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Publicações Científicas: para que e para quem? Paulo S. L. Beirão Diretor Ciências Agrárias Biológicas e da Saúde

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Academic year: 2021

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(1)

Publicações Científicas: para que

e para quem?

Paulo S. L. Beirão

Diretor Ciências Agrárias Biológicas

e da Saúde

(2)

Para comunicar descobertas e

avanço do conhecimento !

(3)

Estímulos à publicação

• Carreira acadêmica

• Bolsa de produtividade

(4)

Evolução da Produção

Científica no Brasil

(5)

•1981 •1984 •1987 •1990 •1993 •1996 •1999 •2002 •2005 •2008 •Ano •V a lo r re la ti v o •Brasil •MundoAumento de 11,3%/ano4,8 x a média mundial e2,69% da produção mundial em 2009 •0 •2 •4 •6 •8 •10 •12 •14 •16 •18 •1

(6)

Contribuição relativa da

Ciência Brasileira

(7)

Ranking da produção

(8)
(9)
(10)
(11)
(12)

Como avaliar currículos

(no que diz respeito a

(13)

Melhor tipo de

avaliação

Análise da qualidade das publicações feita

com tempo por comitê independente e

idôneo de especialistas da área, sem

interesse direto e pessoal no resultado da

avaliação

(14)
(15)

Melhor tipo de

avaliação

Análise da qualidade das publicações feita

com tempo por comitê independente e

idôneo de especialistas da área, sem

interesse direto e pessoal no resultado da

avaliação

Problema: nem sempre é possível fazer,

exceto em concursos, avaliações externas de

grupos, departamentos ou cursos.

(16)

Nem tudo que é importante pode ser medido,

e nem tudo que pode ser medido é importante

Albert Einstein

Ou, em nome da objetividade, frequentemente

se mede a coisa errada, só por ser ela objetiva.

(17)

Existe uma medida de

qualidade?

(18)

Número de artigos em

periódicos com corpo

editorial

Principio: delega-se ao referee/editor dos

periódicos a avaliação da qualidade o trabalho

Problemas: (entre outros) a qualidade do

julgamento não é a mesma em todas as revistas

Consequências: estimula a realização de projetos

menos arriscados (= menos inovadores), o

“fatiamento” dos trabalhos e colaborações

fingidas

(19)

Número de publicações

ponderadas pelo fator de

impacto

Princípio: igual ao anterior, mas com o pressuposto

que periódicos com alto impacto são mais

exigentes quanto à qualidade.

Problemas: O fator de impacto é muito dependente

do tamanho da área do conhecimento.

Consequências: Desestimula parcialmente o

“fatiamento”, mas não as colaborações fingidas.

Estimula busca da qualidade da produção, mas

mantém a preocupação com o número de artigos.

(20)

Número total de

citações

Princípio: Delega-se o julgamento para a

comunidade da área, com o pressuposto que

artigos de qualidade serão mais citados.

Problemas: muito dependente do tamanho da

comunidade interessada, revisões e artigos de

métodos podem trazer grandes distorções. Um ou

poucos trabalhos muito citados podem desvirtuar

a medida. Estimula autocitações e é cumulativo.

Consequências: estimula a autocitação. Estimula

também a busca da qualidade e a publicação em

boas revistas.

(21)

Média anual de citações

Princípio: baseia-se nos mesmos princípios da

somatória de citações, corrigindo parcialmente

alguns de seus problemas. 1- Não é cumulativo,

mas tende a se reduzir lentamente mesmo que o

pesquisador pare de produzir; 2- Corrige

parcialmente as distorções causadas por artigos

anormalmente citados.

Problemas: depende do tamanho da comunidade da

área de conhecimento.

Consequências: Desestimula parcialmente o

“fatiamento”, mas não a autocitação. Estimula a

busca de qualidade nas publicações.

(22)

Média de citação por

artigo

Princípio: baseia-se no julgamento pela

comunidade da área.

Problemas: não estimula a produção de artigos e

é altamente dependente do tamanho da

comunidade.

Consequências: estimula a busca da qualidade e

desestimula a produção de artigos fracos, que

diminuiriam a média. Pode diminuir a

(23)

Índice H

Princípio: baseia-se no julgamento da

comunidade da área, corrigindo algumas das

distorções da somatória de citações.

Problemas: depende do tamanho da comunidade

da área e da distribuição das citações por

artigo. É cumulativo. Não corrige colaborações

fingidas.

Consequências: Estimula a busca da qualidade,

mas também autocitações. Não desestimula a

produção.

(24)

Exame de artigos

selecionados

Princípio: O julgamento depende do comitê

avaliador ou consultores ad hoc.

Problemas: toma tempo e nem sempre há

especialista da área no comitê. Favorece quem

tem publicações de alta qualidade, mesmo se

poucas.

Vantagens: É possível avaliar a contribuição

individual do candidato/grupo. Desestimula

colaborações fictícias.

(25)

Como julgar?

Sempre que possível, julgamento livre por

comissão de especialistas.

Usar mais de um indicador, com propriedades

diferentes. Quem for bem qualificado em todos

(ou na maioria) será contemplado. Os que forem

mal qualificados algum(ns) merecerão exame

mais detido.

Sou descrente, salvo melhor juízo, da existência

de uma única medida numérica de qualidade.

(26)

O que fazer????

Possível combinação de procedimentos:

Número de artigos publicados em periódicos

indexados, considerando o índice de impacto da

revista e a área do conhecimento.

Média de citações por artigo, excluídas as

autocitações, dos trabalhos em que o interessado

seja primeiro autor ou autor correspondente.

Avaliação dos trabalhos recentes indicados pelo

interessado como suas maiores contribuições.

(27)

Importante

O comitê avaliador não deve desconsiderar

trabalhos de natureza interdisciplinar.

Muitos dos grandes problemas científicos não

são disciplinares e portanto seu estudo

requer o concurso de vários especialistas.

Isso não pode ser desestimulado.

(28)

Publicar muito não é

necessariamente bom...

mas não publicar é sempre

ruim!

(29)

Outros modos relevantes de

produção

(30)

•Fonte: OECD Factbook 2010: Economic, Environmental and Social Statistics - ISBN 92-64-08356-1 - © OECD 2010 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 114.8 118.0

(31)
(32)

Saldo Comercial

crescentemente dependente de setores intensivos em

recursos naturais

•Produtos de

•alto valor agregado •Matérias primas

(33)
(34)
(35)

Pesquisadores por

milhão de habitantes

•Baseado em dados do UNESCO Report, 2010

•2002 •2007

(36)

Formação de Mestres

e Doutores

(37)

Número de pesquisadores em

relação à população

(38)

•PIB per capita (US$ PPP) •N º p e s q u is a d o re s p o r 1 0 0 0 h a b it a n te s •-•1,00 •2,00 •3,00 •4,00 •5,00 •6,00 •- •5.000 •10.000 •15.000 •20.000 •25.000 •30.000 •35.000 •40.000 •45.000 •50.000 •India •China •Brasil •Rússia •Argentina •México •Reino Unido •Itália •Espanha •EUA •Canadá •União Européia •França •Alemanha •Japão •Ano base: 2007 •Países com > 30 M/hab •Fonte: OCDE e MCT

Correlação entre o grau de desenvolvimento de um país e

(39)
(40)

Educação Básica

Teste PISA

(41)

79,2 76,6 68,3 60,9 60,9 53,2 51,2 32,4 26,3 19,6 11,8 3,4 7,1 4,8 14,8 5,8 12,4 33,3 18,4 6,6 14,0 41,7 13,3 15,2 25,6 24,3 33,0 32,7 15,2 49,0 65,9 53,0 44,6 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 Estados Unidos Coréia do Sul Japão Alemanha Canadá (1) França Rússia Espanha Brasil (1) Portugal Argentina •% pesquisadores

•Nossos cientistas estão predominantemente nas universidades

•Distribuição de pesquisadores por setor no mundo, 2005

•Fonte: Main Science and Technology Indicators - OECD - 2007/1 e para o Brasil, MCT

•ensino superior

•setor empresarial •governo

(42)

•Fonte: Sinopse Estatística da Educação Superior 2011 / MEC/INEP/DEED

Titulação de docentes das

IES

(43)

Desvios de conduta na pesquisa e

em publicações

(44)

De forma semelhante, desvios de

conduta que indevidamente

beneficiem o faltoso, se não

confrontados, tendem a

prevalecer.

Em um ambiente competitivo,

características que conferem

vantagem comparativa tendem

a prevalecer.

(45)

O Global Research Council aprovou em

maio deste ano o seu “Statement of

(46)

Diretrizes: dando crédito

1: O autor deve sempre dar crédito a todas as fontes que fundamentam diretamente seu trabalho.

2: Toda citação in verbis de outro autor deve ser colocada entre aspas.

3: Quando se resume um texto alheio, o autor deve procurar reproduzir o significado exato das ideias ou fatos

apresentados pelo autor original, que deve ser citado. 4: Quando em dúvida se um conceito ou fato é de

conhecimento comum, não se deve deixar de fazer as citações adequadas.

(47)

Diretrizes: redundância

5: Quando se submete um manuscrito para publicação

contendo informações, conclusões ou dados que já foram disseminados de forma significativa (p.ex. apresentado em conferência, divulgado na internet), o autor deve indicar

claramente aos editores e leitores a existência da divulgação prévia da informação.

6: se os resultados de um estudo único complexo podem ser apresentados como um todo coesivo, não é considerado ético que eles sejam fragmentados em manuscritos

individuais.

7: Para evitar qualquer caracterização de autoplágio, o uso de textos e trabalhos anteriores do próprio autor deve ser

(48)

Diretrizes: citações

8: O autor deve assegurar-se da correção de cada citação. O autor deve dar crédito também aos autores que primeiro

relataram a observação ou ideia que está sendo apresentada. 9: Quando estiver descrevendo o trabalho de outros, o autor

não deve confiar em resumo secundário desse trabalho, o que pode levar a uma descrição falha do trabalho citado. Sempre que possível consultar a literatura original.

10: Se um autor tiver necessidade de citar uma fonte secundária para descrever o conteúdo de uma fonte

primária, ele deve certificar-se da sua correção e sempre indicar a fonte original da informação que está sendo

(49)

Diretrizes: referências

11: A inclusão intencional de referências de relevância questionável com a finalidade de manipular fatores de impacto ou aumentar a probabilidade de aceitação do manuscrito é prática eticamente inaceitável.

12: Quando for necessário utilizar informações de outra fonte, o autor deve escrever de tal modo que fique claro aos

leitores quais ideias são suas e quais são oriundas das fontes consultadas.

(50)

Diretrizes: relatando

evidências

13: O autor tem a responsabilidade ética de relatar evidências que contrariem seu ponto de vista, sempre que existirem. Ademais, as evidências usadas em apoio a suas posições devem ser metodologicamente sólidas. Quando for

necessário recorrer a estudos que apresentem deficiências metodológicas, estatísticas ou outras, tais defeitos devem ser claramente apontados aos leitores.

14: O autor tem a obrigação ética de relatar todos os aspectos do estudo que possam ser importantes para a

(51)

Diretrizes: dados

15: Qualquer alteração dos resultados iniciais obtidos, como a eliminação de discrepâncias ou o uso de métodos

estatísticos alternativos, deve ser claramente descrita junto com uma justificativa racional para o emprego de tais

(52)

Diretrizes: autoria

16: A inclusão de autores no manuscrito deve ser discutida antes de começar a colaboração e deve se fundamentar em orientações já estabelecidas, tais como as do International Committee of Medical Journal Editors.

17: Somente as pessoas que emprestaram contribuição significativa ao trabalho merecem autoria em um

manuscrito. Por contribuição significativa entende-se

realização de experimentos, participação na elaboração do planejamento experimental, análise de resultados ou

elaboração do corpo do manuscrito. Empréstimo de

equipamentos, obtenção de financiamento ou supervisão geral, por si só não justificam a inclusão de novos autores, que devem ser objeto de agradecimento.

(53)

Diretrizes: autoria

18: A colaboração entre docentes e estudantes deve seguir os mesmos critérios. Os supervisores devem cuidar para que não se incluam na autoria estudantes com pequena ou

nenhuma contribuição nem excluir aqueles que efetivamente participaram do trabalho. Autoria fantasma em Ciência é

eticamente inaceitável.

19: Todos os autores de um trabalho são responsáveis pela veracidade e idoneidade do trabalho, cabendo ao primeiro autor e ao autor correspondente responsabilidade integral, e aos demais autores responsabilidade pelas suas

contribuições individuais.

20: Os autores devem ser capazes de descrever, quando solicitados, a sua contribuição pessoal ao trabalho.

(54)

Diretrizes: ética

21: Todo trabalho de pesquisa deve ser conduzido dentro de padrões éticos na sua execução, seja com animais ou com seres humanos.

(55)

Obrigado pela atenção

•Paulo S. L. Beirão

•dabs@cnpq.br

Referências

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