com satisfação que chegamos até você para compartilhar os princípios da Palavra

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Data da gravação: Produtor: Itamir Neves Locutor: Itamir Neves

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Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com satisfação que chegamos até você para compartilhar os princípios da Palavra de Deus que temos aprendido através dos estudos que temos feito nessa carta de Judas. Como você que tem nos acompanhado continuamente sabe, o nosso projeto é desafiador. Planejamos estudar toda a Bíblia, com a finalidade de adequarmos cada vez mais as nossas vidas à vontade de Deus. Deus tem nos abençoado e daqui a três programas já estaremos estudando o livro profético de Malaquias, o último livro do Antigo Testamento. Depois dele só restará o estudo de Apocalipse. Você que nos acompanha sabe que inicialmente registramos em nossos encontros as correspondências que chegam de vocês compartilhando como tem sido a recepção programa e quais têm sido suas experiências com Deus através desse programa. Para nós é grande alegria podermos ter esse momento de comunhão. Registramos hoje o e-mail que o José Milton n os enviou

da cidade de Palmas, no estado de Tocantins. Foi essa a sua mensagem: 1228

“Querido Pastor Itamir. Graça e paz! Em primeiro lugar quero dizer que A Rádio Trans mundial está de parabéns pela programação, todos os programas são maravilhosos e programas como Através da Bíblia, e o Dia a Dia com Deus, são inesquecíveis. Enfim, Quero parabenizá-lo pelo maravilhoso e abençoado programa Através da Bíblia, pois tem abençoado o povo brasileiro com estudos edificantes e gratificantes. Eu louvo a Deus pela existência desse programa que tem me abençoado e contribuído para que eu aprenda e entenda melhor a Bíblia. Tenho orgulho em dizer que sou ouvinte da Trans mundial, e faço questão de dizer isso na Escola Bíblica Dominical que tenho aprendido com esse programa.

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E, quando estava estudando o livro de Amós, coincidiu com os estudos da Escola

Bíblica e isso foi muito gratificante, pois aprendi muito com o Através da Bíblia e compartilhei com os irmãos na classe da EBD. Assim, desejo que Deus lhe abençoe grandemente e que possamos desfrutar de seus ensinos por muitos e muitos anos. Deus lhe abençoe e lhe guarde! Um forte abraço a todos da RTM!” José Milton Oliveira Santos-Palmas – Tocantins – email. Querido irmão, que palavras gentis. Como é bom ouvirmos sobre o valor do programa. Louvamos a Deus que nos faz seus instrumentos. O nosso Deus é maravilhoso! Como quer abençoar todo o Corpo de Cristo, nos usa como seus instrumentos. Por isso oramos dando graças a Deus. E, é exatamente isso que quero fazer agora e, para esse momento eu o convido. Vamos orar: "Senhor Deus e Pai, obrigado pela tua

ação abençoadora sobre todo o teu povo. Obrigado porque tens abençoado e fortalecido a fé do teu filho José Milton. Obrigado porque tu nos usa como teus instrumentos para a edificação dos teus filhos e para a salvação daqueles que não conhecem Jesus. Conceda-nos Senhor que através do programa de hoje muitos possam ouvir a tua voz e serem encorajados em sua vida cristã. Senhor, oramos, em nome de Jesus, Amém!"

Querido amigo hoje temos como objetivo estudarmos mais dois versos dessa parte final da carta de Judas. Vamos estudar e refletir sobre Jd 20-21, onde Judas nos dá algumas recomendações para uma vida cristã genuína. Uma vida cristã genuína se notabilizará pela obediência à recomendação da mutualidade.

Estamos juntos e precisamos uns dos outros. Onde você se encaixa? As necessidades se apresentam todos os dias, afetam a todos e podem, ou não, ser

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supridas. Há necessidades gerais e há necessidades específicas. Há necessidades que se repetem e nos permitem corrigir omissões. Outras vezes não há uma segunda chance.

O significado da palavra mutualidade vem de mútuo, recíproco, exercício de reciprocidade. Descreve o dever que cada cristão tem para com o outro enquanto membro da família de Deus. A verdadeira mutualidade é fruto da relação com Jesus (Jo 15.1-11).

Todo gesto de mutualidade fundamenta-se no mandamento básico de amar uns

aos outros (Jo 15.12 e Lc 10.25-27).

Alguém já disse que a partir do momento em que confessamos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, isto é, no momento em que nos tornamos cristãos, nós nos tornamos ao mesmo tempo membros da igreja cristã, da família da fé, do corpo de Cristo, e, mesmo que não permitamos que nosso nome seja inserido no rol de membros de determinada igreja local, mesmo que recusemos a identificação com uma comunidade em particular, mesmo que estejamos ausentes das celebrações desta comunidade, nós fazemos parte da família de Deus, como Paulo afirmou aos efésios: Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes

estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo ... Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus ... (Ef 2. 13, 19). Ao nos tornarmos membros de uma igreja, ou

de uma comunidade local atingimos o ponto alto da nossa fé em Cristo. Jamais podemos ser cristãos e nos considerarmos desvinculados da igreja, assim como não podemos ser pessoas e não pertencer a uma família. Ser membro da igreja é

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um fato espiritual básico para todos aqueles que confessaram Jesus Cristo como Senhor. Não se trata de uma opção para cristãos que são mais gregários do que outros. Trata-se de uma parte essencial do processo da redenção. A questão, portanto, não é: farei parte da comunidade da fé? Mas sim: Como viverei na comunidade da fé?

A verdadeira vida em comunidade implica em mutualidade e a mutualidade implica em transparência e confiança (conf. Jo 15.15 e 1Jo 1.7). A vida comunitária deve basear-se na mutualidade e para que ela floresça é necessário o acolhimento de uns para com os outros.

Para acolhermos uns aos outros necessitamos primeiramente de disposição interior. A idéia é a de um hospital que recebe todo tipo de doentes com o propósito de proporcionar cura, proporcionar saúde.

Nesses versos, alvos da nossa atenção, nesse programa, Judas nos mostra que um dos segredos para não sermos enganados pelos falsos mestres é agirmos em solidariedade, em mutualidade uns para com os outros.

Por isso vamos estudar e refletir sobre esses versos dando-lhe o seguinte título:

Recomendações para uma vida cristã genuína Jd 20-21

Introdução

Querido amigo quando nos referimos aos relacionamentos que devem padronizar a vida da igreja é necessário entendermos que a igreja deve ter uma dinâmica própria da sua vida. Cada um dos membros da igreja faz parte dessa dinâmica e necessitamos perceber as nossas responsabilidades como membros dessa

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família, como cidadãos desse novo povo ou como membros desse corpo místico de Cristo.

Esta mesma dinâmica é descrita por Paulo. A figura usada pelo apóstolo Paulo para descrever a igreja é o corpo de Cristo. Esta figura estabelece um paralelo entre a comunhão histórica dos cristãos com a realidade do corpo humano, e salienta pelo menos três princípios que devem nortear a vida em comunidade (conf. 1Co 12.13-27).

1. A unidade do corpo de Cristo: Esta é uma realidade. Somos um em Cristo. Embora sejamos membros, todos pertencemos a um só corpo.

Já existe a unidade e o que necessitamos é preservá-la no vínculo da paz (conf. Ef 4.3-4). Quando enfrentamos os falsos mestres temos que considerar a bênção de não estarmos sozinhos. Estamos com irmãos em quem podemos nos apoiar. 2. A diversidade do corpo de Cristo: Esse é outro aspecto da dinâmica da vida no corpo. Embora sejamos um, somos também diferentes, temos dons diferentes, e temos características diferentes. A maneira de reagirmos aos ataques dos falsos mestres é diferente uns dos outros, porém todos devemos cuidar uns dos outros quando somos atacados. Uns terão mais força para resisti-los, outros são mais vulneráveis, mas exatamente aí temos que ter certeza de que podemos contar uns com os outros.

3. A mutualidade do corpo de Cristo: Por sermos um só corpo e sermos membros uns dos outros temos que saber que necessitamos uns dos outros. Na hora do aperto, na hora dos ataques dos falsos mestres é importante sabermos que temos esse recurso da mutualidade, quando podemos contar com os nossos irmãos.

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Um dos aspectos de nossa humanidade criada à imagem e semelhança de Deus é a vocação para os relacionamentos interpessoais. O mistério da Trindade indica que Deus é um só, mas em três pessoas: Deus é uma unidade perfeita de relacionamentos entre três pessoas que compartilham a mesma essência.

A igreja de Jesus funciona a partir de uma rede de relacionamentos interpessoais, bem exemplificado através da metáfora do corpo vivo (1Co 12.12-31), onde todos os membros se necessitam e devem estar em contato harmônico uns com os outros, para que não apenas eles mesmos sobrevivam, mas também, e principalmente, para que o corpo inteiro seja preservado.

Foi o apóstolo Paulo que mostrou a necessidade da mutualidade tendo em vista a maturidade do corpo e a defesa contra os que querem iludir a igreja de Cristo. Paulo disse: 13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno

conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,14 para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. (conf. Ef 4.13-14). É importante percebermos que a pratica da mutualidade nos

fará maduros e assim evitaremos as artimanhas desses homens que desejam nos induzir ao erro.

É importante também percebermos que o Novo Testamento ensina que a rede de relacionamentos entre cristãos implica em mutualidade. A expressão bíblica para tornar prática esta mutualidade é “uns aos outros”, aquilo que chamamos de “mandamentos recíprocos”, como, por exemplo, levar as cargas uns dos outros,

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aconselhar uns aos outros, confessar pecados uns aos outros, orar uns pelos outros. No Novo Testamento temos pelo menos quarenta mandamentos

recíprocos que devemos obedecer, mandamentos de relacionamentos “uns aos

outros”. Quando obedecemos e nos relacionamos dessa maneira estamos nos protegendo dos falsos mestres, estamos nos preservando da destruição. Estamos cuidando uns dos outros. Estamos evitando que nos tornemos como meninos agitados de um lado para o outros, procurando sempre novidades doutrinárias. Diante desses fatos temos que perceber que este é o princípio mais apropriado para estudarmos essas recomendações deixadas por Judas:

Em vista dos ataques sofridos, todo cristão deve desenvolver a mutualidade nos seus relacionamentos cristãos.

Nestes versos encontramos três aspectos da mutualidade que todos os cristãos devem desenvolver nos seus relacionamentos cristãos.

O primeiro aspecto refere-se à edificação mútua, v. 20

Leio o texto bíblico para você: Vós, porém, amados, edificando-se na vossa fé

santíssima ... (v.20)

1. Mas, qual é a base da edificação cristã?

A única base da edificação cristã é a Palavra de Deus – Mt 28.20; At 20.27

2. Quais são os objetivos da edificação cristã?

Os objetivos da edificação cristã são:

a – “aperfeiçoar os santos para a sua obra de ministério” – Ef 4.12 e b – “apresentar todo homem maduro em Cristo” – Cl 1.28

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Os cristãos devem crescer até a medida da estatura de Cristo – Ef 4.13-15

4. Como conquistar o objetivo da edificação cristã?

a – Individualmente, só chegaremos à maturidade praticando a Palavra – Tg 1.22 b – Coletivamente, todos os membros são responsáveis pela edificação – Ef 4.16

5. Qual é o conteúdo da edificação cristã?

O conteúdo da edificação cristã são palavras que “transmitam graça...” – Ef 4.29 O conteúdo da edificação cristã é a nossa fé santíssima, isto é, o corpo de doutrinas que são genuínas, puras, o bom deposito. É a sã doutrina!

Querido amigo, quando agirmos assim, quando em nossas comunidades houver real interesse em nos instruirmos mutuamente, certamente estaremos dando passos seguros para evitarmos os erros desses insubordinados.

O segundo aspecto refere-se à oração mútua, v. 20

Ainda diz assim o verso 20: Vós, porém, amados...orando no Espírito Santo... 1. Qual é a base da oração de mutualidade?

A base para a oração mútua é a intercessão. Devemos orar uns pelos outros, intercedendo junto a Deus em favor dos nossos irmãos.

2. Como devemos orar uns pelos outros?

Devemos orar no Espírito Santo, isto é, pedindo-lhe que nos dirija para sabermos orar como convém. Estando abertos para que ele mesmo nos dirija em oração. Essa oração mutua é a oração altruísta, que é motivada pelo amor ao Senhor e aos irmãos. Ele tem origem na nova natureza, pois só o novo nascido se preocupa efetivamente com o seu irmão, com o outro membro do corpo a que pertence. 3. Qual o exemplo a seguir em relação à intercessão?

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Temos Jesus Cristo como nosso intercessor diante do Pai, conf. Rm 8.34.

Mas, também temos o Espírito Santo como nosso intercessor, que, com gemidos inexprimíveis nos assiste em nossas fraquezas, porque não sabemos orar como convém (conf. Rm 8.26)

4. Por quais motivos devemos interceder e orar uns pelos outros?

Paulo deixou bem claro como podemos orar e porque devemos orar uns pelos outros. Ele disse: Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e

também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor, para que eu me veja livre dos rebeldes que vivem na Judéia, e que meu serviço em Jerusalém seja bem aceito pelos santos ... (Rm 15.30-31) Sim! Esse deve ser o conteúdo da nossa oração. Pedir a Deus que

os rebeldes, os insubmissos, os insubordinados não prejudiquem o trabalho que Deus quer que se faça em favor dos demais irmãos na fé.

5. Que resultado obtemos com essa prática? Quando uma comunidade cristã desenvolve a mutualidade na área de oração certamente todos os seus membros vão à luta com muita segurança, pois sabem que podem contar com a cobertura. A cobertura de oração dos irmãos certamente nos dará mais ousadia para enfrentarmos e combatermos os falsos mestres.

O terceiro aspecto refere-se à proteção mútua, v. 21

Diz assim o verso 21: ... guardai-vos no amor de Deus, esperando a

misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna. 1. Qual é a carência do homem moderno?

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Todo ser humano vive a procura de relações de um amor autêntico. Todo ser humano procura sentir-se seguro em sua jornada cotidiana. Ao emprestarmos nossa proteção aos irmãos estaremos demonstrando atenção e amor genuínos.

2. Qual padrão a igreja deve seguir, diante das necessidades de cada cristão?

É responsabilidade da igreja, como um reino de sacerdotes, praticar atos de amor e compaixão cristã tanto para crentes quanto para descrentes, pois Jesus assim procedeu. Porém para que os cristãos desfrutem dessa segurança espiritual temos que nos guardar no amor de Deus.

3. Qual é o sinal distintivo da igreja que protege seus fiéis?

O sinal pelo qual os verdadeiros cristãos seriam distinguidos dos que fazem afirmações vazias, seriam os atos de amor feitos em nome de Jesus, atos que comprovem nossa proteção mútua. Quando em conjunto desfrutamos da realidade do amor de Deus que foi derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo (conf. Rm 5.8) estaremos nos protegendo mutuamente.

4. Qual é o comportamento prático que Jesus espera dos seus seguidores?

Quando amamos, como Jesus nos amou estaremos nos protegendo mutuamente. Jesus nos amou a tal ponto de se entregar por nós. Será que protegemos nossos irmãos a ponto de darmos nossas vidas em favor deles?

Jesus, na parábola do bom samaritano, Lc.10.25-37, evidenciou que esperava que os cristãos se envolvessem na proteção aos que sofriam ataques dos ímpios desse mundo. Só protegendo-nos mutuamente, só protegendo e livrando os descrentes das garras dos falsos profetas estaremos, de fato, nos guardando no amor de Deus.

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5. Em que aspecto devemos em obedecer esse mandamento mútuo?

Quando mantemos nossa esperança firmada em Jesus Cristo, na sua volta, no seu juízo, mesmo que os falsos mestres o neguem, estaremos demonstrando que a nossa maior proteção está nele mesmo que é o nosso Senhor, e Salvador. Das suas poderosas e amorosas mãos e das mãos do Pai, ninguém pode nos tirar.

Conclusão

Querido amigo, ao concluirmos nossa reflexão sobre esse aspecto tão importante da vida comunitária: o desenvolvimento da mutualidade, peço a Deus que você seja um exemplo de vida, desenvolvendo a edificação mútua, a oração mútua e a proteção mútua. Que o Senhor te abençoe nesses propósitos. Um abraço. Até o próximo programa. 2700