outras ordens de Eucarida, pois todos esses animais são portadores de oito pares de apêndices torácicos, dos quais, os três primeiros são modificados como maxilípedes e os cinco pares restantes, funcionam como patas ou apêndices locomotores, de onde deriva o termo Decapoda, como afirmam Ruppert e Barnes (1996).

Os estudos sobre crustáceos Decápodos no Nordeste do Brasil, teve sua primeira referência na obra “História Naturalis Brasiliae” de Marcgrave (1648), onde foram registrados alguns desses animais através de imagens (FILHO, 1966).

Um dos importantes estudos sobre crustáceos para o Brasil, sendo ainda o primeiro relato sobre crustáceos Decápodos no estado de Alagoas, foi pela publicação do professor Charles Frederick Hartt (em 1869), que reuniu uma pequena coleção de crustáceos coletados durante o ano de 1867, incluindo várias espécies que não haviam sido relatadas anteriormente para o Brasil (COELHO, 1990). Essas informações foram coletadas durante a expedição Thayer realizada pelo professor Louis Agassiz o qual escolheu Hartt para acompanha-lo e efetuaram coletas na região litorânea do Brasil. Sidney I. Smith, estudou os organismos coletados, reuniu um grande número de espécies, e em 1869 fez uma revisão de fauna de crustáceos para o Brasil na publicação Notice of the crustacea collected by Prof. C. F. Hartt on the coast of Brazil onde também registrou a coleta do camarão palaemonídeo, Palaemon jamaicensis Olivier, (Smith, 1869)[(Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758)], conhecido popularmente como camarão pitú, que foi coletado em Penedo, Estado de Alagoas.

O conhecimento à cerca dos decápodes aumentou entre os anos de 1872 à 1876 quando a expedição britânica a bordo do H.M.S. Challenger, que com a coleta de organismos proporcionou a Miers (1886), Bate (1888) e Henderson (1888) o registro de novas espécies, sendo 22 delas para o estado de Alagoas.

Em 1897, Ortmann publicou um estudo intitulado como “Os camarões de água doce da

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taxonômica das espécies de camarão de água doce ocorrentes no continente Sul Americano, registrando as principais características das espécies de água doce pertencentes as famílias Athyidae e Palaemonidae, procurando descrever de forma mais clara as classificações.

Coelho e Ramos, 1972 estudaram a constituição e a distribuição da fauna de decápodos do litoral leste da América do Sul, registando na literatura 483 espécies para esse local, e ressaltando a importância de temperatura, salinidade, profundidade e tipos de fundo para a delimitação da área geográfica habitada por cada espécie.

No Brasil a fauna de decápodos de água doce encontra-se em um estágio de conhecimento, de certo modo, ainda incompleto. Várias causas contribuíram para esse contexto: a enorme extensão territorial do país, considerada como quase continental; a falta de grandes projetos relacionados a invertebrados aquáticos e, principalmente, o pequeno número de especialistas (MELO, 2003).

No entanto, alguns notórios trabalhos devem ser citados como Ramos-Porto, Correia e Sousa (1978) que realizaram um estudo sobre a fauna aquática na ilha de São Luiz, no estado do Maranhão, onde registraram 4 ordens, 14 famílias e 39 espécies.

Em 1985, Coelho e Ramos-Porto estudaram a distribuição geográfica dos camarões de água doce do Brasil onde registraram 33 espécies e a influência direta da temperatura na distribuição dos táxons. Barros e Braun (1997) estudaram a fauna de camarões de água doce das regiões do Sul da Bahia, Norte do Espirito Santo e leste de Minas Gerais, encontrando representantes das famílias Atyidae e Palaemonidae, e registrando para o local as espécies Atya

scabra, Potimirim potimirim, e Macrobrachium acanthurus, Macrobrachium jelskii e Macrobrachium olfersii. Coelho (1963) realizou estudos sobre a biologia e pesca dos camarões

do gênero Macrobrachium em Pernambuco. Em 2001, Barros e Pimentel fizeram uma lista preliminar de espécies para o estado do Pará, através de pesquisas bibliográficas do Museu Paraense Emilio Goeldi, registrando 44 famílias, 140 gêneros e 232 espécies para o Estado. Garcia-Davila e Magalhães (2003) realizaram uma revisão taxonômica para os camarões de água doce da Amazônia Peruana registrando organismos pertencentes as famílias Palaemonidae e SergestidaeAlmeida (2009) em sua Dissertação de Doutorado, tratou da distribuição e composição dos crustáceos Decapodos Marinhos e Estuarinos da Bahia.

Vários pesquisadores abordaram o estudo sobre crustáceos e a composição faunística no Nordeste, apresentando trabalhos com listas de espécies que incluíam registro dos estados de Sergipe e Alagoas, incluindo nos registros gerais de cada estado trabalhos realizados na região que compreende o Baixo São Francisco. Em 1983, Coelho et al. registraram 263 espécies coletadas nos estados de Alagoas e Sergipe. Em 1990, Coelho, Ramos-Porto e Melo, fizeram

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um estudo da fauna de crustáceos do Estado de Alagoas, onde realizaram o levantamento das espécies baseados nas coleções carcinológicas depositadas em diversas instituições, principalmente no departamento de oceanografia da UFPE, e no museu de zoologia (MZ), onde com o levantamento bibliográfico listou 200 espécies apenas para o estado de Alagoas.

COELHO et al. (2004) ao estudarem a carcinologia do estado de Sergipe registrou a ocorrência de 11 novas espécies para o estado, totalizando assim 103 espécies de crustáceos no estado de Sergipe, pertencentes a 40 famílias.

Tais trabalhos serviram como grande contribuição para melhor conhecimento dos crustáceos, como também serviu como importante ferramenta no conhecimento da diversidade deste filo, e de referências para estudos posteriores. Quanto ao Baixo São Francisco, não existem registros prévio sobre a carcinofauna da região

2.2 Histórico Taxonômico

A forma de classificação de organismos, é algo que está sempre em frequente mudança, devido a descoberta de novas espécies. Novos estudos estão sempre sendo realizados, o que faz que com o passar dos anos essa classificação vá mudando e alterando o agrupamento dos organismos. Alguns autores no decorrer da história se dedicaram a taxonomia e as características morfológicas para organização das espécies.

Na publicação de Ortamnn (1897) ele descreve que na classificação o tronco dos Decápodes se dividia em dois grandes grupos: os Natantia e os Reptantia, classificados em subordens onde supôs que os últimos tenham derivado dos primeiros, desenvolvendo-se depois cada um desses ramos principais isoladamente. Os Natantia eram representados por três divisões: os Penaeidea, os Stenopidea e os Eucyphidea, dos quais os dois primeiros tem se afastado menos dos tipos primitivos, ao passo que os Eucyphidea teriam se desenvolvido mais divergentemente, ainda que alguma das suas famílias se juntem estreitamente aos Penaeidea. A (familia da água doce tropical) dos Atyidae era grupo primitivo entre os Eucyphidea: consideravam seus proximos parentes na família dos Acanthephyridae, limitados ás zonas mais profundas do mar, talvez a mais primitiva de todas as famílias atuais dos Eucyphidea. Os

Palaemonidae, ao contrário, colocavam-se na extremidade de um dos ramos mais extremos dos Eucyphidea, representando uma família muito moderna, da qual muitas formas vivem no mar

perto do litoral e só poucos gêneros, em parte, todavia, em grande número de espécies, emigraram para a água doce dos trópicos.

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Bond-Buckuo e Buckup, 1989 descreveram que os Palaemonidae compreendiam quatro subfamílias: Typhlocaridinae, Pontoniinae, Euryhynchinae e Palaemoninae. A primeira ocorrendo em águas subterrâneas da região mediterrânea; as demais têm representantes no Brasil. Os Pontoniinae são de água doce, e ocorrem na Amazônia.

Moreira (1901) ao se referir a espécie Macrobrachium acanthurus registrou em seu trabalho “Ortmann diz que esta espécie encontra-se ocasionalmente em água salgada e Ihenring afirma que na Bahia é pescado no mar para consumo” (apud COELHO, 1963). Porém Coelho, 1963 relata que durante 3 anos de pesquisa no litoral pernambucano, essa espécie nunca foi encontrada em ambiente marinho.

Em 1982 foi publicado o trabalho intitulado como Classificação recente dos Crustáceos por T. E. Bowman e L. G. Abele, que foi uma compilação de referências de grande utilidade para os alunos do Crustacea. Nessa classificação, os crustáceos existentes foram divididos em 6 classes, 13 subclasses, 38 ordens, e 652 famílias. Embora tenha sido reconhecido por Bowman e Abele e outros trabalhadores no campo, mesmo no momento da publicação, que a classificação foi destinado a ser pouco mais que uma medida paliativa, continuou a ser utilizada em muitos tratamentos importantes de crustáceos e influenciou o estudo dos crustáceos desde o seu surgimento, porém, após essa publicação um grande número de novas famílias e até mesmo algum nível superior foi descrito, porém em 2001a lista atual incluía 849 famílias, um aumento de 197 famílias sobre a classificação de Bowman e Abele (1982) (apud MARTIN e DAVIS, 2001).

A classificação dos crustáceos como conhecemos hoje foi mais ou menos estabelecida durante a segunda metade do século 19, entretanto revisões internas prosseguem (BRUSCA e BRUSCA, 2007). A revisão mais atualizada é a de Martin e Davis (2001), onde através do trabalho “Uma classificação atualizada dos crustáceos recentes”, que a princípio seria apenas com o ideal de atualizar a lista de Bowman e Abele simplesmente inserindo os táxons descritos desde então. No entanto ao tentar organizar as coleções no Museu de História Natural do Condado de Los Angeles, a segunda maior coleção de crustáceos no Estados Unidos, os autores observaram que seria uma tarefa mais difícil do que imaginavam originalmente devido ao número de novos táxons ser maior do que havia sido inicialmente pensado, e também porque em parte havia.muitas sugestões para novos arranjos e agrupamentos de crustáceos, e os autores queriam refletir alguns dos pensamento recentes em filogenia de crustáceos no arranjo da coleção do museu. Dessa forma os autores anunciaram um produto da WorldWide Web (http://www.nhm.org/cbs/) chamado Crustáceo Inquérito à Biodiversidade (Martin, 1996) com o intuito de permitir que pesquisadores de qualquer lugar no mundo pudessem adicionar

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informações em uma variedade de níveis para uma base de dados sobre biodiversidade de crustáceos, assim, a classificação proposta atualmente é um dos resultados dessa pesquisa onde os autores dividem os Crustácea em seis classes: Branchiopoda, Remipedia, Cephalocarida, Maxillopoda, Ostracoda e Malacostraca

Em 2009, Fransen e De Grave estimaram a riqueza das espécies / subespécies dos camarões da seguinte forma: Dendrobranchiata (505), Stenopodidea (58) e Caridea (cerca de 3108). Porém, de acordo com De Grave e Fransen (2011) várias descrições apareceram, sinônimos corrigidos e espécies colocadas em sinonímia, sendo a contagem mais aceita recentemente: Dendrobranchiata (68 gêneros, 533 espécies), Procarididea (2 gêneros, 6 espécies), Stenopodidea (12 gêneros, 71 espécies) e Caridea (389 gêneros, 3438 espécies).

Em um nível mais inclusivo, os Caridea são dominados por Palaemonidae (981 espécies), seguido de Alpheidae (663), Atyidae (469), Hippolytidae (338) e Crangonidae (219). Sob a classificação tradicional empregada aqui, Palaemonidae compreende duas subfamílias, com Pontoniinae sendo consideravelmente mais rico em espécies (602) do que Palaemoninae (379). Em contraste com as famílias ricas em espécies, 12 famílias são monogênicas, alguns apenas constituídos por uma única espécie, e Physetocarididae. Em um nível genérico, os gêneros mais específicos são Caridina (Atyidae, 290 espécies), Alpheus (Alpheidae, 286), Macrobrachium (Palaemoninae, 243), Synalpheus (Alpheidae, 159) e Periclimenes (Pontoniinae, 152 (De Grave e Fransen 2011).

O gênero Macrobrachium Spence Bate, 1868, é um dos membros mais relevantes em relação a riqueza de espécies. Este gênero inclui aproximadamente 240 espécies que são componentes importantes da água doce e ecossistemas estuarinos distribuídos em todo o mundo em águas tropicais e subtropicais e que apresenta a maior diversidade na região indo-pacífica (WORWOR et al., 2009; DE GRAVE e FRANSEN, 2011). Mais de 55 espécies são encontradas nas Américas, das quais 20 foram relatadas no Brasil. (PILEGGI e MANTELATTO, 2012). O gênero apresenta uma taxonomia difícil devido a um conservadorismo interespecífico forte e considerável variação intraespecífica (HOLTHUIS, 1952).

Já representando a família Athyidae, o gênero Potimirim atualmente se destaca apresentando 5 espécies: Potimirim americana (GUÉRIN-MÉNEVILLE, 1855), Potimirim

mexicana (DE SAUSSURE, 1857), Potimirim glabra (KINGSLEY, 1878), Potimirim potimirim (MÜLLER, 1881) e Potimirim brasiliana (VILLALOBOS, 1959), porém apenas Potimirim potimirim e Potimirim glabra foram registrados no Brasil.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Área de Estudo

O Rio São Francisco que nasce na Serra da Canastra no sudoeste de Minas Gerais, toma o sentido sul-norte e depois Leste-Oeste, sua bacia de drenagem compreende os Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe e percorre três biomas – Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. A bacia hidrográfica do rio São Francisco está localizada entre 7º e 21º de Latitude Sul e 35º a 47º de Longitude Oeste e abrange uma área de drenagem de 639.219Km², correspondendo a 7,5% do território nacional e apresenta vazão média de 2.850m³/s que chega ao oceano Atlântico, sendo este valor 2% do total do país (SILVA, MEDEIROS, VIANA, 2011; ARAÚJO, 2015).

Essa bacia é dividida em diferentes compartimentos fisiográficos e regimes climáticos. Tradicionalmente, subdivide-se em Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco (MEDEIROS et al., 2014) (Figura 1). O baixo curso da bacia hidrográfica do Rio São Francisco divide os Estados de Sergipe e Alagoas, percorrendo 179km desde a barragem do Xingó até a sua foz, que desemboca no Oceano Atlântico na região Nordeste, abrangendo 79 municípios nos dois estados (ARAÚJO, 2015).

O clima da região do Baixo São Francisco é quente, começando como Semi-árido a montante, sofrendo uma transição para o Sub-Úmido, no seu curso médio, próximo a Belo Monte (AL), e úmido na zona junto ao litoral, sendo a precipitação o principal fenômeno que caracteriza as variações climáticas locais. O regime pluviométrico é caracterizado pela ocorrência de uma estação chuvosa e um período seco variável espacialmente, com a faixa litorânea tendo a ocorrência de quatro meses secos e, à medida que se avança em direção ao interior, este período vai aumentando até alcançar sete meses secos na região do semi-árido. A região apresenta duas estações distintas: a estação úmida, entre os meses de março/abril a agosto/setembro, e a estação seca, entre os meses de setembro/outubro a fevereiro/março (CAVALCANTE, 2011).

O baixo curso do rio São Francisco se inicia em um “canyon” na cidade de Paulo Afonso(BA), se estendendo em forma de cachoeiras em um leito rochoso com cascalhos por cerca de 100 km até as proximidades de Pão de Açúcar (AL). A partir de Pão de açúcar até a foz do rio, à cerca de 165 km, a declividade do seu leito é reduzida, produzindo meandros as barrancas arenosas e bancos de sedimentos na calha do rio. A geomorfologia deste setor chega

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até por Propriá (SE), passando para bacia sedimentar com predominância dos tabuleiros do grupo Barreiras os quais se estendem até a região de Penedo (AL) neste local fica o vértice interno da região deltaica com campos de areia e remanescentes de dunas vegetadas (ANA, 2003)

No Estado de Alagoas a bacia hidrográfica do rio São Francisco ocupa uma área de 14.286,56km², correspondendo a 51,45% do território do Estado (ASSIS et al., 2006), enquanto que em Sergipe a área ocupada é de 7.289,86km², o que corresponde a 33,06% do território sergipano (FRANÇA et al., 2006).

Figura 1- Subdivisões da bacia do Rio São Francisco.

Fonte: www.ana.gov.br

3.2 Coleta de Campo

O material examinado no presente trabalho foi coletado entre Dezembro de 2015 à Outubro de 2017, na região do Baixo São Francisco. Os espécimes encontram-se depositados na Coleção de Crustaceos do Laboratório de Carcinologia na Universidade Federal de Alagoas. A área de estudo se estendeu desde a cidade de Piranhas (9°37’38’’ S; 37°45’25’’ W) até Penedo (10º 17' 25" S; 36º 35' 11" W). As coletas ocorreram com o auxílio de um barco com periodicidade bimestral, tendo como pontos de amostragem as cidades de: Piranhas, Pão de açúcar, Porto Real do Colégio, Belo Monte, Traipú, Potengí, Penedinho e Penedo

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(Figura 2). Os pontos de coleta foram escolhidos de acordo com a região utilizada para pesca pelos pescadores locais.

Figura 2 – Distribuição dos pontos de coleta

Fonte: Google Earth

Tabela 1 – Coordenadas dos Pontos de Coleta

ÁREA PONTO LATITUDE

(°S)/

LONGITUDE (°O)

Piranhas PIR1 09˚37,485' 37˚44,438'

Piranhas PIR2 09˚37,603' 37˚44,180'

Pão de Açúcar PA1 09˚45,271' 37˚25,735'

Pão de Açúcar PA2 09˚45,888' 37˚24,298'

Belo Monte BM1 09˚49,635' 37˚17,092' Belo Monte BM2 09˚50,087' 37˚16,623' Traipu TRAI1 09˚58,711' 37˚01,175' Traipu TRAI2 09˚59,427' 37˚01,903' Porto R. Colégio PR1 10˚13,439' 36˚45,122' Porto R. Colégio PR2 10˚12,627' 36˚49,055' Penedo PEN1 10˚17,267' 36˚35,244' Penedo PEN2 10˚18,858' 36˚34,262' Penedinho PENH 10˚24,021' 36˚26,551' Potengi POT 10˚25,350' 36˚24,545'

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Esse trabalho faz parte de um monitoramento ambiental da CHESF, do projeto intitulado como “Monitoramento ambiental da carcinofauna do Baixo São Francisco” o qual foi necessária uma equipe para realização das coletas e análise de dados. A equipe utilizou como meio flutuante um barco com casco de alumínio de 5m de comprimento, dotado com motor de popa de 15Hp (Figura 3). Como meio de transporte terrestre, foi utilizado um automóvel dotado de uma estrutura metálica, que serviu para transportar tanto a embarcação quanto os materiais e apetrechos usados na campanha (Figura 5).

Em cada ponto de coleta, os dados abióticos foram aferidos em campo com o auxílio de uma sonda multi parâmetros (YSI PROplus) sendo mensurado as seguintes variáveis hidrológicas: Temperatura (˚C), Salinidade, Condutividade (mS.cm-1), Total de Sólidos Dissolvidos – TDS (g.L-1), pH, Oxigênio (mg.L-1). A profundidade local foi anotada com o auxílio de uma ecossonda manual. As leituras obtidas em campo foram anotadas em tabelas específicas para posterior análise.

Figura 3 – Meio flutuante utilizado nas Coletas

Fonte: Equipe Monitoramento, 2016 Fonte: Equipe Monitoramento, 2016

Para melhor caracterizar a carcinofauna foram utilizados os seguintes apetrechos:

a) Armadilhas de fundo (“covo”) com isca:

Foram utilizados covos semelhantes aos utilizados pelos pescadores artesanais para captura do camarão-comum (Macrobrachium acanthurus) e camarão-pitu (Macrobrachium

carcinus).

Os covos utilizados foram confeccionados em armação de cano de PVC de 200 mm, tela de 15 mm entrenós (Figura 5) e duas sangas subsequentes na entrada. Em cada covo foi

Figura 4 – Automóvel utilizado no deslocamento durante as Coletas.

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adicionada uma isca feita com farelo de arroz (bolinho de arroz queimado), no qual era protegida por um recipiente plástico transparente com diversos pequenos furos, propiciando a passagem do odor da isca, más evitando que o animal a ingerisse.

Os covos foram dispostos em linhas ou “grozeiras” de 10 covos. Cada grozeira era sinalizada na superfície com uma boia feita com garrafa pet. Todas as boias eram identificadas com as informações do Projeto, visando minimizar conflitos com pescadores locais e instituições ambientais (Figura 6). Em cada área de estudo foram utilizadas 4 grozeiras (40 covos), laçadas ao entardecer e recolhidas após 12 horas (metodologia convencionalmente utilizada pelos pescadores locais).

Figura 5 – Covo utilizado para captura de camarões. Figura 6 – Boia utilizada para marcação das grozeiras de covos.

Fonte: Equipe Monitoramento, 2016 Fonte: Equipe Monitoramento, 2016

Logo após o recolhimento, os crustáceos foram retirados manualmente dos apetrechos, acondicionados, e fixados com solução formalina a 4% para cessar imediatamente as funções vitais (Figuras 7, 8 e 9).

Figura 7 – acondicionamento de exemplares de M. carcinus em sacos de plástico com solução formalina a 4%

Figura 9 – Exemplar de M. acanthurus logo após a captura e retirada dos covos.

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Fonte: Equipe Monitoramento, 2016

Figura 8 – Exemplar de M. carcinus logo após a captura e retirada dos covos

Fonte: Equipe Monitoramento, 2016

b) Coletas manuais

Para melhor caracterizar a comunidade de crustáceos do rio, também foram realizadas coletas manuais próximas a galhos, troncos e pedras submersas e nas margens, com o auxílio de puçás e de mergulho de apneia (para captura nas áreas mais profundas). O puçá utilizado possuía malha de 5 mm entrenós e foi utilizado por 10 minutos em cada ponto próximo a vegetação aquática submersa (Figura 10). Já o mergulho tinha duração de 15 min, sendo válido apenas o tempo em que o mergulhador estava submerso a procura dos exemplares (Figura 11). As coletas qualitativas foram complementadas através de investidas manuais nos diversos biótipos (Figura 12).

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Figura 10– Utilização do puçá durante as amostragens para a captura de exemplares da carcinofauna.

Figura 11 – Coleta de mergulho para captura de exemplares da carcinofauna.

Fonte: Equipe Monitoramento, 2016 Fonte: Equipe Monitoramento, 2016

Figura 12 – Coleta manual para captura de exemplares da carcinofauna.

Fonte: Equipe Monitoramento, 2016

3.3 Atividade de Laboratório

As espécies foram identificadas até o nível específico com o auxílio da bibliografia pertinente (Holthuis, 1952; Hobbs Jr e Hart Jr., 1982; Melo, 2003) a luz de microscópio binocular e estéreo-microscópio, adotando-se a classificação proposta por de Grave e Fransen (2011). Em seguida, foram acondicionados em potes ou vidros, rotulados e preservados com álcool a 70%. Para determinação da composição específica da carcinofauna, foram utilizados todos os indivíduos capturados em todos os apetrechos de pesca.

Nas análises e classificação dos organismos, foram construídas planilhas manuais, as quais posteriormente foram digitalizadas, onde eram registrados: espécie, número de indivíduos, local, método de coleta e quantidade de fêmeas ovígeras.

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Foi utilizado média e desvio padrão, para análise dos dados ambientais e abundância dos táxons, através dos dados de abundância e média foram elaborados gráficos no Excel para melhor visualização dos resultados obtidos. Foi utilizado também índices multivariados como análise de escalonamento multidimensional não métrico (nMDS) que é um teste estatístico multivariado não paramétrico utilizado para visualizar os dados e entender as dissimilaridades (ou similaridades) entre as suas unidades amostrais. O nMDS é construído tentando manter as dissimilaridades na mesma escala dos dados originais, dessa forma, quanto mais próximos os pontos, mais similares eles são. O nMDS é uma solução numérica, que passa por várias tentativas até a aproximação de uma solução para o problema, tendo as seguintes etapas:

1. Calcular um índice de dissimilaridade dos dados originais;

2. Distribuir aleatoriamente os pontos no espaço com N dimensões desejadas; 3. Calcular o índice de dissimilaridade da solução proposta;

Comparar a dissimilaridade dos dados originais com a dissimilaridade da solução atual (esse passo é conhecido como Stress); O stress é a métrica de ajuste da solução aos dados originais. Quanto menor o stress melhor, é calculado com a formula abaixo:

onde é a dissimilaridade dos dados originais na posição ij e a dissimilaridade da solução. Basicamente pegamos as duas dissimilaridades (Dissimilaridade original e dissimilaridade proposta) e subtraímos, quanto mais próximo a 0 mais similar são as soluções.

4. Se o Stress for aceitável basta concluir a execução do Nmds (FISHER, 1936).

Esse método foi utilizado para analisar a distribuição dos organismos, utilizando as planilhas digitalizadas, levando em consideração o substrato em que foram capturados os espécimes, a abundancia e diversidade dos pontos de coleta e como a comunidade de camarões se distribuiu nos pontos. Dessa forma pode-se observar a distribuição dos organismos nos pontos de coleta e nos substratos preferenciais pelos mesmos.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Fatores abióticos

Os valores da temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade, pH, sólidos dissolvidos e salinidade da água, nos locais de captura durante as amostragens encontram-se na tabela 2.

A temperatura da água não apresentou um padrão de variação entre os locais de coleta. As maiores temperaturas média da água foram encontradas em Potengi (27,022±0,883˚C), enquanto que a menor temperatura média foi registrada em Piranhas (26,16±0,76˚C). Gamba (1997) que considera que essa temperatura é ideal para a sobrevivência de muitas espécies de

Macrobrachium, registrando para o gênero Macrobrachium na Venezuela uma temperatura que

variou de 24,5 a 33 ºC.

Quanto a condutividade, os menores valores médios de condutividade foram encontrados em Piranhas (79,56±5,324 mS.cm-1) aumentando bruscamente na localidade de Potengi, local de coleta mais próximo a foz do Rio São Francisco (2188,24±1189,034 mS.cm -1). Quanto observa-se a variação apresentada espacialmente, ou seja, entre os diferentes locais de coleta, observa-se um padrão de aumento da condutividade da água em direção a foz do Rio São Francisco.

As concentrações de sólidos totais (TDS) e da salinidade da água seguem o mesmo padrão apresentado para condutividade aumentando em direção a Foz do Rio São Francisco. Observou-se um aumento gradativo do TDS de Piranhas (76,71±5,425 g.L-1) para Penedinho (178,75±146,859 g.L-1) onde em seguida foi registrado um aumento abrupto em Potengi (2205,86±747,64 g.L-1).

A salinidade média da água entre as localidades, variou de 0,04 em Piranhas, sendo relativamente semelhante nas outras localidades, até Potengi, com salinidade média registrada 1,7±1,189 (Figura 4).

Os valores de oxigênio dissolvido variaram entre 4.6±0.821 em Penedo e 5.8±0,937 em Potengi. Gamba (1997) encontrou valores de oxigênio dissolvido entre 2,04 a 9,26 mg/l, segundo o mesmo autor, as concentrações críticas de oxigênio dissolvido na água para as espécies de Macrobrachium na qual os camarões morrem em poucos minutos varia entre 1 a 2 mg/l.

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Tabela 2- Dados abióticos Profundidade (m) Temperatura (°C) Oxigênio Dissolvido (ml,L-1) Condutividade (mS.cm-1) TDS (mg.L-1) Ph Salinidade Pontos Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão Piranhas 4,631 0,724 26,168 0,761 5,2 0,588 79,56 5,324 76,71 5,425 7,07 0,361 0,04 0 Pão de Açúcar 3,05 0,691 26,322 0,563 5,393 0,4287 83,6 8,789 80,46 9,013 7,15 2435,548 0,043 0,004 Belo Monte 2,563 0,841 26,15 0,62 5,54 0,943 80,49 7,2411 78,35 7,31 7,25 0,437 0,04 0 Traipu 3,104 0,293 26,19 0,708 5,042 0,761 81,33 7,608 74,73 10,869 7,1 0,519 0,04 0 Porto Real do Colégio 3,345 0,517 26,559 0,652 5,18 0,969 119,77 124,913 79,49 7,355 7,25 0,37 0,041 0,003 Penedo 2,19 0,922 26,636 0,705 4,64 0,821 85,6 9,02 82,06 9,397 7,29 0,464 0,045 0,005 Penedinho 2,84 0,389 27,03 0,56 4,,68 1561,738 192,15 174,769 178,75 146,859 7,39 0,617 0,1 0,081 Potengi 3,022 0,537 27,022 0,883 5,83 0,937 2188,24 1189,0341 2205,86 747,64 7,39 0,549 1,7 1,189

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4.2 Análise de Fauna:

Foram capturados um total de 20.844 organismos pertencentes a 2 famílias, 3 gêneros e 8 espécies. O grupo taxonômico com maior riqueza de táxons foi Palaemonidae, com 5 espécies (20.386 indivíduos) sendo elas Macrobrachium acanthurus, Macrobrachium amazonicum,

Macrobrachium carcinus, Macrobrachium jelskii, Macrobrachium olfersii (ver sinopse

taxonômica abaixo). O número significativo de táxons da família Palaemonidae corrobora com Muller et al. (1990) que ao analisar os crustáceos da Bacia Hidrográfica de Ratones, constatou a presença da família Palaemonidae de forma bastante significativa, discorrendo ainda que tais espécies de portes variados, e em número expressivo de indivíduos, parecem estar adaptadas aos diferentes ambientes, contribuindo sobremaneira para a manutenção do equilíbrio ecológico da região.

Dávila e Magalhães (2003) ao realizarem uma revisão taxonômica da fauna de camarões da Amazônia Peruana, encontraram resultados semelhante ao presente estudo, resistrando para o local 8 espécies da familia Palaemonidae e 1 espécie da familia Sergestidae, registrando para a fauna local como espécies similares ao presente estudo M. amazonicum e M. jelskii. Da mesma forma, Torati e Anker (2011) corroboram com as análises aqui descritas ao analisarem a fauna de crustáceos de água doce da província de Bocas del Toro no Panamá, encontraram um mesmo número de espécies do presente estudo, todas pertencentes as famílias Athyidae e Palaemonidae, porém somente as espécies Atya scabra, P. potimirim e M. acanthurus foram iguais as espécies encontradas aqui.

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Sinopse Taxonômica

Filo: Arthrophoda Subfilo: Crustacea Classe: Malacostraca.

Ordem Decapoda Latreille, 1802 Infraordem Caridea Dana, 1852

Subordem Pleocyemata Burkenroad, 1963 Superfamília: Atyoidea de Haan, 1849 Família: Atyidae de Haan, 1849 Gênero: Atya Leach, 1816

Atya gabonenses (Giebel, 1875) Atya scabra (Leach, 1816)

Gênero: Potimirim Holthuis, 1954 Potimirim potimirim (Müller, 1881)

Superfamília Palamonoidea Rafinesque, 1815 Família Palaemonidae Rafinesque, 1815 Subfamília Palaemoninae Rafinesque, 1815 Gênero Macrobrachium Bate, 1868

Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758) Macrobrachium jelskii (Miers, 1877)

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Atya gabonenses (Giebel, 1875)

(Figura 13)

Figura 13 - Atya gabonenses (Giebel, 1875), a) vista lateral de exemplar b) Vista dorsal de exemplar

Fonte: Autora desta monografia, 2018.

Diagnose: Melo, 2003: 306. Distribuição geográfica:

México, Venezuela, Suriname e Brasil (Piauí, Alagoas, Sergipe e São Paulo). África (do Senegal ao Zaire) (Melo, 2003:306).

Material examinado:

Brasil, Alagoas - Piranhas: 17/12/2015 (11 exemplares, 3 FOV), 15/03/2016 (16 exemplares),

11/07/2016 (11 exemplares), 18/10/2016 (12 exemplares), 19/12/2016 (5 exemplares), Pão de

Açúcar: 19/05/2016 (1 exemplar), Belo Monte: 15/03/2016 (29 exemplares), 19/05/2016 (16

exemplares), 11/07/2016 (13 exemplares), 22/08/2016 (2 exemplares), 18/10/2016 (9 exemplares), 19/12/2016 (3 exemplares), Traipu: 17/12/2015 (13 exemplares), 15/03/2016 (16 exemplares), 19/05/2016 (37 exemplares), 11/07/2016(24 exemplares), 22/08/2016 (12 exemplares), 18/10/2016 (2 exemplares), 19/12/2016(11 exemplares).

Hábitat:

Espécie encontrada habitando fundos com substrato de areia e pedras, em locais de temperatura variando entre 24.90°C ± 27.75°C, salinidade 0,4 ± 0,5, Oxigênio dissolvido 4.40 ± 7.00, Condutividade 71.85 ± 96,00, e pH 6,42 ± 8,13.

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Atya scabra (Leach, 1816)

(Figura 14)

Figura 14- Exemplar de Atya scabra a) vista lateral de exemplar b) vista dorsal de exemplar

Fonte: Autora desta monografia, 2018.

Diagnose: (Melo, 2003: 308). Distribuição geográfica:

A espécie se distribui desde o México, por toda a américa central até o estado de Santa Catarina, Brasil. Ocorre também na costa ocidental do Continente africano (Barros e Braun, 1997). Cuba. Jamaica e Hispaniola até Curação e Trindad, México, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela e Brasil (Ceará, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grane do Sul). África, da Libéria até o norte de Angola e das ilhas Cabo Verde até Annobon (Melo, 2003: 308).

Material examinado:

Brasil, Alagoas - Piranhas: 15/03/2016 (3 exemplares), 11/07/2016 (2 exemplares),

18/10//2016 (22 exemplares), 19/12/2016 15 exemplares). Belo Monte:19/12/2016 (5 exemplares). Traipu: 19/12/2016 (1 exemplar).

Hábitat:

A espécie foi encontrada habitando fundos com pedras. Barros e Braun (1997) encontraram a espécie em água transparente, correnteza média, vegetação marginal e substrato com areia e pedras. Os fatores abióticos observados para a ocorrência da espécie foram: Temperatura variando entre 24.85 ± 27.65, Salinidade sempre em 0.4, Oxigênio Dissolvido 4.40 ± 6.76, Condutividade 90.80 ± 71.85, pH 6.43 ± 7.84.

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Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836)

(Figura 15)

Figura 15- Exemplar de Macrobrachium acanthurus a) vista lateral de exemplar b) vista dorsal de exemplar

Fonte: Autora desta monografia, 2018.

Diagnose: (Melo, 2003:338). Distribuição geográfica:

Distribuição geográfica: Carolina do Norte, Geórgia, Flórida, Mississipi, Louisiana, Texas, México, Cuba Haiti, Santo Domingo, Porto Rico, Nicarágua, Panamá, Colômbia, Venezuela, Suriname e Brasil (Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (Melo 2003:338) e Paraná (KRETZSCHMAR, 1984), Atlântico ocidental: leste do EUA, Flórida , Texas, México, Antilhas, Nicarágua, Panamá, Venezuela, Suriname e Brasil(até o rio Grande do Sul) (CHACE, 1972; RAMOS-PORTO e COELHO, 1990; CALADO et al. 2002)

Material examinado:

Brasil, Alagoas - Traipu: 17/12/2015 (8 exemplares), 15/03/2016 (13 exemplares),

19/05/2016 (2 exemplares), 11/07/2016 (24 exemplares), 22/08/2016 (39 exemplares), 18/10/2016 (32 exemplares), 19/12/2016 (96 exemplares), 10/02/2017 (61 exemplares), 20/042017 (41 exemplares), 22/08/2017 (38 exemplares), 23/10/2016 (42 exemplares). Porto

Real do Colégio: 17/12/2015 (149 exemplares), 15/03/2016 (161 exemplares), 19/05/2016 (69

exemplares), 11/07/2016 (75 exemplares), 22/08/2016 (71 exemplares), 18/10/2016(65 exemplares), 19/12/2016 (263 exemplares), 10/02/2017 (242 exemplares), 20/042017(114

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exemplares), 22/08/2017 (136 exemplares), 23/10/2016 (28 exemplares). Penedo: 17/12/2015 (179 exemplares), 15/03/2016 (294 exemplares), 19/05/2016 (137 exemplares), 11/07/2016 (375 exemplares), 22/08/2016 (203 exemplares), 18/10/2016 (90 exemplares), 19/12/2016 (299 exemplares), 10/02/2017 (278 exemplares), 20/042017 (249 exemplares), 19/06/2017(12 exemplares), 22/08/2017 (116 exemplares), 23/10/2016 (49 exemplares). Penedinho: 17/12/2015 (35 exemplares), 15/03/2016 (82 exemplares), 19/05/2016 (94 exemplares), 11/07/2016 (74 exemplares), 22/08/2016 (133 exemplares), 18/10/2016 (145 exemplares), 19/12/2016 (154 exemplares), 10/02/2017 (111 exemplares), 20/042017 (172 exemplares), 22/08/2017 (101 exemplares), 23/10/2016 (120 exemplares). Potengi: 17/12/2015(71 exemplares), 15/03/2016 (6 exemplares), 19/05/2016 (38 exemplares), 11/07/2016 (3 exemplares), 22/08/2016 (118 exemplares),18/10/2016 (104 exemplares), 19/12/2016 (68 exemplares), 10/02/2017 (40 exemplares), 20/042017 (33 exemplares), 22/08/2017 (159 exemplares), 23/10/2016 (61 exemplares).

Hábitat:

Espécie encontrada habitando vegetação marginal, locais de pedra e raízes aquáticas, os dados abióticos de locais de captura foram Temperatura variando entre 24.85 ± 28.50, Salinidade 0.4 ± 3.56, Oxigênio dissolvido 4.1 ± 6.94, Condutividade de 71.85 ± 4483.00, e pH 6.43 ± 8,51. Ramos- Porto e Coelho (1990), registram a espécie para locais com águas rasas associados a fundos de areia, lama e vegetação submersa. Barros e Braun (1997) encontraram essa espécie habitando locais com água escura e lodosa, correnteza média e parada, vegetação emergente e substrato lodoso. De acordo com Calado (2002) esta espécie é encontrada habitando águas rasas em substratos lamosos, associados a vegetação marginal e plantas aquáticas. Melo 2003, registrou esta espécie associada a águas escuras, geralmente paradas, com vegetação emergente e substrato lodoso, às vezes encontrado em águas salobras.

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Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862)

(Figura 16)

Figura 16- Exemplar de Macrobrachium amazonicum vista lateral de exemplar

Fonte: Autora desta monografia, 2018.

Diagnose: Melo, 2003:340). Distribuição geográfica:

Venezuela, Guiana Inglesa, Suriname, Guiana, Brasil (Amapá, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Mato Grosso, Paraná. Acre. Goiás, Mato Grosso do Sul), Argentina, Bolívia, Paraguai, Equador e Perú (Melo 2003:340).

Material examinado:

Brasil, Alagoas - Piranhas:11/07/2016 (3 exemplares), 22/08/2016 (28 exemplares, 3FOV),

18/10/2016 (4 exemplares). Pão de Açúcar: 15/03/2016 (22 exemplares), 19/05/2016 (1 exemplar), 11/07/2016 (1 exemplar, 1 FOV), 18/10/2016 (3 exemplares), 19/12/2016(3 exemplares). Belo Monte: 15/03/2016 (20 exemplares), 19/05/2016 (2 exemplares), 22/08/2016 (10 exemplares,4 FOV), 10/02/2017 (1 exemplar). Traipu: 17/12/201 (1 exemplar). Penedo: 17/12/2015 (3 exemplares).

Hábitat:

Espécie encontrada habitando locais de vegetação marginal e raízes, Vieira (2003) registrou a espécie associada às raízes de macrófitas flutuantes. Os dados abióticos onde a espécie foi capturada obteve temperatura variando entre 24.90°C ± 27.75°C, salinidade 0,4 ± 0,5, Oxigênio dissolvido 4.40 ± 7.00, Condutividade 71.85 ± 96,00, e pH 6,42 ± 8,13.

(39)

Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758)

(Figura 17)

Figura 17- Exemplar de Macrobrachium carcinus a) vista lateral de exemplar b) vista dorsal de exemplar

Fonte: Autora desta monografia, 2018.

Diagnose: (Melo, 2003:348).

Distribuição geográfica: Flórida. Mississipi, Texas, México, Guatemala, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Cuba, Porto Rico, Jamaica, Barbados, Pequenas Antilhas, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Brasil (Pará, Pernambuco, Alagoas, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Equador e Perú (Melo 2003:348).

Material examinado:

Brasil, Alagoas - Piranhas:15/03/2016 (3 exemplares), 11/07/2016 (12 exemplares),

22/08/2016 (4 exemplares), 18/10/2016 (3 exemplares), 19/12/2016 (4 exemplares), 10/02/2017 (3 exemplares), 22/08/2017 (2 exemplares). Pão de Açúcar: 17/12/2015 (10 exemplares), 15/03/2016 (12 exemplares), 19/05/2016 (13 exemplares), 11/07/2016 (6 exemplares), 22/08/2016 (28 exemplares), 18/10/2016 (30 exemplares), 19/12/2016 (33 exemplares), 10/02/2017 (31 exemplares), 20/04/2017 (13 exemplares), 22/08/2017 (15 exemplares), 23/10/2017 (16 exemplares).Belo Monte: 17/12/2015 (12 exemplares), 15/03/2016 (8 exemplares), 19/05/2016 (6 exemplares), 11/07/2016 (26 exemplares), 22/08/2016 (26 exemplares), 18/10/2016 (23 exemplares), 19/12/2016 (11 exemplares), 10/02/2017 (16 exemplares), 20/04/2017 (17 exemplares), 22/08/2017 (14 exemplares), 23/10/2017 (11 exemplares). Traipu: 17/12/2015 (24 exemplares), 15/03/2016 (29 exemplares), 19/05/2016 (11 exemplares), 11/07/2016 (22 exemplares), 22/08/2016 (26

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exemplares), 18/10/2016 (57 exemplares), 19/12/2016 (45 exemplares), 10/02/2017 (47 exemplares), 20/04/2017 (33 exemplares), 22/08/2017 (16 exemplares), 23/10/2017 (5 exemplares). Porto Real do Colégio: 17/12/2015 (25 exemplares), 15/03/2016 (26 exemplares), 19/05/2016 (17 exemplares). 11/07/2016 (17 exemplares), 22/08/2016 (14 exemplares), 18/10/2016 (15 exemplares), 19/12/2016 (40 exemplares), 10/02/2017 (3 exemplares), 20/04/2017 (12 exemplares), 22/08/2017 (10 exemplares), 23/10/2017 (7 exemplares). Penedo: 17/12/2015 (27 exemplares), 15/03/2016 (11 exemplares), 19/05/2016 (12 exemplares), 11/07/2016 (7 exemplares), 22/08/2016 (23 exemplares), 18/10/2016 (20 exemplares), 19/12/2016 (35 exemplares), 10/02/2017 (29 exemplares), 20/04/2017 (18 exemplares), 22/08/2017 (22 exemplares), 23/10/2017 (14 exemplares). Penedinho: 15/03/2016 (2 exemplares), 19/05/2016 (3 exemplares), 11/07/2016 (1 exemplar), 22/08/2016 (3 exemplares), 18/10/2016 (1 exemplar), 19/12/2016 (1 exemplar), 10/02/2017(1 exemplar), 22/08/2017 (6 exemplares). Potengi: 17/12/2015 (1 exemplar).

Hábitat:

Espécie encontrada associada a locais com pedras e acidentalmente em vegetação. Os dados abióticos que a espécie foi encontrada foram Temperatura variando entre 24.85 ± e 28.50, Salinidade 0.4 ± 3.56, Oxigênio dissolvido 4.10 ± 6.94, Condutividade 71,85 ± 4483.00, pH 6.42 ± 8.51. Ramos-Porto e Palacios, (1981); Ramos-Porto e Coelho (1998) encontraram a espécie em locais diferentes dos aqui registrados discorrendo sua ocorrência em locais de águas continentais, frequentemente encontrada em ambientes estuarinos, habitando preferencialmente locais entre pedras.

(41)

Macrobrachium jelskii ( Miers, 1877)

(Figura 18)

Figura 18- Exemplar de Macrobrachium jelskii a) vista lateral de exemplar b) vista dorsal de exemplar

Fonte: Autora desta monografia, 2018.

Diagnose: (Melo, 2003:362). Distribuição geográfica:

Trindad, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil (Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espirito Santo, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Santa Catarina) (MELO, 2003:362; SAMPAIO et al, 2009; SILVA e VIANA, 2009)

Material examinado:

Brasil, Alagoas - Piranhas:17/12/2015 (124 exemplares), 15/03/2016 (73 exemplares),

19/05/2016 (789 exemplares), 11/07/2016 (529 exemplares), 22/08/2016 (393 exemplares), 18/10/2016 (189), 19/12/2016 (117 exemplares), 10/02/2017 (84 exemplares), 20/04/2017 (189 exemplares), 19/06/2017 (123 exemplares), 22/08/2017 (8 exemplares), 23/10/2017 (16 exemplares). Pão de Açúcar: 17/12/2015 (114 exemplares), 15/03/2016 (140 exemplares), 19/05/2016 (177 exemplares), 11/07/2016 (62 exemplares), 22/08/2016 (235 exemplares), 18/10/2016 (228 exemplares), 19/12/2016 (44 exemplares), 20/04/2017 (194 exemplares), 19/06/2017 (109 exemplares), 22/08/2017 (55 exemplares). Belo Monte: 17/12/2015 (247 exemplares), 15/03/2016 (228 exemplares), 19/05/2016 (734 exemplares), 11/07/2016 (252 exemplares), 22/08/2016 (1084 exemplares), 18/10/2016 (122 exemplares), 19/12/2016 (49

(42)

exemplares), 10/02/2017 (41 exemplares), 20/04/2017 (349 exemplares), 19/06/2017 (36 exemplares), 22/08/2017 (33 exemplares), 23/10/2017 (45 exemplares). Traipu: 17/12/2015 (14 exemplares), 15/03/2016 (373 exemplares), 11/07/2016 (41 exemplares), 22/08/2016 (246 exemplares), 18/10/2016 (17 exemplares), 19/12/2016 (61 exemplares), 10/02/2017 (89 exemplares), 20/04/2017 (229 exemplares),19/06/2017 (144 exemplares), 22/08/2017 (143 exemplares), 23/10/2017 (15 exemplares). Porto Real do Colégio: 17/12/2015(20 exemplares), 15/03/2016 (16 exemplares), 19/05/2016 (171 exemplares), 11/07/2016(41 exemplares), 18/10/2016 (24 exemplares), 10/02/2017 (171 exemplares), 20/04/2017(125 exemplares), 19/06/2017 (160 exemplares), 22/08/2017 (10 exemplares). Penedo: 17/12/2015 (170 exemplares), 15/03/2016 (12 exemplares), 19/05/2016 (32 exemplares), 11/07/2016(29 exemplares), 22/08/2016 (76 exemplares), 18/10/2016 (49 exemplares), 19/12/2016 (36 exemplares), 10/02/2017 (87 exemplares), 20/04/2017 (87 exemplares), 19/06/2017 (51 exemplares), 23/10/2017 (41 exemplares). Penedinho: 17/12/2015 (148 exemplares), 15/03/2016 (81 exemplares), 11/07/2016 (23 exemplares), 22/08/2016 (29 exemplares), 18/10/2016 (217 exemplares), 10/02/2017 (14 exemplares), 20/04/2017 (75 exemplares), 23/10/2017 (17 exemplares).

Hábitat:

Espécie encontrada habitando vegetação marginal e submersa, em locais de Temperatura 24.85 ± 28.20, Salinidade 0.4 ± 0.11, Oxigênio dissolvido 4.40 ± 6.76, Condutividade 71,85 ± 702.2, pH 6.42 ± 8.48. Ramos-Porto e Coelho (1990) registraram a espécie a águas rasas associadas a plantas aquáticas. (Barros e Braun (1997) registrou a espécie em águas parada ou correnteza média e rápida, pouca vegetação submersa e substrato arenoso com pedras e também em locais com água transparente, vegetação marginal composta basicamente por gramíneas, locais com muitas algas, vegetação submersa e substrato com lodo e substrato arenoso com cascalho. Melo (2003) registra M. jelskii como uma espécie de água doce, frequentemente encontrada em águas pretas, com vegetação marginal e substrato lodoso ou em águas transparentes, com gramíneas e substrato de pedras e areia, alimenta-se de larvas de insetos, algas e grãos do sedimento.

(43)

Macrobrachium olfersii (Wiegmann, 1836)

(Figura 19)

Figura 19- Exemplar de Macrobrachium olfersii a) vista lateral de exemplar b) vista dorsal de exemplar

Fonte: Autora desta monografia, 2018.

Diagnose: (Melo, 2003: 366). Distribuição geográfica:

Carolina do Norte, Flórida e Texas (introduzida), América Central, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Brasil (Pará, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) (Melo 2003:366).

Material examinado:

Brasil, Alagoas - Piranhas: 17/12/2015 (32 exemplares), 15/03/2016(186 exemplares),

19/05/2016 (478 exemplares), 11/07/2016 (20 exemplares), 22/08/2016 (43 exemplares), 18/10/2016 (132 exemplares), 19/12/2016 (141 exemplares),10/02/2017 (16 exemplares), 20/04/2017 (50 exemplares), 19/06/2017 (16 exemplares), 22/08/2017 (10 exemplares).Pão de

Açúcar: 17/12/2015 (12 exemplares), 15/03/2016 (133 exemplares), 18/10/2016 (1

exemplares), 20/04/2017 (50 exemplares), 19/06/2017 (3 exemplares), 22/08/2017 (10 exemplares), 23/10/2017 (7 exemplares).Belo Monte: 17/12/2015 (11 exemplares), 15/03/2016 (14 exemplares) , 19/05/2016 (16 exemplares) , 11/07/2016 (1 exemplar), 22/08/2016 (26 exemplares), 18/10/2016 (54 exemplares), 19/12/2016 (113 exemplares), 10/02/2017 (20 exemplares), 20/04/2017 (33 exemplares), 22/08/2017 (4 exemplares), 23/10/2017 (5

(44)

exemplares).Traipu: 17/12/2015 (47 exemplares),15/03/2016 (63 exemplares), 19/05/2016 (2 exemplares), 11/07/2016 (11 exemplares), 22/08/2016 (12 exemplares), 18/10/2016 (36 exemplares), 19/12/2016 (43 exemplares), 10/02/2017 (58 exemplares), 20/04/2017 (49 exemplares), 19/06/2017 (4 exemplares), 22/08/2017 (22 exemplares). Porto Real do Colégio: 17/12/2015 (74 exemplares), 15/03/2016 (5 exemplares), 19/05/2016 (20 exemplares), 11/07/2016 (40 exemplares), 18/10/2016 (5 exemplares), 19/12/2016 (60 exemplares), 10/02/2017 (49 exemplares), 20/04/2017 (6 exemplares), 22/08/2017 (10 exemplares). Penedo: 17/12/2015 (76 exemplares), 15/03/2016 (26 exemplares), 19/05/2016 (2 exemplares), 11/07/2016 (23 exemplares), 22/08/2016 (27 exemplares), 18/10/2016 (8 exemplares), 19/12/2016 (4 exemplares), 10/02/2017 (2 exemplares), 20/04/2017 (4 exemplares), 19/06/2017 (10 exemplares), 22/08/2017 (6 exemplares). Penedinho: 17/12/2015 (24 exemplares), 15/03/2016 (9 exemplares), 11/07/2016 (9 exemplares), 22/08/2016 (18 exemplares), 19/12/2016 (44 exemplares), 10/02/2017 (14 exemplares), 20/04/2017 (1 exemplar), 22/08/2017 (6 exemplares). Potengi: 17/12/2015 (1 exemplar).

Hábitat:

Espécie encontrada em locais de vegetação e pedra com Temperatura variando entre 24.85 ± e 28.50, Salinidade 0.4 ± 3.56, Oxigênio dissolvido 4.10 ± 6.94, Condutividade 71,85 ± 4483.00, pH 6.42 ± 8.51. Gamba e Rodriguez (1987) encontraram a espécie em águas rasas e mais profundas, associada a substrato de pedra e vegetação, sendo exclusivamente de águas costeiras, uma vez que, necessitam de água salobra para desenvolvimento das larvas, sendo, portanto, anfídromos. Barros e Braun (1997) registraram essa espécie em dois tipos diferentes de habitats, tanto em águas transparentes, correnteza média, vegetação marginal e moderada e substrato com areia, quanto em locais com água escura, substrato com areia, pedras, lodo, e em locais com vegetação marginal praticamente composta por gramíneas e substrato lodoso. Calado (2002) descreve que a espécie foi encontrada habitando águas rasas em substratos lamosos associado a plantas aquáticas e vegetação marginal.

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