TUDO OU NADA
PROGRAMA: NOVELA
TÍTULO: TUDO OU NADA CAPÍTULO: 01
NO AR: SEGUNDA A SÁBADO HORÁRIO: 21:00 HORAS AUTOR: ROBSON AUGUSTO DIREÇÃO:
DIREÇÃO EXECUTIVA:
DIREÇÃO GERAL: NÚCLEO:
Personagens deste capítulo
ANA PAULA
VITÓRIA
ARMANDO
BETH
FRANÇOIS
FELIPE
TEOTÔNIO
SABRINA
RICARDO
CIRO
ÚRSOLA
CONSUELO
Participação especial
Tabelião
LETREIRO: CURITIBA – PR
CENA 01. CASA DE VITÓRIA. INT. DIA.
Vitória está em casa com a filha Ana Paula na presença de um tabelião que vai ler o testamento do marido de Vitória.O clima é de velório.
Tabelião: Bom, como é de praxe e foi pedido pelo senhor Rodolfo, vamos fazer a leitura do testamento.
Vitória: O Rodolfo tinha poucos bens, apenas uma rede de padarias e umas propriedades.
Ana Paula: Acho isso uma perda de tempo. Tabelião: Seguindo com a leitura... As
propriedades, incluindo
apartamentos de aluguel, um pequeno sítio e um posto de gasolina vão a leilão para pagamento de dívidas. As padarias ficam com a
senhora.Sendo duas no Alto da Glória, uma no centro, uma na Água verde e duas no Capão Raso.
Vitória: Ao menos teremos de onde tirar o sustento até nos
estabelecer.
Tabelião: Espero que vocês tenham uma melhor sorte.
Corta para:
CENA 02. Padaria. Int. Dia.
Ana paula toma um suco no balcão da padaria que era de seu pai acompanhada de Armando. O cara está maravilhado com a oferta de Ana Paula que pede sigilo.
Armando: (desconfiado) Você está me propondo vender a rede de
padarias que ganhou de herança do seu pai?
Ana Paula: Eu quero ganhar a vida de outro jeito Armando. Meu
objetivo de vida com certeza não é ficar enfiada atrás de um balcão de padaria.
Armando: E optou por vender todas as padarias?
Ana Paula: Vender a você, que desde
quando meu pai era vivo sempre quis comprá-las e o velho ninca aceitou.
Armando: E sua mãe?
Ana Paula: Eu tenho uma procuração que ela assinou e nem sabe. Com isso eu faço com a parte dela o que bem entender. (pausa) É pegar ou largar?
CENA 03.Aeroporto.Saguão de desembarque.Int.Dia Felipe chega de São Paulo após mais uma semana de trabalho com Ciro. Felipe comenta com o amigo que pretende se mudar para São Paulo. Ciro não o aconselha ir mas apoia.
Felipe: Não aguento mais essa vida. Dormir em casa o final de
semana e voltar para São Paulo na segunda de manhã.
Ciro: Você tá chorando de barriga cheia Felipe. Tem um bom emprego,um salário
razoável...Mudar pra quê? Felipe: O melhor mercado está em São
Paulo, não há porque ficar gastando rios de dinheiro com ponte aérea se posso morar por lá.
Ciro: E a Sabrina?
Felipe: Se quiser vai ter que me
engolir. Ela não cobra a pensão alimentícia do Júnior todo mês? Então vai ter que engolir em São Paulo.O Júnior está morando com a avó no interior mesmo, evita que se envolva em algum desentendimento.
Ciro: Eu não o aconselho pedir
demissão da empresa por outro emprego em São Paulo mesmo.
Felipe: Meu curículo é bom, tenho anos de experiência em logística. Por que não arriscar? (pausa) Basta eu bater na porta
certa... CORTA PARA:
CENA 04. Casa de Teotônio.Int. Noite.
A família está toda reunida na mesa do jantar. Teotônio,Felipe, sua irmã Elen, sua mãe Ursola e a ex mulher Sabrina. Felipe diz a familia sobre sua decisão. Apenas seu pai o apoia na decisão.
Felipe: Eu acho que é melhor assim. Teotônio: Se você acha que com um
salário maior dá pra pagar aluguel de um apartamento e honrar seus compromissos, eu apoio.
Sabrina: Eu não vejo com bons olhos essa sua mudança pra São Paulo. A pensão que você dá ao Júnior já anda defasada, e ainda você quer morar num lugar onde o custo de vida é bem maior?
Felipe: Com certeza eu vou gastar muito menos que com passagens de avião toda semana. E
depois será que só pensa em dinheiro? Já pensou em
Úrsola: Calma meu filho, a Sabrina tem razão.
Sabrina: A senhora viu como ele trata a mãe do seu neto?
Teotônio: O Felipe é quem sabe o que é melhor pra ele. Aliás, eu conheço um cliente que
trabalha numa grande empresa de logística em São Paulo que me pediu alguém para uma vaga de roteirizador por lá.
Felipe: Pega o telefone desse cliente e me passa pai. Talvez essa pode ser minha chance.
CENA 05.Padaria do Alto da Glória.Int.Noite. Armando paga uma quantia do dinheiro pela
compra das padarias a Ana Paula.No detalhe, do balcão Beth, a balconista vê o papo dos dois. Armando sai. Ana Paula ouve um papo entre
Ricardo e François. Ana Paula se mete na conversa.
Armando: E a papelada?
Ana Paula: Segunda-feira está nas suas mãos.
Armando: Você me garantiu que estaria tudo certo á noite.
Ana Paula: Acha que sou idiota Armando? Essa transação não passa nem em sonho pela cabeça da
documento por hora e as padarias estão no seu nome segunda de manhãzinha.
Armando: Não vai bancar a espertinha Ana Paula.
Ana Paula: Ia te passar a perna a troco de quê?
Armando põe o envelope com o dinheiro sobre o balcão. Beth observa tudo de longe. Armando sai.
Ricardo: Esquece François, nunca vamos voltar pra São Paulo com a capa da Sexy Woman. François: A gente ainda tem tempo
Ricardo. O que não falta nessa cidade é mulher bonita.
Ana Paula: Desculpe, eu tava aqui do lado e não tive como deixar de ouvir o papo de vocês... Estão procurando uma garota? François: É pra uma capa de revista, a
Sexy Woman/
Ricardo: (corta) Mas não encontramos ninguém.
Ana Paula: De repente podem estar enganados.De quanto é o cachê?
François: Não é muito. Cem mil dólares a capa.
Ana Paula: (surpresa) Cem mil dólares? Será que eu poderia me
candidatar?
Ricardo: Com licença moça. (puxa françois prum canto) Tá maluco? Essa aí é uma
qualquer. A ideia era levar uma modelo no mínimo.
François: Vamos encontrar uma modelo disposta a ir até São Paulo ser capa de uma revista
masculina assim, da noite pro dia? Pensa Ricardo, é a nossa chance, levamos essa garota e ponto pra gente. Ana Paula: Então? Me aceitam como
candidata ou não?
Ricardo e françois se entre olham em silêncio.
CORTA PARA:
Cena 06. Padaria do centro. Int. Noite.
Vitória está dando um duro na padaria, ajudando no atendimento junto com a amiga Consuelo.
Consuelo avisa que Vitória deve abrir o olho com Ana Paula mas ela ignora.
Vitória: (atendendo um cliente)
Obrigada, volte sempre.Essa é a melhor padaria da rede.
Consuelo:O rodolfo sempre prezou pela clientela.
Vitória: Pena a Ana Paula não estar aqui comigo pra já ir pegando
jeito.Atender no balcão,ajudar a fazer a massa do pão/
Consuelo: (corta) Se eu fosse você
ficava mais esperta com a Ana Paula. Ela adora viver bem, comer do bom e do melhor, mas não quer trabalhar, pegar no pesado.
Vitória: Ela quer curtir a vida
Consuelo, fez só 23 anos, jovem pra caramba.
Consuelo: A filha é sua mas cuidado, jacaré que dá mole vira sapato de madame.
CENA 07. Aeroporto.Saguão de embarque. Int. Dia Pela manhã, Ana Paula está pronta para embarcar para São Paulo com Ricardo e François sem a mãe saber do seu golpe. A cena não tem falas,
apenas a movimentação dos três pelo aeroporto até o embarque.
FUSÃO PARA:
CENA 08.Padaria do centro.Ext. Dia.
Uma confusão na porta da padaria com os funcionários impedidos por Aramndo de entrarem. Vitória chega com Consuelo. Armando diz a Vitória que comprou as padarias e demitiu todos os funcionários mostrando documento de compra e recibo de pagamento. Vitória não acredita. Beth conta o que sabe e Vitória leva um choque.
Armando: Aqui ninguém entra. Beth: Nós trabalhamos aí.
Armando: Trabalhavam. Eu comprei as adarias e me comprometo a
pagar todos os honorários trablhistas as que vocês têm direito.
Vitória: (chegando) Que isso aqui? Que carnaval é esse? Por que a padaria não abriu ainda?
Armando: Não abriu por que eu comprei as padarias e vou trocar o quadro de funcionários de todas elas.
Vitória: (pasma) Comprou? Comprou de quem? Eu vendi alguma coisa pra você?
Armando: Eu tenho tudo documentado Vitória.
Vitória: (exaltada) Você passou a vida
toda querendo comprar as
padarias e o Rodolfo nunca te vendeu. Aí num belo dia eu apareço pra trabalhar numa das padarias e você diz que o dono é você?
Consuelo: Calma Vitória.
Vitória: Calma é o cacete! Você vai me
explicar direitinho essa
história.Só existem duas
donas para essas padarias, eu e a Ana Paula, se eu não vendi... (caindo em si, pausa pensando)Peraí, não vai me dizer que/
Armando: (corta) Isso mesmo. Quem me vendeu as padarias, com uma
procuração onde respondia
pela senhora foi sua filha... a Ana Paula.
A cam fecha na fisionomia atônita de Vitória que recebe o golpe e é amparada pela amiga Consuelo.