Índice
Prefácio
Introdução 1
O uso apropriado de sangue e produtos 3 sangüíneos
Transfusões apropriadas e inapropriadas 4
Segurança do sangue 5
Princípios da prática clínica transfusional 6
Fluidos de reposição 9
Terapia de reposição intravenosa 10 Fluidos de reposição intravenosos 10
Fluidos de manutenção 12
Segurança 13
Outras vias de administração de fluidos 13
Soluções cristalóides 15 Soluções colóides 17 Produtos sangüíneos 21 Sangue total 23 Componentes sangüíneos 24 Derivados plasmáticos 33
Procedimentos transfusionais clínicos 38 O sangue correto para o paciente correto no tempo correto 39
Solicitação de sangue 43
Testes de compatibilidade eritrocitária 48 Coleta de produtos sangüíneos antes da transfusão 52 Armazenamento de sangue antes da transfusão 53 Administração de produtos sangüíneos 55 Monitoração do paciente transfundido 60
Efeitos adversos da transfusão 65
Complicações agudas da transfusão 67 Complicações tardias da transfusão 77 Complicações tardias da transfusão: 80 infecções transmitidas por transfusões
Decisões clínicas na transfusão 86
Medicina geral 91
Sangue, oxigênio e circulação 92
Anemia 92
Malária 103
HIV/AIDS 106
Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) 106
Falência medular 106
Anemia falciforme 110
Talassemias 113
Distúrbios hemorrágicos e transfusão 118 Distúrbios hemorrágicos e trombóticos congênitos 119 Distúrbios hemorrágicos e trombóticos adquiridos 126
Obstetrícia 133
Alterações hematológicas na gravidez 134
Anemia na gravidez 134
Hemorragias obstétricas maiores 139 Doença hemolítica do recém nascido (DHRN) 144
Pediatria e neonatologia 148
Anemia pediátrica 149
Transfusão em situações clínicas específicas 155 Distúrbios hemorrágicos e trombóticos 157
Trombocitopenia 158
Transfusão neonatal 160
Cirurgia e anestesia 171
Transfusão em cirurgia eletiva 172
Preparo do paciente 172
Técnicas de redução da perda sangüínea operatória 175 Fluidos de substituição e transfusão 179 Reposição das perdas de outros fluidos 186
Transfusão autóloga de sangue 189
Cuidados no período pós-operatório 193
Cirurgia de urgência e trauma 196
Avaliação e ressuscitação 198
Reavaliação 208
Conduta definitiva 210
Outras causas de hipovolemia 211
Queimaduras 216
Conduta imediata 217
Avaliação da gravidade da queimadura 218
Fluidos de ressuscitação 221
Cuidados contínuos de pacientes queimados 225
Prefácio
A transfusão de sangue é uma parte essencial da moderna assistência à saúde. Se usada corretamente, pode salvar vidas e melhorar a saúde. Contudo, a transmissão de agentes infecciosos pelo sangue e seus produtos sangüíneos têm criado uma atenção particular quanto aos potenciais riscos da transfusão.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu as seguintes estratégias integradas para promover a segurança global do sangue, e minimizar os riscos associados a transfusões.
1 O estabelecimento de serviços de transfusão sangüínea coordenados nacionalmente, com sistemas de qualidade em todas as áreas. 2 A coleta de sangue apenas de doadores voluntários e não
remunerados de populações de baixo risco.
3 A triagem de todo sangue doado para infecções transmissíveis por transfusões, incluindo o vírus da imunodeficiência humana (HIV), sífilis e outros agentes infecciosos, assim como boas práticas de laboratório em todos os estágios da tipagem sangüínea, testes de compatibilidade, preparo de componentes e armazenamento e transporte do sangue e produtos sangüíneos.
4 Uma redução das transfusões desnecessárias, através da utilização clínica adequada de sangue e produtos sangüíneos, e a utilização de alternativas simples às transfusões, sempre que possível.
Como suporte a estas estratégias, a OMS produziu uma série de recomendações, normas e materiais de aprendizagem, incluindo Recomendações sobre o Desenvolvimento de Normas e Política Nacional
sobre a Utilização Clínica do Sangue. Este documento foi elaborado para
auxiliar os Estados Membros no desenvolvimento e implementação de políticas e guias nacionais, assim como garantir uma colaboração ativa entre o serviço de transfusão sangüínea e os clínicos, através de cuidados aos pacientes que necessitem de transfusões.
As Recomendações enfatizam a importância da educação e treinamento na utilização clínica do sangue para todos os clínicos e funcionários do banco de sangue envolvidos no processo transfusional.
Prefácio
A equipe da OMS responsável pela Segurança da Transfusão Sangüínea (OMS/STS) desenvolveu um módulo de materiais de aprendizagem interativos, o Uso Clínico do Sangue, que pode ser utilizado em programas de graduação e pós-graduação, para treinamentos nos próprios serviços, em programas de educação médica continuada, ou para estudos independentes por clínicos ou especialistas em transfusão sangüínea. O módulo está disponível nos escritórios de vendas e distribuição da OMS.
Este livro de bolso resume a informação contida no módulo e foi produzido como referência rápida pelos clínicos que necessitem tomar decisões urgentes sobre transfusões.
O módulo e o livro de bolso foram escritos por um grupo internacional de clínicos e especialistas em medicina transfusional, tendo sido revistos por vários especialistas através do mundo. Também foram revistos pelos Departamentos de Saúde Reprodutiva e Pesquisa, Desenvolvimento da Saúde da Criança e Adolescente, Controle de Doenças Não-Comunicáveis (Genética Humana) e Malária.
Apesar de tudo, a prática clínica transfusional deve ser, sempre que possível, baseada em normas nacionais. Portanto, tente adaptar as informações e guias contidos neste livro de bolso, de sorte a estar em conformidade com as normas nacionais e estabelecer procedimentos em seu próprio país.
Dr Jean C. Emmanuel Dr Jean C. Emmanuel Dr Jean C. Emmanuel Dr Jean C. Emmanuel Dr Jean C. Emmanuel Dire Dire Dire Dire
Diretttttororororor, Segurança do Sangue e T, Segurança do Sangue e T, Segurança do Sangue e T, Segurança do Sangue e T, Segurança do Sangue e Tecnologia Clínicaecnologia Clínicaecnologia Clínicaecnologia Clínicaecnologia Clínica Organização Mundial da Saúde Organização Mundial da Saúde Organização Mundial da Saúde Organização Mundial da Saúde Organização Mundial da Saúde
Introdução
A Utilização Clínica do Sangue forma parte de uma série de materiais de aprendizagem, desenvolvidos pela OMS/STS como suporte à sua estratégia global de segurança transfusional. Concentra-se nos aspectos clínicos da transfusão de sangue e almeja mostrar como as transfusões desnecessárias podem ser reduzidas em todos os níveis de um sistema de saúde de qualquer país, sem comprometer os padrões de qualidade e segurança.
Contém dois componentes:
Um módulo de material de aprendizagem, designado para
utilização para programas de educação e treinamento ou para estudos independentes por clínicos e especialistas em transfusão de sangue.
Um livro de bolso para utilização na prática clínica.
O módulo
O módulo foi elaborado para os que prescrevem sangue em todos os níveis do sistema de saúde, especialmente clínicos e paramédicos sêniores em nível primário de referência (hospitais distritais) nos países em desenvolvimento.
Fornece um guia abrangente para a utilização de sangue e produtos sangüíneos e, em particular, maneiras de se minimizar as transfusões desnecessárias.
O livro de bolso
O livro de bolso sumariza as informações-chave do módulo e fornece uma rápida referência quando for necessária uma decisão urgente sobre transfusão .
É importante seguir as normas nacionais sobre a utilização clínica do sangue, se elas diferirem em algum aspecto dos guias contidos no módulo ou no livro de bolso. Portanto, você pode achar útil adicionar suas próprias anotações sobre as normas nacionais, ou mesmo a sua própria experiência na prescrição de sangue.
Introdução
A base de evidências para a prática clínica
A Utilização Clínica do Sangue foi preparada por um grupo internacional de clínicos e especialistas em medicina transfusional, tendo sido extensivamente revisto por departamentos da OMS ou por leitores criteriosos pertencentes a uma série de disciplinas clínicas de todas as seis regiões da OMS.
O conteúdo reflete o conhecimento e experiência dos contribuintes e revisores. Todavia, como a evidência para uma prática clínica efetiva evolui constantemente, nós o encorajamos a consultar fontes atualizadas de informações, tais como a Biblioteca Cochrane, o banco de dados da Biblioteca Nacional de Medicina e a Biblioteca da Saúde Reprodutiva da OMS.
Bibliot Bibliot Bibliot Bibliot
Biblioteca Coceca Coceca Coceca Coceca Cochrhrhrhrhrane.ane.ane.ane.ane. Revisões sistemáticas dos efeitos das intervenções em saúde, disponíveis em disquete, CD-ROM ou via Internet. Existem centros Cochrane na África, Ásia, Australásia, Europa, América do Norte e América do Sul. Para informações, contacte: UK Cochrane Centre, NHS Research and Development Programme, Summertown Pavillion, Middle Way, Oxford OX2 7LG, UK. Tel: +44 1865 516300. Fax +44 1865 516311. www.cochrane.org Bibliot
Bibliot Bibliot Bibliot
Biblioteca Nacional de Medicina.eca Nacional de Medicina.eca Nacional de Medicina.eca Nacional de Medicina.eca Nacional de Medicina. Uma biblioteca on-line, incluindo Medline, a qual contém referências e resumos de 4300 jornais biomédicos e Ensaios Clínicos (Clinical Trials), que fornecem informações sobre estudos de pesquisa clínica. Biblioteca Nacional de Medicina, 8600 Rockville Pike, Bethesda, MD 20894, USA. www.nlm.nih.gov
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Biblioteca da Saúde Reca da Saúde Reca da Saúde Reca da Saúde Repreca da Saúde Reprepreprodutiveprodutivodutivodutivodutiva da OMS.a da OMS.a da OMS.a da OMS.a da OMS. Um jornal eletrônico de revisões concentrando-se nas soluções baseadas em evidências de problemas da saúde reprodutiva em países em desenvolvimento. Disponível em CD-ROM pelo Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa, Organização Mundial de Saúde, 1211 Genebra 27, Suíça. www.who.int
O uso apropriado do
sangue e produtos
sangüíneos
1 O uso apropriado de sangue e produtos sangüíneos significa a transfusão de produtos sangüíneos seguros para tratar apenas uma condição que possa ter uma morbidade ou mortalidade significativa, que não possa ser prevenida ou controlada efetivamente de outra maneira.
2 A transfusão apresenta um risco de reações adversas e de infecções transmitidas transfusionalmente. O plasma pode transmitir a maioria das infecções presentes no sangue total, existindo poucas indicações para a sua utilização.
3 O sangue doado por familiares ou por reposição apresenta um risco maior para infecções transmitidas transfusionalmente do que o sangue doado por doadores voluntários e não remunerados. Doadores pagos geralmente apresentam a maior incidência e prevalência de infecções transmitidas transfusionalmente.
4 O sangue não deve ser transfundido, a menos que tenha sido obtido de doadores selecionados adequadamente, triado para infecções transmitidas transfusionalmente, e compatibilizado para as hemácias do doador e os anticorpos presentes no plasma do receptor, de acordo com as requisições nacionais.
5 A necessidade de transfusões pode ser prevenida por:
Prevenção ou diagnóstico precoce, e tratamento da anemia ou
das condições que causem anemia
A correção da anemia e a reposição dos depósitos depletados de ferro
antes de cirurgias planejadas
O uso de alternativas simples a transfusões, tais como fluidos de
reposição intravenosos
Boa conduta anestésica e cirúrgica.
O uso apropriado do sangue
Transfusões apropriadas e inapropriadas
A transfusão de sangue pode ser uma intervenção que salve vidas. Contudo, como todas as terapias, pode resultar em complicações agudas ou tardias, e carrega o risco de infecções transmitidas transfusionalmente, incluindo HIV, hepatites virais, sífilis, malária e doença de Chagas.
A segurança e efetividade da transfusão dependem de dois fatores-chave:
Um suprimento de sangue e produtos sangüíneos que seja
seguro, acessível, com um custo razoável e adequado, a fim de suprir as necessidades nacionais.
A utilização clínica apropriada de sangue e produtos
sangüíneos.
A transfusão é geralmente desnecessária pelas seguintes razões. 1 A necessidade para uma transfusão pode ser evitada ou
minimizada pela prevenção ou diagnóstico precoce e tratamento das anemias e condições que causem anemia. 2 O sangue é geralmente desnecessariamente administrado
para elevar o nível de hemoglobina de um paciente antes de uma cirurgia, ou para permitir a alta precoce do hospital. Estas são razões raramente válidas para transfusões.
3 As transfusões de sangue total, hemácias ou plasma são geralmente administradas quando outros tratamentos, tais como infusões de salina ou outros fluidos de reposição intravenosos poderiam ser mais seguros, menos onerosos e igualmente efetivos para o tratamento de perdas agudas de sangue.
4 As necessidades transfusionais dos pacientes podem ser minimizadas pelo bom controle anestésico ou cirúrgico. 5 Se for administrado o sangue quando este não for necessário,
o paciente não recebe nenhum benefício, e se expõe a um risco desnecessário.
6 O sangue é um recurso caro e escasso. Transfusões desnecessárias podem causar falta de produtos sangüíneos para os pacientes com reais necessidades transfusionais.
O uso apropriado do sangue
Os riscos da transfusão
Em algumas situações clínicas, a transfusão pode ser a única maneira de se salvar uma vida, ou melhorar rapidamente uma grave condição. Contudo, antes de se prescrever o sangue ou produtos sangüíneos para um paciente, é sempre essencial medir os riscos transfusionais contra os riscos de não se transfundir.
Transfusão de hemácias
1 A transfusão de produtos eritrocitários apresenta risco de reações hemolíticas graves.
2 Os produtos sangüíneos podem transmitir agentes infecciosos, incluindo HIV, hepatite B, hepatite C, sífilis, malária e doença de Chagas ao receptor.
3 Qualquer produto sangüíneo pode se contaminar com bactérias, e ser muito perigoso se manufaturado ou armazenado incorretamente.
Transfusão de plasma
1 O plasma pode transmitir a maioria das infecções presentes no sangue total.
2 O plasma também pode causar reações transfusionais. 3 Existem poucas indicações clínicas precisas para a transfusão
de plasma. Os riscos com freqüência suplantam qualquer benefício para o paciente.
Segurança do sangue
A qualidade e segurança do sangue e dos produtos sangüíneos deve ser assegurada em todo o processo, da seleção dos doadores de sangue até a sua administração ao paciente. Isto necessita:
1 O estabelecimento de um serviço de transfusão de sangue bem organizado, com sistemas de qualidade em todas as áreas.
2 A coleta de sangue apenas de doadores voluntários não remunerados de populações de baixo risco, e procedimentos rigorosos para a seleção de doadores.
3 A triagem de todo o sangue doado para infecções transmitidas transfusionalmente: HIV, hepatites virais, sífilis e, onde
O uso apropriado do sangue
apropriado, outros agentes infecciosos, como doença de Chagas e malária.
4 Boas práticas laboratoriais em todos os aspectos da tipagem sangüínea, testes de compatibilidade, preparo de componentes, armazenamento e transporte do sangue e produtos sangüíneos.
5 Uma redução nas transfusões desnecessárias, através da utilização clínica apropriada do sangue e produtos sangüíneos, e o uso de alternativas simples à transfusão, sempre que possível.
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os regulamentos nacionais.os nacionais.os nacionais.os nacionais.os nacionais.
Qualquer que seja o sistema local para a coleta, triagem e processamento do sangue, os clínicos devem estar familiarizados com o mesmo, e compreender qualquer limitação que possa ser imposta sobre a segurança ou disponibilidade do sangue.
Princípios da prática clínica
transfusional
A transfusão é apenas uma parte da conduta do paciente. A necessidade para uma transfusão pode ser geralmente minimizada pelos seguintes meios:
1 A prevenção ou diagnóstico precoce e tratamento da anemia e as condições que causem anemia. O nível de hemoglobina do paciente pode ser geralmente elevado por suplementação de ferro e vitaminas sem a necessidade de transfusões. A transfusão de hemácias é necessária apenas se os efeitos da anemia crônica forem graves o suficiente para necessitar uma rápida elevação do nível de hemoglobina.
2 A correção da anemia e a reposição dos níveis depletados de ferro antes de uma cirurgia planejada.
3 A utilização de fluidos de reposição intravenosos com cristalóides ou colóides em casos de perdas agudas de sangue.
O uso apropriado do sangue
4 Boa conduta anestésica e cirúrgica, incluindo:
Utilização da melhor técnica anestésica e cirúrgica para
minimizarem as perdas sangüíneas durante a cirurgia
Interrupção de anticoagulantes e drogas anti-plaquetárias
antes de uma cirurgia planejada, sempre que seguro
Minimizar a quantidade de sangue retirada para utilização
laboratorial, especialmente em crianças
Recuperação e reinfusão de perdas sangüíneas cirúrgicas Utilização de medidas alternativas tais como
desmopressina, aprotinina ou eritropoetina. PRINCÍPIOS D
PRINCÍPIOS D PRINCÍPIOS D PRINCÍPIOS D
PRINCÍPIOS DA PRÁTICA PRÁTICA PRÁTICA CLÍNICA PRÁTICA PRÁTICA CLÍNICA CLÍNICA TRANSFUSIONA CLÍNICA CLÍNICA TRANSFUSIONA TRANSFUSIONA TRANSFUSIONA TRANSFUSIONALALALALAL
1 A transfusão é apenas uma parte do manuseio ao paciente. 2 A prescrição deve ser baseada em guias nacionais sobre a
utilização clínica do sangue, levando-se em conta as necessidades individuais do paciente.
3 A perda sangüínea deve ser minimizada para reduzir a necessidade transfusional do paciente.
4 O paciente com perda sangüínea aguda deve receber ressuscitação efetiva (fluidos de reposição intravenosos, oxigênio, etc.), enquanto as necessidades transfusionais estiverem sob avaliação.
5 O valor da hemoglobina do paciente, embora importante, não deve ser o único fator de decisão para se iniciar a transfusão. Esta decisão deve ser amparada pela necessidade de se aliviar sinais e sintomas clínicos, e prevenção de morbidade e mortalidade significativa.
6 O clínico deve estar ciente dos riscos das infecções transmitidas transfusionalmente nos produtos sangüíneos disponíveis ao paciente
7 A transfusão deve ser prescrita apenas quando os benefícios ao paciente provavelmente suplantarem os riscos.
8 O clínico deve registrar claramente a razão para a transfusão. 9 Uma pessoa treinada deve monitorar o paciente transfundido e
O uso apropriado do sangue
Fluidos de reposição
Pontos chave
1 Os fluidos de reposição são utilizados para a reposição de perdas anormais de sangue, plasma ou outros fluidos extracelulares ao aumentarem o volume do compartimento vascular, principalmente no:
Tratamento de pacientes com hipovolemia franca, p.ex. choque
hemorrágico
Manutenção da normovolemia em pacientes com perdas contínuas
de fluidos, p.ex. perdas de fluidos em cirurgias.
2 Os fluidos de reposição intravenosos são a primeira linha de tratamento para a hipovolemia. O tratamento inicial com estes fluidos pode salvar a vida e fornecer algum tempo para o controle do sangramento, assim como para obtenção de sangue para transfusão, se esta se tornar necessária.
3 As soluções cristalóides com concentrações semelhantes ao plasma (solução salina normal ou soluções salinas balanceadas) são efetivas como fluidos de reposição. As soluções de dextrose (glicose) não contêm sódio, sendo fluidos de reposição inadequados.
4 Os fluidos de reposição cristalóides devem ser infundidos num volume pelo menos três vezes ao volume perdido para a correção da hipovolemia.
5 Todas as soluções colóides (albumina, dextrans, gelatinas e hidroxietilamido) são fluidos de reposição. Contudo, não demonstraram ser superiores aos cristalóides na ressuscitação. 6 As soluções colóides devem ser infundidas num volume igual ao
perdido.
7 O plasma nunca deve ser utilizado como fluido de reposição. 8 Nunca se deve administrar água intravenosamente. Isto ocasionará
hemólise, sendo provavelmente fatal.
9 Em adição à via intravenosa, as vias intra-óssea, oral, retal ou subcutânea podem ser utilizadas como vias para administração de fluidos.
Fluidos de reposição
Terapia de reposição intravenosa
A administração de fluidos de reposição intravenosos restaura o volume circulante de sangue e, portanto, mantém a perfusão tecidual e a oxigenação.
Em hemorragias graves, o tratamento inicial (ressuscitação) com fluidos de reposição intravenosos pode salvar a vida e fornecer tempo para controle do sangramento e, se necessário, solicitação de sangue.
Fluidos de reposição intravenosos
Soluções cristalóides
Contêm uma concentração semelhante ao sódio no plasma São excluídos do compartimento intracelular, pois a membrana
celular geralmente é impermeável ao sódio
Atravessam a membrana capilar do espaço vascular para o espaço intersticial
Distribuem-se através de todo o espaço extracelular
Normalmente, apenas um quarto do volume de cristalóides
infundido permanece no espaço vascular.
Para restaurar o volume sangüíneo circulante (volume intravascular), as soluções cristalóides devem ser infundidas num volume pelo menos três vezes ao volume perdido.
COMPOSIÇÃO DAS SOLUÇÕES DE REPOSIÇÃO CRISTALÓIDES
S o l u ç ã o S o l u ç ã o S o l u ç ã o S o l u ç ã o
S o l u ç ã o N a +N a +N a +N a +N a + K +K +K +K +K + Ca++Ca++Ca++Ca++Ca++ Cl-Cl-Cl-Cl-Cl- B a s e -B a s e -B a s e -B a s e -B a s e - PressãoPressãoPressãoPressãoPressão m E q / L m E q / Lm E q / L m E q / L m E q / L m E q / Lm E q / Lm E q / Lm E q / Lm E q / L m E q / Lm E q / Lm E q / Lm E q / Lm E q / L m E q / Lm E q / L m E q / Lm E q / Lm E q / Lm E q / L m E q / Lm E q / Lm E q / L c o l ó i d o -m E q / L c o l ó i d o -c o l ó i d o -c o l ó i d o -c o l ó i d o -(mmol/L) (mmol/L) (mmol/L) (mmol/L)
(mmol/L) (mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L) (mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L) (mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L) osmóticaosmóticaosmóticaosmóticaosmótica mmHg mmHgmmHg mmHgmmHg Salina normal 154 0 0 154 0 0 (NaCl 0,9%) (154) (0) (0) (154) (0) Soluções salinas 130-140 4-5 2-3 109-110 28-30 0 balanceadas (130-140) (4-5) (4-6) (109-110) (28-30) (Ringer/Hartmann)
Fluidos de reposição
As soluções de dextrose (glicose) não contêm sódio e são inadequadas como fluidos de reposição. Não as utilize para o tratamento de hipovolemia, a não ser que não exista alternativa.
Soluções colóides
Tendem, inicialmente, a permanecer no espaço vascular. Mimetizam as proteínas plasmáticas mantendo ou elevando a
pressão colóido-osmótica do sangue.
Proporciona uma maior duração na expansão volêmica do que
as soluções cristalóides.
Necessitam de menores volumes de infusão.
COMPOSIÇÃO DAS SOLUÇÕES DE REPOSIÇÃO COLÓIDES
S o l u ç ã o S o l u ç ã oS o l u ç ã o
S o l u ç ã oS o l u ç ã o N a +N a +N a +N a +N a + K +K +K +K +K + Ca++Ca++Ca++Ca++Ca++ Cl-Cl-Cl-Cl-Cl- B a s e -B a s e -B a s e -B a s e -B a s e - PressãoPressãoPressãoPressãoPressão m E q / L m E q / L m E q / L m E q / L m E q / L m E q / Lm E q / Lm E q / Lm E q / L m E q / Lm E q / L m E q / Lm E q / Lm E q / Lm E q / L m E q / Lm E q / L m E q / Lm E q / Lm E q / Lm E q / L m E q / Lm E q / Lm E q / Lm E q / L c o l ó i d o -c o l ó i d o -c o l ó i d o -c o l ó i d o -c o l ó i d o -(mmol/L) (mmol/L)(mmol/L)
(mmol/L)(mmol/L) (mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L) (mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L) (mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L)(mmol/L) osmóticaosmóticaosmóticaosmóticaosmótica mmHg mmHgmmHg mmHg mmHg Gelatina: 145 5,1 12,5 145 traços 27 (ligada a uréia: (145) (5,1) (6,25) (145) (27) Hemacel)
Gelatina Sucili- 154 <0,4 <0,4 125 traços 34 nada: Gelofusine (154) (<0,4) (<0,8) (125) (34) Dextran 70 (6%) 154 0 0 154 0 58 (154) (0) (0) (154) (0) (58) Dextran 60 (3%) 130 4 4 110 30 22 (130) (4) (2) (110) (30) (22) Hidroxietilamido 154 0 0 154 0 28 450/0,7 (6%) (154) (0) (0) (154) (0) (28) Albumina 5% 130-160 <1 V V V 27 (130-160) (<1) (27) Plasma 135-145 3,5-5,5 2,2-2,6 97-110 38-44 27 normal (135-145) (3,5-5,5) (2,2-2,6) (97-110) (38-44) (27)
V = varia entre diferentes marcas.
Os colóides necessitam de menor volume de infusão do que os cristalóides. São dados geralmente num volume igual ao déficit da volemia.
Fluidos de reposição
Contudo, quando a permeabilidade capilar estiver aumentada, podem extravasar da circulação e produzirem apenas uma expansão volêmica de curta duração. Infusões suplementares podem ser necessárias em condições tais como:
Trauma
Sepsis aguda e crônica Queimaduras
Picadas por cobras (hemotóxicas e citotóxicas).
Vantagens Vantagens Vantagens Vantagens
Vantagens DesvantagensDesvantagensDesvantagensDesvantagensDesvantagens Cristalóides
CristalóidesCristalóides Cristalóides
Cristalóides Poucos efeitos colaterais Pouco tempo de duração
Baixo custo Pode causar edema Grande disponibilidade Pesado e volumoso
Colóides ColóidesColóides Colóides
Colóides Maior tempo de duração Sem evidências que sejam
mais eficazes clinicamente
Menos fluido necessário Maior custo
para correção de
hipovolemia Podem causar sobrecarga
circulatória
Menos pesado e volumoso Podem interferir com a
coagulação
Risco de reações anafiláticas
Não existem evidências de que as soluções colóides sejam superiores à salina normal (cloreto de sódio a 0,9%) ou soluções salinas balanceadas (SSB) para ressuscitação.
Fluidos de manutenção
Utilizados para substituir perdas fisiológicas normais através
da pele, pulmão, fezes e urina
O volume dos fluidos de manutenção necessário por um
paciente varia, particularmente com a febre, alta temperatura ambiente ou umidade, quando aumentam as perdas
Fluidos de reposição
Compostos principalmente de água em solução de dextrose,
podendo conter alguns eletrólitos
Todos os fluidos de manutenção são soluções cristalóides.
Exemplos de fluidos de manutenção:
Dextrose a 5% (soro glicosado)
Dextrose a 4% em cloreto de sódio a 0,18% (soro misto).
Segurança
Antes de administrar qualquer infusão intravenosa:
1 Verifique se o selo do frasco ou bolsa de infusão não está rompido
2 Verifique a data de vencimento
3 Verifique se a solução está límpida e livre de partículas visíveis
Outras vias de administração de fluidos
Existem outras vias de administração de fluidos além da via intravenosa. Contudo, com exceção da intra-óssea, estas são geralmente inadequadas para o paciente com hipovolemia grave.
Intra-óssea
Pode fornecer o acesso mais rápido à circulação numa criança
em choque, na qual a canulação venosa seja impossível
Fluidos, sangue e algumas drogas podem ser administrados
por esta via
Adequada para pacientes com hipovolemia grave.
Oral e nasogástrica
Geralmente pode ser usada em pacientes com hipovolemia
leve, em que a via oral não seja contra-indicada
Não deve ser utilizada em pacientes se estiverem:
- Com hipovolemia grave - Inconscientes
Fluidos de reposição
- Com lesões gastrointestinais ou com motilidade intestinal reduzida
- Em anestesia geral e risco de cirurgia iminente. Fórmula OMS/UNICEF para fluido de reidratação oral Fórmula OMS/UNICEF para fluido de reidratação oral Fórmula OMS/UNICEF para fluido de reidratação oral Fórmula OMS/UNICEF para fluido de reidratação oral Fórmula OMS/UNICEF para fluido de reidratação oral Dissolva em um litro de água potável
Dissolva em um litro de água potável Dissolva em um litro de água potável Dissolva em um litro de água potável Dissolva em um litro de água potável
Cloreto de sódio (sal de cozinha) 3,5 g
Bicarbonato de sódio 2,5 g
Cloreto de potássio ou substituto 1,5 g
(banana ou refrigerantes cola degaseificados)
Glicose (açúcar) 20,0 g
Concentrações resultantes Concentrações resultantesConcentrações resultantes Concentrações resultantes Concentrações resultantes
Na+ 90 mEq/L K+ 20 mEq/L Cl– 80 mEq/L Glicose 110 mmol/L
(90 mmol/L) (20 mmol/L) (80 mmol/L)
Retal
Inadequada para o paciente com hipovolemia grave Fácil absorção de fluidos
Absorção cessa, com os fluidos sendo ejetados quando a
hidratação for completa
Administrada através de enema por tubo de plástico ou de
borracha inserido no reto e conectado a uma bolsa ou frasco do fluido
A taxa do fluido pode ser controlada ao se utilizar um
dispositivo controlador, se necessário
Os fluidos utilizados não precisam ser estéreis; uma solução
segura e eficiente para reidratação retal é composta por um (1) litro de água potável a qual se adicionou uma colher de chá de sal de cozinha.
Subcutânea
Pode ocasionalmente ser utilizada quando outras vias de
administração de fluidos não forem disponíveis
Inadequada para pacientes com hipovolemia grave
Uma cânula ou agulha é inserida no tecido subcutâneo (de
preferência a parede abdominal) e fluidos estéreis são administrados de maneira convencional
Soluções contendo glicose podem causar desidratação dos
Fluidos de reposição
Soluções cristalóides
SALINA NORMAL SALINA NORMAL SALINA NORMAL SALINA NORMAL SALINA NORMALRisco de infecção Nenhum
Indicações Reposição da volemia e outras perdas de fluidos extracelulares
Precauções Cuidados em situações em que o edema local
possa agravar uma patologia, p.ex. trauma craniano
Podem precipitar sobrecarga volêmica e insuficiência
cardíaca
Efeitos Colaterais Pode ocorrer edema tecidual quando utilizados grandes volumes
Dose Pelo menos três vezes o volume da perda sangüínea
SOLUÇÕES S SOLUÇÕES S SOLUÇÕES S SOLUÇÕES S
SOLUÇÕES SALINALINALINALINAS BALANCEADALINAS BALANCEADAS BALANCEADAS BALANCEADAS BALANCEADASASASASAS Exemplos Ringer lactato
Solução de Hartmann
Risco de infecção Nenhum
Indicações Reposição da volemia e outras perdas de fluidos extracelulares
Precauções Cuidados em situações em que o edema local possa
agravar uma patologia, p.ex. trauma craniano
Podem precipitar sobrecarga volêmica e insuficiência
cardíaca
Efeitos Colaterais Pode ocorrer edema tecidual quando utilizados grandes volumes
Fluidos de reposição
DEXTROSE E SOLUÇÕES DE ELETRÓLITOS DEXTROSE E SOLUÇÕES DE ELETRÓLITOSDEXTROSE E SOLUÇÕES DE ELETRÓLITOS DEXTROSE E SOLUÇÕES DE ELETRÓLITOS DEXTROSE E SOLUÇÕES DE ELETRÓLITOS
Exemplos Dextrose a 4,3% em cloreto de sódio a 0,18% Dextrose a 2,5% em cloreto de sódio a 0,45% Dextrose a 2,5% em solução de Darrow ao meio
Indicações Geralmente utilizada para a manutenção de fluidos, porém, as que contêm maiores concentrações de sódio podem, se necessário, ser utilizadas como fluidos de reposição.
Nota NotaNota Nota Nota
A solução de dextrose a 2,5% em solução de Darrow ao meio é geralmente utilizada para corrigir desidratação e distúrbios eletrolíticos em crianças com gastroenterites.
Vários produtos são manufaturados para este fim. Nem todos são adequados. Certifique-se que a preparação utilizada contenha:
Dextrose 2,5%
Sódio 60 mmol/L (mEq/L) Potássio 17 mmol/L (mEq/L) Cloreto 52 mmol/L (mEq/L) Lactato 24 mmol/L (mEq/L)
Fluidos de reposição
Soluções colóides derivadas do plasma
Os colóides derivados do plasma são preparados do sangue ou plasma doado. Incluem:
Plasma
Plasma fresco congelado Plasma líquido
Plasma liofilizado Albumina
Estes produtos não devem ser utilizados simplesmente como fluidos Estes produtos não devem ser utilizados simplesmente como fluidos Estes produtos não devem ser utilizados simplesmente como fluidos Estes produtos não devem ser utilizados simplesmente como fluidos Estes produtos não devem ser utilizados simplesmente como fluidos de reposição
de reposição de reposição de reposição de reposição.
Podem ter um risco de infecções semelhante ao sangue, tal como HIV e hepatites. São geralmente mais caros do que cristalóides ou fluidos colóides sintéticos.
Veja páginas 30 - 33.
Soluções colóides sintéticas
GELA GELA GELA GELA
GELATINTINTINTINAS (Hemacel, Gelofusine)TINAS (Hemacel, Gelofusine)AS (Hemacel, Gelofusine)AS (Hemacel, Gelofusine)AS (Hemacel, Gelofusine)
Risco de infecção Nenhum conhecido até o momento Indicações Reposição da volemia
Precauções Podem precipitar insuficiência cardíaca Cuidado em insuficiência renal
Não misturar Hemacel com sangue citratado, devido
à alta concentração de cálcio
Contra-indicações Não utilize em pacientes com insuficiência renal Efeitos colaterais Reações alérgicas leves, devido à liberação de
histamina
Pode ocorrer aumento transitório no tempo de sangria Podem ocorrer reações de hipersensibilidade, e
raramente, reações anafiláticas Dose Não há limite de dose conhecida
Fluidos de reposição
Dextran 60 e Dextran 70 Dextran 60 e Dextran 70Dextran 60 e Dextran 70 Dextran 60 e Dextran 70 Dextran 60 e Dextran 70 Risco de infecção Nenhum
Indicações Reposição da volemia
Profilaxia da trombose venosa pós-operatória
Precauções Podem ocorrer defeitos da coagulação Inibição da agregação plaquetária
Alguns preparados podem interferir nas provas de
compatibilidade sangüínea
Contra-indicações Não utilizar em pacientes com distúrbios pré-existentes da hemostasia e coagulação
Efeitos colaterais Reações alérgicas leves
Pode ocorrer aumento transitório no tempo de
sangria
Podem ocorrer reações de hipersensibilidade, e
raramente, reações anafiláticas. Podem ser prevenidas com injeção de 20 ml de Dextran 1 imediatamente antes da infusão, quando disponível Dose Dextran 60: não deve exceder 50 ml/kg peso em 24 horas Dextran 70: não deve exceder 25 ml/kg peso em 24 horas DEXTRAN 40 e DEXTRAN 1
DEXTRAN 40 e DEXTRAN 1DEXTRAN 40 e DEXTRAN 1 DEXTRAN 40 e DEXTRAN 1 DEXTRAN 40 e DEXTRAN 11111100000
Fluidos de reposição
HIDROXIETILAMIDO (Hetastarch ou HES) HIDROXIETILAMIDO (Hetastarch ou HES) HIDROXIETILAMIDO (Hetastarch ou HES) HIDROXIETILAMIDO (Hetastarch ou HES) HIDROXIETILAMIDO (Hetastarch ou HES) Risco de infecção Nenhum
Indicações Reposição da volemia
Precauções Podem ocorrer defeitos da coagulação
Podem precipitar sobrecarga volêmica e insuficiência
cardíaca
Contra-indicações Não utilizar em pacientes com distúrbios
pré-existentes da hemostasia e coagulação
Não utilizar em pacientes com insuficiência renal
franca
Efeitos colaterais Reações alérgicas leves por liberação de histamina Pode ocorrer aumento transitório no tempo de
sangria
Podem ocorrer reações de hipersensibilidade, e
raramente, reações anafiláticas.
Pode haver aumento dos níveis de amilase sérica (não
significativo)
Retenção do HES nas células do sistema
retículo-endotelial; os efeitos a longo prazo não são conhecidos
Fluidos de reposição
Produtos sanguíneos
Pontos chave
1 Os produtos sangüíneos seguros, se usados corretamente, podem salvar vidas. Contudo, mesmo com padrões de qualidade elevados, as transfusões apresentam alguns riscos. Se os padrões forem ruins ou inconsistentes, a transfusão pode ser extremamente arriscada. 2 Nenhum sangue ou produto sangüíneo deve ser administrado, a não
ser que os testes exigidos nacionalmente tenham sido realizados. 3 Cada unidade deve ser testada e rotulada, de sorte a mostrar o grupo
ABO e RhD.
4 O sangue total pode ser transfundido para reposição de hemácias em hemorragias agudas, quando houver também a necessidade de se corrigir hipovolemia.
5 O preparo de componentes sangüíneos permite que uma única doação de sangue proporcione tratamento para dois ou três pacientes, e também evita a transfusão de elementos do sangue total que o paciente não necessite. Os componentes sangüíneos também podem ser colhidos por aféreses.
6 O plasma pode transmitir a maioria das infecções presentes no sangue total, havendo poucas indicações para sua transfusão. 7 Os derivados plasmáticos são feitos por processos de fabricação
farmacêutica, a partir de grandes volumes de plasma, compreendendo muitas doações individuais. O plasma utilizado neste processo deve ser testado individualmente antes do pool, para minimizar o risco de transmissão de doenças.
8 Os fatores VIII, IX e as imunoglobulinas também são feitos por tecnologia de DNA recombinante, sendo geralmente preferidos, pois não causam risco de transmissão de doenças ao paciente. Contudo, os custos são elevados, e alguns casos de complicações já foram relatados.
Produtos sanguíneos
DEFINIÇÕES DEFINIÇÕESDEFINIÇÕES DEFINIÇÕES DEFINIÇÕES
Produto sangüíneo Qualquer substância terapêutica preparada do sangue humano
Sangue total Sangue não separado, colhido num recipiente aprovado, contendo solução de anticoagulação e preservação
Componente sangüíneo 1 Um constituinte do sangue, separado do sangue total, tal como:
Concentrado de hemácias Suspensão de hemácias Plasma
Concentrado de plaquetas
2 Plasma ou plaquetas colhidas por aféreses 1 3 Crioprecipitado, preparado do plasma fresco
congelado, rico em fator VIII e fibrinogênio Derivados plasmáticos2 Proteínas do plasma humano preparadas sob
condições de manufatura farmacêutica, tais como:
Albumina
Concentrados de fatores de coagulação Imunoglobulinas
Nota NotaNota Nota Nota
1 Aférese: um método de se colher plasma ou plaquetas diretamente do doador, geralmente por métodos mecânicos
2 Os processos de tratamento pelo calor ou químico dos derivados plasmáticos, para redução do risco de transmissão viral são eficientes contra os vírus que contenham envelope lipídico:
HIV-1 e 2 Hepatite B e C HTLV-I e II
A inativação de vírus não envelopados, tais como o da hepatite A e o parvovírus humano B19 é menos eficiente.
Produtos sanguíneos
Sangue total
SSSSSANGUE TANGUE TANGUE TANGUE TANGUE TOOOOOTTTTTAL (CPD-AL (CPD-AL (CPD-AL (CPD-Adenina 1)AL (CPD-Adenina 1)Adenina 1)Adenina 1)Adenina 1)
Uma doação de 450 ml de sangue total contém:
Descrição Um volume total de até 510 ml (o volume pode variar
de acordo com políticas locais)
450 ml do sangue doado
63 ml da solução de anticoagulante-preservação Hemoglobina de aproximadamente 12 g/100ml Hematócrito de 35%- 45%
Plaquetas não funcionais
Sem fatores lábeis de coagulação (V e VIII)
Unidade 1 doação, também denominada de “unidade” ou “bolsa” Risco infeccioso Não esterilizado, portanto, capaz de transmitir qualquer agente presente nas células ou plasma que não tenha sido detectado por triagem rotineira para infecções transmitidas transfusionalmente, incluindo:
HIV-1 e HIV-2 Hepatite B e C
Outros vírus de hepatites Sífilis
Malária
Doença de Chagas
Armazenamento Entre +2oC e +6oC, em refrigerador aprovado para bancos de sangue, equipado com monitor de temperatura e alarme
Durante o armazenamento entre +2oC e +6oC, ocorrem mudanças em sua composição, resultantes do metabolismo eritrocitário
A transfusão deve ser iniciada dentro de 30 minutos
após a remoção da unidade do refrigerador Indicações Reposição de hemácias em perdas sangüíneas
agudas com hipovolemia
Exsangüíneo-transfusão
Pacientes necessitando transfusões de hemácias em
que os concentrados ou suspensões de hemácias não estejam disponíveis
Produtos sanguíneos
Contra-indicações Risco de sobrecarga circulatória em pacientes com:
Anemia crônica
Insuficiência cardíaca incipiente
Administração Deve ser ABO e RhD compatível com o receptor Nunca adicionar medicações à unidade de sangue Completar a transfusão dentre 4 horas após o seu
início
Componentes sangüíneos
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS (“papa de hemácias” ) CONCENTRADO DE HEMÁCIAS (“papa de hemácias” )CONCENTRADO DE HEMÁCIAS (“papa de hemácias” ) CONCENTRADO DE HEMÁCIAS (“papa de hemácias” ) CONCENTRADO DE HEMÁCIAS (“papa de hemácias” )
Descrição Volume de 150-200 ml, no qual a maior parte do
plasma foi removida
Hemoglobina de aproximadamente 20 g / 100 ml
(não menos do que 45 g por unidade)
Hematócrito de 55% - 75%
Unidade Uma doação
Risco infeccioso O mesmo do sangue total Armazenamento O mesmo do sangue total
Indicações Reposição de hemácias em pacientes anêmicos Utilizados com soluções de reposição cristalóides ou
colóides em perdas sangüíneas agudas Administração A mesma do sangue total
Para melhorar o fluxo transfusional, pode se adicionar
salina normal (50-100 ml), utilizando-se um equipo de infusão em Y.
Produtos sanguíneos
SUSPENSÃO DE HEMÁCIAS SUSPENSÃO DE HEMÁCIAS SUSPENSÃO DE HEMÁCIAS SUSPENSÃO DE HEMÁCIAS SUSPENSÃO DE HEMÁCIASDescrição 150-200 ml de glóbulos vermelhos, com um mínimo
de plasma residual em 100 ml de salina normal, e adenina, glicose e manitol (SAG-M), ou uma solução nutriente eritrocitária equivalente tenha sido adicionada
Hemoglobina de aproximadamente 15 g / 100 ml
(não menos do que 45 g por unidade)
Hematócrito de 50% - 70%
Unidade Uma doação
Risco infeccioso O mesmo do sangue total Armazenamento O mesmo do sangue total Indicações As mesmas do sangue total
Contra-indicações Não aconselhada para exsangüíneo-transfusões em neonatos. A solução aditiva pode ser substituída por plasma, albumina a 45% ou uma solução cristalóide isotônica, tal como a salina normal
Administração A mesma do sangue total
Fluxo transfusional melhor do que os concentrados
Produtos sanguíneos
HEMÁCIAS LEUCODEPLETADAS HEMÁCIAS LEUCODEPLETADASHEMÁCIAS LEUCODEPLETADAS HEMÁCIAS LEUCODEPLETADAS HEMÁCIAS LEUCODEPLETADAS
Descrição Concentrado ou suspensão de hemácias contendo
<5 x 106 leucócitos por unidade, preparado por filtração com o uso de filtro de depleção leucocitária
A concentração de hemoglobina depende se o
produto original for sangue total, concentrado ou suspensão de hemácias
A depleção leucocitária reduz significativamente o
risco de transmissão do citomegalovírus (CMV) Unidade Uma doação
Risco infeccioso O mesmo do sangue total para todas as infecções transmitidas transfusionalmente
Armazenamento Depende do método de produção: consultar o banco de sangue
Indicações Diminui a imunização a leucócitos em pacientes que
recebam transfusões repetidas, porém, para que se obtenha este efeito, todos os componentes dados aos pacientes devem ser leucodepletados
Reduz o risco de transmissão do CMV em situações
especiais (ver pág. 107 e 161)
Pacientes que tenham apresentado duas ou mais
reações febris prévias a transfusões de hemácias Contra-indicações Não previne a reação enxerto versus hospedeiro: para
este fim, os componentes devem ser irradiados em locais com equipamentos disponíveis (dose de irradiação: 25-30Gy)
Administração A mesma do sangue total
Pode ser utilizado um filtro de leucócitos no momento
da transfusão se hemácias ou sangue total leuco-depletados não forem disponíveis
Alternativa A remoção do buffy-coat do sangue total ou da
suspensão de hemácias é geralmente eficiente em se evitar reações febris não hemolíticas
O pessoal do banco de sangue deve transferir o
buffy-coat para um recipiente estéril imediatamente antes de transportar o componente ao leito do paciente
Inicie a transfusão em até 30 minutos após a entrega
do componente e use um filtro de leucócitos
Complete a transfusão em até 4 horas após o seu
Produtos sanguíneos
CONCENTRADOS DE PLA CONCENTRADOS DE PLA CONCENTRADOS DE PLA CONCENTRADOS DE PLA CONCENTRADOS DE PLAQUETQUETQUETQUETQUETASASASASAS (Prepar
(Prepar (Prepar (Prepar
(Preparados de uma unidade de sangue tados de uma unidade de sangue tados de uma unidade de sangue tados de uma unidade de sangue tados de uma unidade de sangue totototototal)al)al)al)al)
Descrição Unidade proveniente de uma única doação, num volume de 50-60 ml de plasma; deve conter:
Pelo menos 55 x 10 9 plaquetas
< 1,2 x 10 9 hemácias
< 0,12 x 10 9 leucócitos Unidades Podem ser fornecidos como:
Unidade de doação única: plaquetas preparadas de
uma doação
Unidades em pool: plaquetas preparadas de 4 a 6
doadores e unidas num pool, contendo uma dose adulta com pelo menos 240 x 109 plaquetas Risco infeccioso Mesmo do sangue total, porém uma dose normal
para adultos envolve de 4 a 6 exposições a doadores
A contaminação bacteriana afeta cerca de 1% das
unidades em pool
Armazenamento Até 72 horas entre 20o C a 24o C (com agitação), salvo se colhidos em bolsas especiais, validadas para períodos mais longos; não armazenar entre 2o C e 6o C
Períodos maiores de armazenamento aumentam o
risco de proliferação bacteriana e septicemia no receptor
Indicações Tratamento de sangramentos devido a:
- Trombocitopenia
- Defeitos da função plaquetária
Prevenção de sangramento devido a
trombocitopenias, tais como em falência medular Contra-indicações Geralmente não indicados para a profilaxia de
sangramentos em pacientes cirúrgicos, salvo se já for conhecida a existência de uma deficiência pré-operatória significante
Não indicados em:
- Púrpura trombocitopênica auto-imune (PTI) - Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) - Coagulação intravascular disseminada não tratada (CIVD)
- Trombocitopenia associada à septicemia, até que o tratamento tenha se iniciado, ou em casos de hiperesplenismo
Produtos sanguíneos
Dose Uma unidade de concentrado de plaquetas / 10 kg
de peso: num adulto de 60 ou 70 kg, 4 a 6 unidades contendo pelo menos 240 x 109 plaquetas devem elevar a contagem plaquetária em 20-40 x 10 9 / L
A elevação será menor se houver:
- Esplenomegalia
- Coagulação intravascular disseminada - Septicemia
Administração Após o preparo do pool, os concentrados de
plaquetas devem ser infundidos o mais precocemente possível, geralmente dentro de 4 horas, devido ao risco de proliferação bacteriana
Não devem ser refrigerados antes da infusão, pois
isto reduz a função plaquetária
4 a 6 unidades de concentrados plaquetários (os
quais podem ser fornecidos em pool), devem ser infundidos através de um equipo padrão de administração
Não são necessários equipos especiais de infusão Devem ser infundidos num período de cerca de 30
minutos
Não administrar concentrados de plaquetas
preparados de doadores RhD positivo em mulheres RhD negativo com potencial de gestação
Sempre que possível, administre concentrados
plaquetários ABO compatíveis
Complicações Reações febris não hemolíticas, alérgicas e urticariformes não são incomuns, especialmente em pacientes recebendo múltiplas transfusões (para manuseio, ver pág 68-69)
Produtos sanguíneos
CONCENTRADOS DE PLA CONCENTRADOS DE PLA CONCENTRADOS DE PLA CONCENTRADOS DE PLA CONCENTRADOS DE PLAQUETQUETQUETQUETQUETASASASASAS (Prepar
(Prepar (Prepar (Prepar
(Preparados por plaqueados por plaqueados por plaqueados por plaqueados por plaquetttttaférese)aférese)aférese)aférese)aférese)
Descrição Volume de 150-300 ml
Conteúdo de 150-500 x 109 plaquetas, equivalentes a 3-10 doações únicas
O conteúdo de plaquetas, volume de plasma e
contaminação leucocitária depende do procedimento de coleta
Unidades Uma bolsa contendo plaquetas colhidas por aférese por processador celular a partir de um único doador Risco infeccioso O mesmo do sangue total
Armazenamento Até 72 horas entre 20o C a 24o C (com agitação), salvo se colhidos em bolsas especiais, validadas para períodos mais longos; não armazenar entre 2o C e 6o C
Indicações Geralmente equivalentes à mesma dose de
concentrados plaquetários preparados do sangue total
Se for necessário, a partir de um doador compatível
tipado especialmente para um receptor, podem ser obtidas várias doses deste doador selecionado Dose Uma bolsa de concentrado plaquetário colhido de um
doador único por aférese é geralmente equivalente a uma dose terapêutica
Administração A mesma dos concentrados plaquetários, porém a compatibilidade ABO é mais importante: altos títulos de anti-A ou anti-B no plasma do doador utilizado para a suspensão das plaquetas podem ocasionar hemólise nas hemácias do receptor
Produtos sanguíneos
PLASMA FRESCO CONGELADO PLASMA FRESCO CONGELADOPLASMA FRESCO CONGELADO PLASMA FRESCO CONGELADO PLASMA FRESCO CONGELADO
Descrição Bolsa contendo o plasma separado de uma doação
de sangue total dentro de 6 horas após a coleta, e a seguir, rapidamente congelado a -25o C ou menos
Contém níveis plasmáticos normais dos fatores
estáveis da coagulação, albumina e imunoglobulina
Nível de fator VIII de pelo menos 70% do nível
plasmático normal
Unidades Volume de cada bolsa geralmente entre 200-300 ml Bolsas contendo volumes menores podem ser
disponíveis para crianças
Risco infeccioso Se não tratado, o mesmo do sangue total
Risco muito baixo se tratado com azul de metileno/
inativação com luz ultravioleta (ver inativação viral do plasma)
Armazenamento A -25o C ou inferior, válido por até um ano
Antes da utilização, deve ser descongelado no banco
de sangue em água entre 30oC a 37oC. Temperaturas superiores poderão destruir fatores de coagulação e proteínas
Uma vez descongelado, deve ser armazenado em
refrigerador entre + 2oC e + 6oC
Indicações Reposição de deficiências de múltiplos fatores de
coagulação, por exemplo: - Doenças hepáticas
- Doses excessivas de warfarínicos (anticoagulantes) - Depleção de fatores de coagulação em pacientes
recebendo grandes volumes transfusionais
Coagulação intravascular disseminada (CIVD) Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)
Precauções Reações agudas alérgicas não são incomuns,
especialmente em infusões rápidas
Reações anafiláticas graves com risco de vida podem
ocorrer ocasionalmente
A hipovolemia isolada não é uma indicação ao seu
uso
Produtos sanguíneos
Administração Deve ser geralmente ABO compatível, a fim de se
evitar o risco de hemólise no receptor
Não são necessários testes de compatibilidade Infundir com a utilização de um equipo padrão de
administração logo após o descongelamento
Os fatores lábeis de coagulação se degradam
rapidamente; utilizar dentro de 6 horas após o descongelamento PLASMA LÍQUIDO PLASMA LÍQUIDO PLASMA LÍQUIDO PLASMA LÍQUIDO PLASMA LÍQUIDO
Descrição Plasma separado de uma doação de sangue total e
armazenado a + 4o C
Não contém fatores lábeis da coagulação (Fatores V
e VIII) PLASMA LIOFILIZADO PLASMA LIOFILIZADO PLASMA LIOFILIZADO PLASMA LIOFILIZADO PLASMA LIOFILIZADO
Descrição Plasma oriundo de pool de vários doadores antes da liofilização
Risco infeccioso Sem etapas de inativação viral, de sorte que o risco
de transmitir infecções é, portanto, multiplicado várias vezes
Es Es Es Es
Esttttte é um pre é um pre é um pre é um pre é um produtodutodutodutoduto obsoleo obsolettttto, não deo obsoleo obsoleo obsoleo, não deo, não deo, não deo, não devendo ser utilizadovendo ser utilizadovendo ser utilizadovendo ser utilizadovendo ser utilizado PLASMA POBRE EM CRIOPRECIPIT
PLASMA POBRE EM CRIOPRECIPIT PLASMA POBRE EM CRIOPRECIPIT PLASMA POBRE EM CRIOPRECIPIT PLASMA POBRE EM CRIOPRECIPITADOADOADOADOADO
Descrição Plasma em que cerca de metade do fibrinogênio e Fator VIII foram removidos como crioprecipitado, mas que contém todos os outros constituintes do plasma
Produtos sanguíneos
PLASMA COM INATIVAÇÃO VIRAL PLASMA COM INATIVAÇÃO VIRALPLASMA COM INATIVAÇÃO VIRAL PLASMA COM INATIVAÇÃO VIRAL PLASMA COM INATIVAÇÃO VIRAL
Descrição Plasma tratado pela inativação com azul de metileno/
luz ultravioleta, a fim de reduzir o risco de HIV, hepatite B e hepatite C
O custo deste produto é consideravelmente maior do
que o plasma fresco convencional
Risco de infecção A inativação de outros vírus, tais como o da hepatite
A e parvovírus humano B19 é menos eficiente CRIOPRECIPITCRIOPRECIPITCRIOPRECIPITCRIOPRECIPITCRIOPRECIPITADOADOADOADOADO
Descrição Preparado do plasma fresco congelado pela coleta
do crioprecipitado formado durante o
descongelamento controlado a +4o C e ressuspenso em 10-20 ml de plasma
Contém cerca de metade dos níveis de Fator VIII e
fibrinogênio do sangue total: por exemplo: Fator VIII 80-100 UI/bolsa; fibrinogênio 150-300 mg/bolsa Unidades Geralmente fornecido como uma bolsa única, ou uma
bolsa contendo 6 ou mais unidades provenientes de doações individuais em forma de pool
Risco infeccioso Igual ao plasma, mas uma dose normal de um adulto
envolve pelo menos 6 exposições a doadores Armazenamento A -25o C ou inferior, válido por até um ano
Indicações Como uma alternativa ao concentrado de Fator VIII
no tratamento de deficiências hereditárias do: - Fator de von Willebrand (doença de von Willebrand) - Fator VIII (hemofilia A)
- Fator XIII
Como fonte de fibrinogênio em coagulopatias
adquiridas , por exemplo, coagulação intravascular disseminada (CIVD)
Administração Se possível, usar um produto ABO compatível Não são necessários testes de compatibilidade Após o descongelamento, infundir assim que possível
com a utilização de um equipo padrão de administração
Deve ser infundido dentro de 6 horas após o
Produtos sanguíneos
Derivados plasmáticos
SOLUÇÕES DE ALBUMIN SOLUÇÕES DE ALBUMIN SOLUÇÕES DE ALBUMIN SOLUÇÕES DE ALBUMINSOLUÇÕES DE ALBUMINA HUMANA HUMANA HUMANA HUMANA HUMANAAAAA
Descrição Preparado pelo fracionamento de grandes pools de plasma doado
Preparações Albumina a 5%: contém 50 mg/ml de albumina Albumina a 20%: contém 200 mg/ml de albumina Albumina a 25%: contém 250 mg/ml de albumina Solução protéica estável do plasma (SPEP) e fração
protéica do plasma (FPP): concentrações de albumina semelhantes à albumina a 5%
Risco infeccioso Sem risco de transmissão de doenças virais se produzida corretamente
Indicações Fluido de reposição em plasmaférese terapêutica:
usar albumina a 5%
Tratamento de edema resistente a diuréticos em
pacientes hipoproteinêmicos: por exemplo, síndrome nefrótica ou ascite. Utilizar albumina a 20% com diurético
Embora a albumina a 5% esteja atualmente
licenciada para uma grande variedade de indicações (por exemplo, reposição de volume, queimaduras e hipoalbuminemia), não há evidências que ela seja superior à solução de salina ou outro fluido de reposição cristalóide para a reposição aguda do volume plasmático
Precauções A administração de albumina a 20% pode ocasionar expansão aguda do volume intravascular com risco de edema pulmonar
Contra-indicações Não utilizar para nutrição parenteral: trata-se de um recurso caro e ineficiente como fonte de aminoácidos Administração Não são necessários testes de compatibilidade
Produtos sanguíneos
FATORES DA COAGULAÇÃOFATORES DA COAGULAÇÃOFATORES DA COAGULAÇÃOFATORES DA COAGULAÇÃOFATORES DA COAGULAÇÃO Concentrado de Fator VIII Concentrado de Fator VIIIConcentrado de Fator VIII Concentrado de Fator VIII Concentrado de Fator VIII
Descrição Fator VIII parcialmente purificado, preparado a partir
de grandes pools de plasma doado
A concentração de Fator VIII varia de 0,5-20 UI/mg
proteína. São disponíveis preparados com maior atividade
Os produtos que são licenciados em alguns países
(por exemplo, EUA e União Européia) são todos aquecidos e/ou quimicamente tratados, de sorte a reduzir o risco de transmissão viral
Preparações Frascos contendo proteína liofilizada rotulados com o seu conteúdo, geralmente em torno de 250 UI de fator VIII Risco infeccioso Os produtos atualmente “inativados” parecem não
transmitir o HIV, HTLV, hepatite C ou outros vírus que tenham envelope lipídico: a inativação de vírus não envelopados tais como a hepatite A e parvovírus é menos eficiente
Armazenamento +2o C a +6o C até a data definida do vencimento, salvo indicado de outra maneira pelo fabricante
Indicações Tratamento da hemofilia A
Tratamento da doença de von Willebrand: usar
apenas preparados que contenham Fator de von Willebrand
Dose Veja página 124
Administração Reconstituir de acordo com as normas do fabricante Uma vez que o liofilizado esteja dissolvido, remover
a solução utilizando agulha e filtro e infundir com equipo padrão de infusão em até 2 horas Alternativas Crioprecipitado, plasma fresco congelado
Fator VIII preparado in vitro, utilizando-se métodos
de DNA recombinante é disponível comercialmente Equivalente clínico ao fator VIII derivado do plasma e não tem o risco de transmissão de patógenos derivados de doadores de plasma.
Produtos sanguíneos
DERIV DERIV DERIV DERIV
DERIVADOS PLASMÁTICOS CONTENDO FADOS PLASMÁTICOS CONTENDO FADOS PLASMÁTICOS CONTENDO FADOS PLASMÁTICOS CONTENDO FADOS PLASMÁTICOS CONTENDO FAAAAATTTTTOR IXOR IXOR IXOR IXOR IX Concentrado do complexo protrombínico (CCP) Concentrado do complexo protrombínico (CCP) Concentrado do complexo protrombínico (CCP) Concentrado do complexo protrombínico (CCP) Concentrado do complexo protrombínico (CCP) Concentr
Concentr Concentr Concentr
Concentrado de Fado de Fado de Fado de Fado de Fatatatatator IXor IXor IXor IXor IX
Descrição Contém: CCPCCPCCPCCPCCP FFFFFatatatatator IXor IXor IXor IXor IX
Fator II, IX e X
a
a
Fator IX (somente)a
Alguns preparados tambéma
contêm Fator VII
Preparações Frascos contendo proteína liofilizada rotulados com o seu conteúdo, geralmente de 350-600 UI de fator IX Risco infeccioso Igual ao Fator VIII
Armazenamento Igual ao Fator VIII
Indicações Tratamento da
a
a
hemofilia B (doença de Christmas) Correção imediata dea
tempo de protrombina prolongadoContra-indicações O CPP não é aconselhado em pacientes com doença hepática ou tendência trombótica
Dose Veja página 125 Administração Igual ao fator VIII Alternativas Plasma
O Fator IX produzido por métodos de DNA recombinante in vitro será logo disponível para o tratamento da hemofilia B
FATORES DE COAGULAÇÃO PARA PACIENTES COM INIBIDORES FATORES DE COAGULAÇÃO PARA PACIENTES COM INIBIDORES FATORES DE COAGULAÇÃO PARA PACIENTES COM INIBIDORES FATORES DE COAGULAÇÃO PARA PACIENTES COM INIBIDORES FATORES DE COAGULAÇÃO PARA PACIENTES COM INIBIDORES AAAAAO FO FO FO FAAAAATTTTTOR VIIIO F OR VIIIOR VIIIOR VIIIOR VIII
Descrição Fração plasmática tratada pelo calor contendo fatores da coagulação parcialmente ativados
Risco infeccioso Provavelmente o mesmo que outros fatores tratados pelo calor
Indicações Utilizar apenas em pacientes com inibidores ao Fator VIII Administração Deve ser usado apenas com o aconselhamento de
Produtos sanguíneos
IMUNOGLOBULINAS IMUNOGLOBULINAS IMUNOGLOBULINAS IMUNOGLOBULINAS IMUNOGLOBULINAS
Imunoglobulina para uso intramuscular Imunoglobulina para uso intramuscularImunoglobulina para uso intramuscular Imunoglobulina para uso intramuscular Imunoglobulina para uso intramuscular
Descrição Solução concentrada de anticorpos IgG componentes do plasma
Preparados Imunoglobulina padrão ou normal: preparada a partir de grandes pools de doações, contendo anticorpos contra
agentes infecciosos aos quais a população de doadores f o i exposta
Risco infeccioso A transmissão de infecções virais não foi relatada com a imunoglobulina intramuscular
Indicações Imunoglobulina hiperimune ou específica:
proveniente de pacientes com altos níveis de anticorpos específicos a agentes infecciosos: por
exemplo, hepatite B, raiva, tétano
Prevenção de infecções específicas Tratamento de infecções específicas
Administração Não administrar intravenosamente, pois reações graves podem ocorrer
Imunoglobulina anti-RhD (anti-D RhIG) Imunoglobulina anti-RhD (anti-D RhIG)Imunoglobulina anti-RhD (anti-D RhIG) Imunoglobulina anti-RhD (anti-D RhIG) Imunoglobulina anti-RhD (anti-D RhIG)
Descrição Preparada a partir de plasma contendo altos níveis de anticorpos anti-RhD de pessoas previamente imunizadas Indicações Prevenção da doença hemolítica do recém nascido de
mães RhD negativo (ver página 144-146)
Imunoglobulina para uso intravenoso Imunoglobulina para uso intravenosoImunoglobulina para uso intravenoso Imunoglobulina para uso intravenoso Imunoglobulina para uso intravenoso
Descrição Assim como a preparação intramuscular, mas com processamento subseqüente, de forma a produzir um produto seguro para administração IV
Indicações Púrpura trombocitopênica auto-imune idiopática e
algumas outras doenças imunes
Tratamento de estados de imunodeficiência Hipergamaglobulinemia
Produtos sanguíneos
Procedimentos
transfusionais clínicos
Pontos chave
1 Cada hospital deve ter procedimentos operacionais padrão para cada etapa do processo clínico transfusional. Toda a equipe deve ser treinada para seguí-los adequadamente.
2 A comunicação clara e cooperação entre a equipe clínica e transfusional é essencial para se garantir a segurança do sangue liberado para transfusão.
3 O banco de sangue não deve liberar sangue para transfusão a não ser que uma requisição tenha sido preenchida corretamente. A requisição deve incluir a razão para a transfusão, de sorte que o produto mais adequado possa ser selecionado para os testes de compatibilidade. 4 Os produtos sangüíneos devem ser mantidos dentro das condições
corretas de armazenamento durante o transporte e no local onde ocorrerá a transfusão, a fim de se evitar perda de função ou contaminação bacteriana do produto.
5 A transfusão de um componente sangüíneo incompatível é a causa mais freqüente de reações transfusionais agudas, as quais podem ser fatais. A administração segura do sangue depende de:
Identificação única e correta do paciente
Identificação e rotulação correta da amostra para os testes pré-transfusionais
Ume verificação final da identidade do paciente e da unidade de sangue, a fim de garantir a administração do sangue correto ao paciente correto.
6 Para cada unidade transfundida, o paciente deve ser monitorado por um membro treinado da equipe antes, durante e ao término da transfusão.
Procedimentos trasfusionais clínicos
Transfundindo o sangue correto para o
paciente correto no tempo correto
Uma vez que a decisão de se transfundir tenha sido feita, todos envolvidos no procedimento transfusional clínico têm a responsabilidade de garantir que o sangue correto seja administrado no paciente correto no tempo correto.
As normas nacionais sobre a utilização clínica do sangue devem ser sempre seguidas em todos os hospitais em que ocorram transfusões. Se nenhuma norma nacional existir, cada hospital deverá desenvolver normas locais e, como ideal, estabelecer um comitê de transfusão hospitalar para monitorar a utilização clínica do sangue e investigar qualquer reação transfusional aguda ou tardia.
Cada hospital deve assegurar que os seguintes itens estejam no local. 1 Um formulário de requisição transfusional
2 Um esquema de solicitação transfusional para procedimentos cirúrgicos comuns
3 Normas sobre indicações clínicas e laboratoriais para a utilização do sangue e seus produtos, e alternativas simples a transfusões, incluindo fluidos de reposição intravenosos, e aparelhos médicos e farmacêuticos que possam minimizar a necessidade transfusional
4 Os procedimentos operacionais padrão para cada etapa no procedimento clínico transfusional, incluindo:
Solicitação de sangue e produtos sangüíneos para cirurgias
eletivas/ planejadas
Solicitação de sangue e produtos sangüíneos em
emergência
Completar um formulário de requisição transfusional Colher e rotular uma amostra sangüínea pré-transfusional Armazenar e transportar sangue e produtos sangüíneos,
incluindo armazenamento na área de transfusão
Administrar sangue e produtos sangüíneos, incluindo a
verificação final da identidade do paciente
Registrar as transfusões no registro do paciente
Monitorar o paciente antes, durante e após a transfusão Gerenciar, investigar e registrar as reações transfusionais