• Nenhum resultado encontrado

pt 0100 3984 rb 49 03 0VII

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "pt 0100 3984 rb 49 03 0VII"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

VII

Radiol Bras. 2016 Mai/Jun;49(3):VII

A abordagem radiográfica dos tumores ósseos consiste em se analisar uma determinada lesão de maneira organizada, com atenção para características radiográficas específicas como loca-lização, margens e zona de transição, padrão da reação periosteal, mineralização, tamanho das lesões, e também a presença ou ausência de componente de partes moles(1,2).

A idade do paciente e a determinação se a lesão é solitária ou múltipla são dados clínicos fundamentais para o diagnóstico. Determinados tipos de tumores têm predileção para certas faixas etárias(2). Tumores ósseos primários malignos geralmente são

le-sões solitárias, enquanto lele-sões benignas tendem a ser múlti-plas(1,2), exceção feita ao mieloma múltiplo.

Este tipo de abordagem semiológica não tem o objetivo nem a capacidade de se chegar a um diagnóstico histológico final, mas permite estreitar o leque de diagnósticos diferenciais e escolher qual a melhor conduta a se tomar a partir deste ponto(2,3).

Com esta sistematização da avaliação da radiografia conven-cional, é possível reduzir o número de diagnósticos diferenciais, muitas vezes não havendo necessidade de métodos de imagem mais avançados como a tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RM). Exemplos típicos são o cisto ósseo simples, o defeito fibroso cortical e o fibroma não ossificante(3),

que normalmente prescindem de outros métodos de avaliação, além da própria radiografia.

Caso necessário, a TC pode ser útil na detecção do padrão de calcificação da matriz lesional, na identificação de destruição óssea oculta, ou mesmo de nidus de um osteoma osteoide(1,2). Pode

ser útil, também, na obtenção de tecido para análise histológica guiada por imagem(4) e no tratamento menos invasivo de

deter-minados tumores, como o próprio osteoma osteoide(5).

Já a RM tornou-se o exame de imagem padrão para a avalia-ção da extensão local de um tumor, e muitas vezes tem a capaci-dade de caracterizar melhor o componente destas lesões, como áreas císticas, tecido adiposo, fibroso ou condral(2). Entretanto, é

0100-3984 © Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Avaliação por imagem dos tumores ósseos

Imaging evaluation of bone tumors

André Yui Aihara1

1. Doutor, Colaborador do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), Médico Radiologista da DASA e da AACD-SP, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: andre.yui.aihara@ gmail.com.

Editorial

um método caro e que nem sempre é necessário, como já exposto. Técnicas avançadas de RM, como difusão, espectroscopia, perfu-são tecidual dinâmica e imagens em fase e fora de fase, perfu-são pro-missoras na avaliação de tumores. Em conjunto com a RM con-vencional, estas técnicas avançadas aumentam a acurácia diag-nóstica e a avaliação da resposta ao tratamento(6).

A tomografia por emissão de pósitrons combinada à tomo-grafia computadorizada com multidetectores tem-se mostrado uma modalidade de imagem valiosa no estadiamento, reestadiamento e avaliação da resposta terapêutica em pacientes com tumores, pela sua capacidade de fornecer informações fisiológicas adicio-nais(7).

No presente número da Radiologia Brasileira, Andrade Neto et al.(8) apresentam ensaio iconográfico no qual revisam os

as-pectos na radiologia convencional dos principais tumores ósseos do joelho encontrados na prática clínica. Este ensaio divide de forma bastante didática as lesões expansivas do joelho em lesões pseu-dotumorais, tumores formadores de osso, tumores formadores de cartilagem, tumores da medula óssea e tumores de outros teci-dos conectivos. Faz também uma revisão sucinta sobre cada tipo tumoral abordado. Uma ótima oportunidade para aprender ou re-lembrar conceitos.

REFERÊNCIAS

1. Miller TT. Bone tumors and tumorlike conditions: analysis with conventional radi-ography. Radiology. 2008;246:662–74.

2. Greenspan A, Jundt G, Remagen W. Differential diagnosis in orthopaedic oncol-ogy. 2nd ed. Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins; 2007.

3. Aihara AY, Fernandes ARC, Natour J. Tumores e lesões tumorais do tipo “não toque”. Rev Bras Reumatol. 2004;44:364–70.

4. Maciel MJS, Tyng CJ, Barbosa PNVP, et al. Computed tomography-guided percu-taneous biopsy of bone lesions: rate of diagnostic success and complications. Radiol Bras. 2014;47:269–74.

5. Petrilli M, Senerchia AA, Petrilli AS, et al. Computed tomography-guided percuta-neous trephine removal of the nidus in osteoid osteoma patients: experience of a single center in Brazil. Radiol Bras. 2015;48:211–5.

6. Costa FM, Canella C, Gasparetto E. Advanced magnetic resonance imaging tech-niques in the evaluation of musculoskeletal tumors. Radiol Clin North Am. 2011;49:1325–58.

7. Guimarães JB, Rigo L, Lewin F, et al. The importance of PET/CT in the evaluation of patients with Ewing tumors. Radiol Bras. 2015;48:175–80.

8. Andrade Neto F, Teixeira MJD, Araújo LHC, et al. Tumores ósseos do joelho: achados na radiologia convencional. Radiol Bras. 2016;49:182–9.

Referências

Documentos relacionados

Avenida Bandeirantes, 3900, Campus Universitário Monte Alegre..

achados compatíveis com fibrose na TCAR inicial de pacientes com ES é altamente preditiva de uma TCAR “livre de fibrose” no segui- mento desses pacientes, e quando se avalia a

Além da localização e calibre das artérias hilares, a presença de artérias polares deve ser conhecida de modo a prever eventual dano renal, embora possa ser aceito

Nas últimas edições do BI-RADS, esta subdivisão já foi incorporada para mamografia e ultrassonografia, porém, ainda não para RM, pela falta de estudos publicados para embasar

Embora não patognomônicos, devem sugerir a possibilidade de pneumonite por hipersensibilidade no diagnóstico diferencial, e o radiologista, atento e conhecedor desses achados,

Talvez seja apenas o efeito de parceria (duali- dade) entre médico e paciente, que precisa de um fato, uma ima- gem, algo palpável para se desenvolver em torno, e que não ocorre

Ainda considerando-se diagnóstico imaginológico não invasivo, merece destaque o papel da cintilograia com tec- nécio-99m-metileno bifosfonado, tido como mais especíico para

Aspectos tomográicos da síndrome pulmonar por hantavírus High-resolution computed tomography indings in hantavirus pulmonary syndrome.. Felipe von