B
O
L
E
T
I
M
Companhias aéreas se consolidam
no esporte e dividem segmento
O F E R E C I M E N T OQ U I N TA - F E I R A , 7 D E A B R I L D E 2 0 1 6
US$ 450 mi
é o quanto NBC e CBS pagam,
por ano, para transmitir os jogos
de quinta-feira à noite da NFL
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 4 7 7
POR ADALBERTO LEISTER FILHO E DUDA LOPES
A renovação entre Gol e Con-federação Brasileira de Voleibol, nesta semana, esteve longe de ser um passo isolado no esporte. Nos últimos anos, as companhias aéreas que atuam no Brasil têm se consolidado no segmento e até dividido as diversas modali-dades, com objetivos distintos.
Só neste ano, duas companhias internacionais com operação no país anunciaram investimento no esporte. A Emirates, que mantém poucos voos no país, apostou no tênis com o Rio Open e o Brasil Open. Já a colombiana Avianca, que tem crescido no Brasil, abra-çou o basquete, com o NBB.
“Nós precisávamos fazer uma estrutura mais volumosa no esporte. O basquete precisa de mais espaço entre as poltronas. Fomos nos encontrando com interesses em comum. Uma ade-rência de valores muito parecida. Foi muito fácil fazer o acordo com a liga”, explicou à Máquina do Esporte o vice-presidente de ma-rketing da Avianca, Tarcísio
Gar-gioni, após fechar com o NBB. A troca de valores entre marca, com exposição abundante, gera o interesse das companhias que
são novas no mercado nacional, e das que já estão no cotidiano do brasileiro. Essa foi a aposta da Avianca e da Gol, que também conta com a CBF, além da CBV.
Esse, no entanto, é um caminho diferente do que resolveu trilhar a TAM, antiga parceira da CBF.
“A TAM aposta no esporte como uma de suas principais pla-taformas de marketing e relacio-namento”, explicou a comunica-ção da empresa à reportagem.
Após sair da CBF, a marca inves-tiu em eventos, como os jogos da NBA no Brasil. Mas foi em junho de 2015 que a empresa retornou
com força ao esporte, quando anunciou o aporte aos Jogos Olímpicos: “O patrocínio vem para consolidar essa aproximação com diversas modalidades”.
Outra empresa que valorizou as possibilidades de relacionamento com o esporte foi a Copa Airli-nes, que fechou com o São Paulo em 2015. Após dar descontos a torcedores e oferecer aeronaves personalizadas, a companhia ne-gocia a renovação com o clube.
2
diretor de conteúdo da Máquina do Esporte
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
diretor da conteúdo da Máquina do Esporte
Considerado pelos rivais um time
de “modinha”, que só lota estádio em
jogos importantes, de preferência na
Libertadores, o São Paulo vestiu a
carapuça na noite de terça-feira.
Pelo menos em sua página oficial
no Facebook. “Cadê você aí no sofá?
A gente avisou que era noite de
Li-bertadores no Morumbi!”, postou o
clube, reclamando do baixo público
presente no estádio para
acompa-nhar o massacre por 6 a 0 sobre o
Trujillanos, da Venezuela.
Em campo, o time teve motivos
para comemorar. Edgardo Bauza
conquistou a maior goleada de sua
carreira de treinador. Calleri anotou
quatro gols, algo que nunca lhe
ha-via acontecido. Michel Bastos fez as
pazes com a torcida. E, pasmem, o
time conseguiu até mesmo
conver-ter gol em cobrança de pênalti.
Fora dele, a má campanha na
Li-bertadores, as constantes derrotas
em clássicos e os preços
inflaciona-dos inflaciona-dos ingressos ajudaram a deixar
as arquibancadas do Morumbi
se-mivazias. Algo que irritou até
mes-mo a diretoria, comes-mo ficou claro em
sua manifestação nas redes sociais.
Entre a torcida, as reações se
divi-diam. Uma minoria criticou o post.
“A torcida tem que apoiar e sempre
encher o estádio. Mas esse time
es-tava merecendo?”, questionou um.
Quem concordou, admitiu que o
são-paulino só apoia o time nos bons
momentos. Nada muito louvável.
É de se questionar se esse tipo
de bronca como a dada nas redes
sociais fará o time lotar o estádio
no próximo jogo da Libertadores,
contra o River Plate. Mesmo se for
efetivo, é um tiro no pé chamar seu
próprio torcedor de acomodado.
O São Paulo é mesmo
um time de modinha?
São Paulo dá “bronca” em torcida no
Facebook e divide a reação de fãs
POR REDAÇÃO O São Paulo convocou os torcedores para a
partida da última quarta-feira, no Morumbi, pelas redes sociais. O resultado, no entanto, não foi o mais satisfatório. Foram cerca de 18 mil pessoas no estádio, longe dos grandes públicos que o clube costuma ter na Libertadores. No Face-book, a comunicação são-paulina se manifestou sobre o assunto de forma provocativa.
Após o fim da partida, o clube deu uma “bron-ca” aos torcedores que não compareceram.
“Cadê você aí no sofá? A gente avisou que era noite de Libertadores no Morumbi!”, dizia.
A publicação teve alcance acima da média. Na tarde de quarta-feira, já tinham 28 mil interações e 1,7 mil compartilhamentos. Em comparação, a postagem com fotos de torcedores no estádio teve 5,7 mil curtidas e 46 compartilhamentos.
Nos comentários, os torcedores se dividiram. Alguns concordaram com a reclamação do
clu-be. Mas havia também uma parte considerável que enumerou a pouca atratividade da partida, entre ingresso caro e má
fase do time. Antes do jogo, o time tinha ape-nas dois pontos ganhos na Libertadores.
Em conversa com a Máquina do Esporte, o departamento de comu-nicação do clube disse que a ação, mais do que
cobrar o torcedor, tinha como objetivo lamentar a ausência de alguns no estádio para a partida.
Com a vitória, o São Paulo deverá ter o Mo-rumbi mais cheio na próxima partida. O time precisará de uma vitória contra o River Plate, atual campeão da Libertadores, para se manter com chances no torneio sul-americano.
4
A situação realmente não deve estar fácil para o Santos. O clube lançou na quarta-feira uma nota oficial para afirmar que o balanço de contas de 2015 “revela pers-pectivas positivas para os próxi-mos anos”. Detalhe: o relatório apresentou um déficit que che-gou a R$ 78 milhões no ano.
Em seu site oficial, o Santos ain-da não disponibilizou o balanço financeiro completo, mas o clube lançou um texto para explicar o alto prejuízo no último ano. E a justificativa pode ser resumida a um nome: Odílio Rodrigues.
Basicamente, o clube colocou o número negativo sob responsabi-lidade do presidente anterior.
Segundo o texto, os resultados são “extremamente satisfatórios se considerado o quadro de
dificuldades encontrado no início da gestão do presiden-te Modesto Roma Jr”.
A situação econômica do país também teria prejudica-do um melhor fôlego finan-ceiro para a equipe paulista.
Nesse aspecto, a desvalori-zação do real está envolvida diretamente. Somente com a queda da moeda frente ao Euro, as dívidas do Santos au-mentaram em R$ 20 milhões.
A conta envolve a polêmica contratação de Leandro Damião. Segundo o clube, com o jogador o prejuízo total foi de quase R$ 30 milhões em 2015. O clube ainda briga na Justiça para tentar não ter de pagar indenização a ele.
O Santos também listou as razões para se manter otimista
com a atual temporada e para o restante da gestão de Modesto. E nem nessa questão as alfine-tadas ficaram fora. Um dos itens apresentados foi o “aumento das receitas com a comercialização e a exploração de material espor-tivo de forma diferenciada a que vinha ocorrendo até 2015”.
Aumento de receitas com TV e sócios também foram citados, além da redução das despesas.
POR DUDA LOPES
Santos celebra déficit milionário
em balanço financeiro de 2015
A Olympikus fechou acordo com a dupla de vô-lei de praia Ágatha e Bárbara Seixas, ampliando o time de atletas do vôlei apoiados pela marca. A dupla, que tem chances de medalha no Rio-2016, vai se unir a outros expoentes do esporte, como o jogador Murilo e os técnicos das seleções de quadra Bernardinho e José Roberto Guimarães.
Com essa adição de uma dupla com boas possibilidades no Rio 2016, a Olympikus tenta ampliar o leque de nomes expressivos no país após ter perdido o contrato de Jaqueline Carva-lho, que recentemente fechou com a Adidas um acordo para ser o rosto global da companhia.
A gerente de marketing da marca, Ana Hochs-cheidt, disse que o patrocínio aos atletas além de projetar a fornecedora, mostra a necessidade de reforçar a relação da Olympikus com o vôlei.
“A Olympikus acredita no potencial dos atletas brasileiros e busca incentivar a prática esportiva, característica nata do brasileiro apaixonado por esporte”, disse a executiva. A marca também é fornecedora de material do time brasileiro.
“O apoio da Olympikus é mais que um incenti-vo a nós ou ao vôlei: estimula que outras empre-sas olhem com mais atenção para tantos atletas que enfrentam batalhas diárias”, afirmou Ágatha.
A NFL fechou acordo inédito com o Twitter, que transmitirá jogos da temporada regular do futebol americano. O negócio foi celebrado pela liga por fazer com que as dez partidas do “Thursday Night Football” que serão realiza-das no campeonato desta tem-porada tenham transmissão nas três plataformas possíveis: TVs aberta (NBC e CBS) e paga (NFL Network) e no meio digital.
O Twitter venceu a concorrência com o Facebook pelos direitos de transmissão digital do futebol americano. Segundo a NFL, os jogos serão transmitidos ao vivo, sem restrições, para todo o mun-do, num alcance total estimado de 800 milhões de pessoas.
Além da transmissão ao vivo, a aposta da NFL é no Periscope, que fará a cobertura dos bastido-res do evento, a partir de posts realizados por jogadores e times.
O acordo é o primeiro do gê-nero já fechado no esporte. Os
detalhes do ne-gócio não foram revelados. Pelas declarações de Roger Goodell, chefão da NFL, a tendência é de que o Twitter tenha direito a explorar publici-dade durante a transmissão. “Há uma
massiva participação do Twitter nas conversas relacionadas aos jogos da NFL e, ao alcançar essa audiência, em adição aos nossos espectadores das TVs aberta e fechada, conseguiremos garantir uma entrega nunca antes vista em número de plataformas. Esse acordo também permite um alcance adicional para as marcas que se unem a nossos parceiros de transmissão”, disse Goodell.
“As pessoas assistem aos jogos da NFL junto com o Twitter.
Ago-ra, poderão assistir aos jogos di-retamente do Twitter”, afirmou o CEO da rede social, Jack Dorsey.
No ano passado, o Yahoo! já havia pago US$ 17 milhões para transmitir um jogo da temporada regular da NFL. O escolhido foi o duelo entre Bufallo Bill e Jackson-ville Jaguars, realizado no estádio de Wembley, em Londres, no dia 25 de outubro. Os números im-pressionaram. O evento foi visto por pessoas de 185 países, que responderam por 33% de toda a audiência da transmissão.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
NFL fecha acordo inédito e terá
transmissão de jogos no Twitter
A Nintendo iniciou a venda, pelo site do Rio 2016, do mais novo jogo licenciado da Olimpíada. “Mario & Sonic at the Olympic Games” coloca em ação dois dos maiores rivais dos games das décadas de 80 e 90, Sonic e Mario, personagens da Sega e Nintendo respectivamente. O produto será lançado somente para o Nintendo 3DS no
momento, mas o Wii também o receberá. No novo jogo, que teve sua primeira edição feita para Pequim-2008, os dois personagens voltam a se enfrentar nas disputas olímpicas. As modalidades de maior destaque são futebol, vôlei de praia, 100m rasos e ginástica rítmica. No Wii, haverá o rúgbi. Já o golfe está no Nintendo 3DS.