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UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

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Academic year: 2021

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A DEFINIÇÃO DA VOLUMETRIA NO PROJETO ARQUITETÔNICO  Ana Carolina Marinho Ribeiro (2), Aluísia Márcia Fonseca de Lima (3) 

Centro de Tecnologia/ Departamento de Arquitetura/ MONITORIA 

Resumo 

O  referido  trabalho  é  o  cumprimento  do  programa  acadêmico  de  monitoria,  período  2005.1/  2005.2,  da  disciplina  Oficina  de  Plástica  II 1 ,  sob  a  orientação  da  Professora  Aluísia  Márcia  Fonseca  de  Lima.  O  mesmo  tem  por  objetivo  retratar  a  definição  da  volumetria  nos  projetos  arquitetônicos  ressaltando  as  dificuldades  que  o  projetista  enfrenta,  no  decorrer  do  processo  projetual, associando a funcionalidade do projeto à sua composição plástica. Para satisfazer a  este objetivo foi utilizada uma pesquisa bibliográfica onde se buscou referências sobre o tema  em  questão,  enfatizando  o  acervo  de  bibliotecas,  como  também  uma  pesquisa  criteriosa  em  sites  de  internet  que  apresentassem  fontes  seguras  para  a  elaboração  do  mesmo,  sendo  encontrados  um  rico  conteúdo  em  imagens  que  exemplificam  o  tema  em  questão.  Enfim,  procura­se  demonstrar  a  complexidade  deste  projeto  através  da  construção  do  conhecimento  das variáveis do processo criativo e é criada a consciência da força dos elementos de base no  ato de projetar.  Palavras – chave: Projeto; Funcionalidade; Volumetria.  Introdução  Disciplina ministrada através de aulas práticas, nas quais os alunos podem desenvolver  todo o seu potencial criativo. Tratando­ se, portanto, de um exercício efetivo desempenhado a  partir  do  auxílio,  dentro  e  fora  da  sala  de  aula,  com  os  alunos  desta  disciplina  visando  um  esclarecimento dos assuntos abordados e uma melhor orientação de manufatura, fator básico  para  cumprimento  de  ensino.  No  decorrer  desta  monitoria  também  foram  realizados  estudos  bibliográficos  e  pesquisa  de  imagens  em  sites  da  internet  cujo  interesse  ressalta  o  tema  “A  definição  da  volumetria  no  projeto  arquitetônico”,  onde  o  mesmo  descreve  a  definição  da  plasticidade nos projetos evidenciando as dificuldades que o projetista enfrenta, no andamento  deste  processo  projetual,  associando  funcionalidade  à  sua  composição  plástica  e  que,  foram  debatidos com a orientadora, como serão enfatizadas no desenvolvimento deste. 

A definição da volumetria no projeto arquitetônico 

O profissional da área ao ser solicitado para a elaboração de um projeto arquitetônico,  dispõe  de vários critérios  de análise para se chegar ao objetivo do cliente, satisfazendo  a um  programa de necessidades. Contudo, todo indivíduo busca no próprio habitat o seu referencial  de estética e bem­ estar. 

Partindo do projeto para  o objeto  representado, há  como resultado a produção de um  conjunto de especificações e representações que variam de acordo com o tempo e sua cultura.  Esse progresso é correlato às tais etapas que, para uma definição do trabalho profissional em  nosso meio, seguem da seguinte forma: croquis preliminares, anteprojeto e projeto. No entanto,  suas representações  gráficas mostram as propriedades do objeto imaginado  enfatizando suas  formas,  dimensões,  movimentos,  plasticidade  e  materiais,  fundamentos  estes  que  dominam  todas  as  etapas  do  desenhar.  Como  se  percebe,  aceitamos  que  o  processo  de  idealização  avança  do  geral  para  o  particular,  desde  a  definição  de  idéias  esquemáticas  sobre  a  forma 

A disciplina Oficina de Plástica II faz parte da grade curricular do Curso de Arquitetura e Urbanismo ­  Bacharelado, com uma carga horária de 90 horas e 6 créditos curriculares. 

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prioridade do fator funcional, por conseguinte, existem esquemas e tipologias que o conduzam  desta  funcionalidade  à  forma,  percebendo­se  que  ainda  resta  uma  ampla  margem  entre  o  esquema e sua tradução formal volumétrica. 

O  projeto  é  a  descrição  de  um  objeto  que  não  existe  no  início  do  processo  e,  seu  resultado é justamente o objeto. Mais precisamente, esta descrição do objeto é feita a partir de  meios  analógicos,  ou  seja,  por  desenhos  e  maquetes  –  principalmente  um  volume  plástico  dotado  de  visualizações  precisas  –  acompanhado  de  especificações  escritas  sobre  propriedades dos materiais propostos para sua construção. 

A  cada  tentativa  de  representação  nos  detemos  em  dar  soluções  tridimensionais  ao  aspecto do problema, observado pelo arquiteto ao iniciar a representação. Para tanto, cada vez  que  o  desenho  é  terminado,  há  uma  percepção  do  problema  que  pretendia  resolver,  uma  evolução. Se inicialmente o projetista tenta fazer uma representação como  se tivesse certeza  do  objeto,  o  processo  fica  travado  ou  o  objeto  fica  empobrecido.  E  isto  é  o  que  acontece  quando o profissional se concentra apenas na representação da planta­ baixa, e apenas parte  para as outras  etapas se  esta já está totalmente definida. A planta produz a ilusão  de que  se  domina  a  realidade  tridimensional,  um  efeito  particularmente  grave  na  fase  de  formação  do  arquiteto, não apenas para quem está aprendendo. 

Segundo  Martinez,  “No  início  do  curso,  quando  o  estudante  enfrenta  termos  de  reduções reduzidas, o emprego de maquetes e outras representações sintéticas (como oposto  à analítica) dá bons resultados. Contudo, mais adiante se produz um fenômeno paradoxal: nos  primeiros  anos,  o  aluno  aceita  de  boa  vontade  a  necessidade  de  trabalhar  simultaneamente  com  diversas  representações,  equilibrando  de  certo  modo  as  limitações  e  as  deformações  próprias  de  cada  uma  delas.  Porém,  interpreta  esta  necessidade  como  uma  incapacidade  subjetiva e passageira, fruto da inexperiência, e não como  um problema intrínseco dos meios  empregados, tal como aqui tentamos mostrar. Portanto, após algumas experiências de projeto,  o  aluno passa a se considerar capacitado para deixar de lado esses procedimentos e projetar  tal como fazem os arquitetos experientes quer dizer, em planta.” 

Assim,  de  acordo  com  todos  esses  parâmetros  verificamos  nos  exemplares  abaixo  o  uso preciso da associação de uma volumetria funcional com representações de planta­ baixas,  enfatizando, contudo, os projetos de arquitetos de renome mundial. 

A Igreja do Jubileu, localiza em Roma – Itália, é um projeto do arquiteto Richard Meier.  Esta obra com cerca de 2. 501 m², obtiveram um andamento tardio na sua execução pois seu  início  está  datado  em  1996  e  sua  conclusão  no  ano  de  2003.  Desempenhando  a  função  de  templo  comunitário,  esta  edificação  está  implantada  num  terreno  de  forma  triangular  e  apresenta seu acesso principal na porção leste e, em sua porção norte estão os jardins e áreas  livres  destinadas  para  o  lazer.  No  volume  construído,  a  forma  é  responsável  pela  clara  distinção  de  funções,  as  curvas  do  espaço  sacro  ­  que  se  materializam  em  conchas  de  concreto,  revestidas  em  mármore  que  entre  as  mesmas  são  vedadas  por  caixilhos  e  vidros  permitindo a entrada  da luz natural e, essas três curvas  evidenciam a Santíssima Trindade­ e  quadrados  sagrados.  A  ala  de  aspecto  profano  é  formada  por  sucessivas  sobreposições  de  quadrados e retângulos, bem característicos das obras do arquiteto.

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Figura 01: Conchas de concreto       Figura 02: Volume da sacristia 

Figura 03: Elevação Leste      Figura 04: Elevação Oeste 

O Templo da Paz, localizado no Brasil mais precisamente em Curitiba – PR, este é um  projeto do  arquiteto Manoel Coelho e que, obtém como área construída apenas 200 m². Obra  executada  no  ano  de  2002,  este  espaço  destaca­se  por  sua  singularidade  de  formas  onde  contém  um  volume  poliédrico  vedado  por  vidros,  com  proteção  de  brises  de  alumínio  e  ancorado  no  lago  que  enfatizam  a  leveza  da  proposta  .  Sua  implantação  é  tida  a  partir  de  fundações  em  balsas  e  seu  acesso  é  por  meio  de  uma  passarela  em  estrutura  metálica  partindo da praça frontal. Em seu interior, existe um piso de madeira apoiado diretamente sob a  estrutura  metálica  e  que  também  está  presente  em  volumes  verticalizados  que  incorporam  a  edificação interna. Um ponto importante para este projeto é a utilização da luz que valorizam o  volume. 

Figura 05: Volumetria Assimétrica       Figura 06: Acesso ao Templo 

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uma sustentação por finos tendões de aço, medindo cerca de 60 m de comprimento e também  cerca de 90 toneladas. No entanto, o projeto procurou integrar­ se a cidade. 

Figura 09: Volumetria de destaque      Figura 10: Passarela 

Figura 11: Formas Ousadas  Figura 12: Maquete 

Já  o  Novo  Museu,  localizado  também  na  cidade  de  Curitiba  –  PR,  é  um  projeto  do  arquiteto  Oscar  Niemeyer  e  sua  construção  é  tida  pelo  ano  de  2002.  Este  projeto  apresenta  uma  proposta  ambiciosa  que,  sendo  formado  por  duas  edificações  independentes,  que  são  conectadas  por  uma  rampa  sinuosa  –  característica  marcante  das  obras  do  arquiteto  –  onde  conduz o visitante ao interior das edificações. A obra já existente é um retângulo de 200 m X 30  m em concreto, o novo prédio possui aproximadamente 3.000 m² de área construída e que faz  feição  a  um  gigantesco  olho,  apoiado  por  uma  estrutura  central  e  que  apresenta  um  enorme  balanço.    As  edificações  que  compõem  este  projeto  são  de  formas  completamente  opostas,  onde  são  destacadas  tanto  as  formas  retas  quanto  as  sinuosas,  e  que  se  completam  de  alguma  forma.  O  olho  apresenta  um  caráter  de  escultura  e  o  retângulo  desempenha  mais  a  função de serviço, porém apresentam­ se com caráter monumental. 

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Figura 15: Maquete       Figura 16: Perspectiva 

Conclusão 

Por  fim,  admite­se  demonstrar  a  qualidade  dos  projetos  através  da  abrangência  e  junção de conhecimentos a todos os condicionantes deste processo criativo e assim, obter uma  definição precisa do objeto. Aspectos importantes para aperfeiçoar as idéias na elaboração do  futuro profissional. 

Referências Bibliográficas 

•MARTINEZ,  Alfonso  Corona.  Ensaio  sobre  o  projeto.  Brasília:  Editora  Universidade  de  Brasília, 2000.  •ANGIER, N. Excesso de liberdade para inibir criatividade. O Estado de São Paulo, 8/ Set/  1999, A1C.  •WONG, W. Princípios de forma e desenho.  São Paulo: Martins Fontes, 1998.  •http//: www.fec.unicamp.br  •http//: www.arcoweb.com.br

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