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Academic year: 2018

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V

Radiol Bras. 2016 Mai/Jun;49(3):V

A ressonância magnética (RM) das mamas tem diversas indi-cações na prática clínica, desde o rastreamento de pacientes com alto risco até o estadiamento e planejamento terapêutico em pa-cientes com câncer de mama. Este método tem melhor sensibi-lidade que os exames convencionais (mamografia e ultrassonografia) para o diagnóstico de lesões mamárias malignas e possui maior acurácia em avaliar o tamanho e as características morfológicas do tumor, assim como a detecção de lesões multifocais e multi-cêntricas. No entanto, apesar da elevada sensibilidade, a especi-ficidade da RM é considerada baixa em muitos estudos, proporcio-nando grande número de resultados falso-positivos que podem gerar procedimentos e cirurgias desnecessárias.

O Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS®),

elaborado pelo American College of Radiology desde 1992, é um guia de recomendações para padronização de laudos de exames de imagem da mama (mamografia, ultrassonografia e RM) e para auditoria de serviços que utilizam estes métodos(1–3). O seu obje-tivo é uniformizar a nomenclatura dos laudos, que devem possuir conclusão diagnóstica e propor conduta, de acordo com a proba-bilidade de malignidade. Entretanto, mesmo os casos classifica-dos como suspeitos (categoria 4) apresentam ampla variação no risco de malignidade (2% a 95%), o que motivou a subdivisão desta categoria em suspeita baixa (4A, risco de 2% a 10%), intermediá-ria (4B, risco de 11% a 50%) ou alta (4C, risco de 51% a 95%). Nas últimas edições do BI-RADS, esta subdivisão já foi incorporada para mamografia e ultrassonografia, porém, ainda não para RM, pela falta de estudos publicados para embasar esta avaliação(4). O artigo “Predictive performance of BI-RADS magnetic reso-nance imaging descriptors in the context of suspicious (category 4) findings”, publicado neste número da Radiologia Brasileira, é um dos primeiros na literatura a avaliar a probabilidade de malig-nidade relacionada aos achados da RM nas lesões classificadas na categoria 4(5). O artigo apresenta método e análise estatística consistentes, reforçando a credibilidade dos seus achados. Este tipo de levantamento é fundamental para definir os critérios a serem utilizados para a subdivisão dos achados suspeitos nas ca-tegorias 4A, 4B e 4C. Esta subdivisão pode ser ainda mais impor-tante na RM para definir a necessidade de comprovação histológica

0100-3984 © Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Classificar as lesões mamárias da categoria BI-RADS 4

pela ressonância magnética em subdivisões: é viável?

Subdividing BI-RADS category 4 breast lesions observed on magnetic resonance imaging: Is it feasible?

Almir Galvão Vieira Bitencourt1

1. Doutor, Orientador do Curso de Pós-Graduação do A.C.Camargo Cancer Cen-ter, São Paulo, SP, Brasil. E-mail:almir.bitencourt@accamargo.org.br.

Editorial

nos casos em que as lesões não são caracterizadas nos métodos convencionais, visto que a biópsia guiada por RM ainda é um pro-cedimento caro e pouco disponível no nosso meio. Além disso, conhecer a probabilidade de malignidade dos achados suspeitos na RM pode auxiliar na correlação radiopatológica, sugerindo a necessidade de prosseguir a investigação por meio de ressecção cirúrgica nas lesões com resultado histopatológico discordante na biópsia percutânea.

A incorporação de sequências funcionais, como a difusão e a espectroscopia, pode contribuir ainda mais na análise dos acha-dos suspeitos na avaliação morfológica e dinâmica já realizada de rotina na RM das mamas(6). Com o crescente número de publica-ções relacionadas ao tema, é provável que estes métodos sejam incorporados nas próximas edições do BI-RADS. Recentemente, o mesmo grupo de autores publicou no American Journal of Roent-genology um trabalho demonstrando como a difusão, sequência que avalia a movimentação das moléculas de água nos tecidos, também pode contribuir para a subdivisão das lesões mamárias da categoria BI-RADS 4(7).

O artigo aqui apresentado fornece um maior entendimento da RM em pacientes com lesões mamárias suspeitas, demons-trando que a presença de alguns achados pode predizer um maior risco de malignidade neste grupo. Estes resultados reforçam a pos-sibilidade de divisão em subcategorias das lesões classificadas como BI-RADS 4, permitindo a realização de diagnósticos mais precisos e condutas individualizadas.

REFERÊNCIAS

1. D’Orsi CJ, Sickles EA, Mendelson EB, et al. ACR BI-RADS® Atlas, Breast Imaging

Reporting and Data System. 5th ed. Reston, VA: American College of Radiology; 2013.

2. Koch H. Audit in breast imaging diagnosis unit [Editorial]. Radiol Bras. 2014;47(2):v. 3. Badan GM, Roveda Júnior D, Ferreira CAP, et al. Complete internal audit of a mammography service in a reference institution for breast imaging. Radiol Bras. 2014;47:74–8.

4. Rao AA, Feneis J, Lalonde C, et al. A pictorial review of changes in the BI-RADS fifth edition. Radiographics. 2016;36:623–39.

5. Almeida JRM, Gomes AB, Barros TP, et al. Predictive performance of BI-RADS magnetic resonance imaging descriptors in the context of suspicious (category 4) findings. Radiol Bras. 2016;49:137–43.

6. Guimaraes MD, Schuch A, Hochhegger B, et al. Functional magnetic resonance imaging in oncology: state of the art. Radiol Bras. 2014;47:101–11.

7. Maltez de Almeida JR, Gomes AB, Barros TP, et al. Subcategorization of suspicious breast lesions (BI-RADS category 4) according to MRI criteria: role of dynamic contrast-enhanced and diffusion-weighted imaging. AJR Am J Roentgenol. 2015;205:222–31.

Referências

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