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Continuarei buscando ser melhor a cada dia, pois esse é o proposito da vida. Nessa busca, espero ter a oportunidade de continuar ajudando o mercado,

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Academic year: 2021

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PRONUNCIAMENTO DE CLAUDIO BERNARDES POR OCASIÃO DA SOLENIDADE DE POSSE DA NOVA DIRETORIA DO SECOVI-SP (BIÊNIO 2016-2018), REALIZADA DIA 29 DE FEVEREIRO DE 2016, NA SEDE DO CLUBE ATLÉTICO MONTE LÍBANO, CAPITAL PAULISTA

Excelentíssimas autoridades, cuja presença espelha a respeitabilidade conquistada por nossa instituição nestes seus 70 anos de vida.

Prezados convidados, dentre os quais diversas lideranças de entidades de classe, da academia, do Judiciário e da imprensa, com quem, nos últimos quatro anos, tivemos a oportunidade de intensa convivência, a exemplo do que também ocorreu no âmbito do poder público.

Caros companheiros de diretoria, cuja parceria foi fundamental para que o Secovi-SP pudesse desempenhar a missão de defender e representar o setor imobiliário, sempre de forma alinhada aos anseios da sociedade. Caros colaboradores da entidade que, tenho certeza, se empenharam ao máximo para nos ajudar nessa missão.

Encerra-se mais um ciclo na minha vida. Da mesma forma iniciam-se outros, que vão se sucedendo, e assim formarão a minha trajetória pessoal e profissional.

Porém, esse ciclo que hoje se encerra, teve uma importância especial na minha carreira profissional.

Honrado em liderar essa importante entidade nos últimos quatro anos, embora sentindo a cada dia o peso da enorme responsabilidade, pude sentir também o fortalecimento interior, que me permitiu administrar com serenidade os momentos mais difíceis, e saborear com meus companheiros as conquistas mais importantes.

É praticamente impossível encontrar palavras que possam resumir o quanto a contribuição de cada um foi decisiva para que eu pudesse desempenhar minha função na presidência do Sindicato.

Podem ter certeza, dei o meu melhor para ajudar o mercado a evoluir e. como consequência, nossas empresas, nossas cidades e a vida de milhares de famílias que dependem de nossa atuação.

Mas a certeza do dever cumprido se faz acompanhar por aquela sensação de que poderia ter sido feito um pouco mais.

Essa inquietude é justificável, e faz parte da vida.

Empresto aqui o pensamento da poetisa Virginia Mello:

“E assim seguimos nossas vidas... um dia com a certeza do dever cumprido, outro na certeza de podermos ser melhores a cada dia.”

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Continuarei buscando ser melhor a cada dia, pois esse é o proposito da vida. Nessa busca, espero ter a oportunidade de continuar ajudando o mercado, e colaborando para que as cidades sejam mais humanas, e as pessoas mais felizes.

Há muito ainda a fazer!

Quando assumimos o Secovi em fevereiro de 2012, aqui mesmo neste auditório, o Brasil era outro, muito diferente do que temos hoje.

A extraordinária equipe que assumiu a entidade focava o aprimoramento do setor imobiliário, e a integração de todos os seus segmentos.

O objetivo era trabalhar no sentido de estruturar um mercado capaz de funcionar de forma cada vez mais pujante, sem sobressaltos, com previsibilidade e buscando excelência cada vez maior.

Tínhamos um sistema de crédito imobiliário que funcionava. Recursos abundantes para o financiamento da moradia e juros decrescentes, numa saudável disputa entre agentes financeiros.

Todas as atividades imobiliárias foram positivamente impactadas. Do parcelamento do solo à administração dos condomínios.

Inúmeros segmentos industriais e de serviços cresceram substancialmente graças à essa dinâmica imobiliária.

Um ciclo de prosperidade, que nos permitiu destinar grande energia para estudar e propor novos modelos de ocupação urbana, buscando cidades mais inteligentes, funcionais e sustentáveis.

Com mais qualidade de vida, maior mobilidade; com adequado aproveitamento dos espaços, por meio de um adensamento eficiente e responsável.

Debruçarmo-nos sobre essa plataforma de trabalho parecia absolutamente possível, pois a estabilidade conquistada pelo Brasil seria preservada. Afinal, bastava observar os fundamentos da economia. Controlar despesas, otimizar as receitas, manter a inflação dentro da meta, enfim, governar de forma responsável.

Em 2012, o Brasil ocupava o segundo lugar no mundo entre os países mais atraentes para investimentos imobiliários.

A cidade de São Paulo saltou da vigésima sexta para a quarta posição, atrás de Nova York, Londres e Washington.

Era então o momento certo para, dentro de uma visão sistêmica, repensar todos os parâmetros até então utilizados para definir e operar as cidades,

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considerando inclusive o planejamento numa outra dimensão regional: as megametrópoles.

Além disso, a capital paulista se preparava para a revisão de seu Plano Diretor Estratégico. Precisávamos, através do debate, apresentar propostas técnicas consistentes e estimular a vontade política no sentido de resolver os problemas, sem ideologias, mas com ciência e consciência.

Pensar a cidade para as próximas décadas, com ações continuadas por muitos governos a partir de uma agenda muito bem definida. E, mais ainda, convidar as pessoas para uma convivência mais harmônica, objetivo do programa Gentilezas Urbanas que lançamos com a meta de estimular a humanização da cidade.

Claro que, paralelamente, outros temas também continuavam na agenda de prioridades, como burocracia, carga tributária e a sempre terrível insegurança jurídica.

Pois bem, meus amigos.

Aquele mercado equilibrado de 2012 e 2013, que existia num Brasil que crescia, que comemorava o pleno emprego, começou a desmoronar a partir de 2014.

E a razão conhecemos muito bem.

Uma crise econômica gerada no ventre da dissonância política e da luta pelo poder. Filha legítima, portanto, de uma crise ética e política, que quase se tornou crise institucional e que desaguou numa das mais graves crises de confiança já experimentadas pelo País.

Perdeu-se a estabilidade econômica, a duras penas conquistada pelos brasileiros.

E coube a nós, nos trabalhos da entidade, tentar dar conta de todos os problemas decorrentes desse estado de coisas.

Entre outras ações, tentar resgatar o programa Minha Casa, Minha Vida; tentar encontrar alternativas de funding para a produção e o financiamento imobiliário, enfim...

Trabalhar para manter alguma condição de sobrevivência para empresas penalizadas com elevado estoque de imóveis, problema agravado ainda por um crescente volume de distratos.

O setor imobiliário sempre teve seus altos e baixos. O Secovi-SP sempre atuou para superar as dificuldades. Mas todos sabemos que este é um dos mais dramáticos momentos do mercado e do Brasil.

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Nos esforçamos para contribuir, com nossa experiência na construção da cidade, na estruturação de um modelo de desenvolvimento, o mais adequado possível às necessidades da cidade e de seus habitantes, cientes do poder multiplicador que as decisões na Capital têm nas outras cidades do Estado e do País.

Minhas senhoras, meus senhores.

Nesses quatro anos, a diretoria do Secovi-SP que hoje se despede computou conquistas e derrotas.

O saldo foi mais positivo que negativo. Mas aquela sensação de que é preciso continuar, e concluir o trabalho, está bem viva dentro de nós. É por isso que ninguém aqui fala em despedida.

Muitos continuam na próxima gestão.

Eu assumo a presidência do Conselho Consultivo, e por solicitação do Flavio Amary, devo permanecer dialogando com as autoridades, e colaborando nos estudos e avaliações de questões urbanísticas.

Não cabe aqui fazer um balanço completo do que foi feito, ou do que faltou fazer.

Cabe, isso sim, agradecer sinceramente pela oportunidade de, ao lado de homens de inegável valor, ter contribuído para consolidar o protagonismo do Secovi-SP como ente da sociedade civil organizada que trabalha, de fato, pelo bem da sociedade.

Um privilégio que só aqueles que participam desse processo podem de fato compreender.

Assim, gratidão é a palavra que pode tentar traduzir esse sentimento. Gratidão às pessoas, às circunstâncias adversas, às inspirações que trazem as soluções possíveis.

Gratidão por tanto aprendizado, por tantas parcerias, por tanto crescimento profissional e pessoal.

Gratidão à família e aos amigos, que muitas vezes ficaram à espera da merecida atenção, mas que sempre compreenderam a importância dessa missão.

Gratidão a Deus, que sempre nos abençoou por nossa incondicional confiança em Seus desígnios.

O caminho é longo. As tarefas são inúmeras. Os desafios permanentes. Resta seguir trabalhando, fazendo sempre o melhor por este País que merece o empenho de todos nós para ser resgatado e recolocado nos trilhos de desenvolvimento material, humano e moral.

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Como tenho dito, não vamos mudar do Brasil. Vamos mudar o Brasil! Muito obrigado!

Referências

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