ANTI
ANTI
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HELMÍNTICOS
HELMÍNTICOS
QUÍMICA FARMACÊUTICAFCF / USP
2007 Veni Maria Andres Felli
HELMINTOS PATOGÊNICOS
HELMINTOS PATOGÊNICOS
Nematódeos Nematódeos Ascaris lumbricoides Ancylostoma duodenalis Necatur americanus Enterobius vermiculares Trichuris trichiura Strongyloides stercoralis Cestódeos Cestódeos Hymenolepis nana Taenia saginata Taenia solium Trematódeos Trematódeos Schistosoma mansoni Schistosoma haematobium Schistosoma japonicumNÚMERO MUNDIAL DE PACIENTES INFESTADOS
NÚMERO MUNDIAL DE PACIENTES INFESTADOS
PELAS PRINCIPAIS HELMINTÍASES
PELAS PRINCIPAIS HELMINTÍASES
HELMINTÍASES HELMINTÍASES Ascaridíase
Larva migrans cutânea Dracunculiase Enterobíase Fasciolíase Filaríase Tênias Oncocercose Esquistossomíase Estrongiloidíase Triquiníase Tricuríase NÚMERO DE INFESTADOS NÚMERO DE INFESTADOS 1.000.000.000 10.000.000 100.000.000 285.000.000 50.000.000 300.000.000 800.000.000 50.000.000 250.000.000 80.000.000 50.000.000 500.000.000
HELMINTÍASES
HELMINTÍASES
Modo de infecção
Ingestão de ovos, penetração da larva na pele Ingestão de carne de boi, porco ou peixe infectada.
Principais sintomas
Dor abdominal, obstrução intestinal, depleção de
carboidratos (ascaris), anemia, mal nutrição, fraqueza, diarréia, anorexia, prurido.
Distribuição geográfica
CONTROLE DAS HELMINTÍASES CONTROLE DAS HELMINTÍASES
MORBIDADE TRANSMISSÃO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO EDUCAÇÃO SANITÁRIA Consciência do problema Modificação do comportamento ENGENHARIA SANITÁRIA
Eliminação correta de dejetos Suprimentos seguros de água
TRATAMENTO DAS HELMINTÍASES
TRATAMENTO DAS HELMINTÍASES
Medicação
Onde o saneamento básico é muito precário, a conduta é tratar toda a população a cada 6 meses pela administração de um anti-helmíntico polivalente.
Fatores a considerar a)natureza do helminto b)ciclo de vida do parasito c)hospedeiro reservatório
d) vetor do hospedeiro animal intermediário e) local da infestação humana
f)hospedeiro definitivo g)fármacos a serem administrados
Ao lado destas medidas, devem ser adotadas várias normas de higiene.
FÁRMACOS ANTI
FÁRMACOS ANTI
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HELMÍNTICOS
HELMÍNTICOS
Parasitose Ancilostomíase Necatoríase Ascaridíse Enterobíase Estrongiloidíase Tricuríase Himenolepíase Teníase Helminto Ancylostoma duodenalis Necatur americanus Ascaris lumbricoides Enterobius vermiculares Strongyloides stercoralis Trichuris trichiura Hymenolepis nana Taenia saginata Taenia solium 1a escolha mebendazol albendazol mebendazol albendazol mebendazol albendazol mebendazol albendazol benzimidazóis mebendazol albendazol praziquantel praziquantel albendazol Secundários piperazina piperazina pamoato de pirvínio piperazina pamoato de piran tel, piperazina Ivermectina pamoato de pirantel é ineficaz niclosamida niclosamida praziquantelBENZIMIDAZÓIS
BENZIMIDAZÓIS
Amplo espectro ou polivalente
Ativos na ascaridíase, ancilostomíase, necatoríase e teníase
Vermicida, ovicida, larvicida
RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE
R1 = essencial H bom para atividade , CH3 diminui atividade
R2 = NH - COOCH3 essencial nos carbamatos, menos tóxicos aromáticos e heteroaromáticos, mais tóxicos
R3 = impedem metabolismo
grupo volumoso, maior atividade lipossolubilidade, modula atividade
N N R3 R2 R1 1
BENZIMIDAZÓIS
BENZIMIDAZÓIS
FARMACOCINÉTICA
Diferente solubilidade - absorção diferente Diferença estrutural - metabolismo diferente
N N S N N N (CH3)2CHCONH S N N N CH3CH2CH2S NHCOOCH3 N N C6H5CO NHCOOCH3 tiabendazol albendazol cambendazol mebendazol H H H H
TOXICIDADE
- anorexia, náusea, vômito - dor abdominal, diarréia - alucinações, convulsões - embriotoxicidade, teratogenicidade MECANISMO DE AÇÃO
1 -Inibem captação de glicose produzindo redução na formação de ATP, necessário para sobrevivência e reprodução. Ocorre paralisia e morte do verme
2 - Inibição da polimerização dos microtúbulos, ligando-se as beta-tubulinas dos parasitas
BENZIMIDAZÓIS
PIPERAZINA E DERIVADOS
PIPERAZINA E DERIVADOS
N N R1 R2 H N N H piperazina N N CH3 C N O CH2CH3 CH2CH3 dietilcarbmazinaAnel piperazínico ⇒⇒ essencial
R1 = H, CH3 não é importante R2 = H piperazina
CO-N(CH2CH3)2
na série carbetoxi ⇒⇒ ↑↑ cadeia ⇒⇒↑↑toxicidade, ↓↓atividade
C4H9 sem atividade citrato ⇒⇒ solúvel em água
PIPERAZINA E DERIVADOS
PIPERAZINA E DERIVADOS
MECANISMO DE AÇÃO
Agonista do GABA ⇒⇒ hiperpolarização da placa mioneural Produzem paralisia da musculatura do verme que é expulso pelo peristaltismo em um a três dias.
EFEITOS ADVERSOS
- Náusea, vômito, caimbra abdominal, diarréia
- Dor de cabeça, vertigem, ocasionalmente tremor e letargia ALCALINIZAÇÃO DA URINA ⇒⇒ ↑↑ T 1/2 ⇒⇒ ↑↑ atividade
↑
DERIVADOS VINILPIRIMIDÍNICOS
DERIVADOS VINILPIRIMIDÍNICOS
Ar X N R N (CH2)n S N N CH3 HO N N CH3 pirantel oxantel Amplo espectro 2a ⇒⇒ ancilostomíase, ascaridíase, enterobíase, necatoráseAr ⇒⇒ 2-tienil > 3-tienil > fenil > 2-furil grupos em orto ⇒⇒ não alteram
atividade
n = 3 ⇒⇒ atividade máxima
X = -CH = CH - ⇒⇒ trans > cis
DERIVADOS VINILPIRIMIDÍNICOS
DERIVADOS VINILPIRIMIDÍNICOS
¾Agem como bloqueadores neuromuscular
despolarizante, provocando assim contração súbita,
seguida por paralisia dos helmintos.
¾Atua também como inibidor da colinesterase e
estimulante ganglionar. Os helmintos são incapazes
de se manter no intestino e são expelidos do corpo
pelas fezes por peristaltismo.
IMIDAZOTIAZOLIDINAS
IMIDAZOTIAZOLIDINAS
N N S * ( ±± )tetramisol ( - ) levamisol PROFARGIL ASCAROLEX ASCAROVERM ASCARIDILPotentes inibidores estereo específicos da fumarato redutase ou succinato desidrogenase
↓
↓ suprimento de energia
contração, paralisia tônica e eliminação
⇒
Ativos contra nematódeos
Como imunoestimulante, influencia as defesas do hospedeiro, restaura as funções deprimidas das células T
CORANTES CINANÍNICOS
CORANTES CINANÍNICOS
N+ C(- C C)n N N C( C C)n N+ N N N + CH2 C OH OH C O O O O -pamoato de pirvínio PYR-PAM VERMIZOL 2a enterobíase Age no metabolismo da glicosePotente inibidor estereoespecífico da fumarato desidrogenase. Produz contração, seguida de paralisia tônica e eliminação dos vermes.
IVERMECTINA
IVERMECTINA
O O O O O H3C H3C HO H3C H O H3C OH O CH3 HO H O CH3 C H H CH2CH3 Amplo espectro em nematódeos e artrópodos Mecanismo de ação:-Imobiliza o parasita através de paralisia tônica • Estudos iniciais: modulação do GABA
• Recentes: Paralisia se deve a potenciação, ativação direta, ou ambos, dos canais de cloreto do sítio do glutamato
Efeitos adversos:
- poucos devido à baixa afinidade pelo SNC
- em altas doses: letargia, ataxia, midríase, tremores e eventualmente morte
Ação lenta, com lenta duração de ação
DERIVADOS FENÓLICOS
DERIVADOS FENÓLICOS
X OH
R
X = para-halogenação>> orto-halogenado
R = grupos alquílicos ou aromáticos ⇒
⇒↑↑ potência dos halofenóis
alquílicos lineares > cadeias ramificadas
orto-alquil-para-halofenóis > para -alquil-ortofenóis
Aumento no P.M. ⇒⇒ em alguns ↓↓ atividade
em outros rápido ↑↑ atividade
N O Cl NO2 OH Cl H niclosamida 1a himenolepíase 2a teníase
2
DERIVADOS FENÓLICOS
DERIVADOS FENÓLICOS
Mecanismo de ação
Inibem fosforilação oxidativa nas mitocôndrias dos
cestódeos, promovendo a morte do escólex e segmentos que se desprendem da parede intestinal e são digeridos, sendo eliminados pelas fezes sem que seja possível
identificá-los
Restos do parasita vulneráveis à enzimas proteolíticas. Não é ovicida, podendo expor a cisticercose (ovos viáveis são liberados no lúmen intestinal)
ESQUISTOSSOMÍASE ESQUISTOSSOMÍASE
Prevalência:
No mundo - > 200 milhões
No Brasil - > 6 milhões (10% autóctone, outros importados)
Agente etiológico:
Schistosoma haematobium - infestação urinária Schistosoma japonicum infestação intestinal Schistosoma mansoni - infestação intestinal
Hospedeiros:
Definitivo - homem Intermediário - Biomphalaria glabrata
Molusco, caramujo de água doce
Biomphalaria straminea Biomphalaria tenagophila
Ciclo evolutivo: 2 fases
- no interior do caramujo - no organismo do homem
3
ESQUISTOSSOMÍASE ESQUISTOSSOMÍASE
ESQUISTOSSOMÍASE ESQUISTOSSOMÍASE
ESQUISTOSSOMÍASE
ESQUISTOSSOMÍASE
FORMAS DA DOENÇA
- Intestinal- diarréia
- Hepática - vermes vivos - sem lesões
- vermes mortos - lesões graves (antígenos excretados) - ovos - lesões granulomatosas (depósitos em vasos finos) - Pulmonar, Ectópica e Mistas
DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL DA ESQUISTOSSOMÍASE DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL DA ESQUISTOSSOMÍASE
Fonte: WHO,2001 Fonte: WHO,2001
ESQ
UIS
TO
SSO
MÍA
SE
MÍA
SSO
TO
UIS
ESQ
SE
Oxamniquina
Oxamniquina
N H N H O2N H O C H3 C H3 1 2 3 4 5 6 7 81 - Exerce efeitos anticolinérgicos
2 - Mecanismo de ação principal parece resultar de ativação
enzimática do fármaco, dependente de ATP, para um éster fosfato instável que se dissocia para formar um carbocátion quimicamente reativo (em esquistossoma sensível)
3 - Deslocamento dos vermes das veias mesentéricas para o fígado onde são destruídos (machos)
Efeitos adversos
– reações alérgicas, rachaduras da pele, febre, infiltração pulmonar - distúrbios neuropsiquiátricos e convulsões (raros)
MECANISMO DE AÇÃO DA OXAMNIQUINA N HO O2N N N O2N O E N N N O2N O + CH2 H H H H H H enzima do esquistossomo N CH2 O2N N H H + N DNA N O2N H H Inibição irreversível da síntese de ácidos nucléicos
Metrifonato
Metrifonato
P OH Cl Cl O O O ClSchistosoma haematobium ( in vitro e in vivo)
- Alternativo ao praziquantel
- Eficácia se deve a localização do verme no plexo vesical
- Organofosforado, convertido a metabólito ativo diclorvos, que age inibindo a acetil colinesterase causando paralisia no verme
Efeitos adversos: náusea, vertigem e caimbras abdominais
CH C Cl Cl O P O CH3O OCH3
(
(
-
-
)
)
Praziquantel
Praziquantel
N N O O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 11a *11bSchistosoma- ativo contra as três espécies Taenia solium
Taenia saginata Himenolepis nana
Cisticercus cellulosae
REA Pos. 2 e 3 críticas
Pos. 4 inativo sem oxo 11b quiral (-) ativo
MECANISMO DE AÇÃO DO PRAZIQUANTEL
MECANISMO DE AÇÃO DO PRAZIQUANTEL
Ainda não totalmente explicado
¾Provavelmente pela inibição da bomba Na+, K+ dos esquistossomos.
¾Ocasiona um aumento na permeabilidade da membrana do
helminto a certos cátions mono e divalentes, principalmente Ca 2+ (que participa da contração muscular dos
esquistossomos), levando a intensificação da atividade muscular, seguida por contração e paralisia espástica.
¾Com isso os helmíntos se separam dos tecidos do hospedeiro
e são rapidamente deslocados das veias mesentéricas para o fígado, ao passo que os helmintos intestinais são expelidos.