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FEDERALISMO BRASILEIRO HISTÓRICO (1)

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Academic year: 2021

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(1)2014 Aula 3.

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(3) FEDERALISMO BRASILEIRO HISTÓRICO (1) PERÍODO COLONIAL:  Dificuldades. para Portugal ocupar e manter o controle político do território brasileiro;.  Necessidade. de algum grau de descentralização política e administrativa;.  Divisão. do território em Capitanias Hereditárias, administradas por nobres em nome da Coroa;. A. divisão em capitanias influenciou organização territorial brasileira.. a.

(4) FEDERALISMO BRASILEIRO HISTÓRICO (2) IMPÉRIO:  Esforços. de centralização político e administrativa X Dispersão da população e dificuldade em estabelecer controle político sobre o território;.  Pactos. entre o poder central e os poderes locais (os “coronéis”) para manter a ordem no interior do país;.  A Constituição. do Império reconhecia o papel político. das províncias;  As. províncias elegiam assembléias com autonomia para legislar sobre assuntos estritamente locais..

(5) FEDERALISMO BRASILEIRO HISTÓRICO (3) REPÚBLICA (até 1930):  Pressão. política das províncias mais desenvolvidas (SP, MG, RS) por mais influência política;.  Política. dos Governadores: acordos entre as elites regionais para dividir o poder local e nacional;. A. Constituição de 1891 competências aos estados;.  Os. concedia. diversas. estados podiam legislar sobre qualquer assunto que não fosse atribuição exclusiva da União, controlando inclusive o imposto sobre exportações..

(6) FEDERALISMO BRASILEIRO HISTÓRICO (4) REPÚBLICA (de 1930 até 1988): Revolução de 1930 derrubou o “federalismo oligárquico”;. A.  Redução. da autonomia dos estados com a nomeação de interventores por Getúlio Vargas;.  Constituições. de 1934, 1937, 1946 e 1988 ampliaram as atribuições da União;.  Concentração. de poder e recursos pelo governo federal e crescente sobreposição de funções, até 1988..

(7) FEDERALISMO BRASILEIRO HISTÓRICO (5) EVENTOS RECENTES:  Ao. final do regime autoritário, os governadores eleitos em 1982 e 1986 tiveram grande influência na Nova República;.  Efeitos. sobre a Assembléia Constituinte de 1988, levando à descentralização de recursos tributários;.  Até. 1994, grande influência dos governadores levando ao agravamento da crise fiscal do Estado brasileiro..

(8) FEDERALISMO BRASILEIRO CARACTERÍSTICAS (1) . Indissolubilidade do vínculo: a forma federativa deve ser um núcleo permanente (cláusula pétrea);. . Divisão constitucional de competência entre as unidades federadas;. . Participação das unidades parciais na formulação da vontade geral;. . Capacidade de auto-organização administração dos Estado-Membros.. e. auto-.

(9) FEDERALISMO BRASILEIRO CARACTERÍSTICAS (2) . A Constituição estabelece que o Brasil é uma República Federativa, composta: pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios;. . Observação: o Brasil é um dos únicos estados federais que consideram os municípios como unidades da federação;. . Todos os entes federados possuem competências próprias e autonomia administrativa, legislativa e tributária..

(10) FEDERALISMO BRASILEIRO Repartição de Receitas (1) . A Constituição estabelece os impostos e taxas exclusivas de cada ente da federação;. . O ICMS, maior imposto da federação (25% da arrecadação), é de arrecadação exclusiva dos estados;. . Impostos relacionados ao nível de atividade econômica: ◦ ICMS e IPVA (estados); ◦ ISS e IPTU (municípios).

(11) FEDERALISMO BRASILEIRO Repartição de Receitas (2) . A Constituição estabelece a repartição das receitas tributárias da União com estados e municípios;. . Fundos de participação dos estados e municípios: FPE e FPM, incidindo sobre o IR e o IPI;. . Fundos Constitucionais de Financiamento, para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste;. . A distribuição dos fundos é, em parte, proporcional à população e inversamente proporcional à renda, visando reduzir desequilíbrios regionais..

(12) FEDERALISMO BRASILEIRO Repartição de Receitas (3) . No plano vertical: o sistema de transferências fiscais permite que a maior parte dos ganhos relativos fossem apropriados pelos municípios;. . No plano horizontal: o sistema redistribui receita dos Estados mais desenvolvidos para os menos desenvolvidos, mas leva a novas desigualdades;. . As desigualdades limitam a possibilidade de se distribuir competências exclusivas entre os níveis de governo para as ações sociais..

(13) FEDERALISMO BRASILEIRO Repartição de Receitas (4) Resumindo: . A Constituição favoreceu distribuição de competências;. a. União. na. . No entanto, a Constituição favoreceu os estados e municípios sob as óticas fiscal e tributária;. . Esse favorecimento foi ainda mais significativo para as unidades federativas mais desenvolvidas.. Mas... A União recuperou seus recursos, via aumentos de IOF e Contribuições!.

(14) FEDERALISMO BRASILEIRO Bases Políticas (1) . Presidencialismo forte, com Legislativo bicameral fragmentado entre vários partidos políticos e Judiciário independente;. . Sistema federativo que reproduz a separação de poderes nas esferas estadual e municipal, com autonomia política;. . Para governar, o Executivo realiza alianças partidárias amplas (Presidencialismo de Coalizão), dificultando a atuação dos partidos em nível nacional para articular projetos políticos..

(15) FEDERALISMO BRASILEIRO Bases Políticas (2) . Representação desigual da população na Câmara dos deputados, por causa dos limites mínimos e máximos por Estado;. . Influência dos governadores na política nacional, sobretudo a partir do seu controle sobre os Deputados Federais;. . Fragmentação do sistema partidário, causando total dependência dos governos para que haja coordenação de atividades e políticas..

(16) Questão de Prova (Esaf) A experiência democrática brasileira desde a promulgação da Constituição de 1988 tem sido analisada, no que se refere à representação política, à dinâmica parlamentar e à governabilidade como tendente à instabilidade. Com acento em aspectos diferentes, o foco tem sido colocado na natureza do Presidencialismo e na relação entre o Presidente e o Legislativo. As afirmações a seguir referem-se a essas questões: 1O Presidencialismo brasileiro tem características plebiscitárias, o que gera uma tendência a formar ministérios numerosos e heterogêneos..

(17) Questão de Prova (Esaf) 2- A relação entre Presidente e Legislativo faz com que se diga que há um Presidencialismo de coalizão. Isso internaliza divergências, que o presidente é obrigado a arbitrar, entre partidos, interesses regionais transpartidários, afetando relações entre bancadas e governos estaduais. 3- A amplitude das coalizões de governo tem outras causas, além da falta de maioria parlamentar. Entre eles o federalismo, o bicameralismo e o pluripartidarismo amplo. 4- No presidencialismo de coalizão, o presidente assume a condição de árbitro tanto das divergências internas à aliança como das forças políticas regionais nela representadas..

(18) Questão de Prova (Esaf) 5- Apesar das características plebiscitárias de sua eleição e da condição de árbitro em relação às forças que compõem sua base parlamentar, o presidente, ao exercer o cargo sob constante risco de desintegração dessa base, tem seu poder e sua autoridade fragilizados. Em relação a essas afirmações pode-se dizer que: a) estão todas incorretas. b) apenas a nº 1 está correta. c) apenas a nº 2 está correta. d) apenas a nº 3 está correta. e) estão todas corretas. E.

(19) Coordenação Federativa (1) Segundo Fernando Abrucio, três fatores têm contribuído para o aumento da importância e da complexidade do problema da coordenação inter-governamental em todo o mundo: • “Há necessidade de bem-estar social convivendo com maior escassez relativa de recursos. Isso exige melhor desempenho governamental, com fortes pressões por economia (cortar gastos e custos), eficiência (fazer mais com menos) e efetividade (ter impacto sobre as causas dos problemas sociais) – três tópicos que dependem, em países federativos, de maior coordenação entre as esferas político-administrativas na gestão das políticas públicas.”.

(20) Coordenação Federativa (2) • “Houve um aumento das demandas por maior autonomia de governos locais e/ou grupos étnicos, levando à luta contra a uniformização e a excessiva centralização, o que acontece ao mesmo tempo em que governos e coalizões nacionais tentam evitar problemas causados pela fragmentação, como a elevação da desigualdade social, o descontrole das contas públicas de entes subnacionais – como ocorreu na Argentina e no Brasil –, a guerra fiscal entre os níveis de governo e, no piores casos, o surgimento de focos de secessão, como na Rússia.”.

(21) Coordenação Federativa (3) • “Se, por um lado, é cada vez maior a interconexão dos governos locais com outras estruturas de poder que não os governos centrais, tais como os relacionamentos com forças transnacionais – como empresas e organismos internacionais – e as parcerias com a sociedade civil, por outro lado, há simultaneamente uma necessidade de reforço das instâncias nacionais para organizar melhor a inserção internacional do país e reduzir os aspectos negativos da globalização, inclusive para as comunidades locais e seus hábitos socioculturais.”.

(22) Coordenação Federativa Questões do Brasil Segundo Abrucio, a questão é especial no Brasil, devido a: • “Explicitação dos Municípios como partícipes da Federação, formando três níveis de governo.” • “Vasta extensão territorial, que torna a descentralização uma necessidade imperiosa para assegurar a prestação de serviços em todo o país.” • “Desigualdades regionais, que tornam diferentes as necessidades da população ao longo do território, enquanto governos locais também dispõem de diferentes condições para atender às demandas.”.

(23) Questão de Prova - Esaf A Constituição de 1988 caracteriza-se por uma orientação geral no sentido da descentralização das políticas sociais, tais como educação, saúde, habitação e saneamento. Os enunciados a seguir referem-se às razões para isso: 1. os governos locais estão mais próximos da população e isso facilita o planejamento, a implementação e o controle social em relação a essas políticas. 2. devido à heterogeneidade do País, as políticas sociais devem ser diferenciadas e não uniformes e centralizadas..

(24) Questão de Prova - Esaf 3. a descentralização obriga os governos subnacionais a dedicarem maior atenção às políticas sociais. 4. a descentralização reduz os custos com uma estrutura administrativa central sem flexibilidade e distante da população a que se destinam as políticas. Desses enunciados: a) todos são falsos. b) todos são verdadeiros. c) apenas o 1 é verdadeiro. d) apenas o 2 é verdadeiro. e) apenas o 4 é verdadeiro. B.

(25) Questão de Prova - Esaf Uma das questões mais complexas na organização dos estados nacionais é a definição de um modelo adequado a cada país, considerando os vários matizes existentes entre unitarismo e federalismo. No Brasil, o modelo variou entre esses dois pólos desde a Independência. Os seguintes enunciados referem-se a essa questão: 1. durante o regime militar, principalmente a partir da Constituição de 1967, ocorreu um processo de centralização do poder e dos recursos..

(26) Questão de Prova - Esaf 2. a crise econômica dos anos 1970/80 e os anseios de redemocratização contribuíram para que a Constituição de 1988 e a legislação posterior revertessem a situação no sentido da descentralização. 3. o chamado “pacto federativo” brasileiro, por não ter sido fruto de um projeto abrangente, e sim da composição de forças no Parlamento, se caracteriza pela existência de distorções e conflitos que deram origem à necessidade de uma reforma tributária e política..

(27) Questão de Prova - Esaf 4. uma especificidade da federação brasileira atual é a importância dos municípios como unidades federativas, ao lado dos estados. Desses enunciados: a) todos são falsos. b) todos são verdadeiros. c) apenas o 1 é verdadeiro. d) apenas o 2 é verdadeiro. e) apenas o 4 é falso. B.

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(29) Accountability . A noção de accountability é bidimensional, abrangendo capacidade de resposta e capacidade de punição (answerability e enforcement):. . A capacidade de resposta dos governos (answerability), ou seja, a obrigação dos oficiais públicos informarem e explicarem seus atos;. . A capacidade (enforcement) das agências de accountability (accounting agencies) de impor sanções e perda de poder para aqueles que violaram os deveres públicos.. (Andréas Schedler).

(30) Accountability VERTICAL: . Pressupõe uma ação entre desiguais, seja sob a forma do mecanismo do voto (controle de baixo para cima) ou sob a forma do controle burocrático (de cima para baixo).. HORIZONTAL: . Pressupõe uma relação entre iguais, através do mecanismo de checks and balances, da mútua vigilância entre os três poderes, autônomos, do estado.. (O’Donnell).

(31) Accountability SOCIETAL: . “Uma concepção alternativa de accountability é fornecida a partir de outros recortes e configura o âmbito da accountability societal. Tais perspectivas partem de uma matriz teórica que privilegia a dicotomia estado e sociedade civil, partilhando da idéia de que o controle da sociedade sobre a ação governamental constitui uma especificidade e merece uma distinção à parte das perspectivas de accountability vertical ou horizontal, abrindo vertentes para a discussão da accountability societal.” (Carla Bronzo Ladeira Carneiro).

(32) Accountability SOCIETAL: . Mecanismo de controle não eleitoral, que emprega ferramentas institucionais e não institucionais (ações legais, participação em instâncias de monitoramento, denúncias);. . Baseia-se na ação de associações de cidadãos, movimentos sociais e imprensa, objetivando expor falhas do governo, incluir novas questões na agenda pública e influenciar decisões políticas a serem implementadas pelos órgãos públicos. (Peruzzotti e Smulovitz ).

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(34) Evolução Recente - 1 . • •. •. A Constituição de 1988 abriu o caminho para um conjunto grande de mudanças na administração pública brasileira, por três grandes linhas: Profissionalização da burocracia, a universalização dos concursos públicos Definição de mecanismos de controle e publicização Descentralização das políticas públicas ABRUCIO.

(35) Evolução Recente - 2 . A reforma Bresser estava ancorada numa proposta de reforma ampla da administração pública, com flexibilização das normas relativas aos Recursos Humanos e a criação de um novo design organizacional, por meio das Agências Executivas e das Organizações Sociais. Mas também atuou noutra frente: reorganizou a burocracia federal, em sua estrutura e, especialmente, as suas carreiras típicas de Estado.. ABRUCIO.

(36) Evolução Recente - 3 . A proposta ampla de Bresser não foi plenamente bem-sucedida. O próprio governo deu apoio pontual aos temas que interessavam à agenda da estabilização econômica. Entretanto, a reforma foi essencial para reconstruir a máquina pública federal, fragilizada desde os estertores do regime militar, aumentando a capacidade de gestão da União – o que foi essencial para o sucesso de várias políticas públicas que vierem em seguida.. ABRUCIO.

(37) Evolução Recente - 4 . O ponto central do sucesso bresseriano esteve na capacidade de espalhar suas ideias, nos âmbitos federal e estadual. A visão centrada no desempenho gerou uma prática orientada mais por metas, indicadores, monitoramento e avaliação das políticas públicas.. ABRUCIO.

(38) Evolução Recente - 5 . Mesmo tendo havido continuidades e avanços, o que pode caracterizar singularmente o Governo Lula é a falta de uma agenda prioritária e centralizada para a questão da gestão pública, resultando na adoção de novos modelos de gestão de forma dispersa e fragmentada nas políticas públicas.. ABRUCIO.

(39) Evolução Recente - 6 . O grande sucesso do Governo Lula no que tange à administração pública foi utilizar novas técnicas administrativas diretamente nas políticas públicas, mesmo sem uma diretriz geral. Algumas áreas melhoraram seu desempenho – notadamente o MDS, o MEC e algumas ações controladas pela Casa Civil –, enquanto outras mantiveram uma prática arcaica quanto à profissionalização e à agenda da gestão por resultados.. ABRUCIO.

(40) Governança Federativa - 1 . Com a CF88, as políticas públicas foram descentralizadas sem haver a preocupação de melhorar a articulação intergovernamental, nem considerando a heterogeneidade da Federação brasileira, gerando três resultados negativos:. . a) a adoção de um modelo compartimentalizado de relações intergovernamentais, nas quais cada nível de governo atuava mais de forma autárquica do que compartilhada. ABRUCIO.

(41) Governança Federativa - 2 b) o aumento da competição entre os governos subnacionais, em processos como a guerra fiscal ou o “jogo de empurra” das políticas públicas.  c) a perda de uma visão mais sistêmica das políticas públicas, num país bastante desigual e que, por conta desta natureza, precisa de padrões básicos e de ações contra a assimetria dos entes federativos. . ABRUCIO.

(42) Governança Federativa - 3  •. Mudanças após a estabilização (meados dos anos 1990): O Governo Federal recuperou poder e centralidade no jogo federativo, especialmente por meio da recentralização tributária e da redução de instrumentos financeiros predatórios usados pelos estados.. ABRUCIO.

(43) Governança Federativa - 4  •. Mudanças após a estabilização (meados dos anos 1990): Coordenação federativa: criação de padrões nacionais (baseados em metas, avaliação e premiações / punições), com redistribuição de recursos segundo critérios de desempenho; e indução para que os governos subnacionais assumissem certos programas. ABRUCIO.

(44) Governança Federativa - 5  •. • •. Desafios atuais: Conciliar a descentralização das políticas públicas com a garantia dos direitos sociais. Equilibrar a autonomia dos entes federados com sua interdependência. Qualificação da burocracia estatal e suas relações com a política. ABRUCIO.

(45) Controle Público - 1 . A Constituição ampliou as possibilidades de controle institucional do Poder público, gerando instrumentos para fortalecer a accountability vertical e horizontal. A efetivação destes mecanismos, no entanto, não foi automática. Nas duas últimas décadas se consolidou e aperfeiçoou a responsabilização democrática, num caminho com percalços e aprendizados. ABRUCIO.

(46) Controle Público - 2 . A accountability vertical avançou no campo do controle social. A Constituição e a legislação infraconstitucional levaram à criação de Conselhos de Políticas Públicas pelo Brasil. Vários programas e políticas implantados nos governos FHC e Lula atrelaram o recebimento de recursos à montagem de mecanismos de participação e fiscalização locais. ABRUCIO.

(47) Controle Público - 3 . A participação social no plano federal é mais limitada do que no plano local, em razão da própria proximidade dos cidadãos e das políticas afetadas. Além disso, o controle social muitas vezes é dificultado por falhas no campo da gestão, uma vez que a falta de informação e de instrumentos de acompanhamento de resultados criam obstáculos para que cidadãos possam efetivamente fiscalizar o Poder público.. ABRUCIO.

(48) Controle Público - 4 . Também houve fortalecimento dos mecanismos de accountability horizontal, especialmente pelo fortalecimento de instituições de controle: • Ministério Público • TCU • CGU. ABRUCIO.

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(50) EUA: Reinventando o Governo . A obra de David Osborne e Ted Gaebler, Reinventando o governo (1994), é um marco na discussão da administração pública americana.. . “Nosso problema fundamental é o fato de termos o tipo. inadequado de governo. Não necessitamos de mais ou menos governo: precisamos de melhor governo. Para sermos mais precisos, precisamos de uma melhor. atividade governamental.” . (OSBORNE & GAEBLER).

(51) Reinventando o Governo . Governo catalisador, a partir da redefinição do papel do governo, de provedor direto para promotor;. . Governo competitivo, que destaca as vantagens da competição;. . Governo da comunidade, que transfere responsabilidades da burocracia para o cidadão;. . Governo orientado por missões e resultados, que muda o enfoque em regras e procedimentos para missões e resultados;. . Governo voltado para clientes, que destaca o papel preponderante do governo de servir aos cidadãos com qualidade e enfatizando o controle social..

(52) Reinventando o Governo 10 Princípios 1.. Competição entre os prestadores de serviço;. 2.. Poder aos cidadãos, transferindo o controle das atividades à comunidade;. 3.. Medir a atuação das agências governamentais através dos resultados;. 4.. Orientar-se por objetivos, e não por regras e regulamentos;. 5.. Redefinir os usuários como clientes.

(53) Reinventando o Governo 10 Princípios 6.. Atuar na prevenção dos problemas mais do que no tratamento;. 7.. Priorizar o investimento na produção de recursos, e não em seu gasto;. 8.. Descentralização da autoridade;. 9.. Preferir os mecanismos de mercado às soluções burocráticas;. 10.. Catalisar a ação do setores público, privado e voluntário..

(54) Qualidade . Deming: "A qualidade deve ter como objetivo as necessidades do usuário.“. . Juran: "Adequação à finalidade ou ao uso.“. . Crosby: "Conformidade com as exigências.“. . Feigenbaum: "Total das características de um produto ou serviço, referentes a marketing, engenharia, manufatura e manutenção, pelas quais o produto ou serviço, quando em uso, atenderá às expectativas do cliente.".

(55) Qualidade Conceito: Conjunto de propriedades e características de um produto, processo ou serviço, que lhe fornecem a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas ou implícitas dos clientes..

(56) Questão de Prova - Cespe As atividades de garantia e busca da qualidade devem ser consideradas atividade-fim da organização pública, sendo a obtenção de certificações e premiações um grande objetivo organizacional a ser perseguido.. E.

(57) Qualidade Total: Evolução Era da inspeção, em que se atentava para o produto acabado. Assim, não se produzia qualidade - apenas encontrava-se os produtos defeituosos, na razão direta. da intensidade da inspeção. Era do controle estatístico, que surgiu com o aparecimento da produção em massa. Consistia na introdução de técnicas de amostragem e outros procedimentos estatísticos, com o surgimento do setor. de controle da qualidade..

(58) Qualidade Total: Evolução A partir da década de 50, surgiu a preocupação com a GESTÃO DA QUALIDADE, que trouxe uma nova filosofia gerencial com base no desenvolvimento e na. aplicação de conceitos, métodos e técnicas adequados a uma nova realidade. A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL, como ficou conhecida essa nova filosofia gerencial, marcou o deslocamento da análise do produto ou serviço para a. concepção de um sistema da qualidade..

(59) Princípios de Deming 1.. Estabelecer uma constância de propósitos para a melhoria dos produtos e dos serviços. 2.. Adotar a nova filosofia e liderar sua adoção. 3.. Por fim à dependência da inspeção para assegurar a qualidade. 4.. Minimizar os custos com a seleção de um fornecedor preferencial. 5.. Melhorar constantemente e continuamente cada processo. 6.. Instituir o treinamento na tarefa.

(60) Princípios de Deming 7.. Instituir e desenvolver lideranças. 8.. Banir os receios. 9.. Derrubar as barreiras entre as áreas funcionais:. 10.. Eliminar slogans e exortações com alvos para a força de trabalho. 11.. Eliminar cotas numéricas para a força de trabalho e objetivos numéricos para o gerenciamento. 12.. Remover as barreiras que roubam das pessoas a satisfação no trabalho.

(61) Princípios de Deming 13.. Instituir um vigoroso programa de desenvolvimento para todos. 14.. Comprometer todos com o processo de transformação.

(62) Questão de Prova - Cespe O diretor de organização pública deve buscar fomentar a participação de todos os integrantes da repartição, por intermédio de uma campanha que tem como slogan “A qualidade está em você, servidor público”.. E.

(63) Questão de Prova - Cespe Considerando pressupostos clássicos da qualidade, como aqueles preconizados por Deming, a organização deve criar, entre as unidades organizacional, nítidas separações de espaços e níveis de acesso às comunicações.. E.

(64) Questão de Prova - Cespe Uma unidade organizacional que fixe quotas claras e mensuráveis para avaliar o desenvolvimento do seu pessoal de atendimento ao público vai ao encontro do que pressupõem os princípios de qualidade propostos por Deming.. E.

(65) Melhoria Contínua . Na qualidade, busca-se criar um ambiente de inovação constante, a partir da identificação de melhorias incrementais em todas as etapas do processo produtivo.. . Essa ideia corresponde ao Kaizen, que corresponde justamente a "melhoria contínua".. . O Kaizen deve ser compreendido sob duas perspectivas: (a) como a política de aprimoramento contínuo, que deverá nortear o desenvolvimento dos trabalhos na organização; e (b) como a cultura organizacional que entende a qualidade como um valor essencial e sob a responsabilidade de todos..

(66) Ciclo PDCA • Agir para aprimorar. • Checar os resultados. • Planejar. A. P. C. D • Desenvolver as ações.

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(68) Governo: O GESPÚBLICA . Em 2005, instituiu-se o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – GESPÚBLICA, a partir da fusão dos programas governamentais: ◦ Modelo de Excelência em Gestão Pública – MEGP, com o objetivo de nortear a elevação do nível de gestão e de competitividade das organizações públicas;. ◦ Prêmio Nacional de Gestão Pública, com o propósito de proporcionar visibilidade às entidades com maior destaque em relação ao modelo de gestão proposto..

(69) GesPública: Finalidade . O GESPÚBLICA foi estabelecido pelo Decreto nº 5.378, de 23 de fevereiro de 2005.. . Art. 1º. Fica instituído o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – GESPÚBLICA, com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos e para o aumento da competitividade do País..

(70) GesPública: Objetivos . Eliminar o déficit institucional, visando ao integral atendimento das competências constitucionais do Poder Executivo Federal;. . Promover a governança, aumentando a capacidade de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas;. . Promover a eficiência, por meio de melhor aproveitamento dos recursos, relativamente aos resultados da ação pública;. . Assegurar a eficácia e efetividade da ação governamental, promovendo a adequação entre meios, ações, impactos e resultados;. . Promover a gestão democrática, participativa, transparente e ética..

(71) Modelo de Excelência em Gestão Pública: Fatores •. Liderança. •. Estratégias e Planos. •. Cidadãos. •. Sociedade. •. Informações e Conhecimento. •. Pessoas. •. Processos. •. Resultados.

(72) GESPÚBLICA - MEGP PLANEJAMENTO. EXECUÇÃO CONTROLE. “INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL”.

(73) Modelo de Excelência em Gestão Pública . O Modelo de Excelência em Gestão Pública foi concebido a partir da premissa de que a administração pública tem que ser excelente sem deixar de considerar as particularidades inerentes à sua natureza pública:. . a) Enquanto as organizações do mercado são conduzidas pela autonomia da vontade privada, as organizações públicas são regidas pela supremacia do interesse público e pela obrigação da continuidade da prestação do serviço público..

(74) Questão de Prova O modelo de excelência em gestão pública considera que a liderança é o elemento promotor da gestão, sendo responsável pela orientação, estímulo e comprometimento para o alcance e melhoria dos resultados organizacionais.. C.

(75) Modelo de Excelência em Gestão Pública . b) O controle social é requisito essencial para a administração pública contemporânea em regimes democráticos, o que implica em garantia de transparência de suas ações e atos e na institucionalização de canais de participação social, enquanto as organizações privadas estão fortemente orientadas para a preservação e proteção dos interesses corporativos..

(76) Modelo de Excelência em Gestão Pública . c) A administração pública não pode fazer acepção de pessoas, deve tratar a todos igualmente e com qualidade. O tratamento diferenciado restringe-se apenas aos casos previstos em lei. Por outro lado, as organizações privadas utilizam estratégias de segmentação de “mercado”, estabelecendo diferenciais de tratamento para clientes preferenciais..

(77) Questão de Prova Na busca de resultados e de qualidade na prestação dos serviços, à administração pública cabe, em regra, fazer acepção de pessoas. O tratamento diferenciado se justifica em função das metas previstas pelo governo.. E.

(78) Modelo de Excelência em Gestão Pública . d) As organizações privadas buscam o lucro financeiro e formas de garantir a sustentabilidade do negócio. A administração pública busca gerar valor para a sociedade e formas de garantir o desenvolvimento sustentável, sem perder de vista a obrigação de utilizar os recursos de forma eficiente..

(79) Modelo de Excelência em Gestão Pública . e) A atividade pública é financiada com recursos públicos, oriundos de contribuições compulsórias de cidadãos e empresas, os quais devem ser direcionados para a prestação de serviços públicos e a produção do bem comum. A atividade privada é financiada com recursos de particulares que têm legítimos interesses capitalistas..

(80) Modelo de Excelência em Gestão Pública . f) A administração pública tem como destinatários de suas ações os cidadãos, sujeitos de direitos, e a sociedade, demandante da produção do bem comum e do desenvolvimento sustentável. A iniciativa privada tem como destinatários de suas ações os “clientes” atuais e os potenciais..

(81) Modelo de Excelência em Gestão Pública . g) O conceito de partes interessadas no âmbito da administração pública é ampliado em relação ao utilizado pela iniciativa privada, pois as decisões públicas devem considerar não apenas os interesses dos grupos mais diretamente afetados, mas, também, o valor final agregado para a sociedade..

(82) Modelo de Excelência em Gestão Pública . h) A administração pública tem o poder de regular e gerar obrigações e deveres para a sociedade, assim, as suas decisões e ações normalmente geram efeitos em larga escala para a sociedade e em áreas sensíveis. O Estado é a única organização que, de forma legítima, detém este poder de constituir unilateralmente obrigações em relação a terceiros..

(83) Modelo de Excelência em Gestão Pública . i) A administração pública só pode fazer o que a lei permite, enquanto a iniciativa privada pode fazer tudo que não estiver proibido por lei. A legalidade fixa os parâmetros de controle da administração e do administrador, para evitar desvios de conduta..

(84) GESPÚBLICA - MEGP . O Modelo de Excelência em Gestão Pública tem... ... como base: os princípios constitucionais da administração pública ... como pilares: os fundamentos da excelência gerencial.

(85) Excelência Gerencial FUNDAMENTOS: . Visão de Futuro: Indica o rumo de uma organização e a constância de propósitos que a mantém nessa direção.. . Liderança e Constância de Propósitos: a liderança é o elemento promotor da gestão, responsável pela orientação , estímulo e comprometimento para a melhoria dos resultados. Deve atuar de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora..

(86) Excelência Gerencial FUNDAMENTOS: . Pensamento Sistêmico: entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo, com foco na sociedade.. . Aprendizado Organizacional: busca contínua e alcance de novos patamares de conhecimento, individuais e coletivos, por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de informações e experiências..

(87) Excelência Gerencial FUNDAMENTOS: . Orientação por Processos e Informações: compreensão dos processos da organização que agreguem valor às partes interessadas, sendo que a tomada de decisões e a execução de ações devem ter como base a medição e análise do desempenho, com base em informações.. . Cultura da Inovação: Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias..

(88) Excelência Gerencial FUNDAMENTOS: . Geração de Valor: alcance de resultados consistentes, assegurando o aumento de valor tangível e intangível de forma sustentada para todas as partes interessadas.. . Comprometimento com as Pessoas: melhoria da qualidade nas relações de trabalho, para que as pessoas se realizem tanto profissionalmente quanto na vida pessoal, maximizando seu desempenho por meio de oportunidades para o desenvolvimento e a prática do reconhecimento..

(89) Excelência Gerencial FUNDAMENTOS: . Foco no Cidadão e na Sociedade: ações públicas para atender regular e continuamente as necessidades dos cidadãos e da sociedade, na condição de sujeitos de direitos e como beneficiários dos serviços públicos e destinatários da ação decorrente do poder de Estado exercido pelas organizações públicas..

(90) Excelência Gerencial FUNDAMENTOS: . Desenvolvimento de Parcerias: realizar atividades conjuntamente com outras organizações com objetivos específicos comuns, buscando o pleno uso das suas competências complementares para o desenvolvimento de sinergias.. . Responsabilidade Social: assegurar às pessoas o exercício da cidadania, com acesso a bens e serviços essenciais, adotando o princípio gerencial do desenvolvimento sustentável..

(91) Excelência Gerencial FUNDAMENTOS: . Controle Social: atuação que se define pela participação das partes interessadas no planejamento, acompanhamento e avaliação das atividades da administração pública.. . Gestão Participativa: atitude gerencial da alta administração que busca o máximo de cooperação das pessoas, reconhecendo a capacidade e o potencial de cada um e harmonizando os interesses individuais e coletivos..

(92) Melhoria Contínua da Gestão Pública . No contexto do GesPública, avaliar a gestão de uma organização pública significa verificar o grau de aderência das suas práticas de gestão em relação ao referencial de excelência preconizado no programa.. . Para isso, o Modelo de Excelência em Gestão Pública é desdobrado em 3 instrumentos de avaliação, com a finalidade de facilitar o processo de avaliação continuada da gestão..

(93) GESPÚBLICA - MEGP PLANEJAMENTO. EXECUÇÃO CONTROLE. “INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL”.

(94) IAGP . O Instrumento para Avaliação da Gestão Pública (IAGP) reúne um conjunto de orientações e de parâmetros para avaliar e melhorar a gestão, e tem por referência o Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) e os conceitos e fundamentos preconizados pelo GesPública..

(95) IAGP: 250, 500 e 1000.

(96) Etapas de Melhoria.

(97) Ciclo Contínuo.

(98)

Referências

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