Abordagem dos distúrbios
hidroeletrolíticos e
Objetivos
Revisar a abordagem dos distúrbios hidroeletrolíticos na emergência
Reconhecer as manifestações da
insuficiência adrenal no paciente grave e iniciar o tratamento apropriado
Descrever a abordagem nas síndromes hiperglicêmicas graves
Caso 1
Mulher de 80 anos,hipertensão e com insuficiência cardíaca
Confusão, letargia, inapetência e fraqueza há 3 dias
PA 108/70 mmHg, FC 110 batimentos/min, FR 18 ventilações/min
TV não sustentada no monitor
Quais os fatores de risco essa paciente possui para ter distúrbios hidroeletrolíticos?
Quais distúrbios hidroeletrolíticos podem contribuir para essa apresentação clínica?
Tratar a alteração eletrolítica , mas procurar a causa
Manifestações clínicas não são,
normalmente, específicas para uma alteração eletrolítica em paticular
Os sintomas determinam a urgência no tratamento e não a concentração do
eletrólito
É necessária a reavaliação frequente dos níveis do eletrólito
Princípios dos distúrbios
hidroeletrolíticos
Caso 1
Mulher de 80 anos,hipertensão e com insuficiência cardíaca
Confusão, letargia, inapetência e fraqueza há 3 dias
PA 108/70 mmHg, FC 110 batimentos/min, FR 18 ventilações/min
TV não sustentada no monitor K 2.5 mmol/L
Como voce faria a avaliação inicial e tratamento desse paciente?
Hipocalemia (K<3.5 mmol/L) K<3.5 mas>2.5 mmol/L sem Sintomas Reposição enteral KCl 20-40 mmol cada 4-6 h K2.5 mmol/L (<3 mmol/L se uso Digoxina) Sintomas ameaçadores a vida Não ameaçador a vida ou sem sintomas IV KCl 20-30 mmol/h via Cateter Central Reposição enteral KCl 20-40 mmol cada 2-4 h e/ou IV KCl 10 mmol/h
Treatmento da Hipocalemia
Caso 1
Mulher 80 anos com hipertensão e insuficiência cardíaca
ECG
Como voce iniciaria o tratamento desse paciente?
Tratamento da Hipercalemia
Cálcio para a toxicidade cardíaca (anormalidades no ECG) Redistribuição do potássio Insulina e glicose Bicarbonato de sódio 2-agonistas inalatórios Remoção de potássio Diurético de alça
Sulfonato de poliestireno de sódio
Caso 1
Mulher de 80 anos,hipertensão e com insuficiência cardíaca
Confusão, letargia, inapetência e fraqueza há 3 dias
PA 108/70 mmHg, FC 110 batimentos/min, FR 18 ventilações/min
TV não sustentada no monitor
Na = 118 mmOl/L
Laboratory value:Como voce iniciaria a avaliação dessa Na 118 mmol/L paciente para determinar a etiologia?
Etiologia da Hiponatremia
Presença de ↑ Glicose ↑ Proteinas ou Lipídios Manitol Avaliar Estado volêmicoOsmolaridade urinária (Uosm) Sódio urinário (UNa) Fração de excreção de Na Hiponatremia (Na<135 mmol/L) Hiponatremia Hiposmolar Considerar Hiponatremia Hiperosmolar Pseudohiponatremia Sim Não ?
Etiologia da Hiponatremia
Hipovolemia Hipervolemia Uosm>300 mOsm/L UNa <20 mmol/L FE Na <1% Uosm>300 mOsm/L UNa >20 mmol/L FE Na >1% Uosm>300 mOsm/L UNa <10-20 mmol/L FE Na <1% Vômitos Diaréia Perda fluidos p/ Terceiro-espaço Diuréticos Deficiência Aldosterona Renal Tubular Disfunção Insuficiência Cardíaca congestiva Cirrose Insuficiência Renal com/sem NefroseEtiologia da Hiponatremia
Euvolemia
Uosm <100 mOsm/L UNa >30 mmol/L
Uosm >100 mOsm/L (usual/e >300) UNa >30 mmol/L
Polidipsia
Administração inapropriada de água para criança
SIADH
Hipotireoidismo
Hipovolêmia Hipervolemia Euvolemia
Restrição da oferta hídrica
Aumento da perda de água livre
Repor volume intravascular com soro fisiológico ou solução hipertônica
Quando poderia ser usada solução
Com que rapidez pode-se repor o sódio para correção de seus níveis?
Caso 1
Mulher de 80 anos,hipertensão e com insuficiência cardíaca
Confusão, letargia, inapetência e fraqueza há 3 dias
PA 108/70 mmHg, FC 110 batimentos/min, FR 18 ventilações/min
TV não sustentada no monitor
Na = 168 mmol/L
Soro fisiológico para o paciente hemodinamicamente instável
Fluido Hipotônico quando paciente estável
Fluidos intravenosos
Agua via oral Quantidade
H2O déficit (L) =
[0.6 wt (kg) ] [ Na medido - 1] 140
Case Study 2
Homem de 34 anos com sepse Febril, taquicárdico e hipotenso Antibióticos e volume iniciados Admitido na enfermaria
2 horas mais tarde, pressão sistólica PA= 60 mm Hg
Hipotenso na UTI após 40 mL/kg de fluidos e norepinefrina 10 g/min
Suporte de pressão arterial com reposição volêmica e vasopressores
Tratar fatores precipitantes Considerar nível de cortisol
Administrar hidrocortisona , IV, 200-300 mg/24 horas
Consider fludrocortisona
Conservar tratamento até resolução da instabilidade
Insuficiência Adrenal no
Paciente Grave
Síndromes Hiperglicêmicas
Paciente de 25 anos, diabetes tipo I ; gaso venosa , pH 7.26, glucose 290 mg/dL,
HCO3 16 mmol/L, anion gap 16 mmol/L, cetonúria (+)
Paciente de 51 anos sem doenças
crônicas conhecidas; Na 141 mmol/L, Cl 98 mmol/L, HCO3 13 mmol/L, glicose 1640 mg/dL, BUN 70 mg/dL, cetonúria (+)
Isso é Cetoacidose Diabética (CAD) ou Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH)?
Síndromes Hiperglicemicas
Paciente de 73 anos, diabetes tipo II; Na 163 mmol/L, Cl 134 mmol/L, HCO3 21
mmol/L, glicose 1282 mg/dL, BUN 62 mg/dL, cetonas na urina (-)
É Cetoacidose Diabética (CAD) ou Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH)?
Síndromes Hiperglicêmicas
Características das Síndromes Hiperglicêmicas
CAD EHH
Glicose > 250 mg/dL > 600 mg/dL Arterial/venoso pH ≤ 7.3 > 7.3
Anion gap Aumentado Variável
Cetonas Sérica/Urina Positivo Negativo ou baixo
Avaliação Inicial
Estado mental
Grau de desidratação
Presença de infecção ou outra condição preciptante
Exames de Laboratório
Glicose
pH Venoso ou arterial
Electrólitos, função renal
Corpos cetônicos na urina ou séricas
Hemograma completo
Fluidos
Insulina
Electrólitos
Cristalóides
Adicionar glicose aos fluidos quando glicose 250-300 mg/dL
Dose de ataque de insulina regular (0,10-0.15 U/kg) Infusão de insulina regular
(0.1 U/kg/h)
Se K <3.3 mmol/L aguardar para insulina and repor K Adicionar K aos fluidos se K
>3.3 mas <5 mmol/L
Abordagem das Síndromes
Hiperglcêmicas
Infusão contínua de insulina Objetivo 80-110 mg/dL (4.4-6.1 mmol/L) 140-180 mg/dL (7.8-10 mmol/L) <150 mg/dL (8.3 mmol/L) Selecionar o paciente
Realizar um protocolo é importante para melhorar evolução
Hiperglicemia do paciente
grave
Pointos Chaves
Oferecer KCl através de cateter venoso central para hipocalemias ameaçadoras a vida.
Considerar administração de cálcio para hipercalemia com alteração de ECG,
seguido de intervenções para deslocar o K para o intracelular.
Limitar o aumento sérico de Na em 8-12 mmol/L nas primeiras 24 h na
hiponatremia euvolêmica sintomática. Dar soro fisiologico para pacientes com
Pontos Chaves
Pacientes com possível insuficiência
adrenal devem ser tratados na urgência com glicocorticóides.
Objetivos do tratamento para síndromes hiperglicêmicas são restaurar o balanço hidroeletrolítico,insulina e indicar fatores precipitantes
Na CAD, a infusão de insulina deve ser continuada até a acidose e cetose serem resolvidas.
Pontos Chaves
Manter glicemia 250-300 mg/dL no EHH até osmolaridade plasmática 315
mOsm/L.
Escolher o protocolo para controle de glicemia para evitar hiperglicemia e minimizar hipoglicemia na terapia intensiva.