ATENDIMENTO INICIAL AO TRAUMA NO APH
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
▪
Mais detalhada (da cabeça aos pés);
▪
Realizada após avaliação primária;
▪
O objetivo é identificar lesões ou problemas não identificados durante
a avaliação primária.
▪
Paciente com trauma crítico é transportado assim que possível após a
avaliação primária (não perder tempo na cena para instalar
acesso IV nem para avaliação secundária).
A ESSÊNCIA DO PROCESSO-PHTLS
• Estar atento para hemorragia externa ou interna
• Examinar toda a pele
• Observar todas as lesões de tecidos moles
• Observar qualquer coisa que não “pareça bem”
• Observar quaisquer sons respiratórios incomuns • Observar os sons anormais auscultados • Verificar se os sons respiratórios estão presentes e se são iguais • Palpar todas as regiões do corpo • Observar quaisquer achados anormais
Enxergar, não apenas olhar.
Escutar, não apenas ouvir.
Sentir, não apenas tocar.
Sinais Vitais
▪ Primeira etapa da Avaliação Secundária;
▪ O “número” exato da FC (pulso), FR, PA não tem importância crítica no manejo inicial
(avaliação primária) do paciente com trauma
.
▪ Conjunto completo de SSVV inclui: PA, frequência e qualidade do pulso,
frequência e profundidade da ventilação, saturação de oxigênio
(oximetria de pulso) e cor e temperatura da pele e do corpo.
▪ Trauma crítico, avaliar e registrar a cada 3 a 5 minutos e no momento de qualquer alteração na condição ou de um problema médico.
▪ A PA inicial deve ser medida manualmente.
▪ Dispositivos automatizados podem não ser acurados em hipotensão significativa.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
História SAMPLE
▪
História rápida sobre o paciente.
▪
Deve ser documentada no registro de cuidados.
▪
Usada na transferência dos cuidados.
•
S
intomas: De que se queixa o paciente? Dor? Dificuldade para respirar?
Dormência? Formigamentos?
•
A
lergias: O paciente tem alguma alergia conhecida, particularmente a
medicamentos?
•
M
edicamentos: Quais fármacos o paciente usa regularmente? Que substâncias
recreacionais ele usa regularmente e, em particular hoje?
•
P
assado clínico e cirúrgico: Algum problema médico? Alguma cirurgia?
•
L
anches/Último período menstrual: Quanto tempo faz que comeu pela última vez?
Mulheres em idade gestacional, quando foi o ultimo período menstrual?
Gestação?
•
E
ventos: Quais eventos precederam a lesão? Imersão na água (afogamento ou
hipotermia) e exposição a materiais perigosos devem ser incluídos.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
Avaliação de Regiões Anatômicas
Cabeça
• Exame visual: contusões, abrasões, lacerações, assimetria óssea,
hemorragia, defeitos ósseos da face e do crânio. Anormalidades nos olhos, pálpebras, orelha externa, boca e mandíbula.
• Palpação: lesão de tecidos moles por baixo do cabelo do paciente.
• Pupilas: reatividade, igualdade, acomodação, formato e irregularidade
no formato.
• Palpar cuidadosamente os ossos da face e crânio (dor focal, desvio, depressão).
• Cuidado ao abrir os olhos de pacientes inconscientes com evidência de lesão facial.
• Fratura facial (entre o lábio superior e a órbita), se houver necessidade de inserção de sonda gástrica, deve ser inserida pela boca.
Avaliação de Regiões Anatômicas
Pescoço
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
• Exame visual com contusões, abrasões, lacerações, hematomas,
deformidades alerta para lesões subjacentes.
• Palpação: enfisema subcutâneo de origem laríngea, traqueal ou pulmonar.
• Crepitação sobre a laringe, rouquidão e enfisema subcutâneo, tríade
clássica indicativa de fratura de laringe.
• Palpação do coluna vertebral com dor pode indicar fratura, luxação ou lesão
ligamentar.
• Reavaliação pode indicar um hematoma em expansão previamente identificado ou um desvio traqueal.
Avaliação de Regiões Anatômicas
Tórax
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
• Exame visual: deformidades, áreas de movimentação paradoxal,
contusões e abrasões, imobilizações e defesas, desigualdade da expansibilidade torácica bilateral, abaulamentos ou retrações intercostais, supraesternais ou supraclaviculares.
• Contusão sobre o esterno (lesão cardíaca subjacente).
• Trauma penetrante (transição toracoabdominal).
• Ausculta: ruídos respiratórios diminuídos ou ausentes (pneumotórax, pneumotórax
hipertensivo, hemotórax). Estertores posteriores ou laterais (contusão pulmonar).
• Tamponamento cardíaco (sons cardíacos abafados).
• Palpação: enfisema subcutâneo, Fraturas costais (contusão pulmonar).
Avaliação de Regiões Anatômicas
Abdome
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
• Inspeção: abrasões, equimoses (lesões subjacentes), equimoses
periumbilicais e em flancos (hemorragia retroperitoneal). Cinto de
segurança (lesão do intestino delgado, fratura lombar).
• Palpação: dor, defesa muscular abdominal e massas. Após descoberta a
hipersensibilidade não há necessidade de palpar novamente.
• Ausculta do abdome não acrescenta praticamente nada na avaliação do paciente.
Avaliação de Regiões Anatômicas
Pelve
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
•
Observação e palpação.
•
Inspeção:
abrasões,
contusões,
hematomas,
lacerações,
fraturas abertas e sinais de distensão.
•
Palpação no APH fornece poucas informações que afetem o
manejo.
•
Quando examinada é palpada apenas uma vez (pode mover segmentos
fraturados, deslocar coágulos).
•
Palpação com pressão suave antero-posterior sobre a sínfise púbica e depois
pressão pressão medial sobre as cristas ilíacas bilateralmente (dor e
movimentos anormais).
Avaliação de Regiões Anatômicas
Genitália
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
•
Em geral não é avaliada de forma detalhada no APH.
•
Inspeção: sangramento pela genitália externa (meato uretral), priapismo em
homens.
Avaliação de Regiões Anatômicas
Dorso
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
•
Avaliado durante o rolamento em bloco.
•
Sons respiratórios devem ser auscultados no tórax posterior.
•
Inspeção: contusões, abrasões e deformidades.
•
Coluna deve ser palpada para presença de dor.
Avaliação de Regiões Anatômicas
Extremidades
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
• Avaliar a partir da clavícula a extremidade superior e da pelve a extremidade inferior.
• Cada osso e articulação é inspecionado para deformidade, hematoma ou
equimose.
• Cada osso e articulação é palpado para crepitação, dor, hipersensibilidade ou
movimentação anormal.
• Fraturas suspeitas devem ser imobilizadas.
• Verificar circulação e funções nervosas motoras e sensoriais nas
extremidades.
• Verificar pulsos, movimentos e sensibilidade antes e depois da imobilização.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
Exame Neurológico
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-PHTLS
•
Mais detalhes que na avaliação primária.
•
Escala de Coma de Glasgow, funções motoras e sensoriais e
observação das respostas pupilares.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-ITLS
Exame Mais Detalhado
•
Avaliação das lesões não só as de risco à vida.
Execução
•
Vítimas críticas- durante o transporte.
•
Curto espaço de tempo- pode não ser executado.
•
Vítimas não críticas- no local (ambulância).
Componentes
1.
Abordagem Inicial (repetir periodicamente)
2.
Sinais Vitais (Monitorização, repetir periodicamente)
3.
Exame Detalhado (
Head-to-toe
, DCAP-BLS-TIC)
▪
Deformidades
▪
Contusões
▪
Abrasões
▪
Penetrações
▪
Burns (Queimaduras)
▪
Lacerações
▪
Swelling (Edema)
▪
Tenderness (Hiperssensibilidade)
▪
Instabilidade
▪
Crepitações
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-ITLS
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA-ITLS
Preparo para o transporte
▪
Quando indicada, a estabilização da coluna é um componente integral
do preparo para o transporte.
Se houver tempo disponível...
▪
Estabilização cuidado de fraturas de extremidades com dispositivos específicos.
▪
Paciente crítico, imobilização de todas as fraturas na própria prancha longa.
▪
Bandagem em todos os ferimentos conforme necessário e apropriado.
TRANSPORTE
Fonte: Emergency Care, 2012. Fonte: YouTube.
▪
Assim que o paciente for carregado para a ambulância e as ameaças à
vida forem abordadas.
▪
Não atrasar para fazer acesso IV ou avaliação secundária.
▪
Avaliação continuada e reanimação adicional durante o
trajeto ao destino.
Transporte
TRANSPORTE
Triagem na Cena dos Pacientes com Lesões
▪
Para tentar identificar os pacientes que mais se beneficiariam com o
transporte e cuidados em um centro de trauma o CDC publicou o
Guidelines for Field Triage of Injured Patients: Recommendations of the National
Expert Panel, atualizado em 2011.
•
Etapa I: Critérios fisiológicos: alteração do estado mental (GCS<14), hipotensão [PAS
<90] e anormalidades respiratórias [FV <10 ou >29 ou necessidade de suporte
ventilatório.
•
Etapa II: Critérios anatômicos relacionado as lesões.
•
Etapa III: Critérios de mecanismo de lesão.
•
Etapa IV: Considerações especiais (idade, gestação, queimaduras, uso de
Método de Transporte
▪
O transporte aéreo pode ser apropriado por:
1.
Nível de cuidados mais elevados que as unidades terrestres para vítimas
de trauma.
2.
Pode ser mais rápido e tranquilo que o transporte terrestre.
▪
Se houver a disponibilidade de transporte aéreo
quanto mais cedo for
tomada a decisão maior a probabilidade de benefício para o
doente
.
TRANSPORTE
Fonte: JEMS.
TRANSPORTE
Monitoramento e Reavaliação Continuada
▪
Recomendações para o transporte (ITLS):
1- Condições de mudança:
o Vítima
o Intervenções 2- Reavaliar
o Crítico (5 em 5 minutos)
o Estável (Cada 15 minutos)
o Sempre que a vítima é mobilizada
o A cada intervenção
o Se a condição piorar
Mudanças subjetivas?
“Como se sente?”
Reavaliar Estado Mental
Nível de consciência, pupilas, GCS
Reavaliar ABC’s
SSVV, Cor e condição da pele, Temperatura, DVJ, Desvio da traqueia, Sons respiratórios, Sons cardíacos.
Reavaliar abdômen
Desenvolvimento de dor, distensão, rigidez
Verificar cada lesão identificada
Alteração do estado
Verificar intervenções