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Conférence ministérielle africaine sur 1'environnement (CMAE)

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RE20352 – 88/88/22/10 RELATÓRIO DA SEXTA SESSÃO ESPECIAL DA CONFERÊNCIA MINISTERIAL

AFRICANA SOBRE O MEIO AMBIENTE (AMCEN) CAIRO, EGIPTO, 16-19 DE ABRIL DE 2016

1a PARTE: INTRODUÇÃO

1. Contexto

O segmento ministerial da Sexta Sessão Especial da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente (AMCEN) teve lugar em Cairo, de 18 a 19 de Abril de 2016. O segmento ministerial foi precedido de uma reunião do grupo de peritos, de 16 a 17 de Abril de 2016. A 6a sessão especial subordinou-se ao tema: “Agenda 2030 e o Acordo de Paris:

da política à implementação em África”

2. Objectivo da 6a Sessão Especial da AMCEN

A sessão especial teve como objectivo especial proporcionar uma oportunidade para os ministros deliberarem sobre a forma como África pode posicionar-se para implementar a Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável, sobretudo no que tange à dimensão ambiental e no âmbito da Agenda 2063 da União Africana. A sessão da AMCEN também centrou-se na avaliação das implicações do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas para África e, especialmente, no que respeita o rumo a seguir para a implementação das duas iniciativas Africanas, ou seja, a Iniciativa Africana de Energias Renováveis (AREI) e a Iniciativa Africana de Adaptação (AAI). A Sessão ofereceu ainda a oportunidade para os ministros preparem-se em relação à abordagem da posição comum africana, tendo em vista o seu envolvimento na 2a Assembleia da Nações sobre o Meio Ambiente (UNEA-2),

de 23 a 27 de Maio de 2016, em Nairobi.

Alem disso, os ministros deliberaram em torno de outras questões prioritárias relacionadas com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, a implementação da estratégia comum africana e plano de acção sobre o Comércio Ilegal de Animais Selvagens; a implementação dos programas emblemáticos regionais; bem como o relacionamento entre a AMCEN e o Comité Técnico Especializado da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Água e Meio Ambiente da Comissão da União Africana. Outras questões diziam respeito à acção para o combate à desertificação, estiagens, inundações e restauração de terras degradadas, com vista a alcançar um mundo ‘livre de terras degradadas’, e a 17ª Conferência das Partes à Conferência sobre o Comércio Internacional de Espécies Selvagens em risco de Extinção (CITES), que teve lugar em Joanesburgo, África do Sul, de 24 de Setembro a 5 de Outubro de 2016.

African Ministerial Conference on the Environment (AMCEN) Conférence ministérielle africaine sur 1'environnement (CMAE)

Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente (AMCEN)

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2 3. Participação

Argélia, Angola, Benim, Botswana, Burkina Faso, Burundi, Camarões, República Centro Africana, Congo, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Djibuti, Egipto, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Guiné, Quénia, Lesoto, Libéria, Madagáscar, Malawi, Mali, Mauritânia, Maurícias, Marrocos, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Ruanda, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Somália, África do Sul, Sudão do Sul, Sudão, Suazilândia, Togo, Uganda, Zâmbia.

Participaram ainda, representantes das organizações regionais e sub-regionais africanas, Agências das Nações Unidas, Secretariados de várias convenções ambientais, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), instituições de pesquisa, organizações intergovernamentais e não-governamentais bem como a juventude.

4. Cerimónia de Abertura

O segmento ministerial da reunião foi oficialmente aberto pelo Sr. Sherif Ismail, Primeiro-Ministro do Egipto, na Segunda-feira, 18 de Abril de 2016.

Declarações diversas foram pronunciadas por S.E. Khaled Fahmy, Ministro do Meio Ambiente do Egipto e Presidente da AMCEN; Sr. Ibrahim Thiaw, Director Executivo Adjunto do PNUMA; Sra. Rhoda Peace Tumusiime, Comissária da CUA para a Economia Rural Agricultura; Sr. Anthony Nyong do BAD; Sr. Roberto Ridolfi da Direcção Geral para a Cooperação e Desenvolvimento Internacional da UE; Sr. Stephane Gompertz, Embaixador Francês para Questões Climáticas em África e no Médio Oriente, em nome da Sra. Ségolène Royal, Presidente da COP21 da UNFCCC e Ministra da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia da França; e a Dra. Naoko Ishii, Directora Executiva e Presidente do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF).

5. Questões Organizativas

O Presidente da AMCEN presidiu o seguimento ministerial. 2ª PARTE: DELIBERAÇÕES E CONCLUSÕES

1. O segmento ministerial deliberou em torno das seguintes questões:

(a) Implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável em África;

(b) Resultado da vigésima primeira sessão da Conferência das Partes à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas e as suas implicações para África;

(c) Evoluções mais recentes e rumo a seguir para a Iniciativa Africana de Energias Renováveis e a Iniciativa Africana de Adaptação;

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(d) Envolvimento de África na segunda sessão da Assembleia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente;

(e) Questões diversas relacionadas com a Conferência Africana sobre o Meio Ambiente:

 Implementação da estratégia comum africana sobre o combate ao comércio ilegal de animais selvagens;

 Implementação dos programas emblemáticos regionais;

 A Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente e o Comité Técnico Especializado da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Água e Meio Ambiente da União Africana.

(a) Implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável em África

Os representantes afirmaram que havia um novo imperativo para mudar o enfoque para a implementação da 2030 Agenda, a Agenda 2063 e o Acordo de Paris. Vários representantes notaram que os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram integrados na Agenda 2063, tendo alguns representantes afirmado que os referidos ODS devem, de igual modo, integrar os planos e estratégias de desenvolvimento nacionais, tendo outro representante afirmado que deve-se tomar cuidado para evitar ênfase excessiva de algumas metas em detrimento de outras, considerando os objectivos predominantes de erradicação da pobreza. Um outro representante exprimiu que a chave para a concretização do objectivo recai cobre a gestão optimizada do vasto capital natural do continente.

Um dos representantes referiu que era paradoxal que um continente tão rico em recursos naturais como África pudesse ser tão pobre. Apoiado por outros, o representante afirmou que a formação e o reforço de capacidades, inclusivamente nas áreas de acesso ao financiamento, geração de dados e boa governação, são ferramentas essenciais para desbloquear o potencial humano do continente e mobilizar o seu capital e recursos naturais em benefício das suas populações.

Dois representantes chamaram a atenção para as implicações de problemas como a degradação da terra, a desertificação e a estiagem, para efeitos de consecução dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, afirmando que as actividades de reforço da resiliência e de alerta rápido das comunidades são vitais para a protecção dos meios de subsistência nesse contexto. Outras questões identificadas durante a discussão como de importância vital incluíram o uso da contabilidade de capital natural, o acesso às últimas tecnologias, a partilha de informações e boas práticas, a cooperação para combater actividades ilegais que afectam o capital natural e, investimentos na agricultura, tendo em vista melhorar a segurança alimentar.

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(b) Resultado da Vigésima Primeira Sessão da Conferência das Partes à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas e as suas implicações para África

Os representantes exprimiram apreço geral pelo papel dos negociadores africanos na consecução da maioria das prioridades para África e pela liderança e orientação contínua da AMCEN, do CAHOSCC, sob a presidência e coordenação do Egipto e a União Africana. Vários representantes elogiaram o progresso alcançado em Paris em comparação com as anteriores rondas de negociações sobre o clima que anteciparam Copenhaga. Houve solicitações para que África continuasse a ser uma força motriz no processo.

Muitos representantes levantaram a questão do financiamento, tanto para a implementação do acordo como para a adaptação, havendo um número de representantes que afirmava ser necessária a mobilização de fundos a partir de fontes internacionais e domésticas. Um representante advertiu que, embora o Acordo de Paris fosse universal e vinculativo, as disposições para o aumento do financiamento climático não eram claras, e resta saber se os países desenvolvidos iriam honrar os seus compromissos. Vários representantes chamaram a atenção para a importância de vários aspectos da capacitação e a necessidade de mobilizar os recursos humanos dos países africanos para alcançar a implementação do Acordo de Paris.

Vários representantes pronunciaram-se a respeito dos esforços envidados e dos passos tomados pelos seus países para implementar o Acordo de Paris, incluindo o cumprimento das obrigações decorrentes da Convenção, tais como a apresentação atempada das contribuições previstas a nível nacional e a finalização das políticas e medidas nacionais. Os representantes apelaram por uma implementação rápida, tendo um deles afirmado que os países devem ser proactivos, de modo a beneficiar dos mecanismos e processos estabelecidos pelo Acordo de Paris e que a AMCEN e outros parceiros devem facilitar a colaboração e a partilha de lições.

(c) Evoluções recentes e rumo a seguir para a Iniciativa Africana de Energias Renováveis e a Iniciativa Africana de Adaptação

A Iniciativa Africana de Energias Renováveis foi destacada como sendo de origem africana e liderada por África, orientada para o desenvolvimento sustentável e preocupada com a adaptação e a mitigação. A iniciativa tem como objectivo aumentar o acesso à energia, o que seria favorável ao desenvolvimento humano, ao desenvolvimento económico próspero e à criação de empregos. A Iniciativa está em vias de ser plenamente estabelecida. A primeira fase da implementação abrangeria o período de 2016 a 2020, enquanto a segunda fase iria funcionar de 2020 a 2030. Os representantes instaram a finalização rápida do projecto de quadro de governação para a Iniciativa, agradecendo ao Banco Africano de Desenvolvimento pelo seu apoio financeiro em prol das medidas para viabilizar a operacionalização da iniciativa.

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A Iniciativa Africana de Adaptação é liderada por africanos e destina-se a ampliar as actividades de adaptação no continente. Os principais pilares da Iniciativa baseiam-se em quatro áreas temáticas designadas a melhorar os serviços de informação climática, fortalecer os quadros institucionais e políticos relevantes, facilitar a implementação de acções concretas em matéria de adaptação e abordagens para enfrentar as perdas e danos no solo e, aumentar o investimento e os fluxos financeiros para atender às necessidades de adaptação de África e para enfrentar as perdas e danos. Para seguir avante, o trabalho técnico será finalizado, será levado em consideração um modelo de execução, os pilares da Iniciativa serão traduzidos em projectos financiáveis e desenvolver-se-á uma estratégia de mobilização de recursos e uma estratégia de divulgação de comunicação.

(d) Envolvimento de África na Segunda Sessão da Assembleia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente

A segunda sessão da Assembleia do Meio Ambiente serviria de plataforma para demonstrar o compromisso com a agenda ambiental e encontra-se em posição peculiar para promover o desenvolvimento sustentável, sendo que a AMCEN ajudaria a garantir que África desempenhe um papel coordenado e activo na segunda sessão da Assembleia do Meio Ambiente.

Os representantes recomendaram um resultado conciso e negociado para o segmento de alto nível da sessão que fornecesse orientação política clara sobre a implementação da agenda de 2030, que ressalta a importância de um tratamento integrado e equilibrado das três dimensões do desenvolvimento sustentável, o significado dos princípios de Rio, em particular o princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas, e a necessidade de meios de implementação adequados.

(e) Questões diversas relacionadas com a Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente:

Implementação da estratégia comum africana sobre o combate ao comércio ilegal de animais selvagens

Vários representantes sublinharam a importância de combater o comércio ilegal de animais selvagens através da colaboração e cooperação internacional, envolvendo autoridades nacionais, a União Africana, organizações das Nações Unidas e outras entidades. Os representantes afirmaram que, dada a natureza internacional do comércio ilegal de animais selvagens, deve-se envidar esforços especiais para envolver os países vizinhos e exigir que os países atinjam esforços de mitigação.

A estratégia comum africana de combate ao comércio ilegal de animais selvagens, que por seu turno já foi adoptada, visa prevenir, reduzir e, eventualmente, eliminar o comércio ilegal de animais selvagens, através de uma resposta coordenada por parte de todos os países. Nas próximas etapas, os Estados-membros iriam identificar pontos focais e apresentar os seus nomes ao grupo de especialistas a ser estabelecido no âmbito do

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mecanismo; Seriam distribuídos aos Estados-membros para efeitos de revisão, uma matriz de implementação e um plano de acção; e seriam organizados seminários regionais sobre a estratégia.

Implementação dos programas emblemáticos regionais

Os representantes exprimiram preocupações com o ritmo moroso da implementação dos programas emblemáticos regionais. Os representantes propuseram a reconsideração da arquitectura para a implementação dos programas emblemáticos, quer ao nível da coordenação, quer ao nível nacional, de forma a avaliar se os arranjos propostos na reunião de Arusha de 012 estão a funcionar conforme previstos.

A Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente e o Comité Técnico Especializado da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Água e Meio Ambiente Os representantes realçaram que na fase de implementação actual do Acordo sobre Alterações Climáticas de Paris, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, particularmente, a sua dimensão ambiental e outros compromissos internacionais importantes, a AMCEN continua a desempenhar um papel fulcral na promoção e protecção dos interesses de África e que a existência contínua da AMCEN não acarreta custos adicionais para a Comissão da União Africana.

2. Declaração, decisões e mensagens principais da 6ª Sessão Especial da AMCEN

Os ministros adoptaram a Declaração da 6ª Sessão Especial da AMCEN de 2016, seis decisões e mensagens principais.

A Declaração de Cairo da 6ª Sessão Especial da AMCEN de 2016

A declaração apelou pela gestão sustentável e optimizada do capital natural de África como porta de acesso que contribui para a implementação da Agenda de 2030, os objectivos de desenvolvimento sustentável e a Agenda 2063 da União Africana e seu primeiro plano de implementação decenal. Afirmou a centralidade da AMCEN nas deliberações de África para abordar a dimensão ambiental da Agenda 2063, da Agenda 2030, do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, da UNEA, dos principais grupos e da sociedade civil, bem como da sua eficácia na orientação dos países africanos. A declaração enfatizou igualmente que a conservação e protecção da flora e da fauna selvagens podem levar a um crescimento económico acelerado, aumentar a segurança e garantir o desenvolvimento sustentável, o que levará à consecução da Agenda 2030 e da Agenda 2063.

Decisões

Durante a reunião, foram adoptadas as seguintes seis (6) decisões sobre as principais questões ambientais:

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(a) Implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2063 da União Africana: Uma Contribuição para o Capital Natural

A decisão apela pelo reforço das capacidades nacionais para a implementação da dimensão ambiental da Agenda 2030 e da Agenda 2063, bem como a integração do capital natural nos sistemas de contabilidade do capital natural, como uma porta de acesso que contribua para a implementação da Agenda 2030, dos ODS e da Agenda 2063. A decisão insta as instituições regionais e internacionais a apoiarem o aproveitamento sustentável do capital natural e a reverter as perdas ambientais e a criação e fortalecimento de parcerias entre governos, sector privado, organizações não-governamentais, comunidade internacional e outras partes relevantes para promover e melhorar os investimentos em torno do valor acrescentado do capital natural. A decisão inclui mensagens-chave que destacam que o capital natural de África sustenta a economia do continente e representa uma importante oportunidade de desenvolvimento.

(b) Envolvimento de África na 2ª Sessão da Assembleia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente do PNUMA (UNEA-2) )

A decisão enfatiza a importância da implementação atempada e eficaz de todas as decisões e resoluções anteriores da UNEA, bem como decisões anteriores do Conselho de Administração e, em especial, o compromisso de atender às necessidades especiais de África e a necessidade de a UNEA-2 levar em consideração esta questão nas suas deliberações. A decisão mandata o Presidente da AMCEN e a Mesa, em colaboração com ADCs em Nairobi, bem como os representantes permanentes em Addis Abeba, no sentido de coordenar o trabalho do grupo africano, a fim de assegurar uma frente eficaz e coordenada durante as deliberações da UNEA-2.

(c) Questões relacionadas com a biodiversidade: Convenção sobre a Diversidade Biológica e a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Selvagens em perigo de Extinção

A decisão é repartida em quatro partes: 1ª Parte, sobre a abordagem coordenada de África na implementação da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), apela à divulgação das directrizes do quadro estratégico sobre o acesso e benefícios da partilha de recursos genéricos. A 2ª Parte apoia a solicitação do Egipto de acolher a COP14 da CDB. A 3ª Parte apela à necessidade de África apoiar a África do Sul e colaborar com a mesma no sentido de garantir o acolhimento eficaz e uma posição comum africana sobre questões-chave da COP17 da CITES, tendo em vista executar os resultados que são favoráveis para África. A 4ª Parte destaca a necessidade de África elaborar uma abordagem comum sobre a gestão e eliminação das reservas de marfim elefantino e de corno de rinoceronte, em harmonia com as disposições da CITES.

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(d) Acção para o combate à desertificação, estiagens, inundações e restauração de terras degradadas, tendo em vista alcançar um mundo livre de terras degradadas

A decisão insta o apoio ao programa em curso sobre a definição da meta de neutralidade da degradação de terras, cuja iniciativa já foi implementada pelo Secretariado da UNCCD no âmbito do alcance da neutralidade da degradação de terras. A decisão apela à integração da gestão sustentável de terras, desertificação, degradação de terras e estiagens nas políticas de desenvolvimento nacionais, estratégias e programas e apela à comunidade internacional e outros intervenientes a apoiarem a implementação de iniciativas regionais vocacionadas a combater à desertificação e a degradação de terras, tais como a Iniciativa da Grande Muralha Verde em África.

(e) Alterações Climáticas e os preparativos de África para a COP22 no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas

A decisão reconhece as oportunidades que o Acordo de Paris proporciona, no que respeita a transição para um desenvolvimento em África caracterizado de baixas emissões e resiliente ao clima, em harmonia com a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2063 de África, bem como incentiva os Estados-membros Africanos a assinarem e a rectificar o Acordo de Paris. A decisão enfatiza o compromisso de África para implementar o Acordo de Paris em consonância com os princípios e disposições da UNFCCC de garantir a paridade em termos de conteúdo e estatuto jurídico da mitigação, adaptação e meios de implementação. A decisão toma nota do trabalho necessário nos termos da UNFCCC, de forma a dar efeito ao Acordo de Paris e operacionalizar muitas das suas disposições. Esta decisão reafirmou a posição comum africana sobre as alterações climáticas e definiu as principais mensagens que destacam as áreas de preocupação e prioridades para o continente, a serem consideradas durante as negociações da COP 22.

(f) Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente e o Comité Técnico Especializado da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Água e Meio Ambiente da União Africana

A decisão realça o papel indispensável desempenhado pela AMCEN na enformação e formulação das posições comuns africanas sobre questões relacionadas com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável e, solicita a UA, na sua próxima sessão, a rever a sua decisão de abolir as conferências ministeriais, especialmente a AMCEN. A decisão mandata o Presidente da AMCEN a apresentar esta decisão à CUA para efeitos de análise pela próxima Cimeira, para que, atendendo à importância crescente da dimensão ambiental para o desenvolvimento sustentável em África e no mundo, a AMCEN continue a operar como um órgão independente.

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9 3. Encerramento da Sessão

Na sequência da troca de cortesias habituais, o Presidente da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente declarou por encerrado o segmento ministerial e a sexta sessão especial da Conferência, às 18h00 de Terça-feira, 19 de Abril de 2016.

Referências

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