XIX curso de
fabricação caseira de
cerveja
PUCRS Janeiro de 2015 Glauco Caon & Renata Medina
apresentação
Glauco Caon
Bolsista PDJ/CNPq, Centro de Estudos em Estresse Oxidativo, Dep.
Bioquímica – UFRGS.
sites importantes
Acerva Gaúcha:
http://www.acervagaucha.com.br/
Cerveja Artesanal POA
http://br.groups.yahoo.com/group/cervejaartesanalpoa/
HopVille:
http://hopville.com/
How to Brew – John Palmer (RTFP!)
origem da cerveja
Cultivo da Cevada: Crescente Fértil
Sumérios - 6.000 anos A.C.
Bebidas alcoólicas
Consolidação das sociedades
(Joffe et al., 1998)
Nutrição
Função Medicinal
domesticação do Fermento
Linhagens preferidas eram favorecidas
Cerveja na Europa
Idade Média
Tipo Ale
Cervejas Lager
Século XVII – Bavária
Reinheitsgebot (Lei de Pureza Alemã) de 1516:
Ingredientes permitidos para cerveja: malte de cevada, água e lúpulo.
Usualmente são
utilizados
fermentos do
gênero
Saccharomyces
fermento
fermentos cervejeiros
Ale (Saccharomyces cerevisiae)
‘
alta
fermentação’
de 16 a 24
oC
fermentos cervejeiros
Lager (S. pastorianus )
‘baixa fermentação’
Estilos: Bock, Pilsen, Helles, Export...
de 7 a 13oC
Não encontrado na natureza > depende da propagação por humanos
Lambics
Fermentado por bactérias e/ou
leveduras selvagens
Bacteria (Lactobacillus delbrueckii)
- intenso azedo lático Gênero Brettanomyces
Estilos Ale Ácida (Sour ale):
Berliner Weiss, Flanders Red Ale, Oud Bruin, Straight (Unblended) Lambic, Gueuze, Fruit Lambic.
estilos
BJCP
http://www.bjcp.org/
receita - 6B. Blonde
Beertools:
http://beertools.com
Beersmith:
equipamento
Material de limpeza e proteção:
Iodofor Escovas Esponjas Sabão neutro ‘rabo de gato’ Luvas de limpeza Botas Avental Óculos
equipamento
equipamento
equipamento
Chiller:
Função de resfriar o mosto em pouco tempo
Contra-corrente
equipamento
Fermentadores:
Plásticos fundo reto
Plásticos fundo cônico
equipamento
Mangueiras/conexões: Material de aferição: Termômetro Densímetro Refratômetro Balança Fitas de pH Filtrosanitização
Etapa mais importante pré-brassagem
Muito açúcar durante todo o processo + processo longo (2 ou + semanas)= ALTO RISCO DE CONTAMINAÇÃO!!!
Limpar/Sanitizar
IODOFOR
Ácido Hiperacético
sanitização
Problemas na cerveja:
Sanitização
Problemas na cerveja:
Cheiro de ovo (odores sulfúricos)
Causas principais:
Bactérias
Azedo/Avinagrado:
Acetobacter
Lactobacilos (ácido lático)
sanitização
Turbidez indesejada
perfil da água
Importante fazer da água do local de
brassagem
dmae@dmae.prefpoa.com.br
Quimioambiental (Porto Alegre) –
51.39043600
perfil da água
Para cervejeiros os íons mais importantes são:
Brassagem e fermentação: cálcio (Ca+2), Magnésio (Mg+2), alcalinidade total (CaCO3, pode ser indicado como íon
carbonato [HCO3-])
Sabor: sódio (Na+1), cloro (Cl-1) e sulfatos (SO4-)
DMAE /POA 17 2 8 48 14 43
Faixa para cerveja = 50-200 ppm. DMAE: 17ppm
Reação cálcio + fosfatos do malte reduzem pH.
Promove a translucidez evitando o Chill haze, sabor e estabilidade na cerveja final.
Faixa cervejeira = 10-30 ppm. DMAE: 2 ppm
Se comporta de forma muito semelhante ao cálcio. É um nutriente importante para as leveduras em pequenas quantidades (10 -20 ppm). Níveis
superiores a 125 ppm podem ser laxantes e diuréticos.
Faixa cervejeira= 0-150 ppm. DMAE: 8 ppm.
-
< 150 ppm arredonda os sabores de cerveja, acentuando o dulçor do malte.- > 200 ppm a cerveja pode apresentar gosto salgado. A combinação de sódio com uma alta concentração de íons sulfato gera amargor alto.
Faixa cervejeira= 0-200 ppm.
DMAE: 14 ppm.
O íon cloreto acentua o sabor da cerveja, tornando arredondado, cheio, dulçor com caráter de malte
> 300 ppm pode levar a sabores de band-aid devido ao clorofenol.
Faixa cervejeira = 50-150 ppm para cervejas normalmente amargas, 150-350 ppm para cervejas muito amargas.
DMAE: 48 ppm
Acentua o amargor do lúpulo, tornando mais seco, mais arredondado.
> 400 ppm resulta em adstringência desagradável > 750 ppm, pode causar diarréia.
Relação Sulfato-Cloreto
Influencia no balanço lupulado-maltado, seco-encorpado
É perceptível entre 50 - 150 ppm
Relação 9:0.5 para ales
Pale e light lagers que dependem do aroma de lúpulos
nobres, < 100 ppm é recomendado
Para entender esta relação:
Dissolver em copos separados de água morna a mesma quantidade de CaCl2 e CaSO4
pH
Fundamental para o bom funcionamento e resultado da mosturação
pH ideal = 5.2 a 5.6
pH varia com a temperatura: 0.34 de diferença entre 18 e 65oC
pH 5.0 – 5.2: favorecimento de proteólise (maltes
não modificados)
Alcalinidade residual (RA)
Minerais presentes são mais importantes que o pH da
água para tamponamento
No mosto a temperatura afeta pH
Tampão:
pH + minerais
DMAE /POA 7 2 8 48 14 43
Água
Alcalinidade residual (RA)
Pode ser expresso como
RA (ppm CaCO3) = Alcalinidade (ppm CaCO3) – [(Ca (ppm)/1.4 + (Mg(ppm)/1.7)]
Água de Porto Alegre
RA (ppm CaCO3) = 35 (ppm CaCO3) – [(17 (ppm)/1.4 + (2(ppm)/1.7)] = 21,7 Ca Mg Na + SO4-2 Cl- CaCO3 RA DMAE 17 2 8 48 14 35 21,7
Perfil Lager
Tipo Cor Amargor Ca Alcalinidade SO4 Cl AR Estilos
Light lager Claro Leve (alto)
50 0-40 0-50 50-100 -60-0 Lite american lager, standard american lager, Munich Helles,(Bohemian
Pils) Lager média Clara Moderado/
alto 50-75/ 75-150 0-40/ 40-80 50-150 50-100 -60-0/ -30-30
American Premium lager, german pils, classic
american pils, (Dortumnder Export) Lager média Âmbar Leve a
moderado
50-75 40-120 0-100 50-150 0-60 Vienna, Oktoberfest
Lager média Marrom/preto Leve a moderado
50-75 80-120 0-50 50-150 40-80 American dark, Munich Dunkel, Schwarzbier Lager forte Âmbar Leve a
moderado
50-75 40-80 0-100 50-150 0-60 Helles/maibock, Traditional, bock,
doplebock Lager forte Marrom/preto Leve a
moderado
50-100 80-150 0-100 50-100 60-120 Traditional bock, dopplebock, eisbock,
Perfis Ale
Tipo Cor Amargor Ca Alcalinidade SO4 Cl AR Estilos
Ale leve Claro moderado 50-100 0-80 100-200 50-100 -60-0 Blonde ale, American wheat,
standard bitter, Best Bitter
Ale leve Âmbar Leve/
moderado 50-150 40-120 100-200 50-100 0-60
English mild, Scottish 60/70/80, Standard bitter, Best Bitter
Ale leve Marrom/preta moderado 50-75 80-150 50-150 50-100 30-90 English Brown, Brown Porter, Dry Stout
Ale média
clara Leve a moderado
50-100
0-80 0-50 0-100 -30-0 Weizen, Witbier, Cream Ale, Blonde Ale, Kolsch
Ale média clara Moderado/ forte
50-150
40-120 100-400 0-100 -30-30 American Pale Ale, American XPA,
Saison, American IPA, Double IPA
Ale média
Âmbar
Moderado/
forte 50-150 40-120 100-300 50-100 0-60
Altbier, California Common, ESB, Irish red, American Amber, English IPA, Roggenbier, Belgian
pale, Saison
Ale média
Marrom/preta
Moderado/
forte 50-75 80-160 50-150 50-150 60-120
American Borwn, English Brown, Brown Porter, Porter, Robust porter, Dry Stout, Sweet Stout,
Oatmeal Stout, Foreign Extra Stout, American Stout,
Dunkelweizen
Ale forte Clara moderado 50-100 0-40 50-100 50-100 -30-0 Belgian Blonde, Golden Strong,
tripel
Ale forte Âmbar Moderado/
forte 50-100 40-120 50-100 50-150 0-60
Strong Scotch ale, Biére de garde, Dubbel, Old ale, barley Wine
Ale forte Marrom/preto Moderado/
forte 50-75 120-200 50-150 50-150 120-200
Baltic porter, foreign extra stout, american stout, russian imperial stout, weizenbock, belgian dark
Alcalinidade residual (RA)
Redução da alcalinidade
Diluição com água deionizada ou de osmose-reversa
Diluição 1:1 dilui em 50% a alcalinidade
Fervura
Remoção de CO2 consome prótons
Aumenta o pH
Bicarbonato se converte em íon carbonato
Alcalinidade residual (RA)
Alcalinidade residual (RA)
Redução da alcalinidade
Hidróxido de Cálcio [Ca(OH)2] – Cal
Ácido
HCl, H2PO3, H2SO4
Alcalinidade residual (RA)
Adição de alcalinidade
Mais comuns são de cevada e trigo.
BeerSmith
Escolha dos maltes no BeerSmith.
Importante: acondicionamento em local
seco.
1º. Passo: Moagem do malte.
- Expõe o amido do grão
2º. Passo: Mosturação.
- Tem como objetivo a formação do mosto
- Mistura do malte moído com a água pré aquecida
Atividade enzimática
Fitase (Parada ácida)
30 a 52oC
Atividade enzimática
Beta-Glucanase (Gelatinização)
Responsável pela quebra de beta-glucanos em
sementes não maltadas
Cevada, centeio, aveia e trigo (20%).
Maltes modificados não é necessário
35 a 45oC
Weizen
Atividade enzimática
Proteases e peptidases (Parada Proteica)
Responsável pela quebra de proteínas
longas e insolúveis
> espuma.
Peptídeos, AA e FAN = nutrientes para o
fermento
35 a 65oC
+ 20% de grãos não maltados
De 45 a 50oC – parada proteica + beta-glucanase (weizen)
Atividade enzimática
Enzimas diastáticas (Sacarificação)
Transformação do amido em açúcares:
α – amilases (60 a 70
oC)
ß – amilases (55 a 65
oC)
Atividade enzimática
+ malte, +álcool
Cálculo OG/FG
Sacarificação entre 60 e 65oC (B- amilase) = cerveja mais leve e
seca
Sacarificação entre 67 e 71oC (alfa-amilase) = cerveja mais densa e
doce
Enzimas do malte
Maltes escuros – não tem poder diastático ou está reduzido
Problemas
Oxidação dos ácidos graxos de cadeia longa >
formação de 2-trans-nonenal = cheiro de papel
velho/papelão molhado
Outros fatores
Tempo de mostura
pH
Beersmith
Rampas de temperatura
Single Infusion Uma temperatura Double Infusion 2 temperaturas Decocção Alteração nas temperaturas são feitas com malte fervido
Recirculação (Vorlauf)
Filtragem do líquido utilizando as cascas do malte
http://www.youtube.com/watch?v=5xPHcAkeolk
Filtragem
Lavagem do grão
Mosto tem uma redução de volume
Aprox. 1L/kg de malte é absorvido
Açúcar residual no malte
Lavagem do grão
Lavar em excesso = Extração de Taninos!!!
NUNCA PRESSIONAR O MALTE!!!!
• Estróbilos cônicos de
Humulus lupulus
• Regiões temperadas.
Variedades de lúpulos
http://www.beertutor.com/articles/hops_guide.shtml
http://www.castlemalting.com/CastleMaltingHops.asp?Language=P ortuguese
• Responsável
pelo
aroma/amargor
da
cerveja:
α-ácidos
• IPA
Lúpulo
Formas
Flor
Aroma mais conservado, bom para dry-hopping
Difícil de quantificar
Pellet
Fácil de pesar e estocar
Alfa-ácidos
Resinas = humulona
Cohumulona = amargor ruim (novas variedades)
Insolúveis na água
Óleos aromáticos
Mirceno, Linalol, Geraniol, Limoneno, Terpineol,
etc.
Aroma do lúpulo
Humuleno, Cariofileno, Farneseno – maiores
Lúpulos de Amargor
Lúpulos com grande concentração de alfa-ácidos (9 a 15%)
Exemplos comerciais: Horizon, Columbus,
Centennial
Lúpulos de Aroma
Lúpulos com baixa concentração de alfa-ácidos (até 5%)
Exemplos comerciais: Hallertauer, Fuggles,
Cascade, Saaz
Dry-hopping
Colocar lúpulos ou adjuntos durante maturação
Hop bag
Lúpulos
Nome: Centennial
Procedência: US
Profile: Spicy, floral, citrus aroma, often referred to as
Super Cascade because of the similarity; A clean bittering hop.
Usage: General purpose bittering, aroma, some dry hopping
Example: Sierra Nevada Celebration Ale, Sierra Nevada Bigfoot Ale
AA Range: 9 - 11.5%
Lúpulos
Name: Columbus
Grown: US
Profile: Strong fine herbal flavor and aroma; Solid, clean bittering hop
Usage: Excellent general purpose bittering, flavoring and aroma hop.
Example: Anderson Valley IPA, Full Sail Old Boardhead Barleywine
AA Range: 13-16%
Lúpulos
Name: Hallertauer Mittelfrüh
Grown: Germany
Profile: Pleasant, spicy, noble, mild herbal aroma
Usage: Finishing for German style lagers
Example: Sam Adam's Boston Lager, Sam Adam's Boston Lightship
AA Range: 3 - 5%
Substitute: Hallertauer Hersbruck, Mt. Hood, Liberty, Crystal, Ultra
Lúpulos
Name: Saaz
Grown: Rep. Tcheca
Profile: Delicate, mild, floral aroma
Usage: Finishing for Bohemian style lagers
Example: Pilsener Urquell
AA Range: 2 - 5%
Substitute: Tettnang, Spalt, Ultra (some would claim there is no substitute)
Lúpulos
Name: East Kent Goldings (EKG)
Grown: UK
Profile: Spicy/floral, earthy, rounded, mild aroma; spicy flavor
Usage: Bittering, finishing, dry hopping for British style ales
Example: Young's Special London Ale, Samuel Smith's Pale Ale, Fuller's ESB
AA Range: 4.5 - 7%
Lúpulos
BJCP
0 20 40 60 80 100 120 0 1000 2000 3000 4000 5000 Comercial 1 Comercial 2 Comercial 3 Comercial 4 Maria Degolada Libertadora Boaventura Blonde ESB Sistema Comerciais de larga escala
Adjunto
É qualquer outro ingrediente
adicionado à cerveja que não malte,
lúpulo, água e fermento.
Adjuntos
A cerveja pode conter qualquer outro
ingrediente:
-casca de laranja, semente de coentro, chocolate, açúcar, anis estrelado, pimenta, doce de leite, mel,
Arroz e milho
NUNCA! Responsável pelo aroma/sabor ruim quando a cerveja esquenta
Estilos
Estilos
Estilos
Quadrupel
Várias especiarias (gruit)
Era utilizado antes do lúpulo
Controlado pela igreja
Com a utilização do lúpulo = concorrência
Pode ser usado como substituto do lúpulo
Gruit (Grût)
http://www.gruitale.com/intro_en.htm
Sanitizar antes de usar
Preparar infusões antes de colocar na cerveja
Voláteis com CO2
Fermentação secundária
Mugwort Anti Imperial Stout
Cuidados
Algumas plantas são tóxicas
Fácil extração de taninos
Fervura nunca maior que 5 minutos
Outros exemplos
Cerveja Colorado (BRA)
Cerveja com aipim, mel, rapadura...
Bodebrown (BRA)
Cerveja com leite (Wee Heavy)
Bullers (ARG)
Doce de leite
Young´s (ENG)
Chocolate (Dado Bier)
No RS
Sideral
Weiss com Beterraba
Waiçaí! (weiss com açaí)
Caverna dos Ogros
Fiona (Witbier com pimenta)
Coruja
Clarificação
Irish Moss Whirfloc Gelatina Precipitação de proteínas Partículas em suspensãoChillagem
Chillagem
Nunca deixar esfriar de um dia para o outro (overnight)
Açúcar protege contra bactérias, mas não de
Fermentação
Inoculação do fermento.
XIII Curso de fabricação
caseira de cerveja
Dia 3
Saccharomyces
No ambiente de fábrica:
S. cerevisiae
- Ales
S. pastorianus*–
Lagers
S. bayanus*
S. uvarum
Fermentos cervejeiros ContaminaçõesOutras espécies
Brettanomyces, (Lambics) Lactobacillus delbrueckii (Berliner Weiss e Lambics)Propriedades do
fermento
cervejeiro
Consideração Efeito na Cerveja
• Atenuação aparente • Menor dulçor residual (fermento lager)
• Mais álcool • Menos corpo
• Tolerância ao álcool • Maior concentração de álcool por volume
Consideração Efeito na Cerveja
• Floculação • Menos tempo para clarificar
• Cerveja potencialmente mais clara
• Temperatura • ésteres frutados em fermentos ale (Altas temperaturas)
• ausência de ésteres em cervejas com fermento lager (baixas
temperaturas)
• Fermentos Lager necessitam maior tempo para finalizar fermentação
Consideração Efeito na Cerveja
• Produção de Éster/Fenóis • Sabor e aromas frutados para fermentos com alta produção de ésters
• Limpo (clean), sem aroma para fermentos com baixaprodução de ésters
• Fenóis condimentados, cravo ou apimentado nos estilos Belgas e cervejas de trigo bávaras
• Produção de diacetil • Sabor amanteigado ou de ‘doce de manteiga’ (Butterscotch)
• Aceitável em baixas concentrações em alguns estilos
Quanto fermento usar?
Colocar fermento em quantidade insuficiente
(underpiching) ou exagerada (overpitching) = má fermentação
90% dos problemas da cerveja está na
fermentação...
Problemas
Off-flavors
Ésteres - Aromas e sabores frutados em excesso Acetaldeído - Maçã verde
Sulfeto de hidrogênio - Aromas sulfúricos Diacetil – Amanteigado
Pouca atenuação
Inoculação
Variáveis que influenciam na quantidade de fermento
a ser inoculado:
Tipo de cerveja:
Ale - 0.75 milhão de cels/ml Lager - 1.5 milhão de cels/ml
Volume
Volume do mosto:
quanto maior a brassagem, mais fermento Ex.: mosto com 1045 OG
30 litros = 250,9 bilhões de células 60 litros = 501,9 bilhões de células
Viabilidade
Viabilidade do fermento
tempo e condições de estocagem
A cada ano o fermento seco perde aprox. 4% de sua
viabilidade, em temperatura ambiente <2% ao mês.
Em más condições de temperatura essa perda de
viabilidade é maior. 1 mês – 80% viável 2 meses – 64% viável 3 meses – 51% viável 4 meses – 41% viável 5 meses – 33% viável 6 meses – 26% viável
Gravidade Inicial
Quanto mais alta, mais fermento.
Ex.:
Cerveja com 1045 OG = 250,9 bilhões de células Cerveja com 1100 OG = 577 bilhões de células
Inoculação (Starter)
Variáveis que influenciam a quantidade de fermento
a ser inoculado (starter):
Ale/lager - 0.75 ou 1.5 milhão de cels/ml
Viabilidade do fermento – tempo e condições de estocagem OG – quanto maior, mais fermento
Céls. Inocul= (1 milhão)x(ml de mosto)x(
oPlato*)
Cálculo inoculação
Céls. para inoculação= (1 milhão)x(ml de mosto)x(o Plato*)
*1.055 OG = 13,5 o Plato (1 plato = 1.004 OG)
Ales = 0.75 milhões/ml Lagers = 1.5 milhões/ml
Céls. para inoculação = (0.75 milhões) x (30.000 ml de
mosto) x (13.5oPlato*) =
Fermento seco
De 7 a 20 bilhões de células/g
12 bilhões viáveis segundo a Fermentis© 303.75 bilhões / 12 bilhões = 25,31g
Conclusão
Para garantir uma boa fermentação, usar 2 pacotes de
fermento seco para 30 Litros.
Cervejeiros usam a referencia de 1g/L para as receitas ale
Inoculação
Fermento seco: Hidratação
Ferver a água (aprox. 10x a quantidade de fermento em g)
25 g = 250 ml
Tampar e baixar a temperatura para 35oC
Colocar o fermento e deixar sem mexer por 15 minutos Após este período mexer vagarosamente e deixar por
mais 15 minutos.
Fermento Líquido
100 bilhões de células/ vial
Para 30 Litros é necessários 3 viais O dobro para lagers
Beersmith
Nutrição do fermento
O mosto tem quase todos os nutrientes
necessários: FAN, vitaminas e minerais (cálcio, magnésio, potássio entre outros).
Não tem oxigênio nem zinco
Oxigênio
Fundamental para o fermento
Membrana plasmática
Esteróis e ácidos graxos insaturados
Regulam a permeabilidade da MP
Fermento seco – não precisa
Fermento líquido - starter
Fermento
Fases do crescimento
- I. Fase ‘Lag’: inatividade do fermento (0 a 12 horas)
- II. Fase de aceleração do crescimento
- III. Fase exponencial - IV. Fase de desaceleração
- V. Fase estacionária - VI. Fase Apoptótica
Utilização de glicogênio, produção de enzimas e
Fermento
Fases do crescimento
- I. Fase ‘Lag’: inatividade do fermento (0 a 12 horas) - II. Fase de aceleração do
crescimento
- III. Fase exponencial - IV. Fase de desaceleração
- V. Fase estacionária - VI. Fase Apoptótica
Light Kreusen
Início do metabolismo anaeróbico e da formação da espuma
Fermento
High Kreusen
Momento mais ativo da fermentação Fases do crescimento
- I. Fase ‘Lag’: inatividade do fermento (0 a 12 horas) - II. Fase de aceleração do
crescimento
- III. Fase exponencial - IV. Fase de desaceleração
- V. Fase estacionária - VI. Fase Apoptótica
Fermento
Late Kreusen Metabolização dos subprodutos da fermentação. Fases do crescimento- I. Fase ‘Lag’: inatividade do fermento (0 a 12 horas)
- II. Fase de aceleração do crescimento
- III. Fase exponencial - IV. Fase de desaceleração
- V. Fase estacionária - VI. Fase Apoptótica
Fermento
Autólise!
Fases do crescimento
- I. Fase ‘Lag’: inatividade do fermento (0 a 12 horas)
- II. Fase de aceleração do crescimento - III. Fase exponencial
- IV. Fase de desaceleração - V. Fase estacionária
Cultivo, Propagação e
armazenamento do fermento
cervejeiro
OU Propagação Cultivo Conservação Inoculação Geladeira
Autoclave
Panela de pressão por 15 minutos 3 a 4 dedos de água
Cerveja: sem diluição
Cerveja Fermentando: 1:10 1:100
Aeração
0 50 100 150 200 250 300 Agitação direta
Aeração Agitação Magnética
Propagação
É o procedimento para multiplicação das células a partir de uma
quantidade inicial (fermento seco em pacote*, fermento líquido ou fermento que sobrou no fermentador).
É necessário:
Mosto com 1035 de OG (ou solução de água com 10% de DME + 5% de estrato de levedura) – leveduras novas
Mosto (ou solução) de 1020 OG - cervejas engarrafadas ou cultivos antigos.
Becker ou Erlenmayer* sanitizado Uma folha de aluminio
Água
Agitador Agitador Magnético P lac a/ Sl an t Sel eç ão e manu tenç ão 10 0 m l m os to (1 .0 32O G ) 24oC, 24 horas , aeraçã o/Ag itador magné tic o 10 m l m os to (1 .0 32O G ) 24oC, 24 horas , aeraçã o/ shak ing 10 00 m l m os to (1 .0 49 -1. 066 O G ) 22oC, 24 -48 ho ras , ae raç ão /A gi ta do r magné tic o 10 l m os to (1 .0 49 -1. 06 6 O G ) 22oC, 48 horas , aeraçã o/Ag itador m agnéti co C E R VE JARIA
Propagação
Erlenmayer de 4000 ml
Stir plate com aquecimento Microscópio
Cuidados
Nunca reutilizar fermentos que trabalharam em
Tenho 18 bilhões de células. Preciso de 177 bilhões. 177 / 18 = 9.83 177 / (2*18) = 4.91 177 / (3*18) = 3.2 Abaixo de 3.0 177 / (4*18) = 2.45
Tipos de conservação
Fermento colhido (3oC) – 2 semanas
Freezer caseiro (-19oC) – 0-2 anos
Conservação
Imersão em água
2 a 3 ml de água destilada em um tubo de ensaio Esterilização em autoclave ou panela de pressão Deixar a água na temperatura ambiente
Transferir uma colônia para a água, sem o meio Tampar e isolar com parafilme
Conservação
Congelamento -20 ou -80oC
Colocar o fermento coletado em um erlenmayer e fechar com
papel alumínio
Deixar na geladeira por 24 horas para decantar
Desprezar o líquido quando tiver álcool superior (high gravity) Colocar solução 50% glicerol, 50% YPD, com 1g de ácido
ascórbico/L ou glicerol com o fermento (3 de glicerol: 7 de fermento
Agitar
Adicionar uma alíquota em falcon ou tubo de ensaio
Fechar com parafilme, colocar em pé em uma caixa com gelo e
colocar esta caixa no freezer
Viabilidade
Tentar sempre utilizar 90% de viabilidade ou mais. Células vivas ou mortas (azul de metileno, tripan)
Viabilidade %= (contagem total – céls mortas)/contagem total x 100 35 céls mortas em 1100
Vitalidade
Condição metabólica do fermento Saúde do fermento
Baseado no pH
pHmetro, água desionizada (milli q),
Colocar 15 ml água milli q em becker de 50 ml Agitar em stir plate por 5 minutos
Medir pH (AP0)
Imediatamente adicionar 5 mls de slurry concentrado (1x109cels/ml) Agitar por 10 minutos e ler pH
O poder de acidificação é dado por AP2 - AP0.
Rinsing
Separa trub,células mortas, alcoóis superiores das células
sadias
Coletado o slurry, colocar em um recipiente estéril com
capacidade para o fermento + 4x a quantidade coletada de água esterilizada.
Qto mais alto, melhor separa
Deixar 10% de espaço (headspace)
Fechar o recipiente e agitar vigorosamente Deixar descansar por alguns minutos
headspace
Líquido (álcool)
fermento saudável
Rinsing
Descartar o líquido
Passar o fermento saudável para
outro recipiente esterilizado
Descartar o fundo (trub + céls
mortas)
Caso necessário, repetir o processo Evitar repetir demais = risco de
Sedimentação
10% - 120.000.000 céls/ml 25% - 300.000.000 céls/ml 35% - 420.000.000 céls/ml 40% - 480.000.000 céls/ml
XIII Curso de fabricação
caseira de cerveja
Dia 4
Maturação
•
Diminuição da
temperatura do
fermentador
•
melhora a translucidez
•
‘arredondar’ o sabor.
Maturação
Temperatura de maturação: 2 a 4oC
Estilos mais lupulados e/ou alcoólicos precisam de um período maior
Cervejas leves de verão, como a weiss e a witbier, são melhores quando servidas frescas
Maturação
Fermento continua vivo, porém com metabolismo baixo
Em lagers é importante fazer o descanso de diacetil, responsável pelo
Envase
Barril
Envase
Só no momento em que a fermentação finalizar totalmente
Existe fermento suficiente para fermentar o açúcar na garrafa ou
Envase
Carbonatação por adição de CO2
Utiliza-se CO2 para empurrar cerveja gaseificada no fermentador para o barril/garrafa (contrapressão)
http://www.youtube.com/watch?v=dWR1n1RHOdk
A cerveja precisa ficar refrigerada
Priming
Açúcar cristal invertido, high maltose
7 g/L – será o ideal?
http://www.tastybrew.com/calculators/priming.html
http://www.youtube.com/watch?v=JL77ZWg928E
Hipercarbonatadas: http://www.youtube.com/watch?v=ND0Ij9sRFFU
Priming
Alta carbonatação pode causar acidez na cerveja
Caso haja contaminação, bactérias podem consumir o açúcar não
fermentável - explosão da garrafa
Quando detectada a hipercarbonatação, só mexer nas garrafas com luva e proteção
Off-flavors
São aromas, sabores e características que podem ou não estar presentes nas cervejas para determinados estilos.